Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

“Mamãe, mamãe!” Matteo se jogou nas pernas de Dulce, que ignorou a dor em prol da alegria de seu filho.

Entre os quatro, ele era o único que chamava Dulce de mamãe e Anahi de mãe, com os outros era o contrário. Ele nunca foi ensinado a fazer isso, ele apenas começou por conta própria um dia e ninguém nunca reclamou.

“Hey, o que foi meu pequeno dançarino?” Já fazia algumas semanas que Matteo anunciou sua vontade de se juntar as aulas de dança de sua escola. Apesar de Logan fazer piada sobre isso, o garoto nunca desistiu.

“Eu vi Joan hoje.”

“É mesmo?” Dulce franziu a testa. Matteo estava na escola durante quase todo o dia e Joan deveria estar na faculdade assistindo suas aulas de jornalismo. “Onde foi isso?”

“Logan quis parar para comprar sorvete antes da gente vir para casa e ela estava lá.” Depois de tanto Logan insistir que sabia o caminho de casa, Dulce e Anahi haviam concordado que ele poderia voltar a pé com Matteo e mais alguns amigos do bairro algumas vezes na semana.

“Ela estava lá, é mesmo?” Segundo seu relógio mental, no horário que os meninos saíram da escola, até chegaram à sorveteria, Joan ainda deveria estar na faculdade por, pelo menos, mais uma hora. “Ela estava sozinha?”

“Ela estava com Hannah.” Matteo sorriu. Hannah era como uma irmã para ele e ele apenas a adorava. Dulce ficou ainda mais confusa. Hannah estava se empenhando bastante em sua faculdade de medicina e nunca matava aula. Nem deveria. “Hannah me deixou comer calda de chocolate e pagou nossos sorvetes.”

Dulce sorriu. “Ela é legal, não é?”

“Uhun.” Matteo fez um esforço rápido para conseguir subir no colo de Dulce e começar a assistir TV com ela. “E vai ser ainda mais legal agora que ela e Jo estão namorando.”

Dulce arregalou os olhos, mas seu filho parecia inocente ao acontecimento narrado.

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“Qual o problema com a comunicação?”

Poncho levantou uma sobrancelha. “Olá, Dulce. Quer entrar?”

Ela suspirou e empurrou-o para passar pela porta. Ela foi direto para a cozinha, onde Maite estava fazendo uma espécie de torta, com Helena observando atentamente. Poncho seguiu a amiga com Héctor no colo.

“O que foi? Parece que você viu o coelhinho da Páscoa ser atropelado.” Poncho zombou.

Dulce respirou fundo e se escorou no balcão ao lado de Maite. “Joan está namorando Hannah e eu fiquei sabendo disso por Matteo, que, inocentemente, deixou escapar. Qual o problema com a comunicação?” Ela repetiu a pergunta. “Ela acha que eu vou cortar a língua dela toda vez que abre a boca ou algo assim? Desde aquele episódio grotesco de três meses atrás, onde eu peguei-a fazendo...”

“Bolos.” Maite interrompeu a amiga rapidamente. Dulce olhou-a confusa e Maite apenas fez um sinal para as crianças. “Fazendo bolos.”

Dulce revirou os olhos. “Que seja. Fazendo bolos no meu quarto, parece que nossa comunicação desapareceu! Quando ela ia me contar que meu sonho se realizou?”

“Seu sonho?” Poncho perguntou.

“Claro. O sonho dela não sair por aí fazendo bolos e achar alguém que a ame de verdade.” Dulce suspirou. “É tão difícil querer que os filhos achem a pessoa certa e isso realmente acontecer! E, quando isso acontece, ninguém conta!”

“Talvez ela só estivesse esperando o momento certo.” Maite sugeriu. “Você não sabe a quanto tempo esse namoro existe. Talvez faça pouco tempo e elas só quisessem ter certeza antes de contar para alguém.”

“Acontece que não só Matteo sabia, como meus outros filhos também. Até Sophie! Que acabou de aprender a falar! E não são só eles, Anahi também sabia. E Christian também.” Quando Poncho e Maite trocaram um olhar culpado, Dulce arregalou os olhos. “Ah, tá brincando! Vocês também?!”

“Joan pediu que não contássemos.” Poncho defendeu-se rapidamente, colocando Héctor no chão. O garotinho saiu correndo e abraçou a perna de Dulce, que sorriu e pegou-o no colo. “Ela mesma queria falar para você.”

Dulce suspirou. “Eu odeio ser a última a saber das coisas.”

“Ah, acredite, nós sabemos disso.” Maite riu. “Eu me lembro que você ficou sem falar conosco por dias após seu terceiro aniversário de casamento, quando Anahi ficou planejando uma surpresa pra você e pediu nossa ajuda.”

