Fanfics Brasil - 3 Into The Dark

Fanfic: Into The Dark | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 3

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Tom quase caiu da cadeira. Bill fingiu não notar a reação do outro e voltou a atenção para seu livro. Tom continuou pasmo até o fim da segunda e da terceira aula e Bill continuou fazendo de conta que não via o rosto confuso e surpreso do outro. Já era quase o horário de almoço quando Tom finalmente voltou a falar.


- Se não quer uma menina então o que você quer? – Bill arqueou uma sobrancelha e franziu o cenho.


- Estava pensando nisso até agora?


- Isso não responde a minha pergunta.


- E você também não respondeu a minha – Tom respondeu irritado.


- Por que se importa tanto?


- Sei lá – Tom deu de ombros e mudou de assunto – Onde vai almoçar?


- Não gosto de comer na escola – Bill deu uma desculpa para não ter que comer a comida humana.


- Vai comer em casa?


- Não. Provavelmente vou sentar em algum canto e ler meu livro.


- Nada disso. Vai sentar na minha mesa. Junto com a galera popular – Bill deu de ombros – Afinal, quem quer que seja sua “vítima”, ele ou ela, vai adorar te ver sentado com a gente – Bill riu por dentro de como Tom tinha usado a palavra exata para descrever como o vampiro o via.


- Claro que vai.


Assim que chegaram no refeitório Bill percebeu o porque de Tom achar que sentando junto com ele faria Bill conseguir quem ele quisesse. Todos, meninos e meninas, perceberam sua presença junto ao grupo. Era como se ele fosse o mais novo quadro de um museu famoso e todos os visitantes estivessem mais interessados nele que nos quadros antigos. É claro que os outros quadros, Georg e Gustav, não estavam tão a vontade com a presença do garoto no grupo. Mas trataram de disfarçar enquanto os quatro caminhavam em direção a umas das mesas vazias.


- O que você quer comer? – Tom perguntou mesmo sabendo que Bill não ia comer nada.


- Não quero comer. Já te disse isso – Georg e Gustav se entre olharam e sorriram sarcasticamente.


- Está querendo pegar o aluno novo é Tom? – Georg provocou, rindo em seguida.


- Mas já? – Gustav começou a rir junto com o outro. Tom revirou os olhos e fechou a cara.


- Depois daquela balada ele nunca mais foi o mesmo.


- Lucy já sabe disso?


- O que é tem eu? – Os dois quase engasgaram com a própria saliva. Eles não tinham percebido a aproximação da menina.


Lucy vinha andando com suas amigas, que aos olhos de Bill, mais pareciam cães de guarda que amigas. Ela foi até Tom, mas seus olhos focavam em Bill, ele podia sentir a vontade da menina, se perguntou como é que o de tranças não percebia isso. Mas ao olhar pra ele viu o mesmo que viu nela: Desinteresse no outro. Sua mente começou a vagar pelas definições de casal e eles não pareciam se encaixar em nenhuma delas. Ela deu um beijo um tanto quanto exagerado em Tom ainda com os olhos colados em Bill.


Bill apenas revirou os olhos e foi sentar com Georg e Gustav que já tinham se afastado. Podia ver os dois parados do lugar onde agora estava sentado. Se eles não estivessem de mãos dadas não pareceriam um casal. Eles não tinham aquele brilho no olhar que os casais apaixonados tinham, eles tinham perdido (ou nunca tiveram) esse brilho. Ela parecia mais interessada na atenção que estava recebendo por causa dele, e ele estava interessado nas garotas que vinham falar com ela. Pra Bill aquele comportamento era confuso. Por que namorar uma pessoa que não te interessa?


Tom largou Lucy conversando com uma menina ruiva de cabelos levemente ondulados e sentou ao lado de Bill e ficou encarando os cabelos negros dele, esperando ele responder seu olhar. Assim que seus olhos se encontraram Tom se viu hipnotizado. Bill arqueou as sobrancelhas, esperando que o outro dissesse algo, mas ele não achava palavras pra preencher o silêncio. Alguma coisa naqueles olhos fazia algo queimar por dentro, e de repente, não conseguia ver nada que não fossem aqueles olhos.


- Por que... Não. Deixa pra lá – Bill interrompeu o transe, mas mudou de ideia no meio da pergunta.


- Pode perguntar – Bill olhou em volta como se estivesse contando quantas pessoas tinha no refeitório.


- Não é o melhor momento. Pergunto depois  – Tom deu de ombros.


Bill olhou em volta de novo, e de repente já não se sentia bem naquele lugar. Não conseguia arranjar um bom motivo pra continuar ali. Seu rosto dava a impressão de que estava sentindo um cheiro ruim.


- Preciso ir pra casa – Disse muito baixo pra ser ouvido pelos outros e levantou.


- Pra onde você vai?


