Fanfics Brasil - 2 - Um lugar para morar O Portal

Fanfic: O Portal | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 2 - Um lugar para morar

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O sinal ecoou por toda escola indicando que a primeira aula tinha acabado. Bill suspirou como se estivesse deixando uma carga bem pesada no chão. Tinha 5 minutos até a sua próxima aula. Já tinha pegado suas coisas e estava pronto pra sair, Tom não podia ler seus pensamentos, mas podia sentir a tensão do garoto a seu lado. Estava quase em pé quando Tom o deteve.


- Ei, será que posso andar com você? Não conheço ninguém aqui. – Tom estava fazendo tudo muito bem, devia se aproximar dele, se fazer necessário.


- Não sou a melhor companhia dessa escola – Bill olhou em volta como se checando algo antes de concluir – caso não esteja vendo eu não tenho amigos.


- Então serei o primeiro – Tom sorriu e pelo que ouviu do coração acelerado de Bill ele havia gostado da idéia – Vamos logo pra próxima aula.


Bill corou um pouco, mas deu de ombros como se não se importasse de ser seguido por Tom. Enquanto andavam pelos corredores podiam-se ouvir os comentários, principalmente das meninas, sobre o “aluno novo”. Bill ignorou todos, mas os instintos de guardião de Tom o impediam de fazer o mesmo, sem falar na sua audição que permitia que ele ouvisse os comentários. Ele ouviu as líderes de torcida dizendo algo sobre eles ser “comestível” e sorriu, na verdade, por muito pouco ele não gargalhou.


Tom passou o resto do dia seguindo Bill pelo colégio, pouco se interessando em para onde iam. Ele precisava descobrir como passar mais tempo com Bill, a essa altura a notícia de que a chave foi encontrada já tinha se espalhado e logo representantes do céu e do inferno estariam aqui atrás dela e ele tinha que ter certeza absoluta de que ela estaria segura. Tom pertencia ao meio termo, uma classe que não interessa nem a Deus nem ao Demônio, e estava na posição de guardião. Guardiões são raros e só existem no meio termo. Teve uma idéia.


- Bill – Ele disse quando alcançaram o refeitório.


- O que?


- Vou pra casa mais cedo por que tenho que buscar minhas malas no aeroporto.


- Só chegaram hoje?


- Foram extraviadas – Bill apenas balançou a cabeça positivamente e saiu andando.


Tom correu para a casa de Bill a mãe dele tinha entrado e já estava saindo, ele podia sentir seu cheiro. Esperou-a na porta. A mãe de Bill era alta, morena e tinha olhos claros. Andava rápido, o som dos saltos indicavam que ela estava com pressa. Assim que ela saiu de casa Tom se aproximou. Ela se virou assustada, provavelmente pensando que era um assalto.


- Oi – Ela disse trancando a porta.


- Senhora Kaulitz? – Ela relaxou.


- Sim sou eu.


- Sou Tom – hesitou um pouco, não tinha pensado em inventar um sobrenome. Estendeu a mão que ela pegou e apertou gentilmente.


- Clair. Então Tom, no que posso ajudá-lo? – Essa era a parte favorita de Tom, ele gostava de manipular as mentes era o que ele mais gostava de ser um meio termo.


- Lembra de ter se inscrito em um programa para receber estudantes de intercambio? – É claro que ele havia plantado aquela mensagem lá.


- Claro – Ela disse sorrindo entorpecida.


- Sou Tom, da... Suíça. Eles ligaram avisando que eu viria.


- Ah, é mesmo – Suas lembranças estavam confusas e embaçadas – o Bill deve ter se esquecido de me dar o recado – Ela pos a chave de volta na fechadura - é melhor eu deixar um recado pra ele, pode entrar.


- E tenho que passar no aeroporto lembra? Mas eu passo na escola e volto com o Bill, tudo bem?


- Ok.


- Até a noite.


Tom virou e saiu andando, ele sabia que ela ficaria um pouco confusa, era uma conseqüência inevitável. Voltou à escola antes de o almoço terminar e ficou encostado no muro esperando Bill. Seria fácil convencê-lo, a mente dele ainda era fraca, sua essência humana ainda dominava boa parte do que ele era. As chaves, assim como os anjos, demônios e meio termos, também tinham habilidades especiais. Pensavam bem mais rápido, eram estrategistas natos e podiam tanto ler quanto manipular mentes, entre outros. Bill não parecia ter consciência de nenhuma delas.


O sinal tocou alto anunciando aos alunos a sua liberdade. Tom sorriu, ao ver Bill passar distraído.


- Ei, Bill – O garoto olhou em volta parecendo mais perdido ainda – Aqui!


- Foi rápido assim no aeroporto? – Bill arqueou uma sobrancelha.


- Na verdade foi sim.


- De onde você é mesmo?


- Suíça – Eles começaram caminhar em direção a casa de Bill, que levou um tempo pra perceber que o garoto o estava seguindo.


- Onde é que você vai morar, mesmo?


- Essa é a parte legal – Tom sorriu maliciosamente – Vou fica na sua casa – Bill parou de andar. Tom sentiu o coração do garoto disparar.


- A minha mãe sabe que você vai invadir a minha casa?


- Ela deixou um bilhete pra você.


Bill começou a correr, não estavam muito longe da casa dele então Tom não correu atrás. Ele apenas seguiu as pegadas de Bill e entrou na casa, sem prestar atenção nos detalhes ele subiu os degraus e entrou no quarto de Bill deitando em sua cama, foi fácil saber qual dos quartos pertencia ao menor, seu cheiro era inconfundível. Ele sabia que o garoto estava na cozinha, podia sentir sua aura se movendo e sentiu ela mais leve no momento em que o garoto subiu as escadas.


Bill estava confuso, não se lembrava de sua mãe ter dito nada sobre estranhos morando em sua casa. Mas a caligrafia do bilhete era dela e pelo tanto que ela conversava com o filho ele podia concluir que ela tinha se esquecido de te contar. Subiu as escadas para deitar-se em sua cama, ele não tinha percebido que o Tom já havia entrado em casa. Abriu a porta do quarto e gritou.


- Mas o que diabos você tá fazendo na minha cama? – Tom sorriu seu piercing reluzindo e prendendo mais uma vez a atenção de Bill. Embora ele não quisesse admitir, no fundo ele sabia que aquele sorriso o prendia por despertar a curiosidade dele, e também de seu colega escondido em seus jeans. Ele afastou o pensamento.


- Algum problema em dividir a cama comigo? – Ele já havia sentido a tensão do garoto e resolveu brincar com ela. Bill pareceu parar para pensar, Tom ficou surpreso de ele se quer considerar a opção.


- Na verdade não.


 



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