Fanfics Brasil - 11 - 1° Portal O Portal

Fanfic: O Portal | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 11 - 1° Portal

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– Eu li a mente de Stephen.


– O que?!


– Vou ter mesmo que repetir?


– Mas como? – Não tinha nenhuma explicação lógica que sua mente pudesse encontrar.


– Não sei Tom – Bill revirou os olhos – Mas, me ouça! Stephen está mentindo para todo mundo.


– Como assim? – Tom estava ficando atordoado.


– Ele não quer poder nenhum. Ele vai fazer essa bagunça toda só por vingança.


– Vingança de quem? Por quê?


– Não sei bem o motivo. Mas eu vi um homem negro de asas brancas na mente dele – Bill mordeu os lábios – Era até gostosinho – Tom revirou os olhos.


– Bill, isso é sério. Ninguém, nenhum meio termo, nunca leu a mente de Stephen. E você leu!


– Sou uma chave!


– Mesmo assim – Tom pulou da cama e começou a se vestir – Vista-se também. Vou chamar alguns amigos que podem nos ajudar a pensar.


Bill revirou os olhos e vestiu-se enquanto Tom evocava a presença de Georg e Gustav. Pediram para Bill explicar a história e ele a contou toda de novo. Os dois ficaram tão abismados quanto Tom e nenhum dos dois sabia explicar o motivo de Bill ler Stephen. Bill ainda não entendia o por que de eles estarem mais preocupados com isso do que com o fato de Stephen estar mentindo para todos.


– Tá gente, tudo bem, então eu sou uma chave poderosa – Bill interrompeu a discussão dos três que pelo visto não ia dar em lugar nenhum – Será que vocês não percebem que se o Stephen conseguir abrir o maldito portal nós vamos morrer por nada?! – Os três pararam de andar em círculos e lhe deram a devida atenção – Pior ainda, por vingança! E eu sei que não disse pra vocês, mas a minha vida está em risco! Por que se eu não for forte o suficiente, eu posso morrer tentando abrir a porcaria do portal – Bill perdeu o controle e começou a soluçar em desespero.


– Calma – Tom tentou abraçá-lo, mas Bill não deixou.


– Não me peça calma! Se qualquer coisa der errado eu sou o primeiro a morrer. Então não me peça calma – Gustav lançou uma onda de tranquilidade no ambiente. Por ser “derivado” de um anjo, Gustav podia manipular as energias do ambiente e arrastá-las para a calma e o bem estar.


– Obrigado Gustav – O loiro apenas sorriu e assentiu.


– O que a gente faz agora? – Georg passou a mão pelos fios lisos e respirou fundo.


– Eu não sei. Tudo que temos são informações soltas – Bill já estava mais calmo – Podemos voltar a Terra?


– Claro que podemos. O problema é passar com você sem que Stephen saiba. Ele sente quando teleportamos para a Terra – Georg olhou Gustav por um minuto esperando que o loiro desse a solução do problema.


– Tem um portal atrás da casa de Violet. Ninguém o usa há anos. Talvez ela concorde em nos deixar passar escondidos.


– Portais não precisam de chaves? – Bill arqueou uma sobrancelha.


– Temos uma bem aqui – Georg sorriu – Não se preocupe. É um portal pequeno, gasta menos energia. Mas pra que voltar a Terra? – Bill ainda ficou meio inseguro, mas era a única chance que tinham.


– Foi na Terra que tive minha primeira visão, pode ser que consiga ver mais alguma coisa. Sem falar que eu sinto falta das minhas roupas – Bill ajeitou a calça que estava usando e balançou a cabeça em reprovação. Os outros três reviraram os olhos.


– Deixe de bobagem. Você está lindo assim. – Tom beijou o rosto de Bill, que corou o máximo que pôde. Georg e Gustav se entreolharam confusos.


– Enfim, você tem certeza de que quer voltar lá? Pode ser perigoso – Georg encarou Bill, sério.


– Creio que não temos escolha.


– Mas como vamos tirar você daqui sem que o Stephen saiba? – Gustav apoiou a mão no queixo como se pensando em algo. Tom o interrompeu.


