Fanfics Brasil - 3 - Contato. O Portal

Fanfic: O Portal | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 3 - Contato.

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Tom levantou o tronco como se estivesse surpreso e sorriu. Então o garoto ia bancar o engraçadinho, não é? “Vamos ver até onde ele vai”. Bill correu e pulou em cima de Tom, se aquele garoto achava que podia deitar em sua cama e ainda dar uma de espertinho ele estava muito enganado.


- Ai, cara você é muito pesado – Tom virou-se de vez deixando Bill cair na cama e ficando por cima.


- Hahahaha, desculpe, é a primeira vez que me deito com um homem – Bill corou violentamente ao perceber o que tinha dito e virou o rosto pra não ter que encarar Tom.


- Então é melhor eu levantar. Vai que você não se controla – Tom levantou rindo, mas esse não era o verdadeiro motivo. O problema era o cheiro de Bill, a proximidade com o corpo do menor estava deixando ele louco e ele sentiu algo despertar entre suas pernas.


Bill apenas arqueou uma sobrancelha como se achasse tudo um absurdo, e pela primeira vez Tom percebeu o piercing reluzente que havia ali, um segundo depois o garoto pôs a língua pra fora, deixando outro piercing a mostra e depois virou o corpo pra parede. Tom saiu pela porta e desceu as escadas indo para a cozinha, precisava beber algo pra se acalmar. Ele queria álcool, mas só encontrou água. Serviu um pouco no copo de vidro e começou a beber lentamente.


- Problemas com o mais novo? – Tom quase engasgou com sua água.


Ele se virou, presas expostas em um quase rugir ameaçador que faria correr de medo até o mais valente dos homens. O rapaz na porta apenas sorriu sarcasticamente, ele era loiro e seu rosto parecia muito novo para estar no corpo bem definido. As suas asas estavam menores do que da ultima vez que o tinha visto. Mas Tom reconheceu o rosto na hora.


- Não sei do que esta falando Gustav. E você não deveria estar aqui – Tom voltou a beber sua água.


- Não sabe mesmo Tom? Esqueceu que minha transformação não foi terminada não é? Ainda posso sentir as energias que emanam de você – Ele sorriu apenas com o canto de sua boca – e posso seguramente dizer que alguém aqui esta excitado.


- Deve ser o garoto lá em cima, ele acabou de se jogar em mim.


- E você gostou não foi?


- Já chega Gustav. Ele é uma chave, um objeto que precisa ser protegido, e só.


- Parece que você não o vê desse jeito – Tom revirou os olhos – Uma dúvida... Ele sabe o que é e a que mundo pertence?


- É claro que não sabe. Acho que ele nem conhece seu poder.


- Interessante... Stephen estava certo. Aliás, foi para isso que eu vim aqui. Ele quer que você conte a verdade ao garoto.


- O que? – Tom estava quase gritando – Por quê?


- Por que facilita o seu trabalho se ele entender por que você tem que estar perto. Sem falar que ele precisa aprender a usar seus poderes.


- Eu nem sei se posso ensiná-lo – Tom passou a mão no cabelo e pelos seus dreads – ele vai surtar só de ouvir.


- Não é problema meu – Gustav sorriu e seus olhos azuis faiscaram. Ele se virou de repente – Sua missão esta te seguindo. Posso sentir, pelo visto serei um rastreador.


Gustav saiu voando e em menos de meio segundo ele já tinha sumido. Mais ou menos no mesmo intervalo de tempo Bill apareceu na porta da cozinha encontrando Tom de costas para ele, encarando a porta da cozinha.


- O que você esta fazendo aí parado?


- Hã?! Eu? Nada não – Tom fingiu ter se assustado com a presença de Bill, mas já o havia sentido descer.


- Hm... Sei. – Bill se virou pra tomar água e Tom foi para a sala. Tinha que pensar em um jeito de contar a ele. Tom sentou no sofá e encostou cabeça nas mãos. Bill entrou na sala quase em seguida. – Ei, então você é como meu irmão agora?


