Fanfic: Into The Dark | Tema: Tokio Hotel
Era noite e Tom já saía de sua casa para mais uma de suas festas com seus amigos, Gustav e Georg. Era comum saírem para festejar pelo menos umas três vezes por semana. Eram populares, então convites para festas nunca faltavam. Saíam no carro de Tom, um camaro preto que seu pai tinha lhe dado de aniversário. Graças à amizade entre seus pais Tom, Gustav e Georg estavam sempre juntos, foram criados juntos, e até moravam no mesmo lugar. Era um terreno conjunto onde ficavam os três casarões mais cobiçados da cidade.
A princípio, eram muito novos para estar em uma balada, mas o dinheiro pode tudo.
A fumaça da pista de dança da boate impregnava o ar do ambiente e deixava tudo turvo. Andaram até a mesa de sempre, fizeram os mesmos pedidos e começaram a analisar a noite e escolher suas vítimas. Tom era conhecido por sua fama de pegador. De fato, toda menina em quem ele dava em cima, solteira ou não, acabava indo pra cama com ele. Gustav e Georg eram mais reservados e se divertiam assistindo o amigo se meter em confusões por ficar com a namorada de alguém. Quase sempre tinham que entrar em alguma briga por causa de Tom.
A música alta dificultava a comunicação então eles apenas observavam. Os corpos quentes dançando na pista de dança ao ritmo da batida. Copos erguidos e gritos por nenhum motivo. Divertiam-se, alguns já bêbados, outros se embebedando, esquecendo seus problemas e afogando algumas mágoas. Georg foi o primeiro a levantar, deixou seu copo na mesa e foi em direção a fumaça, logo estava aos beijos com uma ruiva. Não muito depois dele Gustav se levantou e fez o mesmo, achando para si uma loira que já estava dançando em seu colo em um canto mais reservado. Apenas Tom continuava observando.
Não que as moças do local não fossem de seu gosto. Mas hoje ele queria um desafio, não uma garota completamente bêbada que provavelmente se arrependeria no dia seguinte. Observava cautelosamente enquanto a garçonete do local lhe servia outra dose de bebida se debruçando exageradamente sobre a mesa, a fim de mostrar ainda mais seu decote. Tom agradeceu e a dispensou, focando agora uma sombra que se movia envolta em fumaça.
A figura dançava habilidosamente, cada movimento planejado, exalava luxúria. As luzes da pista se acenderam, girando coloridas e acertando os olhos de Tom, que por um momento se fecharam. Abriu-os de novo, a visão meio turva, havia perdido a silhueta de vista. Seus olhos corriam pela pista procurando-a, achou. Agora no meio da pista, com um pouco mais de luz, a pessoa movia-se provocativa numa dança sexy e envolvente. Ainda não tinha visto seu rosto e não tinha conseguido definir o gênero da figura, mas seus movimentos o chamavam.
A silhueta pareceu perceber a presença de Tom, e ele pode ver alguns dentes a mostra em um sorriso, mas o cabelo cuidadosamente arrumado ainda escondia uma grande parte do rosto. A música mudou para uma de batida mais acelerada e assim mudaram seus movimentos, agora parecia dançar exclusivamente para Tom. As pessoas começavam a notar sua presença e se afastar, abrindo um círculo a sua volta. Gostava da atenção, rebolava, descia até o chão e voltava a subir, sorria. Logo as luzes dos holofotes se acenderam e pousaram sobre a figura.
Tom nem piscava em sua cadeira, até seu drinque já tinha sido esquecido em cima da mesa. As luzes acertaram o rosto daquela pessoa estranha que sorria enquanto dançava e encarava Tom, o de tranças ainda não conseguia ver o rosto. A música estava quase acabando, lambeu os lábios e sorriu mais uma vez, fazendo a pose final e piscando um de seus olhos reluzentes para Tom, que continuava estático em sua cadeira. As pessoas começaram a pular gritar e aplaudir a figura esguia que se curvou em agradecimento e olhou Tom mais uma vez, antes de deixar a pista enquanto outra música começava e os holofotes se apagavam.
Apesar de jurar que seus olhos tinham feito contato por horas, foram apenas poucos segundos antes que a figura tivesse sumido.
- Um show muito interessante, não? – Tom estava perdido em sua mente cheia de perguntas: Quem era aquele ser? E por que ele tinha chamado sua atenção daquele jeito? – Tom?! Você ta aí cara?
- Hã? Disse alguma coisa? – Tom despertou de seus pensamentos e só então percebeu a presença de Georg ao seu lado. O amigo apenas sorriu.
- O que há com você hoje hein?
- Quem era aquela pessoa lá dançando?
- Seja lá quem for parece ter gostado de você.
- Pode ser. Você a conhece?
- Cara, eu nem sei se aquilo era homem ou mulher – Tom assentiu, nem ele mesmo conseguia decidir isso – Talvez o Gust saiba.
- Por falar nele, cadê? – Georg desfez o sorriso e revirou os olhos.
- Deve estar com aquela loira bêbada.
- Qual o problema? Você estava com uma garota provavelmente tão sóbria quanto a loira. – Georg deu de ombros e tomou um gole de sua bebida que havia sido trazida pela provocativa garçonete que não economizou olhares.
