Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

"Tudo bem. Vou planejar algo." Dulce falou.

Anahi apenas sorriu e voltou a comer. Depois de comerem, Dulce e Anahi foram para a cozinha. A loira se sentou no balcão ao lado da pia, enquanto Dulce lavava as poucas coisas que tinha sujado.

"Quantas namoradas você já teve?" Anahi perguntou de repente.

Dulce parou abruptamente e olhou para Anahi. "Por que quer saber isso?"

"Só quero saber quanto concorrência eu tenho." A loira deu de ombros.

"Não há concorrência." Dul deu um risinho debochado. Porém Anahi continuou séria. A ruiva suspirou. "Isso realmente importa?"

"Por que tanta resistência em apenas falar? Tem algo que você não quer que eu saiba?" Anahi cruzou os braços, começando a ficar desconfiada.

"NÃO! Só não é algo que valha a pena."

"Conta... agora!"

Dulce suspirou novamente e desligou a torneira, secando as mãos num pano de prato. "Muito bem. Primeira namorada aos 13 anos, conheci ela durante as gravações de um comercial. Durou apenas 2 meses. Segunda com 15, minha vizinha do outro lado da rua. A gente ficava conversando por mensagens o dia e a noite inteira. Durou 4 meses, aí ela se mudou. Terceira namorada com 16 anos, filha de uma amiga da minha mãe, não durou muito, na verdade a gente só ficou. A quarta também foi aos 16, a irmã da minha primeira namorada, ela tinha 15 anos, durou cerca de cinco meses, até eu descobrir que ela tava de caso com a minha vizinha. E a última foi aos 17. Conheci ela nas minhas férias. A mãe dela é a cozinheira da casa de campo do meu pai. Conversamos por alguns dias, rolou o primeiro beijo e o namoro durou o tempo das minhas férias. Depois nada muito sério, casos, apenas beijos na balada, e as que você já me viu com." Dulce suspirou. "Satisfeita."

"Muito. Viu, não foi tão difícil." Anahi sorriu e jogou os braços sobre os ombros de Dulce, puxando-a para perto.

Dulce jogou o pano de prato no ombro e colocou as mãos nas coxas de Anahi, que beijou-a. Elas se separaram pouco depois e a loira sorriu de novo. "Agora é sua vez." Dulce falou.

"Minha vez do que?" Any perguntou, se fazendo de desententida.

"Seus namorados." A ruiva revirou os olhos.

"Sérios mesmo só Rodrigo, Axl e Derrick."

"E nem são tão sérios assim, né Anahi Portilla!"

Anahi riu. "O que posso dizer? Estava a procura de alguém que me fizesse feliz e nem percebi que ela estava bem na minha frente, o tempo todo."

Dul deu um sorriso bobo. "É?"

"Uhun." Any lhe deu um sorriso e um beijo na bochecha. "Agora você vai me falar sobre a namorada que estava te traindo."

A ruiva riu. "Quer a história da minha vida?"

"É óbvio!"

Dulce balançou a cabeça e deu de ombros. "Tudo bem. Só quero que você saiba que meu gaydar foi feito no Paraguai, então ele é péssimo."

Anahi riu. "Gaydar?!"

"Sim. Bem, vamos a lastimável história de como eu ganhei meus lindos e polidos chifres." Anahi riu novamente e fez um sinal para ela continuar. "O nome dela era Priscila. Tinha 15 anos e era o demônio de saia. Brigava com todos, por qualquer motivo. Quando eu namorava a irmã dela era como se eu tivesse arrancando seu braço fora! Ela não me suportava. Aí a gente começou a namorar por acaso. Mas, enfim, durou 5 meses e então descobri que ela tinha um caso com minha vizinha evangélica. Agora, nossa vida tem reviravoltas e, como eu já disse, meu gaydar é danificado e veio sem garantias. Eu nunca, em hipótese algumas, iria imaginar que minha prima que só usava calção de menino e umas camisetas bem largas, tinha cabelo curto, era toda tatuada, jogava no time feminino de futebol e treinava sempre que podia com os homens e era super fã de uma cantora brasileira, Cassia Eller, iria se casar na IGREJA com um brutamontes de dois metros e músculos do godizila!" Dulce fez uma pausa dramática e ergueu as mãos pro céu. "E eu fui a dama de honra!"

Anahi riu de novo. "Se é da Carmen que você está falando, concordo com você!"

"É claro que é da Carmen! Quero dizer, ou ela era e não quis admitir ou eu nem tenho um gaydar!!!" Dulce parecia indignada.

A loira gargalhou, então respirou fundo e recuperou a compostura. "Continua a história."