– Olá? Sou um guardião? Esqueceram foi? Escudos! – Gustav sorriu, tinha esquecido – E melhor ainda. Sou o guardião dele – Apontou para Bill – Se nos pegarem a chance de dar problema é bem menor.


– Stephen estará numa reunião amanhã pela manhã – Bill pegou o livro que ia começar a ler antes de Tom chegar e sentou na cama.


– Perfeito – Tom se jogou na cama, quase derrubando o menor. Os dois riram. Georg e Gustav se entreolharam mais uma vez e foram sentar-se nas poltronas.


– Agora esperamos.


–------------------//---------------------//--------------------


Era bem cedo quando saíram da mansão. Stephen estava em reunião com o conselho e nem sequer sonhava que a chave tinha deixado seu forte de proteção. Caminhavam devagar, não queriam chamar atenção. Bill observou que o céu agora, estava em um tom de cinza-azulado bem claro, mas que a luminosidade do lugar não era tão forte assim. Com os postes antigos desligados, as ruas realmente lembravam uma Londres no meio do século passado, só que sem carros e com menos gente.


Chegaram à casa de Violet e bateram na porta. Ela demorou pra abrir, apareceu minutos depois com os cabelos agora roxos desgrenhados. Violet parecia confusa de ver os três ali tão cedo. Deixou que entrassem e foi esquentar a água para fazer café. Enquanto a água fervia, os quatro tentavam explicar o que estava acontecendo. Contaram tudo que tinham descoberto sobre Stephen, mas Violet não parecia convencida.


– Você tem que acreditar em nós! – Georg pedia.


– Não posso acreditar em vocês. Mesmo que isso tudo fosse verdade... Por que vocês me contariam?


– Por que precisamos que você nos deixe usar o portal que tem aqui – Tom estava perdendo a paciência.


– Não deixo! – Violet cruzou os braços – Não acredito em vocês! Stephen ajudou a todos aqui! Duvido que alguém vá ajudar você a pará-lo!


– Violet, por favor. Pense nas vidas que serão perdidas por nada – Gustav pedia, mas ela era irredutível.


– Nenhuma vida será perdida! Vamos vencer essa guerra e dominar o mundo!


– Violet... – Bill ia pedir mais uma vez.


– Não!


– Argh! Chega de implorar pra essa vadia! – Tom levantou e acertou a acertou a cabeça dela com um soco que a fez desmaiar – Pronto resolvido.


– Tom! – Os três encararam o de tranças.


– Deixem de frescura e vamos antes que ela acorde!


Desceram correndo o mais rápido que podiam até o porão e abriram uma porta branca com um aviso em vermelho dizendo pra não entrar. O coração de Bill pulava no peito, e ele por mais que tentasse não conseguia se controlar. As paredes acinzentadas do quarto eram iluminadas por algumas velas. Próximo a um dos cantos do quarto tinham duas estacas prateadas e adornadas fincadas no chão, ambas com uma bola de vidro na ponta.


– Como é que isso funciona? – Bill não entendia pra que as estacas.


– Eu explico – Tom foi até as estacas – Você vai ficar entre as estacas. Colocar suas mãos sobre as bolas de vidro. Só isso.


– Só? Achei que fosse mais difícil. Nem precisava ir até aí pra me mostrar – Tom revirou os olhos e saiu do lugar que estava.


Georg fechou a porta do quarto e Bill se posicionou entre as estacas e respirou fundo. Fechou os olhos pelo que pareceu pouco tempo, mas os abriu assim que enxergou um clarão colorido. As cores giravam deixando-o um pouco enjoado, mas ele preferiu deixar os olhos abertos. As cores foram se perdendo e parando de girar aos poucos e assim que a imagem formada ganhou algum foco, ele se viu parado ainda no meio das duas estacas, porém agora, na praça perto de sua casa. Sua cabeça ainda rodava e suas pernas ficaram um pouco fracas e ele perdeu o equilíbrio, mas antes que pudesse cair Tom e pegou no colo e começou a correr.


