Fanfics Brasil - 16 parte 2/2 - O Portal (Final) O Portal

Fanfic: O Portal | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 16 parte 2/2 - O Portal (Final)

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– Vai ficar aí sorrindo pra mim? – Tom foi arrastado de volta ao mundo real, fora de seus flashbacks onde Serena sempre tinha a resposta.


– O que a gente faz?


– Eu sei lá o que a gente faz! Eu sei que temos cerca de um minuto até que o portal esteja completamente aberto e ele frite. – Serena parecia muito tranquila para tudo que dizia, mas era só a sua personalidade.


Tom começou a golpear o portal, tentando quebra-lo, mas as estacas não mostravam sinal de estar cedendo. Serena suspirou e balançou a cabeça negativamente. Não estava desapontada com o que Tom estava fazendo, estava chateada consigo mesma por não conseguir achar uma saída para aquilo. Estava frustrada. Estava perdida em pensamentos quando Tom a tirou de seus pensamentos.


– Não tem como quebrar essa coisa!


– Eu sei que não tem Tom. E eu não sei o que fazer. Desculpe. – Serena estava séria.


– Não é culpa sua e... – Tom pareceu ter tido a melhor ideia do século – Será que não podemos tirar as mãos dele dessas esferas?


– Com o portal aberto até a metade isso vai causar um curto circuito e... – Tom a interrompeu, não tinha tempo para a história inteira. Bill deixou a cabeça pender para trás e a intensidade da luz que saía de seus olhos aumentou.


– Isso pode salvar o Bill?


– Tanto quanto pode matar aos dois. Sem falar na explosão e... – Tom a interrompeu de novo.


– Então saia daqui.


– Vai fazer isso com as mãos?!


Não houve tempo para uma resposta. Um trovão forte fez com que o ar vibrasse e quase arremessasse os dois da plataforma. Tom apenas olhou para Serena e ela soube que era a sua deixa, dissolveu-se em luz seus lábios movimentaram-se murmurando algo que soou como “Boa sorte”. Tom chegou mais perto de Bill a ponto de quase ser sugado pela corrente de energia presente ali.


Respirou fundo antes de tocar os antebraços de Bill e começar a puxar. Logo que sua pele fez contato com a dele, Tom sentiu a corrente de energia começar a fluir por ele também, sacudindo-o a ponto de fazer seus ossos trincarem. Um grito escapou seus lábios, mas Tom continuou segurando os braços de Bill, tentando tirá-lo de lá.


Enquanto Tom se esforçava para tirar Bill do portal, uma guerra sem tamanho acontecia abaixo de seus pés. É claro que Stephen tinha planejado todo o meio termo para a guerra e tinha o máximo de recém-transformados e almas recém-chegadas – até mesmo algumas roubadas da Terra – mas nem isso foi capaz de conter o estrago que seria feito no meio termo. Stephen estava contando com o ódio mutuo entre anjos e demônios, não com a união deles contra o meio termo. Se arrependia de não ter dados ouvidos a Bill no dia em que o prendeu, mas era tarde demais para isso.


O meio termo estava em ruínas e nada nunca foi tão parecido com um apocalipse do que aquilo. Stephen correu, fugiu de tudo e de todos para dentro da sala de cerimônias. Sentou atrás do banco de pedra e recolheu os joelhos contra o peito. Pela conta que tinha feito, ele não duraria lá fora tanto quanto duraria aqui dentro. Então que não procurasse a morte, se ia morrer, ela que o achasse.


Tão logo concluiu o pensamento, ouviu a porta da frente da sala de cerimônias se abrir. Os passos arrastados na sala escura em contraste com os sons da guerra lá fora davam a Stephen calafrios que faziam até seus dentes baterem uns contra os outros.


– Nunca foi muito corajoso, devo admitir. Mas largar a todos lá fora foi o cúmulo não acha?


– Aquim! Eu nunca fui covarde! – Stephen levantou-se e encarou o anjo negro, a morte tinha de fato vindo lhe buscar. E ele ia encará-la de cabeça erguida.


– Então como explicar sua fraqueza?


– Não sou fraco. – Aquim revirou os olhos e abriu suas asas, usando-as para voar até Stephen.


– Sente falta delas? – Tocou de leve as asas, prateadas naquela luz.


– Então foi posto em meu lugar lá em cima? Eu deveria saber. O mais novo príncipe de prata.


– Não banque o amargurado. Foi culpa sua. Você não dá uma a dentro né? Chutaram você de lá pra ver se você aprendia, mas aí você volta das trevas a fode com tudo de novo?


– Ei! Eu não fodi tudo! Você sabe o que aconteceu!


– Ah não? E o que você queria fazer aqui? Hein? Destruir tudo né? Se não fosse o acordo que fizemos, sabe quanto de nós iam morrer? Faz ideia? Não que fosse novidade alguns dos nossos morrerem por sua culpa né?


– Eu não... Quer saber, esquece! Você veio pra me matar então faça. – Stephen ergueu os braços e fechou os olhos.


– Como eu disse, covarde!


–-----------------//-----------------//-----------------


– Bill... Argh! Se você ainda... Unf... Está me... ouvindo, tenta... tirar suas mãos... dessa... merda... desse... Portal! – Tom mal conseguia falar devido a força que fazia e a dor que sentia correr por seu corpo.


– Tommy... – Ouviu a voz fraca de Bill e viu a luz em seus olhos brilhar mais fraca.


– Bill! Pode me... me ouvir? Argh! – Era possível contar as veias no braço de Tom de tão alteradas que elas estavam.


– Tom... eu não... vou... conseguir...


