Fanfic: O Portal | Tema: Tokio Hotel
Um rapaz de sobretudo preto o esperava sorrindo. Bill deu um sorriso suave e entrou. A casa era decorada em estilo vitoriano por dentro. Logo a frente da porta, uma escadaria que levava direto para o segundo andar, e depois para o terceiro, onde várias portas estavam fechadas tudo muito bem iluminado. O rapaz fechou a porta e pediu para Bill segui-lo, os passos rápidos ecoavam pelo lugar. Passaram a direita da escada onde um corredor curto dava em uma porta branca cuja maçaneta parecia ser de ouro.
– Ele está te esperando, pode ir – Bill sorriu e assentiu enquanto o rapaz saía caminhando depressa.
Bill respirou fundo antes de abrir a porta e pensou em Tom, inspirou mais ar e o liberou enquanto abria a porta. Era um escritório tão bem decorado quanto o resto da casa, o papel de parede poderia até ser meio antiquado, mas combinava bem com a mobília. Tudo naquele lugar parecia ser do milênio passado. Um homem parado no meio do escritório esperava ele terminar de analisar o lugar, a boca entreaberta em surpresa e um canto dela rasgado em um sorriso. Já tinha visto chaves antes, mas aquela com certeza tinha algo de diferente.
– Casa bonita – Bill sorriu timidamente.
– Que bom que gosta.
– Um tanto grande para se morar sozinho.
– Não moro sozinho, todos em quem confio moram comigo.
– Meu guardião?
–Também. Falando nele, espero que tenha te dito tudo – Bill ficou mais tranqüilo de saber que Tom estava perto.
– Quase tudo. Mas não foi pra me contar histórias que me chamou aqui não é? – O homem sorriu e assentiu – Suponho que seja o Stephen.
– Sim sou eu. E realmente, não foi pra te contar histórias que te chamei aqui – Bill assentiu para que ele continuasse – Como sabe, a sua linhagem de chave por pouco não se perdeu, mas se misturou bastante com o sangue humano. Ainda não sabemos se isso é vantagem ou desvantagem. O que queremos saber é: Será que você é forte o suficiente para abrir um portal tão grande?
– Eu devo admitir que não sei responder essa pergunta, mas talvez... – Bill ficou em silêncio por algum tempo, debatendo consigo mesmo se devia ou não confiar em Stephen para falar de Serena, decidiu que não. Em quanto ele pensava, Stephen tentava ler sua mente, mas não via nada.
– Talvez o que? – Stephen parecia confuso e irritado seus olhos castanhos faiscaram.
– Nada. Esqueça. Posso fazer uma pergunta?
– Claro – Stephen decidiu não insistir naquele ponto, já conhecia a natureza das chaves.
– Como era o nome da primeira chave? – Stephen passou a mão pelos cabelos claros e curtos e coçou a cabeça em seguida.
– Não lembro bem... Era algo com S...
– Serena?
– É! Serena! – Stephen parou de sorrir e tentou ler Bill mais uma vez. Nada – Como é que você sabe disso?
– Veio à mente agora – Mentiu. Stephen arqueou a sobrancelha.
– Você realmente é um caso a ser estudado – Sorriu e levantou-se – Tenho que me reunir com o conselho pra saber o que faremos com você. Afinal, se tentarmos abrir o portal com uma chave sem poder suficiente podemos destruí-la – Bill engoliu em seco. Stephen percebeu e sorriu – Não se preocupe. Agora venha comigo, você vai ficar na mansão.
Bill sorriu e levantou-se para segui-lo, Stephen notou o sorriso e tentou mais uma vez, inutilmente, ler a mente de Bill. Subiram as escadas até o terceiro andar e entraram em um dos quartos. Bill quase não consegui se conter, o quarto era perfeitamente decorado em estilo antigo. Cortinas de seda bloqueavam a luz dos postes lá fora, poltronas em volta de uma mesinha de centro ficavam mais próximas à porta, e uma cama imensa ficava encostada na parede do fundo entre duas janelas. Acima da mesinha, um lustre que dava ao quarto uma iluminação amarelada que deixava tudo com um ar de pôr do sol.
– Vai ficar aqui por proteção, este andar está cheio de pessoas em quem confio. Incluindo seu guardião – Bill corou e seu coração acelerou um pouco. Stephen franziu o cenho ao perceber.
– Obrigado Stephen.
– De nada – Stephen já estava saindo quando Bill lembrou que tinha que fazer uma pergunta.
– Stephen. Posso perguntar uma coisa? – Stephen virou-se para ele e assentiu – Pra que essa guerra? – Stephen deu de ombros.
– Poder.
– Pra quem? Só pra você? Não é meio egoísmo da sua parte deixar que seus “súditos”, se é que posso chamá-los assim, se arrisquem por um poder ao qual não terão acesso? – Bill aproveitou e enquanto Stephen processava a pergunta e inventava uma resposta ele lia sua mente.
– É o seguinte...
– Não precisa mais. Já vi o suficiente – Bill se jogou na cama, afundando no colchão e ignorando a presença de Stephen.
– Viu é? Como?
– Esqueceu que sou uma chave?
