Fanfics Brasil - 18 - Epílogo (FIM) O Portal

Fanfic: O Portal | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 18 - Epílogo (FIM)

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Bill abriu os olhos devagar. Sentia seu corpo pesado, como se tivesse dormido por anos. Espreguiçou-se preguiçosamente e começou a olhar em volta. Estava deitado em uma cama com lençóis brancos em um quarto grande. O quarto tinha janelas de vidro imensas que davam vista para uma quantidade anormal de plantas, era como estar em uma floresta. O piso e as paredes eram revestidos de madeira, o que dava a ele a sensação de estar em uma casa na árvore.


Levantou e sentou na cama, estava completamente nu. Tentou lembrar de como chegou ali, mas não lembrava nem de ter saído do meio termo, na verdade, não se lembrava de muita coisa depois de ter sido posto entre as estacas douradas. Cruzou as pernas sob os lençóis e ficou apenas observando o lugar, esperando que de alguma forma conseguisse lembrar-se de como tinha chegado ali.


Antes de conseguir chegar a qualquer conclusão lógica, a porta se abriu e Tom entrou no quarto, andando devagar. Um sorriso iluminando seu rosto. Ele sentou na cama ao lado de Bill e o abraçou.


– Que bom te ver acordado. – Tom disse com um sorriso radiante no rosto.


– Há quanto tempo estava dormindo? – Bill se espreguiçou de novo e se deixou envolver nos braços de Tom.


– Não sei ao certo. Por algum tempo, todos nós dormimos.


– Não entendi.


– Foi muita energia e... Ah foda-se! – Tom puxou Bill e o jogou de costas na cama, subindo nele em seguida. – Senti sua falta.


Bill corou um pouco enquanto um largo sorriso se espalhava por sua face. Tom inclinou-se sobre ele e começou a beijá-lo de leve e depois com mais intensidade até estarem os dois arfando.


– Também senti a sua. – Bill disse com um sorriso travesso – Agora pode me explicar onde estamos?


– Hahaha, claro. Estamos em casa.


– Ah, não diga. – Bill revirou os olhos – Casa de quem?


– Nossa, ué? – Bill franziu a testa e levantou o tronco, olhando em volta.


– Como assim nossa?


– Tem o Georg e o Gustav também, mas eles dormem em outro quarto.


– Tom explica isso direito! – Bill já estava ficando agitado quando ouviu a porta se abrir.


Georg abriu a porta e chamou antes de entrar.


– Podemos entrar? – Tom saiu de cima de Bill e sorriu para o moreno confuso.


– Podem.


– Tem certeza? – Georg apareceu na porta, ainda cobrindo os olhos, Gustav vinha rindo logo atrás dele.


Eles entraram e foram sentar-se na cama junto com Tom e Bill. Bill puxou os cobertores ainda mais sobre si e se encolheu contra a cabeceira da cama, ao lado de Tom.


– Como está se sentindo Bill? – Perguntou Gustav.


– Um pouco confuso no momento. Como foi que chegamos aqui? O que aconteceu? – Os três se entreolharam e começaram a contar tudo.


Começaram a contar desde quando Bill foi preso. Primeiro Gustav contou até quando foi preso, depois Georg seguiu até quando encontrou Tom. E o próprio Tom contou em poucos detalhes o que aconteceu até a queda da plataforma.


Bill foi ouvindo um por um e assimilando tudo. Sua mente começou a girar, com várias perguntas que lhe renderam uma dor de cabeça. Quando Tom estava finalizando a história, Bill começou a esfregar suas têmporas e franzir o cenho. Sentia-se um pouco tonto também.


– Bill, você está bem? – Gustav perguntou, preocupado.


– Estou bem. Eu só preciso pensar um pouco. Minha cabeça dói um pouco.


– Está tudo bem. – Tom segurou os ombros de Bill – Você só precisa...


Tom foi interrompido por um arrepio que desceu a sua espinha. Ele olhou assustado para Gustav e Georg, que pela expressão em seus rostos, tinham sentido a mesma coisa. Os três olharam pra Bill quase ao mesmo tempo e viram seus olhos brilharem uma luz branca. Se entreolharam mais uma vez e pensaram em correr, mas pela segurança do mais novo, resolveram ficar.


Um flash de luz cegou-os por um momento e quando voltaram a enxergar, estavam parados no meio de um espaço imenso e branco. Bill veio sorrindo até eles e logo atrás dele, Serena vinha com a mesma expressão do moreno.


– Bill, o que...? – Tom foi interrompido.


– Ela queria falar com vocês. – Bill parou do lado de Tom e ficou de frente para a mulher. – Na verdade, com todos nós.


– Então por que ela simplesmente não aparece lá fora? Aliás, onde estamos?


– Estamos dentro da mente do Bill. – A voz de Serena estava muito mais leve, e ela tinha voltado a sua postura séria. – E eu não posso mais me materializar fora dele.


– Por que não? – Georg perguntou.


– Por que eu não tenho energia suficiente na Terra. No meio termo eu podia usar a própria energia do lugar para me materializar, mas aqui não tem tanta energia assim.