– Não diga besteiras Bill... você vai sair... vivo! – Tom podia sentir lágrimas escorrerem por seu rosto.


Apesar de todo o esforço que estava fazendo Tom precisava de um pouco mais de força pra tirar completamente as mãos de Bill das esferas. As bordas do portal começaram a tremer e ele ameaçava fechar, paredes invisíveis se formavam e dissolviam fazendo alguns que tentavam passar de uma dimensão pra outra esbarrar neles. Tom olhou para o rosto de Bill temendo ser a última vez que o faria e viu pequenas rachaduras se formarem no rosto dele quando sua força cedia um pouco. O portal logo se abriria completamente, ou entraria em curto circuito, tudo que restava era o tempo.


– Bill! – Chamou, mas não teve resposta do moreno – Bill, não... não se vá! Argh! Deus... não, por... por favor! – As lágrimas desciam grossas no rosto de Tom, mas seus braços davam o máximo de si – Bill! Eu... eu te amo! Por favor... só... só fica... Por favor!


O portal começou a falhar com cada vez mais freqüência e Tom sentiu a corrente que tentava parti-lo ceder um pouco. Sua respiração ofegante, e mesmo assim ele se recusava a fazer força. Sentiu Bill se mexer a sua frente e o viu direcionar os olhos para focar melhor os seus. A face úmida por lágrimas – de dor e qualquer outra sensação – tentou sorrir para Tom.


– Eu... também... te amo Tommy... – Sua voz estava fraca devido a força que devia estar fazendo para se manter vivo.


– Vamos... fazer isso juntos! Ok? – Não precisou de resposta – No três... Arf... 1... 2... 3!


Os dois começaram a fazer força simultaneamente. Uma esfera oca de energia se formou em volta deles, lançando ondas de luz azul por segundo que por onde passava destruía quase tudo. Quase todos os que batalhavam próximos ao portal morreram quase que instantaneamente, alguns precisaram de duas ondas, enquanto que as casas precisaram de três. Na sala de cerimônias, Aquim segurava o pescoço de Stephen, pronto para arrancar-lhe a cabeça com as próprias mãos quando a primeira onda de luz atingiu a estrutura da sala. Os vitrais praticamente explodiram e as paredes racharam.


– O que foi isso?! – Os olhos de Stephen quase saltaram das órbitas.


– Eu sei lá o que foi isso! – Aquim franziu o cenho – Mas não quero saber! Tenho uma coisa mais importante pra resolver agora!


– Olha, você claramente não sabe nada sobre portais, então por que não... – Uma segunda onda levou o teto da sala consigo – Isso é um portal em curto circuito!


– Essa cena me é familiar...


– É claro que é, foi isso que aconteceu quando fui expulso. Eu tinha dito que não era uma boa idéia mexer com portais e que aquela não era a chave certa. Que a chave tinha que ser forjada naturalmente. Mas ninguém me deu ouvidos né?


– Não vou egolir essa. Agora, calado! – Aquim estreitou os dedos na garganta de Stephen e o levantou do chão.


Uma terceira onda levou o que restava da sala de cerimônias e só assim Aquim percebeu o perigo da situação. O céu do meio termo estava escuro e parecia poder se partir a qualquer momento. Não havia luz se não a que emanava da esfera de energia em volta da chave.


– Hahahahaha! Acredita em mim agora? Hahahaha – Stephen parecia ter enlouquecido. Ria histericamente.


Aquim soltou Stephen e tentou voar em direção ao portal para sair do meio termo, mas uma onda o atingiu na metade do caminho. A mesma onda atingiu Stephen alguns segundos depois, segundos esses que passou rindo.


Tom já podia sentir as mãos de Bill se descolando das estacas, e acima deles, o portal começava a entrar em colapso. O céu do meio termo tinha fendas como se um terremoto tivesse acontecido ali, tudo em volta estava em ruínas, até a escada que levava a plataforma. A própria plataforma já oscilava bastante com toda a agitação a sua volta.


Tudo foi muito rápido. Assim que Tom conseguiu tirar os punhos de Bill das estacas a esfera de energia se desfez, a abertura do portal entrou em colapso e praticamente explodiu, partindo o céu em milhões de pedaços. Bill desmaiou e Tom o segurou. Carregou em seu colo e começou a procurar um jeito de sair dali, mas a escada tinha sido feita em pedaços.


A plataforma onde eles estavam oscilava sem controle, a explosão do portal tinha feito verdadeiras crateras no chão. Tom precisava teleportar com Bill, mas não conseguiria sozinho. Olhava em volta e o desespero começava a atingi-lo. O apoio da plataforma cedeu jogando-os metros abaixo.


Tom soltou Bill involuntariamente os dois caíram, atingindo o chão antes da plataforma. Bill continuava desacordado e por azar foi parar bem onde a plataforma tocaria o solo. Tom percebeu e correu para segurar o suporte da plataforma antes que ela atingisse o moreno. Era muito pesado, Tom estava quase cedendo quando o peso pareceu diminuir.


– Vai uma ajuda aí? – Tom levantou os olhos e enxergou Georg ao seu lado.


– Obrigado. – Afastaram a plataforma de Bill. – Mas...


– Eu sei. Voltamos.


– Péssima ideia! Agora temos que correr. Me ajuda a teleportar o Bill?


– Claro. Vamos todos juntos.


Mas adiante Gustav esperava, já carregando a chave desacordada. Em segundos, teleportaram, e a energia usada dissipou-se na atmosfera do meio termo sendo a gota d’água necessária pra mandar tudo pelos ares. Então, numa explosão sem tamanho, todo o meio termo desintegrou-se.




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