- Pode-se dizer que sim. Só que temos a mesma idade.


- Gêmeos!


- Haha – Tom riu sarcasticamente e depois revirou os olhos – Não somos tão parecidos assim.


- Sem falar que irmãos não... Nada, deixa pra lá – Bill corou um pouco e Tom sentiu no garoto a mesma tensão que tinha sentido no quarto.


- Agora você vai ter que me dizer.


- Só se você conseguir me pegar – Bill levantou-se e subiu as escadas correndo.


Tom correu atrás dele, esquecendo-se de seu disfarce e atingindo o máximo de sua velocidade, pegou Bill no meio da escada e antes que o garoto notasse o que tinha acontecido eles estavam em sua cama. Tom arfava em cima dele, não de cansaço, ele estava assustado, com medo de ter destruído seu disfarce e de, pior ainda, ter traumatizado o garoto.


Bill só se lembrava de ter levantado do sofá e pisado na escada. Sua mente girava a quilômetros por segundo, ele queria entender o que tinha acontecido, achar uma explicação lógica parecia impossível. Mas não era por causa da adrenalina que ele não conseguia pensar. A culpa era de Tom que estava em cima dele arfando como um animal, olhando em seus olhos e todo corado. Bill achava essa visão maravilhosa a ponto de te causar um calor um pouco abaixo da cintura.


– Desculpe, eu... – Tom procurou palavras, mas não encontrou nenhuma.


Bill respirava na mesma freqüência que ele. Tom ainda pensava em como explicar enquanto Bill pensava em como os lábios de seu parceiro pareciam macios daquela distancia, prendendo sua atenção no piercing mais uma vez. Ele percebeu a atenção do menor no objeto metálico e começou a morder e lamber o piercing. Tom chegou um pouco mais perto e sentiu Bill se arrepiar com a antecipação, então ele se lançou pra frente prendendo o menor em um beijo quente.


Enquanto Bill se prendia totalmente ao momento e ao beijo a mente de Tom voava pra tentar explicar o que tinha acontecido ali, o que tinha acontecido com sua responsabilidade? Mas logo foi arrancado de seus pensamentos por uma língua que brincava com seu piercing, meio que pedindo passagem. Tom cedeu quase que imediatamente, sentindo a urgência de seu corpo, a vontade de possuir o garoto e dominá-lo ali mesmo. Suas línguas brigavam por espaço explorando a boca um do outro e quando finalmente pararam, seus pulmões gritavam por ar.


Tom levantou-se e saiu do quarto, desceu as escadas correndo e entrou no banheiro do andar de baixo, precisava acalmar o seu membro que crescia em suas boxers só de se lembrar do beijo intenso. Bill desceu logo atrás dele, tinha sido seu primeiro beijo e não ia deixá-lo escapar tão fácil. Ele tentou abrir a porta do banheiro, mas não conseguiu abrir, estava trancada. Logo ele pode ouvir os gemidos de Tom em um crescente perfeito e resolveu fazer o mesmo, se apoiou de costas pra porta e começou.


Em pouco tempo estavam gemendo juntos, Tom podia ouvi-lo, mas estava ocupado demais pra se importar. Em sincronia eles visualizavam um ao outro, passavam o beijo em suas mentes, imaginavam os olhos um do outro. E em pouco tempo perderam-se em suas próprias mãos, escorregando em sincronia até o chão. Não sabem quanto tempo ao certo ficaram ali sentados, ofegando. Bill ouviu o som da torneira e subiu as escadas correndo pegou sua toalha no quarto e correu para o banheiro, trancou a porta e foi tomar banho.


Tom saiu do banheiro e foi sentar no sofá. Agora que podia ouvir Bill no banho ele podia pensar. Talvez beijar o menor tenha sido uma péssima idéia. “Mas foi ele que me beijou” Mas talvez, só talvez seja melhor assim, afinal se tinha que ficar perto dele por que não o fazer querer essa proximidade? Sua mente ainda girava quando ouviu um baque surdo no telhado. Correu o mais rápido que pode até lá.


 



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