– Mas eu mantenho a mente bloqueada a todo o tempo – Stephen estava terrivelmente confuso.
– Não sei o que foi, ou como foi. Sei que você esta mentindo e que cedo ou tarde as pessoas vão descobrir – Bill nem se deu ao trabalho de levantar para responder, ficou apenas deitado, puxando uma mecha ou outra do cabelo para conferir a tintura.
– Não vou discutir isso com você. Está tarde. Amanhã vou me reunir com o conselho para discutir isso. Sei que você dormiu bastante então provavelmente não dormirá essa noite – Apontou para a estante de madeira escura – Ali tem alguns livros. Boa noite – Bill não respondeu.
Stephen desceu as escadas às pressas e foi convocar o conselho para a manhã seguinte. Alguma coisas estava errada com aquela chave, o problema era saber o que. E como é que depois de tanto tempo uma chave podia saber da existência da outra? Ainda mais haver comunicação entre as duas. A reunião foi marcada como urgente. Depois disso ele foi dormir.
–------------------//-------------------------//-------------------
Casa do Bill
A casa estava completamente abandonada. Depois que Bill saiu de lá a mãe dele foi convencida de que morava na França e estava lá só a negócios. Mas o cheiro dos dois ainda estava lá pra os que podiam sentir. Duas figuras, uma pálida e uma escura, entraram na casa pela janela do quarto de Bill. Suas asas se abriram a sacudiram espalhando o cheiro de Jasmim. Vasculharam a casa toda, não encontraram o que estavam procurando. Ambos vestiam uma calça branca com uma faixa dourada no coz e estavam sem camisa.
– Por que eles sempre estão atrasados? – Disse o de pele mais escuras.
– Paciência Aquim, eles chegam logo.
– Ah Miguel! Me deixe reclamar em paz – Assim que terminou a frase, duas auras negras como a noite entraram no quarto. O cheiro de Jasmim foi encoberto pelo de enxofre.
– Chegaram.
As auras se transformaram em duas garotas logo que tocaram o chão. Ambas com os olhos vermelhos. Uma usava uma saia curta e uma blusa curta, porém de mangas compridas. A outra usava um vestido roxo e também curto.
– Argh! Odeio esse cheiro – Miguel tampou o nariz.
– E o de você me enjoa – A menina de saia estendeu a mão – Sou Pandora. Essa é Lúcia. – Aquim cumprimentou-a e sorriu.
– E então? – Perguntou depois de cumprimentar Lúcia.
– Foi confirmado, estão planejando um guerra – Disse Pandora.
– Isso significa que querem tomar o controle da divisão de almas e ficar com todas – Lúcia interviu.
– Então está decido – Miguel tirou a mão do nariz para falar – Temos que nos unir contra eles.
– Devo admitir que não gosto muito da ideia – Pandora cruzou os braços.
– Pense bem – Disse Aquim – Se lutarmos uns contra os outros as chances deles de vencer são muito maiores. Mas se nos juntarmos podemos garantir nossa vitória e o equilíbrio.
– Tudo bem, tudo bem. Vou informar aos nossos superiores.
– Faremos o mesmo.
– Então temos um trato?
– Temos – Enquanto Aquim e Pandora apertavam as mãos, Lúcia e Miguel se preparavam para deixar o lugar. Logo todos eles tinha ido embora.
–------------//-----------------//---------------
Bill tinha acabado de pegar um livro na estante para ler quando foi interrompido por uma batida na porta. Foi abrir pensando que fosse o Stephen. Mas para sua surpresa, era Tom quem o esperava. Puxou ar para seu pulmão para gritar o nome do moreno que o encarava, mas o mesmo fez sinal para que fizesse silêncio. Bill saiu de seu caminho para que ele entrasse e fechou a porta do quarto, notou que os dreads de seu guardião não eram mais dreads, e sim tranças. Estava meio confuso com o jeito que o outro estava agindo e seu rosto exibia isso claramente.
– Por que você tá tão estranho? Não sentiu minha falta? – Bill sentiu um aperto no peito, mas ignorou a sensação.
– Não é isso. Morri de saudades de você – Tom puxou Bill pela mão, mas este puxou sua mão para livrar-se do outro.
– Então por que você tá tão estranho comigo?
– Bill entenda. Aqui eu sou apenas seu guardião. Se Stephen sonhar que estamos juntos eu não quero nem ver o resultado.
– Estamos juntos? Não me lembro de você ter me pedido nada – Bill sorriu e chegou mais perto de Tom, que também sorriu e puxou o menor pela cintura.
– Você sempre foi meu e sabe disso.
Tendo dito isso Tom começou a dar vários selinhos em Bill e levá-lo para a cama. Deitou-o nos lençóis de seda e finalmente abriu a boca, deixando que as línguas pudessem enfim sentir uma a outra, uma saudade inexplicável finalmente aliviada ali. A mão de Bill subia e descia em suas costas enquanto seus dedos se embaraçavam nas mechas negras dele. Não precisavam parar, Bill era menos humano agora, então sentia menos a falta de ar. Bill levantou-se e inverteu as posições, sentando em cima de Tom e debruçando-se sobre ele para mordiscar seu pescoço. Mordeu, lambeu e chupou, deixando algumas marcas na pele do moreno. A respiração de Tom estava completamente desregulada e ele agora arfava de prazer.