- Vai sentir minha falta? – Apesar do Tom bem humorado de sua voz, o olhar de Bill se tornara mais felino. Um olhar que transbordava sensualidade. Tom sentiu o rosto corar, mas não disse mais nada, apenas o encarou. Bill sorriu deixando os dentes amostra – Então não há motivo para ficar.


Tom ficou parado vendo as costas do outro indo embora. Algo dentro dele pedia que não deixasse aqueles olhos irem embora, mas  ele se recusava a pedir que Bill voltasse. Ficou admirado, tinha que admitir, alunos novos normalmente eram tímidos, mas não aquele. Tinha algo nele, aqueles olhos familiares e estranhos que fazia Tom querer se perder neles. Não sabe quanto tempo ficou se enevoando em pensamentos, mas foi forçado a para quando alguém o chamou, incluindo-o em na conversa do grupo.


Bill saiu da escola andando depressa, estava um tanto angustiado, acendeu um cigarro e diminuiu o ritmo de sua caminhada. Fumava mais por costume que por outra coisa, as substâncias do cigarro já não faziam mais efeito em seu corpo, mas a ideia de fumar ainda o relaxava. Sentou em um banco de uma praça vazia e jogou a butuca do cigarro fora, soprando a fumaça da última tragada devagar e observando-a dançar no vento e fazendo uma careta para as formas. Àquela hora já deveria aquele menino metido em suas mãos. Mais ele era mais difícil do que parecia, uma pessoa normal, sendo homem ou mulher, cairia por seus olhos em segundos, sem que ele precisasse de nenhum esforço. E ele ainda tinha namorada! Sentia-se frustrado. Levantou-se  e retomou seu caminho para casa.


Dave estava sentado na mesa da cozinha, lendo o jornal e tomando chá. Bill não podia dizer se ele estava surpreso ou não já que o jornal não o deixava ver o rosto do mordomo.


- Olá Dave.


- Achei que fosse voltar acompanhado – Respondeu em tom monótono.


- Ainda não Dave – Fitou o jornal e completou – Esse não é comida – Dave riu levemente do outro lado do jornal.


Bill subiu as escadas, entrou em seu quarto e se jogou em sua cama. Deixou a mente vagar, tentando identificar o que realmente estava sentindo. Mas sua mente ficou nebulosa, rostos familiares apareciam e iam embora dentro de sua mente, mas nenhum que o prendesse por mais de alguns segundos. Levantou mais frustrado do que quando deitou, normalmente deixar sua mente vagar ajudava a solucionar seus problemas, mas dessa vez nada parecia resolver.


Foi à sala de música e sentou em frente ao piano de cauda preto. Posicionou seus dedos e começou a tocar, nenhuma música em especial. Estava apenas tecendo o que sentia em uma melodia acelerada. Aos poucos ele foi se sentindo melhor, e a melodia se acalmando, até que parou e sorriu paras as teclas de marfim. Tocar sempre ajudava. Não satisfeito com o piano, ele pegou o violino que estava sobre uma prateleira e começou a tocar. Não desafinava nenhuma vez.


Tocou até cansar. Sentia-se muito mais leve depois de tocar violino. Espreguiçou-se e foi tomar um banho de banheira. Passou tanto tempo tocando que não percebeu quanto tempo tinha passado, só percebeu quando passou pela janela e quase pulou quando viu o céu escuro lá fora. Depois do banho ele precisava sair pra caçar. Não estava muito a fim de caçar, mas já que ia voltar pra escola amanhã, ele tinha que estar bem alimentado.


Se pegou pensando nas pessoas na escola enquanto tomava banho, os pensamentos pareciam pairar em volta daquele menino metido de tranças. Bill franziu o cenho para si mesmo e arqueou uma sobrancelha em seguida. Aquele garoto ia ser seu desafio favorito. Primeiro passo? Se livrar de Lucy.




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Bill passou o que restava da noite planejando o que fazer com Lucy. Tom não ia se magoar se ela terminasse com ele, mas ela não ia terminar com ele por qualquer coisa. Se ela terminasse com ele por Bill, Tom não ia querer esganá-lo. Sem falar que a natureza de Bill pedia que ele fizesse algo mais teatral, algo que derramasse sangue. Mas ao mesmo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:21:52

    hmmmm mas tá boa d+!!!

  • fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:33:51

    cadeeeee kero mais

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 15:55:16

    Eu sempre achei esses mundos místicos super interessantes. Essa fic ainda não acabou, eu postei tudo de vez por que vim de mudança do outro site >< E obrigada por comentar, é bom que incentiva a escrever mais \o/

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 15:09:38

    gosto mesmo, são bem diferentes... curto mesmo!!! eheheheh

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 14:08:51

    Obrigada flor, que bom que você gosta *-*

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 09:21:46

    suas histórias são muito boas!! eu curto!!!


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