Tom voltou a observar a pista de dança procurando pela figura, mas ela parecia ter sumido sem deixar rastros. Levantou-se e caminhou devagar pela pista de dança, movendo-se com a batida da música para evitar os corpos suados. Deu várias voltas, mas não achou nada, e ninguém sabia do paradeiro dessa pessoa misteriosa que agora não saía de sua cabeça. Sentou-se na mesa frustrado, passou a noite sentado observando as pessoas dançarem, mas nada mais lhe chamou a atenção. À meia noite ele e Georg arrancaram Gustav dos braços da loira e o arrastaram para casa. Tom ainda pensava na figura.
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Bill saiu da balada andando rápido. Não queria ser cumprimentado pelas sabe-se lá quantas pessoas o assistiram dançar. Atravessou um beco para conseguir chegar a seu carro. Seu motorista o esperava. Entrou e acendeu um cigarro enquanto o motorista dava a partida.
- Foi rápido senhor.
- Sempre sou – Deu de ombros e tragou o cigarro.
- Pra onde?
- Casa.
A casa de Bill era fora da cidade, uma trilha abandonada levava a sua mansão. Seu motorista era o único que morava com ele. Em poucos minutos chegaram ao lugar, o motorista, que também era mordomo, foi deitar no quarto de hospedes que era sempre seu, por estar sempre vazio. Bill, como sempre, foi para a sala de música, que era a entrada de seu quarto. Viveu ali sua vida toda, já eram mais de 150 anos. Passou pelo piano e abriu a porta de seu quarto, tirando sua roupa e parando frente ao espelho. Sorriu, mas algo o incomodava. Entrou no banheiro e foi direto para a banheira.
Sua mente ia e vinha e ele só pensava nos olhos do garoto de tranças que viu atrás do vidro. Um ser humano comum não poderia vê-lo, mas ele podia. Brincou um pouco com a espuma e pensou um pouco, fazia bastante tempo que estava sozinho, na verdade desde que foi transformado. Estava mesmo na hora de transformar alguém para si, e no momento a melhor opção é claro que era o gostoso de tranças que babou no show na boate. Riu para si mesmo e pegou e telefone que ficava perto da banheira.
- Desculpa incomodar, eu sei que é tarde, mas preciso que você cheque uns dados pra mim. Vou à escola amanhã... Eu sei que faz anos que não piso lá mas... É exatamente isso... Tá. Só preciso que você procure uma pessoa pra mim... Tranças, roupa folgada, rico... Isso mesmo... Obrigado... Claro que será recompensado por isso... Boa noite.
Bill desligou o telefone e saiu da banheira. Vestiu seu roupão preto e foi até o imenso guarda-roupa de madeira para escolher a roupa que iria usar na manhã seguinte. A calça jeans escura a blusa preta e um cachecol de estampa meio xadrez e riscada, tirou seu tênis da sapateira que tinha mais em baixo e pôs tudo em cima da cadeira da penteadeira do quarto. Foi dormir em seguida, só para sonhar com as tranças do moreno.
*Pesadelo do Tom*
Estava de novo em sua mesa de sempre com seu drinque na mão, era tão real que podia sentir o gosto da tequila descendo em sua garganta. A figura dançava para ele de novo, só que em uma sala reservada, um sorriso largo em sua face e olhos reluzentes, tudo era confuso e turvo, menos seus olhos. Olhos grandes e castanhos fitavam os seus, hipnotizando-o. Ele se mantinha apenas observando e enquanto a música diminuía seu volume a figura esguia se aproximava. “Deseja-me?” “Mais que tudo, neste momento” A figura riu, gargalhou, e parou de súbito, seus olhos mudaram de cor. “Então encontra-me” Tom tentou segurá-la mas seus olhos eram a única coisa que restava e logo desapareceram ao som de sua gargalhada.
*Fim do pesadelo*
Tom acordou ofegante, uma camada fina de suor cobrindo seu corpo. O sol já mostrava seus primeiros raios, que cruzavam o céu tingindo-o de laranja, amarelo e rosa. Sentou-se na cama e balançou a cabeça tentando se livrar de seu pesadelo. Mas a risada ainda era audível em seus ouvidos. E os olhos, aqueles olhos cintilantes ainda estavam presos em sua cabeça. Primeiro castanhos, mas e depois? Que outra cor era aquela? Queria se lembrar e não conseguia. Foi tomar um banho pra esfriar a cabeça e jurou a si mesmo que ia parar de beber.
Prévia do próximo capítulo
Estava tudo planejado. Dave, o mordomo-motorista de Bill, tinha passado a madrugada arranjando os documentos falsos que dariam a Bill acesso a escola. Tinha em um envelope todas as informações do moreno de tranças, desde a data de nascimento até a data de casamento de seus pais, valores na conta bancária, tudo. Não foi tão d ...
Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:21:52
hmmmm mas tá boa d+!!!
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fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:33:51
cadeeeee kero mais
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foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 15:55:16
Eu sempre achei esses mundos místicos super interessantes. Essa fic ainda não acabou, eu postei tudo de vez por que vim de mudança do outro site >< E obrigada por comentar, é bom que incentiva a escrever mais \o/
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fah_ Postado em 24/09/2012 - 15:09:38
gosto mesmo, são bem diferentes... curto mesmo!!! eheheheh
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foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 14:08:51
Obrigada flor, que bom que você gosta *-*
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fah_ Postado em 24/09/2012 - 09:21:46
suas histórias são muito boas!! eu curto!!!