Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

“Hey, Hannah!” Christian se aproximou com um largo sorriso feliz. “Faz tempo que eu não te vejo. O que anda fazendo?”

A garota deu de ombros, sem se preocupar que o padrinho de sua melhor amiga estava parando para falar com ela no meio da rua. Ele já havia feito isso antes. Ok, da outra vez ela estava com Joan, mas era quase a mesma situação. “Muito ocupada com a escola. Muitos trabalhos.”

“Pensei que você e Joan fizessem todos os trabalhos juntas.”

Hannah engoliu em seco visivelmente. “Os professores diminuíram os trabalhos em grupo.”

“Mas Joan me disse que vocês faziam juntas independente disso. Ela, inclusive, falou que seus professores já esperam trabalhos parecidos por causa disso.”

“Por isso mesmo que não estamos mais fazendo juntas. Alguns deles reclamaram.” Hannah não podia olhar nos olhos da pessoa mais legal que conhecia e mentir, por isso continuava a olhar seus tênis sujos com extremo interesse.

Christian suspirou. “É por causa daquela história de encontro, não é?”

“Como você...” Os olhos da garota se arregalaram e ela, finalmente, olhou para ele.

“Joan conta tudo para Dulce, que, posteriormente, conta tudo para mim. Você deve entender, é assim que melhores amigos agem. Então?”

Hannah respirou fundo como se estivesse se preparando para pular de um penhasco. “Eu gosto dela.”

“Sim?”

“É. E pensei que o fato dela ter duas mães iriam acabar com as chances dela ter algum tipo de preconceito com isso.”

“Joan não se importa com relacionamentos do mesmo sexo.”

“Então, por que ela saiu quase correndo do nosso primeiro encontro?”

“A primeira vez que sentimos o preconceito contra nós é bastante revelador. Primeiro porquê é o começo de uma longa jornada. Segundo porquê nos mostra o que vamos enfrentar nessa jornada. E terceiro porquê nem todos conseguem suportar isso.” Christian sorriu levemente. “Lembro-me da primeira vez que me chamaram de bicha. Eu não queria nunca mais sair da minha casa, porque lá era um lugar seguro, mas do lado de fora as pessoas eram cruéis.”

“Mas Joan já sentiu muito preconceito por causa de suas mães.”

“Exatamente. Por causa de suas mães. Nunca foi diretamente para ela.” Os dois ficaram em silêncio, sentados no banco do parque, observando pessoas correndo, cachorros passeando e crianças brincando sob o olhar atento de seus pais.

“Como você lida com isso?” Hannah perguntou de repente.

“Eu finjo que não escuto. É melhor assim. Quanto menos você se importa, menos as pessoas vão querer atingi-lo. Eu sei que Hannah ignora o que escuta sobre Dulce e Anahi, e sobre mim e Andy, na escola, mas não deixa de machucar. Acho que ela só tem medo de sentir isso por si mesma.”

“O que eu devo fazer?”

“Uma coisa que eu aprendi a muito tempo, querida, é que na família Portilla-Saviñon só existem mulheres complicadas. Dê tempo ao tempo. Quando ela tomar uma decisão definitiva, tenho certeza que será a primeira a saber. Depois de sua mãe e de mim, claro. Mas você vai ser logo em seguida.”

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Dulce fez o melhor possível para equilibrar Matteo em seus ombros, enquanto segurava a mão de Logan para atravessarem a rua. O lugar estava vazio, mas precaução nunca é demais.

Foi só quando ela baixou Matteo em seu quintal que ela percebeu o quanto seu filho havia crescido. E o quanto ela havia envelhecido. Antigamente, suas costas teriam aguentado o peso sem problemas, mas agora ela parecia que tinha sido atropelada. Por uma bicicleta, mas atropelada.

“Muito bem, todo mundo pra dentro. Vamos tomar banho e fazer um jantar especial para a mamãe e a Soph.” Dulce anunciou.

Logan e Matteo haviam decidido que queriam ir ao parque de diversões no dia de folga da escola, enquanto Sophie havia se enrolado um pouco nas palavras para dizer que queria ir ao zoológico. Vendo que não daria para fazer as duas coisas no mesmo dia, as mães se dividiram na tarefa. Dulce não tinha certeza de onde sua filha mais velha estava, já que ela havia falado que iria sair e fez isso antes de alguém poder questionar aonde ela iria.

Dulce sabia que iria ter uma longa conversa com ela quando Joan voltasse.

Depois de estarem todos limpos e trocados, Dulce deixou os meninos jogando video game na sala e foi para a cozinha, onde começou o jantar. Uma ajuda seria bem vinda, mas, honestamente, não é possível se ter muita ajuda de duas crianças.

Anahi chegou quase uma hora depois, trazendo uma Sophie adormecida nos braços. Ela beijou as bochechas dos filhos e foi para a cozinha, onde viu sua esposa tirando uma lasanha do forno.

“Hey.” A loira sussurrou.

Dulce se virou com um sorriso. “Olá.”

“Ela dormiu no carro, está exausta.”

