Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Não é necessário chamar o CSI nem mandar um barco em minha procura por alguma ilha kkkk. Desculpem a demora, mas agora estou trabalhando e a coisa está meio pesada aqui

Dulce respirou fundo, mas estremeceu quando sentiu uma pontada em suas costelas. Logan continuava correndo pelo gramado como se tivesse em uma competição inacreditável. Matteo estava sentado em uma das cadeiras na varanda, ocupado com seu livro. Ele sempre fora o mais quieto e tranquilo de todos, preferindo ficar sentado com algum livro cheio de figuras do que correr. Dulce nunca o amou mais do que naquele momento, enquanto tentava acompanhar Logan em um jogo de futebol.

A escola deles havia sido fechada para o dia por causa da morte de algum funcionário e Dulce se viu presa em casa com três crianças, durante o tempo que sua esposa ficaria no estúdio por, bem, o dia inteiro.

Sophie estava dormindo tranquilamente, mas uma olhada rápida no relógio deixou Dulce saber que ela logo acordaria para se alimentar. Logan ainda corria com a bola e Matteo parecia falar sozinho enquanto tentava ler o livro. Não era nem duas horas da tarde, e ela já estava quase pedindo ajuda para Poncho, que estava em casa nos últimos meses ao passo que sua esposa trabalhava nas gravações de alguma nova novela.

Dulce tentou se manter positiva ao lembrar que sua filha mais velha deveria chegar em duas horas da escola, mas logo perdeu as esperanças ao se lembrar que Joan traria uma amiga para fazer algum trabalho. E ela estaria sozinha novamente.

“Por que foi que eu quis ter quatro filhos mesmo?” Resmungou para si mesma. Então, antes que pudesse voltar ao pequeno jogo, ela ouviu o choro de Sophie pela janela aberta do segundo andar. “Vocês dois se comportem, eu vou ver sua irmã.”

Nenhum dos dois respondeu, mas Matteo acenou com a cabeça levemente. Não era com ele que ela estava preocupada. Dulce subiu as escadas correndo depois de parar na cozinha e pegar uma das mamadeiras com o leite de Anahi, e entrou no quarto de Sophie.

“Hey, amorzinho. O que foi, hum?” Dulce pegou-a com cuidado e checou sua fralda rapidamente. “Fralda primeiro, certo?” Ela fez uma careta, antes de conseguir realizar a tarefa de trocá-la. Depois, Dulce se sentou na cadeira de balanço ao lado do berço e ficou fazendo comentários aleatórios enquanto Sophie mamava avidamente.

Ela sentia falta de Leslie e Tony naqueles momentos. Eles estavam sempre aos seus pés e viviam no quarto das crianças, eram sempre os primeiros a perceberem quando os bebês acordavam e, assim, saiam correndo para avisar alguma das duas. Sophie foi a única que não conheceu os belos cachorros, já que eles acabaram morrendo de velhice pouco depois de Matteo completar dois anos. Jack, apesar de estar bastante velho também, ainda perambulava pelo gramado atrás de pequenos animais. Ele e Dulce pareceram ter um bom convívio com o passar dos anos.

Dulce estava distraída pensando no que Anahi diria se ela falasse sobre adotar outro cachorro, quando ouviu um choro no andar de baixo. Pouco depois, ela ouviu o barulho se aproximando e a porta do quarto se abrindo. Matteo tinha lágrimas escorrendo pelas bochechas e soluços atravessavam sua garganta constantemente. Parecendo perceber a agonia do irmão, Sophie começou a chorar também, abandonando a mamadeira.

Ela teve que respirar fundo antes de enlouquecer. “Hey, o que foi, amigão?” Ela pediu suavemente.

Nas primeiras três tentativas, Dulce não entendeu nada por causa dos soluços, mas conseguiu distinguir as palavras ‘bola, rosto, Logan’ e entendeu o que havia acontecido. Ela se levantou, balançando Sophie rapidamente para tentar acalmá-la.

“Você pode esperar um pouco? Vou colocar sua irmã no berço e já vou te ver, ok?”

Ele apenas balançou a cabeça e esfregou os olhinhos. Dulce embalou Sophie mais um pouco, até que o cansaço a vencesse. Ela a colocou no berço suavemente e levou Matteo para fora do quarto e fechou a porta. “Certo, agora pode me contar o que aconteceu.”

“Logan jogou a bola em mim.” Ele resmungou e fungou alto.

Dulce suspirou. “Tenho certeza que não foi de propósito, amigão. Ele estava só brincando.”

“Dói.”

“Eu sei. Deixe a mamãe ver isso.” Ela o levou até o banheiro no corredor e colocou-o sentado em cima do balcão. Dulce fez uma rápida inspeção, felicitando qualquer divindade que tenha lhe dado pequenas noções de enfermagem após quatro filhos, e não encontrou qualquer fratura ou dano sério. Ela se inclinou e beijou a ponta de seu nariz, antes de distribuir beijos por todo seu rosto, fazendo Matteo rir. “Pronto, melhorou?” Ele acenou em acordo e fungou uma última vez. Dulce sorriu e secou suas lágrimas, antes de beijar sua testa. “Vamos falar com seu irmão.”

Ela desceu as escadas com ele no colo, até o gramado, onde Logan estava sentado em cima da bola com um olhar triste. Assim que os viu, ele se levantou, mas continuou olhando para baixo. “Eu não queria.”

“Eu sei, amor.” Dulce suspirou. “Mas peça desculpas ao seu irmão, ok?”

“Desculpa, Teo.” Logan murmurou.

Matteo sorriu e se contorceu nos braços de Dulce. Logo ele estava no chão e os dois se envolveram em algum tipo de brincadeira segura, para o qual ela estava bem grata. Depois de checar Sophie rapidamente para ter certeza que ela havia voltado a dormir e estava bem arrumada nos travesseiros, Dulce voltou ao gramado para encontrar Logan brincando de ficar em pé em cima da bola.

“Logan, você vai cair, cuidado.” Ela avisou. Menos de cinco segundos depois, Logan estava chorando com a mão no joelho. Dulce balançou a cabeça e correu até ele. “Deixe-me ver.” Depois de alguma insistência, Logan deixou sua mãe ver o machucado. Não era nada grave, apenas um ralado, e ele estava chorando mais pelo susto que pela dor.

Após um curativo do Batman e um beijo, Logan estava bem novamente e jogando vídeo game no sofá. Matteo estava tentando montar uma fazenda com alguns animais de plástico nos pés do irmão, que estava lhe dando dicas rápidas sem realmente olhar o que ele fazia. Dulce mal havia sentado no sofá com uma maçã para os garotos quando o telefone tocou.

“Hoje é o dia...” Resmungou enquanto se levantava e ia até o aparelho. “Alô?”

“Hey, Dul. May e eu vamos dar um jantar aqui em casa esta noite.”

“Por favor, me diz que ela não está grávida. Da última vez que você me ligou no meio da tarde para me convidar para um jantar sem me perguntar como eu estava primeiro, sete meses depois Héctor estava aqui.”

Poncho riu. “Não é nada disso. Desculpa pelo meu momento de falta de educação. Como você está?”

“Cansada para cara... camelo. Cansada para camelo.” Ela se corrigiu no último segundo.

Ele riu novamente. “Então, vai vir?”

“Não tenho certeza. Anahi está no estúdio hoje e não sei quando ela vai voltar.”

“E hoje a escola está fechada.” Poncho comentou com um tom de entendimento. “Sebástian e Helena estão comigo hoje também.”

“Da próxima vez, vamos colocar nossos filhos em escolas diferentes, então eles podem ir para a casa de outra pessoa em situações assim.” Dulce brincou após olhar para seus filhos para ver se eles estavam prestando atenção na conversa. “São duas e meia e já tivemos uma bolada na cara e um joelho ralado.”

“Não se preocupe, Sebástian tentou coçar seu braço por dentro do gesso e se cortou com o cabide. Maite vai ter um treco.”

Dulce riu um pouco. “Não me diga. Depois do soco que levei, sei do que ela é capaz.”

“Por incrível que pareça, ela é uma pessoa calma e serena.”

“Menos quando os filhos estão no meio.” Dulce completou com um sorriso. “Se Anahi não chegar a tempo, ela pode pedir uma pizza ou algo assim.”

“Ótimo, te espero às oito.”

Depois de uma breve despedida, Dulce desligou e voltou para o sofá, onde terminou de cortar a fruta e entregou para os filhos os pequenos pedaços. Quando ela se escorou no sofá e relaxou um pouco, o choro de Sophie atravessou a casa. Ia ser um longo, longo, dia.

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“Graças a Deus.” Dulce respirou fundo ao sussurrar, fazendo com que sua prima erguesse uma sobrancelha. “Boa tarde, Joan.” Ela deu um beijo estalado na bochecha da filha, que resmungou algo sobre não fazer isso na frente de sua amiga. “Boa tarde, Hannah.”

“Boa tarde, senhora D.” A menina cumprimentou alegremente. Ela podia muito bem ser uma Anahi versão 14 anos. Tinha os cabelos loiros, pele clara e meio pálida, olhos azuis e um sorriso fácil. Ela e Joan eram amigas desde a primeira série.

“Vocês duas podem subir, eu vou levar uns biscoitos daqui a pouco.”

“Dona de casa.” Andy resmungou enquanto fingia uma tosse.

Dulce lhe deu um soco no ombro quando as duas meninas desapareceram no andar de cima. “Vai se catar.”

“Hey! Eu fiz o favor de buscar Joan na escola!”

“Porque você saiu mais cedo do tribunal.” Dulce revirou os olhos. Quando as duas foram para a cozinha, onde Dulce começou a tirar uma forma de biscoitos do forno, Andy sentou em cima do balcão e sorriu.

“Então, vai pra casa do Poncho hoje?”

“Claro.”

“Será que Maite está grávida de novo?”

“Ele disse que não.” Dulce deu de ombros. “Deve ser só um jantar. Tenho que avisá-lo que Hannah vai também.”

“Ele já deve estar preparado para isso. Joan e Hannah são uma pessoa só.”

Dulce riu e concordou. “Elas me lembram de Anahi e eu quando éramos...” Ela congelou e arregalou os olhos. “Ai meu Deus!”

“O que foi? Esqueceu de alguma data importante? Data de casamento? Anahi vai te matar?”

Dulce olhou-a meio em pânico. “Elas me lembram de Anahi e eu quando éramos dessa idade!”

“Sim, e...”

“Andy! O que Anahi e eu somos hoje?”

Andy balançou a cabeça e franziu a testa. “Muito idiotas?”

Dulce bufou. “Casadas, Andy, casadas!”

“Ah, por favor, nem todas as amigas próximas são gays.” Andy revirou os olhos. “Elas estão passando pela idade de festas do pijama e coisas ridículas assim. Você e eu fazíamos o mesmo.”

“Eu sou sua prima.”

“E daí? Muitos primos se pegam. Eu te pegaria, mas acho você meio idiota.”

Dulce olhou-a um pouco ofendida. “Nossa, obrigada.”

Sua prima deu de ombros. “É a vida.” Ela pegou um biscoito e mordeu-o, antes de gemer. “Isso está bom.”

“Tira as mãos daí.” Dulce reclamou. “Não são pra você.”

“De qualquer forma... Elas são apenas amigas. E você seria meio hipócrita em ter um problema com isso, sabe.” Ela acenou para Dulce como se ela fosse a resposta de alguma pergunta não feita.

“Eu sei, babaca. Mas não quero que Joan passe pelo que passei.”

“De levar mais tocos que você consegue se lembrar?”

“Eu não sei porquê insisto em falar com você.”

“É porque eu sou demais. Olha, não há nada para se preocupar. Sabe quais são as chances do que aconteceu com você, de se apaixonar pela melhor amiga, acontecer com sua filha também?”

“Não.”

“Nem eu, mas devem ser baixas.”

Dulce revirou os olhos. “Certo. Agora vaza daqui e vai para casa. Te vejo na casa do Poncho.”

“Tão mandona.” Andy brincou enquanto pulava do balcão. Ela se inclinou e beijou a bochecha da prima, antes de sair.

Dulce balançou a cabeça com um meio sorriso, então reuniu os biscoitos em um pote e os levou para a filha e amiga.