Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Alfonso Herrera Rodríguez

►28 de agosto de 1983

†09 de maio de 1964

Alfonso, ou Poncho, viveu 14 anos sem o seu melhor amigo. Sentia falta de tudo, no final. De suas partidas de futebol, dos vídeo games, de conseguir ler e atuar. Ele não morreu preso a uma cama, mas já usava uma bengala a anos e nem podia pensar em subir escadas. Se tivesse a chance, diria que gostou de ter morrido antes de sua esposa. Viveu 14 anos sem seu amigo, mas jamais conseguiria viver sem sua mulher.

Ele gostava de pensar que Maite era o ponto mais alto de sua vida, que havia subido no topo de Everest e não queria descer nem por decreto. Considerou os anos que perdeu por ter medo de admitir seus sentimentos por Maite como tristes. É como... Você não sabe o quão bom poderia ser uma coisa até tê-la. Talvez tivessem tido mais tempo para eles.

Seu casamento foi o dia mais feliz de sua vida. Bom, ficou empatado com o nascimento de seu primeiro filho, mas ganhou mínimos pontos a mais. Era como Poncho gostava de organizar suas lembranças, por ordem de felicidade. Assim, saberia quais valeria a pena realmente se lembrar.

Manteve próximo ao coração a lembrança de seu casamento, do nascimento de seus filhos e da festa que Dulce organizou com as baguetes e rosquinhas. Não deixava de se lembrar de suas viagens em grupo e de como Christian gostava de pedir quase o cardápio inteiro no café da manhã. Nem se esqueceu que Christopher foi o primeiro a ir falar com ele no primeiro dia de gravação de Classe 406. E jamais poderia se esquecer das cenas que partilhou com Anahi no meio de erros e muitas risadas. E nunca esqueceu nenhum momento que teve com sua esposa.

Todos consideraram sua morte não uma grande surpresa. Seus melhores amigos já tinham partido, ele estava praticamente surdo e preso à cadeiras, e sua família já estava muito bem criada. Sebástian já estava casado e havia acabado de se tornar avô. Héctor morava com o marido em Dubai a mais de anos e Helena já estava com sua família formada e com o emprego dos sonhos. Seus netos estavam bem encaminhados e seu único bisneto parecia muito bem em sua opinião. Sebástian sabia que o pai ficaria ali até ter certeza que ninguém mais precisava de sua ajuda. E foi assim que aconteceu.

Poncho não viveu tanto no limite quanto seu melhor amigo. Nada de orgias ou muitas garotas. Teve sua cota de conquistas e não negava seus dias de bebedeira, mas se aquietou bem antes de Christopher. Achou a mulher de sua vida, se estabeleceu e começou a planejar seu futuro. Só tinha um arrependimento no vida, que foi ter abandonado Dulce durante seu problema com as bebidas. Se considerou um péssimo amigo, mas eram águas passadas.

Ele morreu com um derrame. Estava falando em um minuto e, no outro, estava caindo no chão. Sua filha tinha feito um ótimo trabalho limpando o chão no dia anterior. Nem sujou. O sangue ficou preso em sua cabeça.

Seus netos choraram no enterro, com exceção do mais novo, que parecia confuso sobre o que sentir. Seus filhos carregaram o caixão com lágrimas nos olhos e ambos os seus genros completaram o trajeto com as mandíbulas fechadas. Tinham medo quando o conheceram, mas sempre o admiraram e estavam tristes por sua partida e pela dor de seus parceiros. Sua filha teve que segurar um saco de lenços durante toda a cerimônia e parecia completamente perdida.

E Maite. Ah, pobre Maite. Que viveu com ele por 50 anos... Ela não sabia mais o que seria de sua vida. Tinha perdido o amor de sua vida, mas prometera ficar viva e lutar até o último dia para ajudar seus filhos da melhor forma que podia. E seus netos, ah, como queria estragá-los mais um pouco. Então ficou, mesmo sem seu amado marido ao seu lado, e lutou, mesmo sem ter mais o principal motivo para lutar.