Foram direto para a casa de Bill, não podiam perder um segundo sequer. Tom pôs Bill de pé já em seu quarto enquanto Georg e Gustav rondavam a casa pra se certificarem de que não tinha nenhum anjo ou demônio por perto. Bill respirou fundo e foi até seu armário e tirou a blusa que estava usando, esquecendo-se quase completamente da presença de Tom. Ele foi até Bill e o abraçou por trás, cheirando seus cabelos e beijando sua nuca. Bill sorriu e se virou, tocando os lábios do maior antes de finalmente beijá-lo. Foi um beijo curto, o menor se virou pra seu armário para escolher uma camisa. Pegou uma listrada preta e vermelha, seu jeans preto em seguida, alguns acessórios e estava pronto. Trocou de roupa em segundos, evitando os olhares do outro.


– E agora, o que fazemos? – Bill pensou por alguns segundos.


– Me dá um minuto. Vou sentir o ambiente, tentar ver alguma coisa, sei lá.


Bill andou um pouco pelo quarto. Sentiu uma energia concentrada em um ponto e ficou parado ali por um tempo. Arfou e arqueou as costas saindo um pouco do chão, flutuando, enquanto as imagens voavam por sua mente. Tom se afastou dele, logo Georg e Gustav entraram no quarto. Bill via o diálogo de Aquim, Miguel, Pandora e Lúcia como se estivesse no quarto com eles. Ouviu e decorou cada palavra até eles voarem do quarto. Se viu parado no meio quarto vazio, achou que tinha acabado, mas Serena entrou pela porta e sorriu pra ele.


– Serena! – Bill foi abraçá-la, mas ela ergueu uma das mãos pedindo que parasse. Bill ficou confuso.


– Não trago boas notícias Bill.


– O que aconteceu?


– Não aconteceu, mas vai acontecer. Eu sinto que vai!


– Mas você não está morta?


– Bill, não tenho mais corpo. Mas não quer dizer que minha essência tenha desaparecido. Eu vivo em você! Mas não foi sobre isso que eu vim falar.


– Então fale sobre o que você veio falar – Bill estava ficando nervoso e preocupado. Sabia que era algo sério, podia sentir.


– Você não pode abrir o portal.


– Do que está falando? Eu abri um portal pra vir à Terra.


– Era um portal menor. O portal que Stephen quer abrir é bem maior! É uma fenda pra duas dimensões. No que você abriu, você é transportado junto. No que Stephen que abrir, você não passa, só mantém o portal aberto.


– Mas e então o que eu faço? Fujo? – A cabeça de Bill já procurava um lugar seguro pra ficar.


– Não vai adiantar. Anjos e demônios lhe perseguirão para sempre.


– E então o que eu...


– Não sei. Só não diga a Stephen que não consegue abrir o portal!


– Por quê?


– O que você acha que ele vai fazer com uma chave inútil? – Bill engoliu em seco – Agora tenho que ir, antes que você fique sem energia pra voltar – Bill assentiu e ela se virou para sair – Boa sorte criança.


Serena saiu do quarto e Bill fechou os olhos, só abriu quando sentiu uma mão em seu ombro. Tom estava ao seu lado e Gustav e Georg a sua frente. Bill olhou nos olhos de cada um e não pôde conter as lágrimas de desespero. Cobriu o rosto com as mãos e deixou que corressem enquanto caía de joelhos. Tom ajoelhou-se de um lado e Georg e Gustav do outro.


– O que foi Bill, o que você viu? – Tom queria entender o que estava acontecendo com seu pequeno, mas Bill não respondia – Bill, fala alguma coisa!


- Não temos chance! – Bill disse assim que se acalmou o suficiente pra falar – Os anjos fizeram um pacto com os demônios!


– O que?! – Os três quase gritaram.




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– Os anjos fizeram um pacto com os demônios! – Bill tentava se acalmar, mas não conseguia. Mesmo que abrisse o maldito portal, eles morreriam lutando. – Do que você está falando? Georg, pega um copo d’água pra ele – Georg saiu do quarto – Bill, por favor, para de chorar. Bill aos poucos parou de solu&cc ...


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