Fanfics Brasil - 336 RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada

Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)


Capítulo: 336

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Costumava ser mais fácil. A doença progrediu devagar, mas ainda muito rápido. Demorou anos até Dulce esquecer seu próprio nome e mais um par deles até esquecer onde morava. Em alguns dias, nem sabia onde estava nem quem era nem quem estava ao seu lado. Esses eram os dias péssimos.


Anahi ainda podia se lembrar de como se conheceram, como foi seu primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira vez. Dulce só conseguia se lembrar do dia de seu casamento com muito esforço se alguém lhe fosse narrando os fatos.


Foi triste para seus amigos verem-na se deteriorando lentamente. Para Christian foi pior. Ele viu sua amiga se esquecer de suas apostas e de suas brincadeiras. Viu-a esquecendo de quando ele lhe deu um soco por culpá-la por sua doença no coração e viu-a fazendo esforço para se lembrar da última vez que viram um jogo juntos. E então viu e sentiu quando ela lhe tacou um vaso de flor quando ele ‘invadiu’ a sua casa. Foi a primeira vez que ela não podia se lembrar quem ele era.


Para Andy não foi muito melhor. Sua prima sempre foi como sua própria irmã. Primeiro Dulce se esqueceu que ela era advogada, então se esqueceu que era sua prima, então começou a chamá-la de ‘cachinhos negros’ e um dia nem a reconheceu quando ela foi fazer uma visita.


Maite e Poncho tentavam ajudar, mas não conseguiam fazê-la se lembram da festa de comemoração pela perca da virgindade de Maite. Dulce riu como se tivesse acontecido com outra pessoa, com outros amigos, em outro mundo, mas não se lembrou das baguetes e dos balões. Pouco tempo depois, achou que Poncho era testemunho de Jeová e mandou-o embora de sua porta.


Christopher achou bom quando Dulce se esqueceu que ele já fora apaixonado por Anahi, mas sentiu um vazio dentro de si quando Dulce disse ter se esquecido de como o conheceu. Então ela esqueceu seu nome e passou a chamá-lo apenas de Ucker, que acabou se tornando Umer, então Une, então ‘cara U’, então ‘hey, as correspondências chegaram!’.


Nem todos os dias eram assim. Na maioria das vezes, ela os reconhecia, mas era difícil saber quando aconteceria. Anahi era a porta voz, ela enfrentava Dulce assim que acordava e passava mensagem avisando-os se era ou não seguro visitar.


Anahi. Que ainda se lembrava de seu primeiro encontro, do seu casamento, da adoção de Joan e de todas as brigas que tiveram. Era ela que dormia na cama ao lado de Dulce e acordava no meio da madrugada com medo do que aconteceria quando sua esposa acordasse. Se lembraria dela ou sairia correndo? A beijaria ou gritaria? Estaria feliz o triste? Não importava quantas vezes ela contasse a história sobre sua lua de mel, Dulce nunca se lembrava. Ela se lembrava como era bom passar as noites nos braços de Dulce apenas assistindo a um filme ou contando histórias. E o dia de seu casamento era lembrado por todos que estavam presentes, menos pela pessoa principal.


Os cabelos de Anahi foram ficando cinzas com o tempo e ela deixou de se importar com a tintura. Bom, não totalmente, ainda ia ao salão para retoques, mas havia desistido do loiro. Os cabelos de Dulce também foram ficando cinzas, mas pararam ao atingir um estágio grisalho com a perfeita combinação do cinza com o preto. Anahi gostava de passar os dedos sobre as mexas coloridas quando deitavam na cama e admirava como os fios pareciam brilhar no sol.


Xxxxxxxx


Tinha sido um dia ruim. Dulce se esqueceu do nome dos netos e quase quebrou o nariz de Elliot quando ele veio trazer o convite para o batizado de seu segundo filho. Mas Anahi nunca ficava brava ou decepcionada. Ela limpava a bagunça feita e tinha certeza que Dulce estava bem antes de acalmá-la.


E durante a noite, quando Anahi estava com medo do dia seguinte, Dulce ficou enrolada em seus braços. “Você pode me contar uma história?” Quando Dulce se esquecia de alguém, ela pedia algo sobre a pessoa para tentar se lembrar. Anahi fazia um esforço para manter as memórias para as duas.


“Ele descobriu papiros antigos que contavam mais sobre Cleópatra e quase foi despedido porque tirou fotos e mandou para Christian e Matt antes de todo mundo. Ele se casou faz quatro anos. O nome dela é Lucy. Você tentou ser DJ na recepção do casamento, mas não sabia mexer nos equipamentos e Christian salvou o dia com algumas piadas mal feitas.”


Dulce ficou em silêncio. Nada daquilo lhe trazia lembranças. Não se lembrava do casamento nem do escândalo que a universidade fez quando descobriu sobre as fotos. “Pode me contar outra história? Qualquer uma.”


Anahi respirou fundo. “Era uma vez uma garota muito chata.” Brincou. “Ela tinha os cabelos vermelhos como fogo e gostava de fazer piadas bem chatas e era ótima com o sarcasmo. Mesmo assim, era muito talentosa e tinha uma voz incrível. Eu me apaixonei por ela.”


Dulce parecia surpresa com a revelação. “É mesmo?”


“Sim.” Anahi sorriu levemente. “Muitas pessoas tentaram ganhar meu coração, mas ele sempre foi dela.”


“E você contou pra ela?”