“Mas vejo que ela se divertiu.” Dulce brincou ao ver as roupas sujas de sua filha, então levantou uma sobrancelha ao ver que Anahi estava quase no mesmo estado. “E que sacola é essa?”

“Soph queria trazer uma lembrança para casa. Como se o zoológico iria embora amanhã.” Anahi revirou os olhos. “É um elefante de pelúcia. Seu nome é Jingo e é seu novo bichinho favorito.”

“Anotado.” Dulce sorriu.

“Bom, vou tentar acordá-la para lhe dar um banho. Se eu bem a conheço, assim que eu mencionar a comida ela vai parar de resmungar.”

“Puxou a mamãe.” Dulce brincou e beijou a cabeça de sua filha.

Meia hora depois, uma Anahi usando pijamas rosa e uma Sophie combinando, desceram as escadas. A menina estava esfregando os olhos com a mão livre, já que a outra estava presa firmemente na de sua mãe. Todos jantaram em uma conversa animada das crianças. Logan e Matteo faziam questão de contarem sobre todos os brinquedos que foram, enquanto Sophie fazia seu melhor para descrever os animais, como a ‘giafa, que é alta e tem manchas’. Depois das experiências repassadas, todos decidiram que queriam trocar de lugar da próxima vez. Anahi e Dulce trocaram um olhar de desespero.

“Quando foi que ficamos tão velhas?” Dulce brincou quando foi levantar e sentiu suas coxas arderem do esforço.

“Acho que na mesma época que eles cresceram.” Anahi afastou os cachinhos de Matteo de seu rosto. Ele tinha o cabelo um pouco comprido, até os ombros, já que ele se recusava a cortá-los. Mas era bonito, já que era todo cacheado.

“Pelo menos podemos agradecer, já que o próximo dia de folga é só nas férias.”

Logan cruzou os braços. “Eu não quero ir para a escola mais.”

“E eu quero morar em Cáncun e ter quatro Ferrari’s na garagem.” Dulce revirou os olhos. “Nem sempre podemos ter o que queremos, não é?”

“Por que você não pode ter quatro Ferrari’s?” Logan perguntou, procurando um argumento para usar ao seu favor.

“Porque eu tenho quatro filhos.” Dulce beijou a bochecha dos três filhos presentes. “Eles consomem todo o dinheiro para comprar uma Ferrari.”

“Mas eu não tenho filhos, então posso não ir para a escola?”

“Você vai ir para a escola, Logan.” Anahi encerrou a discussão rapidamente.

Assim que ele achou uma nova frase para argumentar, a porta da frente se abriu e, segundos depois, Joan apareceu na cozinha. “Boa noite, família.”

“Onde você estava?” Suas mães perguntaram ao mesmo tempo.

Joan ergueu as sobrancelhas. “Nossa, isso foi assustador. Estava por aí. Eu vou tomar banho e venho comer esse pedaço de lasanha que sobrou.”

Dulce, que já estava recolhendo os pratos, parou o movimento e olhou para cima. “Não até você falar onde estava.”

“Eu já disse.”

“Especificadamente.”

Joan suspirou. “Estava com o meu namorado.”

Dulce sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. “Namorado?”

“Sim.”

“Desde quando você namora?”

“Dulce.” Anahi chamou-a suavemente. Quando sua esposa a olhou, ela acenou discretamente para as crianças, que pareciam perdidas.

Dulce respirou fundo. “Vá tomar banho, depois conversamos.”

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“Antes de mais nada, gostaria de ressaltar que a senhorita é muito jovem para namorar.”

“O tio Chris me contou que, nessa idade, mamãe já tinha dois namorados.” Joan comentou.

Dulce sentiu seu sangue ferver por um segundo, antes de obter seu controle novamente. Ter quatro filhos faz isso com você. “Você não é a sua mãe. E, segundo, eu não me lembro de ter dito que você poderia namorar.”

“Eu não preciso da sua permissão para isso, mãe. Eu preciso da sua permissão para colocar piercings e fazer tatuagens. Mas não para namorar.”

“Criamos um monstro.” Dulce murmurou para Anahi, que deu um passo à frente para tomar controle da situação.

“O que sua mãe quer dizer, Joan, é que você é muito nova. Não queremos que você se machuque ou, pior ainda, acabe fazendo alguma besteira.”

“Que tipo de besteira eu posso fazer? Ficar grávida? Por favor, sou mais inteligente que isso.”

“Não fale assim com a sua mãe.”

“Quando foi que vocês ficaram tão chatas, meu Deus?”

Dulce respirou fundo pela milésima vez. “Ela é uma adolescente, ela é uma adolescente, uma adolescente, apenas uma adolescente.” Ela murmurou para si mesma como um mantra. “Joan, eu espero que você mude sua atitude rebelde agora mesmo. Falar assim com as suas mães é inadmissível e, pior ainda, sair de casa sem permissão ou sem falar para onde vai não é permitido nessa casa, mocinha.”

“Tanto faz.”

“Tanto...” Dulce saiu do quarto rapidamente, murmurando sobre a respiração.

“Concordo com a sua mãe, Joan. Você tem 16 anos e pode ser uma adolescente, mas ainda é a nossa filha e menor de idade.”