– Mas o que você queria nos dizer? – Tom inclinou a cabeça, como um filhote de cachorro. Serena sorriu docemente e olhou para Bill, que assentiu, sorrindo da mesma maneira.


– Essa é a última vez que vou falar com vocês.


– O que? Por que? – Gustav perguntou, agitando-se.


– Não posso ficar dando essas descargas no Bill toda vez que quiser fazer uma visita. Além do que, eu não tenho mais nenhum propósito com relação a vocês. Todos os portais foram destruídos num acordo entre anjos e demônios. Portanto as chaves são inúteis para eles. Não preciso mais proteger vocês.


– Mas se todos os portais foram destruídos, então como eles poderão voltar ao meio termo? – Perguntou Gustav.


– Não poderão voltar.


– Por que não? – Bill franziu o cenho.


– Por que não existe mais nenhum meio termo. – Os quatro abriram a boca em quatro ‘O’s perfeitos. – Pois é. A explosão do portal destruiu a existência do meio termo.


– Mas e agora? – Disse Tom – O que vai acontecer com as almas que forem expulsas do céu, ou do inferno?


– Elas vão voltar para a Terra. Vão nascer de novo como humanos para decidirem onde querem ficar.


– Mas e quanto ao Stephen?


– Morto. – Os quatro ficaram chocados. – Ele pode até ter tentado fugir, mas a fúria de Aquim o alcançou primeiro.


– Me pergunto o que foi que ele fez pra esse Aquim... – Gustav cruzou os braços e tocou seu queixo pensativamente.


– Ele quase matou um monte de anjos que estavam explorando a natureza de chaves e portais. Chaves tem que ser forjadas naturalmente, sabem? Não podem ser planejada, se não perde sua essência. Mas ele era ousado demais. Mesmo depois de expulso do céu ele continuou explorando essa natureza, até me achar. O engraçado é que acabou que ele matou tanto a Aquim quanto a si mesmo com essa obsessão por chaves e portais.


– Como você sabe de tudo isso, Serena? – Tom perguntou meio desconfiado.


– Por que Stephen me contava tudo. Até o que eu não queria saber. Sem falar que fiquei no meio termo até o fim. Tom pode até ter me mandado sair, mas como parte de Bill, eu não podia deixar o meio termo se ele ainda estava lá.


– E o que aconteceu depois de tudo isso? – Bill ainda não sabia o que tinha acontecido com eles depois da abertura do portal.


– Vocês passaram algum tempo desmaiados por causa da descarga de energia e depois acordaram. Pronto. Acho que foi só isso. – Serena deu de ombros.


Os quatro riram do jeito que ela respondeu e depois ficaram apenas em silêncio. Bill foi o primeiro a quebrar o silêncio, sentindo seus olhos umedecerem-se um pouco.


– Então é isso, é um “adeus”?


– Não exatamente. – Serena continuava sorrindo – Vejo mais como um até logo.


– Então até logo! – Georg puxou Serena para um abraço que se transformou num abraço grupal.


– Hahahahaha – Tom e Gustav riam feito crianças enquanto Bill sorria para ela e deixava um lágrima escorrer por seu rosto.


Serena beijou a face de Bill por onde a lágrima escorria e piscou pra ele. Murmurou algumas palavras em seu ouvido e depois desapareceu, deixando os outros três completamente confusos.


Outro flash e eles se viram sentados na cama do mesmo quarto onde estavam antes.


Bill já estava sorrindo docemente para si mesmo e depois olhou para Tom e beijou-o sem nem se importar com a presença dos outros dois. Georg riu e agarrou Gustav para começar a beijá-lo também. Tom quebrou o beijo.


– Então né? – Georg parou e começou a rir enquanto Gustav apenas corava.


– Não sabia que estavam juntos. – Bill olhou surpreso para Georg.


– Estamos sim. – Georg passou a mão por cima do ombro de Gustav e o puxou para si.


– Haha. Vão logo pro quarto de vocês. – Tom lançou um olhar malicioso para Georg.


Eles riram e logo tinham deixado o quarto.


– Enfim, sós.


– O que vai acontecer agora Tom? – Bill perguntou.


– Felizes para sempre? – Os dois gargalharam. Tom pôs Bill deitado na cama e se inclinou sobre ele. – Posso te fazer uma pergunta?


– Pode. – Bill mordeu o lábio inferior.


– O que a Serena te disse antes de sumir?


– Ela disse, que da maneira mais clichê possível, estará comigo sempre – Bill sorriu.


– Hm... Será que ela está nos vendo agora? – Tom sorriu sapeca para Bill.


– Acho que sim. Por quê? – Bill arqueou uma sobrancelha.


– Por que eu sempre quis ser assistido fazendo isso – Logo que terminou a frase, Tom começou a beijar o pescoço de Bill fazendo-o arquear de surpresa e prazer, e começar a rir logo em seguida. Tom começou a beijar os lábios de Bill, mordiscar a área já sensível pela pressão que estava fazendo, enlouquecendo o moreno.


Foram deixando-se envolver nos braços, no cheiro, na presença um do outro. Matando aos poucos, sem pressa, a saudade que tinham. Pois sabiam que tinham todo o tempo do mundo pra estarem juntos e se amarem sem medo.


 


*FIM*




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