"Bem, então. Eu e a Priscila estávamos namorando e um dia eu convidei ela pra sair e ela disse que ia ficar em casa estudando. Eu só disse que tudo bem, desliguei o celular e fui tomar banho. Quando eu saio do chuveiro o que eu vejo? Priscila agarrando minha vizinha! Eu conseguia ver tudo pela janela! E as duas tavam quase se comendo!"

"E o que você fez?"

"Nada! Fiquei olhando! Apesar do chifre, aquilo era quente demais! As duas eram gostosas!" Dulce deu de ombros. "O pequeno detalhe vem agora. Minha vizinha, filha da dona Ana, crente que só, usava vestidos estampados até o joelho e não assistia TV, porque é, palavras dela, coisa do capeta. Não ia assistir a jogos de futebol ou a festas típicas, porque, ainda usando suas palavras, essas pessoas tinham feito pacto com o Demo. Cara de santa, comportamente de santa, atitudes de santa, vivia em cultos e seu melhor amigo era um pastor. ERA UMA LÉSBICA DE MARCA MAIOR! E ainda é, óbvio. E está morando com a minha ex, aquela vaca dos infernos! E só não tinha comido a mãe. Pois metade da população feminina ela já tinha traçado! Inclusive a minha ex, a vaca dos infernos!"

Anahi gargalhou novamente. "Eu... Você... Mas... Por..." A loira tentava formar alguma frase, mas era impossível com seu fluxo de risadas.

"Isso, ria da minha cara! Aposto que a vaca dos infernos também faz isso!" Dulce se afastou irritada e foi pra sala.

Maite estava deitada no sofá, assistindo TV, olhou pra cima e viu Dulce brava e Anahi vindo logo atrás dela quase sem ar de tanto rir. "O que foi?"

"Sua amiga aí que fica rindo da minha cara. Eu não tenho culpa se a vaca dos infernos prefere minha vizinha peituda!" Dulce exclamou, se jogando no sofá.

"Quem?" May perguntou confusa, se sentando rapidamente.

"Uma ex-namorada." A ruiva explicou. "E a minha vizinha peituda!" Completou.

Anahi ainda ria como uma louca, mas, ao prestar atenção em suas palavras, parou na mesma hora. "Como é? Peituda, Dulce Maria? Você olhava pros peitos dela?!"

"Era impossível não olhar! Se ela nunca ficasse com ninguém seria um desperdício. Principalmente, se casasse com um brutamontes que nem o marido da minha prima. To dizendo, tamanho olímpico." Dulce fez um gesto com a mão, tentando demonstrar o tamanho.

"Não foi você que disse que jurava que ela era hétero?!" A loira exclamou com raiva.

"Sim. Mas olhar não ia matar. Eu também adimiro a May."

"O QUE?!" As duas gritaram juntas.

"Meu sonho de prioridade número... 4, é beijar a May." Dulce deu de ombros e pegou o controle, mudando de canal.

"Só 4?!" May exclamou surpresa.

Dulce e Anahi olharam lentamente para ela. May corou e se levantou, indo pro seu quarto. "To dizendo. As aparências enganam e meu gaydar é danificado." Dulce falou rindo. "A May se importando sobre ser apenas meu sonho número 4? Hilário. E nem quero beijo de verdade, selinho já basta."

Anahi fuzilou-a com o olhar, então se jogou no outro sofá. "Odeio ter ciúmes de você!" Falou depois de cinco minutos de silêncio.

Dulce riu e foi até ela, dando um selinho demorado. "Pois não há necessidade. Sou toda sua. Completamente sua. Não tem nenhuma Maite, nenhuma vizinha peituda ou ex-namorada, que eu trato da melhor forma possível como vaca dos infernos, que me faça te largar, te trair, te abandonar. Jamais."

"Promete?"

"O que?"

"Nunca me abandonar. Nunca me trair."

"Prometo." Dulce respondeu olhando firmemente em seus olhos. "E você sabe que eu cumpro todas as minhas promessas."

"Confio em você." Any falou sorrindo.

As duas ficaram apenas assistindo TV por um tempo. Até que Ucker entrou na casa dançando uma dançinha estranha.

"O que deu nele?" A loira perguntou.

"A metade restante do cérebro começou a aparentar defeitos irreversíveis." Dulce brincou.

Any riu, o que atraiu a atenção de Ucker. "Adivinhem!" Ele falou.

"VOCÊ GANHOU NA LOTERIA! GANHOU UM CARRO! ADIMITIU QUE GOSTA DA MESMA FRUTA DO CHRIS E DA MAY! É TRANSSEXUAL! EXISTE CURA PRA SUA BURRICE! ACHARAM A CURA DO CÂNCER!" Dulce gritou fingindo animação. Ela se levantou e começou a dar pulinhos animados com um falso sorriso.

Anahi gargalhou. Ucker apenas revirou os olhos. "Não. Eu vou me casar!"

Dulce parou de pular. "COMO É QUE É?!"

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