Ela riu. “Não. Eu tentei ignorar meus sentimentos e namorar outras pessoas, mas sabia que não ia dar certo, porque ninguém poderia se comparar à mulher que me fazia rir todos os dias. Então, um dia, ela arrumou as malas e disse que ia embora. Eu entrei em pânico. Não sabia o que fazer, não queria que ela fosse embora, mas também não queria admitir que tinha sentimentos fortes por ela. Eu era uma covarde, veja só.”


“E o que aconteceu depois que ela foi embora?”


“Eu não a deixei ir embora.” Anahi afastou uma mexa de cabelo do rosto de Dulce. “Nunca deixei-a sair do meu lado depois daquele dia. Eu disse que a amava, que precisava dela e que queria que ela fosse minha namorada.” Um suspiro surpreso escapou dos lábios de Dulce. “Eu fui a pessoa mais feliz do mundo a partir daquele dia. Nós ríamos e vivemos o máximo todos os dias. Eu nunca tive dúvidas que ela fosse a pessoa certa para mim quando a vi no final do corredor usando um terno depois de quase sair correndo do nosso casamento. Eu a amava mais e mais a cada dia, e quando tivemos nossa primeira filha eu quase explodi de felicidade. Então eu dei a luz ao nosso primeiro filho e eu sabia que nada nesse mundo podia nos separar.”


De repente, uma luz de compreensão brilhou nos olhos de Dulce e Anahi sentiu alívio correr por seu corpo. “E nada nos separou.”


“E nada vai.” Anahi prometeu. “Boa noite, meu amor.”


Na manhã seguinte, Anahi acordou cedo como de costume. Ao contrário de seus anos mais jovens, ela não ficava postergando o momento para despertar. Dulce ainda está dormindo contra seu ombro e ela aproveitou o momento para observá-la. Para cada linha no rosto de Dulce, Anahi pode contar uma história. Cada cicatriz em seu corpo foi traçada e acariciada por ela. Não existe um centímetro de pele que ela não conheça. E a mata lentamente saber que há dias que Dulce não consegue se lembrar como é conhecer alguém tão profundamente, que não consiga se lembrar de todos os argumentos estúpidos e brigas épicas para rirem juntos de como eram bobas.


Todos os dias ela acorda com uma dúvida. Ela acorda querendo saber se vai ser um bom ou mau dia. Dulce vai se lembrar de Anahi ou ela vai surtar? Anahi vai poder abraçar e beijar sua esposa corretamente ou terá que vigiar todos os passos do dia?


Um leve movimento desperta sua atenção. Anahi olhou para baixo a tempo de ver os olhos de Dulce se abrindo lentamente. Ela prendeu a respiração e deixou sua esposa falar primeiro. São os primeiros segundos que definem o dia.


“Oi.” Dulce sussurrou com um leve sorriso.


Soltando a respiração, Anahi deixou-se sorrir também. “Olá, linda.”



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Autor(a): chavinonyportinon

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Comentários do Capítulo:

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  • camilaaya Postado em 01/09/2024 - 12:43:57

    E pensar que eu li essa fic ainda no começo um dia... E hoje estou aqui quase no capítulo 300 pq tô relendo ela de novo, depois de não sei quantos anos

  • tryciarg89 Postado em 02/11/2022 - 17:34:54

    Que história linda,queria até que fosse realmente assim na realidade. Últimos capítulos meu Deus,como chorei. Parabéns pela história simplesmente perfeita 😍😍😍😍

  • andressa_reis Postado em 17/09/2020 - 14:43:27

    Nossa, acho que essa fic é a minha favorita, você escreve tão bem, tem muito talento e eu amo essa estória demais, eu era muito viciada nas suas fanfics na época, mas essa sempre vai ter um lugarzinho especial guardando no meu coração. Depois de muito tempo, irei reler essa estória como se fosse pela primeira. Bom, você é muito foda, e tem uma escrita incrível.

  • flavianaperroni Postado em 10/01/2020 - 08:47:30

    Meu primeiro amor, é essa fanfic. Definitivamente.

  • danny Postado em 22/09/2019 - 22:52:48

    Já pedir perdi as contas de quantas vezes eu li essa fanfic. Ela me marcou muito. Lembro de ficar ansiosa esperando postar o próximo capítulo. MELHOR fanfic que já li.

  • brenda_danielle Postado em 15/09/2018 - 09:32:50

    Melhor fanfic..Gente Ameiii Choreii pra caramba..e ri muitoo tmb 😍 simplismeito amei de mais parabenss 👏

  • AnBeah_portinon Postado em 15/04/2018 - 12:30:15

    Definitivamente a MELHOR fanfic da face da terra. Estou lendo pela 7 vez e sempre me choro no final. Amei com todas as minhas forças. Parabéns

  • Juh Postado em 05/01/2018 - 03:44:33

    Leio e releio essa fic SEMPRE! É NUNCA VOU SUPERAR O FINAL! Mas sem dúvidas foi a melhor que eu já li!

  • emilyfernandes Postado em 09/05/2017 - 08:40:14

    Meus parabéns, nunca pensei que choraria, ou que morreria de rir, em uma única fic. Amo portinon. E depois desta fic eu fiquei apaixonada. Eu posso dizer que foi a melhor fic portinon que já li . Amei as loucuras de Dulce e seu amor eterno por Anahí, já Anahí o que posso dizer .... Amei seus ciúmes descabidos e seu amor esterno por Dulce.

  • Nix Postado em 25/03/2016 - 21:54:01

    tá de parabéns eu li sua fic faz um bom tempo e eu amei cada pedaço chorei muito também


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