A outra mulher deu de ombros. “Eu não gosto de não ficar sabendo.” Ela beijou a barriga de Héctor, que riu, então colocou-o no chão e viu-o correr para a sala, onde alguns carrinhos estavam espalhados pelo chão. “Quando foi que você parou de se importar com a bagunça.”

“É impossível não ter bagunça quando se tem três filhos. Eu até tentava arrumar tudo, mas não durava mais do que dois minutos.” Maite colocou as mãos na cintura e olhou para os brinquedos da sala. “Eu desisti. Agora só arrumo tudo quando eles estão dormindo.”

Dulce sorriu e abraçou a amiga de lado. “Até você cresceu ainda mais, May.” Maite lhe deu uma cotovelada de brincadeira e se afastou para colocar a torta no forno. “O que vão fazer este fim de semana?”

“Nada, por quê?”

“Vamos fazer um almoço lá em casa. Christian e Andy já confirmaram presença, vou ligar para Christopher esta noite.”

“Vamos estar lá.” Poncho garantiu.

“Quer que eu leve alguma coisa?”

“Uma torta dessas parece uma boa escolha.” Dulce brincou.

Maite sorriu. “Só uma? Com você e Christian por lá, vou ter que fazer umas vinte.”

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“Mãe, eu posso falar com você por alguns minutos?” A cabeça de Joan estava aparecendo por trás da porta, enquanto ela observava o escritório de sua mãe, que não havia mudado em nada desde a última vez que ela havia entrado ali.

“Claro.” Dulce fechou o laptop e fez sinal para Joan entrar.

A garota fechou a porta com cuidado, não querendo arruinar o silêncio do cômodo e sentou na cadeira na frente da mesa de sua mãe. A visita parecia muito formal, mas ela gostava da ideia de ter algo colocando uma distância segura entre ela e sua mãe. Ela não tinha ideia de como Dulce ia reagir com a notícia.

“Eu tenho que te contar uma coisa.”

Dulce acenou com a cabeça, mas conteve sua vontade de falar que já sabia. “Muito bem, fale.”

“Você se lembra de Hannah?”

“Como esquecê-la?” Dulce deu um sorriso por dentro, decidindo partir para uma vingança rápida. “Com aqueles peitos, não tem como.”

Os olhos de Joan se arregalaram. “O que?”

“Estou apenas comentando.” Dulce fingiu inocência. “Só estou dizendo que reparei nas vezes que vocês duas vinham na piscina aqui em casa. Ela tem 17 anos, é uma mulher bonita, sem dúvida.”

Joan ficou em um silêncio atordoado por alguns segundos. “O que?” Ela repetiu.

Dulce quase riu da cara de peixe fora d’água de sua filha. “Vai me dizer que você não reparou também? Com aqueles peitões, só sendo cega para não ver. E a academia com certeza fez maravilhas com a sua bunda.”

“Mãe!”

“O que?”

“Não, mãe! Não! Meu Deus!”

Dulce parecia estar confusa. “O que foi?”

“Você é casada! Com a minha mãe!”

“Mas não sou cega, querida. Eu sei reconhecer uma mulher gostosa quando vejo uma e a sua amiga é uma delas.”

“Namorada.”

“Oi?”

“Não é mais minha amiga, mãe, Hannah é a minha namorada! Eu gostaria que você não olhasse mais para os peitos dela!”

Dulce começou a rir e riu tanto que quase caiu da cadeira. “Você devia ter visto a sua cara!” Ela exclamou quando o olhar de confusão de sua filha continuou. “Ah, eu devia ter filmado isso.” Ela enxugou uma lágrima e respirou fundo, ainda rindo levemente. “Nossa, isso foi divertido.”

“O que?”

Dulce balançou a cabeça. “Eu estava brincando com você.”

“Você estava... O que?”

A mulher riu mais um pouco. “Matteo deixou escapar do seu namoro ontem de tarde e eu decidi brincar com você um pouco.”

“Mãe! Isso foi cruel! Eu pensei que estivesse falando sério! Eu estava quase vomitando aqui!” Joan parecia muito irritada, mas então começou a rir também. “Ok, foi um pouco engraçado, mas não faça mais isso, por favor, eu quase liguei para a polícia vim te prender por pedofilia.”

“Sua mãe falou a mesma coisa quando eu brinquei com ela.”

“Wow, conhecendo a mamãe poderia ter sido pior. Ela poderia ter te dado um soco.”

“Ela deu.” Dulce acenou. Elas ficaram em silêncio por alguns minutos, então Dulce suspirou. “Obrigada por me contar, eu agradeço. E realmente espero que tudo dê certo para vocês duas.”

“Eu sei, obrigada.”

Dulce sorriu. “Traga-a para o almoço de domingo, sinto falta de ter Hannah por aqui.”

“Promete não me envergonhar?”

“Mas eu sou sua mãe, é meu papel te envergonhar!”