Bill voltou a colar os lábios nos de Tom, rebolando sobre a ereção de se formava dentro dos jeans folgados do maior. Tom desceu suas mãos nas costas do menor até os glúteos do outro e as manteve ali, apalpando tudo que podia enquanto gemia de prazer na boca do mais novo. Bill começou a aos poucos puxar a calça de Tom para baixo, deixando o só de boxer e camisa, o outro retribuiu o favor e logo o resto das roupas estavam no chão.
Tom colocou Bill sentado em suas pernas e começou a lentamente masturbar o membro teso e nada pequeno do menor enquanto beijava seu pescoço. Bill começou a gemer e jogar cabeça pra trás, dando a Tom um espaço maior para explorar com seus lábios enquanto aumentava a velocidade de sua mão. O menor estava prestes a explodir, segurou Tom pela nuca e o beijou intensamente enquanto explodia em sua mão. Tom lambeu o líquido branco e voltou a beijar o menor.
Bill afastou os lábios dos de Tom e começou a beijar seu pescoço, descendo até o peito e depois a base do membro já duro do maior. Começou a lamber bem devagar, torturando-o. Subia e descia, lubrificando toda a extensão, engoliu-o finalmente, mas parou. Tom sentou na cama, o olhando com algum interesse e uma dose de confusão.
– Por que parou?
– Por que hoje eu não quero chupar você – Bill sorria – Quero você dentro de mim – Tom abriu um sorriso largo e beijou Bill mais uma vez antes de pedir.
– Vira.
Bill se virou e deitou na cama, os joelhos e o rosto de apoio. Tom beijou suas costas até a nuca e voltou, enfiou um dedo na boca de Bill primeiro.
– Lambe pra mim – Bill riu um pouco e ensopou o dedo de saliva – Vou por o primeiro.
Colocou o primeiro dedo dentro do menor, Bill Gemia baixinho com os movimentos de vai e vem e aos poucos se acostumando com a dor. Depois o segundo, a dor aumentou e Bill mordia os lábios pra não fazer muito barulho, mas ainda gemia com os movimentos. Tom colocou um terceiro dedo antes de ter certeza de que Bill aguentaria recebê-lo dentro de si.
– Tá pronto? – Tom sussurrou no ouvido de Bill.
– Mhm – Bill fechou os olhos e mordeu os lábios os mais forte que pôde.
Tom encaixou a cabeça do membro na entrada de Bill e começou a empurrar bem devagar. Bill gemia de dor e uma lágrima ameaçava cair, mas ele segurou. Tom colocou tudo que podia dentro do menor e começou os movimentos de vai e vem devagar, esperando o menor se acostumar com a dor.
– Você tá bem?
– Ah... Tô sim Tomm... Hm... Acelera.
Tom começou a acelerar o movimento e debruçou-se sobre Bill, atingindo o ponto de maior prazer e fazendo com que o menor esquecesse a dor completamente. Tom começou a alisar o abdômen do menor acariciando seu membro já duro outra vez, começou a masturbá-lo no mesmo ritmo que o invadia, tocando o mais fundo que podia. Os dois gemiam juntos, amavam-se agora por que o futuro era ridiculamente incerto, o desejo sendo finalmente saciado. Tom mordia e beijava as costas de Bill enquanto acelerava ainda mais.
– Aah! Hmm...! Tom... Aahh! Eu tô quase... Hmm... Eu to...
– Eu... Aaah...! Tam...
Gozaram juntos, Tom dentro do menor e Bill em suas mãos. Ficaram um tempo parados naquela posição, aproveitando a sensação do orgasmo se espalhando pelo corpo. Tom saiu de dentro de Bill e caiu de costas na cama. Bill deitou em cima do peito do maior em seguida. Ficaram abraçados por um longo período de tempo, sentindo o cheiro um do outro, permitindo que a vontade de ter um ao outro, fosse devidamente saciada.
– Por que agora?
– O que agora? – Bill levantou a cabeça pra olhar o maior.
– Por que fizemos agora? Sabia que podíamos esperar.
– Sei que podíamos.
– Então por quê?
– Por que eu não sei quando é que eu vou ver você de novo. Não sei se teremos tempo. Nem sei se vou sobreviver a isso de abertura de portal. E não queria morrer sem sentir você em mim antes.
– Que história é essa de não sobreviver? Nenhuma chave morreu abrindo portais! – Tom sentou na cama levando Bill junto com ele.
– Ah é. Tenho algumas coisas pra falar contigo – Tom arqueou uma sobrancelha – Eu li a mente do Stephen.
– O que?!
Prévia do próximo capítulo
– Eu li a mente de Stephen. – O que?! – Vou ter mesmo que repetir? – Mas como? – Não tinha nenhuma explicação lógica que sua mente pudesse encontrar. – Não sei Tom – Bill revirou os olhos – Mas, me ouça! Stephen está mentindo para todo mundo. – Como assim? – To ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo