Fanfics Brasil - 6 Into The Dark

Fanfic: Into The Dark | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 6

716 visualizações Denunciar



Correr definitivamente não foi uma boa ideia, Tom acabou mais enjoado ainda e completamente confuso o que o fez vomitar assim que Bill parou de correr. Bill voou pela porta da frente e até o seu quarto, despindo o moreno ali mesmo. Levou-o ao banheiro e colocou-o na banheira com cuidado, esperando seu corpo se acostumar com a temperatura.


Deixou Tom deitado lá enquanto ia por as roupas dele pra lavar. Tirou tudo que encontrou nos bolsos antes de entrega-las aos cuidados de Dave. Uma explicação rápida sobre o visitante bêbado e voltou ao banheiro para tirar Tom da banheira. Parou um segundo para analisar o corpo do de tranças enquanto o tirava da banheira.


O corpo do rapaz era bem definido, com linhas leves de músculos fortes. Cada pedaço daquele corpo chamava Bill, gritava por ele. Bill deixou Tom deitado em sua cama enquanto ele próprio ia tomar um banho. Ficou um bom tempo dentro da banheira pensando no que ia fazer no dia seguinte, e se controlando pra não ir agarrar o outro. Em seguida saíra pra caçar no subúrbio da cidade.


--------------//------------//-----------------


Tom acordou na manhã seguinte completamente desnorteado, mas se sentindo melhor do que na noite passada. O quarto estava escuro, mas ele podia ver alguma luz atrás de cortinas pretas que cobriam as janelas do lugar. A cama de casal em que se encontrava estava vazia, mas com sinais claros de que alguém estivera deitado ao seu lado. Espreguiçou-se e tentou reconhecer o lugar onde estava. Pensou que estivesse na casa de Lucy, mas o quarto dela não tinha cortinas, muito menos uma cama de casal.


Sentou-se na cama e ainda sem nenhum sinal de medo, ou desespero, começou a observar o quarto. Ao lado da cama havia um criado mudo com um abajur bem decorado em cima. A própria cama tinha uma daquelas armações de madeira em cima com um tecido semitransparente preto, que lhe dava a impressão de estar na cama de uma princesa punk. Riu do pensamento e observou as paredes. A metade inferior era de madeira branca até o rodapé, e a metade superior tinha um papel de parede que devido a falta de luz, ele não conseguia identificar a estampa.


Estava prestes a levantar quando percebeu que não estava vestindo uma peça de roupa sequer. Tentou se lembrar da noite passada mais muito pouco veio à sua mente. Lembrava-se de estar fazendo sexo com Lucy e de chamar o nome errado. Lembrou-se de virar a garrafa de vodka na cozinha na frente de Bill. Tocou os próprios lábios quando lembrou-se de ter beijado o colega de turma. Então ligando uma coisa a outra, olhou abismado para a bagunça de lençóis escuros ao seu lado. Quem passou a noite a seu lado?


Pulou da cama e achou suas roupas na beira da cama. Pelo cheiro tinham sido lavadas a pouco tempo. Vestiu-as com pressa, o que mais queria era sair dali o mais rápido possível e esquecer tudo o que tinha feito. Mas quanto ele tocou a maçaneta da porta do quarto, ela se abriu sozinha.


- Bom dia – Bill sorria para o de tranças que começava a sentir os efeitos da ressaca.


- O que eu to fazendo aqui?


- Você passou mal – Bill não desfez seu sorriso – quer comer alguma coisa?


- Tem certeza que foi só isso que eu fiz? – Tom passou a mão na cabeça e sentiu tudo oscilar um pouco.


- Primeiro você vai tomar algum remédio pra se sentir melhor e comer alguma coisa. Depois conversamos. – Tom pensou em se opor, mas antes que pudesse dizer alguma coisa, seu estomago o entregou, roncando baixinho. Então ele só assentiu.


Saíram do quarto e Tom seguiu Bill até a cozinha, onde o café da manhã esperava por eles. Bill observou Tom comer enquanto fingia engolir alguma coisa. Tinha caçado na noite anterior só por precaução, não queria matar ninguém acidentalmente. Assim que Tom terminou de comer, Bill lhe entregou as aspirinas que aliviaram a sua dor de cabeça.


- O que eu tô fazendo aqui mesmo? – Tom começou a falar logo depois de engolir suas pílulas.


- Você não se lembra de nada? Nadinha mesmo? – Bill arqueou uma sobrancelha sugestivamente.


- Não sei muito bem do que você está falando... –Tom fingiu não se lembrar do beijo, mas Bill sabia que disso ele lembrava – Pode me dizer o que estou fazendo aqui? Aliás, onde é aqui?


- Já disse, você passou mal. Qualquer um passaria depois de virar uma garrafa de vodka quase cheia sozinho. – Tom revirou os olhos – E aqui é a minha casa.


- Hã?!


- O que foi?


- Você mora nessa casa enorme? Como é que nunca a vi na cidade? Ela parece grande demais para não ser notada.


- Ela não fica exatamente na cidade...


- Mas como nunca ouvimos falar de você? – Bill deu de ombros – Com o que seus pais trabalham?


- Eles... Viajam muito... Não sei exatamente com o que trabalham.


- Hm... Ainda assim é estranho nunca termos ouvido falar de você – Tom fitou Bill desconfiado.


- Concordo. Mas não posso fazer nada quanto a minha popularidade na cidade. – Bill levantou-se da mesa parecendo, no mínimo, entediado. Foi para a sala e se jogou no sofá, esperando que Tom o seguisse.


- Como não pode? – Bill revirou os olhos, Tom não ia desistir mesmo – Você por acaso percebe seu efeito nas pessoas? Como elas ficam te olhando passar?


- No momento estou mais interessado no meu efeito em você.


A voz de Bill soou casual no ambiente, chocando Tom por um momento e depois fazendo-o corar e encarar os próprios pés. Tom tentou não pensar no que Bill tinha dito, não queria admitir nem para si mesmo que o outro tinha de fato algum efeito sobre ele, quanto mais para o próprio causador do efeito.


- Gosto da decoração. – Foi o melhor que Tom conseguiu dizer para mudar de assunto.


Mas a decoração era realmente muito bonita. Dois sofás, beges com os detalhes em madeira escura, ficavam de frente para uma lareira de tijolos claros. No meio deles, um tapete mais claro e uma mesa de centro com um vaso transparente em cima. O chão era de madeira, do mesmo tom dos detalhes dos sofás. A parede era um tom de creme, adornada com algumas luminárias antigas.


- Não mude de assunto – Bill levantou-se do sofá e foi até o de tranças, que mais uma vez baixou a cabeça – Qual é o efeito que eu causo em você? Hm? – Bill levantou o rosto de Tom para que olhasse em seus olhos – Estou curioso.


O hálito frio de Bill roçou o rosto de Tom, fazendo seu coração pular uma batida e depois voltar a disparar. Tom abriu a boca pra dizer algo, mas não conseguiu traduzir seus pensamentos em palavras. Na verdade, mal conseguia entender seus pensamentos, quanto mais traduzi-los.


- Tudo bem então. Vamos descobrir. – Bill sorriu maldosamente para Tom. – O que você sente quando eu faço isso? – Bill foi até o pescoço de Tom e começou a beijá-lo.


Tom quase esqueceu de respirar e acabou arfando um pouco. Bill só riu da reação e voltou a fitar seus olhos.


- Já tem uma resposta? – Tom franziu o cenho, se antes estava confuso, agora seus pensamentos estavam dançando em sua cabeça. – Ok, vamos ver se isso ajuda.


Bill traçou com a língua o caminho do pescoço à orelha de Tom, onde lambeu e mordiscou o lóbulo, fazendo o de tranças arrepiar-se. Tom já não se lembrava mais de como tudo tinha chegado aquele ponto, mal lembrava-se de respirar.


- Nada ainda? – Bill sussurrou no ouvido de Tom, o hálito gelado mandando outra onda de arrepios pelo seu corpo.


- Para, por favor.


- Por que?


- Isso é errado. Nós... – Tom foi interrompido pelo indicador de Bill que tocou de leve seus lábios.


- Você nunca foi um bom menino. E mais, não tem ninguém olhando. – Tom franziu o cenho e encarou Bill por alguns segundos. – Eu juro que não conto pra ninguém.


Tom mordeu os lábios e umedeceu-os em seguida. Bill já estava pendendo a paciência quando foi pego de surpresa pelos lábios do de tranças pressionados contra os seus. Reagiu imediatamente, entreabrindo a boca e deixando sua língua pedir passagem, tendo a permissão logo em seguida.


Suas línguas não batalhavam, mas sim, dançavam dentro de suas bocas, mais preocupadas em acariciarem-se do que em explorarem o espaço. Bill quebrou o beijo para jogar Tom no sofá mais próximo e deitar-se sobre ele, atacando dessa vez o seu pescoço e depois voltando aos lábios. Mordeu de leve o lábio inferior e Tom e voltou a beijá-lo com mais intensidade, e sendo correspondido com o mesmo ímpeto.


Bill tocou o abdômen de Tom por baixo de sua camisa, sentindo-o contrair involuntariamente. Manteve-se ali por mais algum tempo, acariciando levemente e ainda beijando pacientemente os lábios do outro. Mas quando sua mão finalmente alcançou a frente dos jeans do de tranças, ele protestou.


- O que foi? – Bill ergueu o tronco para observá-lo melhor.


- Eu não...


- Senhor. – Ambos ergueram o olhar até a entrada da sala, onde Dave estava parado com se terno impecável.


- Sim. – Bill respondeu enquanto Tom desejava desesperadamente sumir.


- Receio que seja melhor o seu convidado voltar para casa.


- Por que? – Bill não parecia querer sair de cima de Tom. E de fato, não queria.


- Os seus amigos já o procuram e é apenas questão de tempo para que comuniquem aos pais.


- Hm... Tudo bem então. – Bill levantou e deixou Tom ainda imóvel no sofá.


- Quer que eu o leve?


- Não precisa Dave, mas obrigado.


- Por nada, senhor. – Dave se retirou.


- Então é isso né? – Tom se levantou quase que imediatamente. – Você vai me levar pra casa. Sabe onde fica?


- Quem não sabe onde fica o complexo multimilionário de vocês? – Bill revirou os olhos.


- Como você...?


- Todos sabem. – Tom corou levemente.


- Será que o... Dave, estava ali a muito tempo? – Bill sorriu.


- Não se preocupe. O Dave não é de julgar as pessoas.


Bill caminhou até o de tranças e puxou o rosto dele para o seu, selando seus lábios rapidamente antes de ir pegar a chave. Tom ficou parado na sala esperando, observando mais uma vez a decoração do cômodo. Percebeu que o vaso transparente da mesa de centro tinha folhas seca dentro, pequenas e marrons. Pegou uma pelo talo e ficou girando entre o polegar e o indicador.


- O que está fazendo? – A voz suave de Bill em sua nuca o fez pular e por pouco não gritou.


- Eu... Nada. Eu só... Como você chegou aqui tão rápido? – Bill deu de ombros e puxou o rosto de Tom mais uma vez. – Você quer parar com isso?!


- Acho que a resposta óbvia é não. – Tom revirou os olhos. – Vamos.


Bill arrastou Tom até a garagem e parou na frente do seu favorito, o lamborghini gallardo vermelho. Tom ficou parado olhando o carro por um tempo, não por ser um lamborghini, mas por estar impecável como se nunca tivesse sido usado.


Tom ainda estava observando o carro quando Bill jogou ele sobre o capô e o beijou mais uma vez. Tom o afastou mais preocupado com o carro do que consigo. Bill revirou os olhos e entrou no carro. Tom o seguiu.


Bill abriu o portão da garagem e saiu pelos fundos da mansão pelo caminho que pedra que levava ao portão principal, que já tinha sido aberto por Dave. Esse caminho deu a Tom a oportunidade de ver a mansão por fora. Parecia muito mais velha do que por dentro, plantas tomavam conta de algumas paredes, a grama precisava ser aparada urgentemente, e a tinta de onde as plantas ainda não alcançavam estava descascando.


- Por que você não decora o lado de fora também? – Tom perguntou enquanto Bill entrava na estrada principal em direção à cidade. – A mansão.


- Gosto dela assim. – Bill deu de ombros.


- Alguém mais sabe que você mora aqui? Sabe... Além de Dave?


- Não sei. Não me importo. – Tom revirou os olhos e resolveu parar de fazer perguntas.


Em pouco tempo estavam na frente do complexo. Tom abriu a porta do carro e antes que ele pudesse sair Bill puxou sua camisa e selou seus lábios rapidamente.


- Você não vai fazer isso na escola não né?


- Você gosta? – Tom não respondeu – Então veremos.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Felizmente para Tom, Georg e Gustav não fizeram perguntas sobre a noite passada. Eles concluíram que Tom tinha dormido na casa de Lucy e esqueceram o assunto. Mas isso mudou na segunda de manhã, quando Lucy veio a seu encontro ainda for da sala de aula. - Podemos conversar a sós? – Ela sempre cruzava os braços quando estava com rai ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:21:52

    hmmmm mas tá boa d+!!!

  • fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:33:51

    cadeeeee kero mais

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 15:55:16

    Eu sempre achei esses mundos místicos super interessantes. Essa fic ainda não acabou, eu postei tudo de vez por que vim de mudança do outro site >< E obrigada por comentar, é bom que incentiva a escrever mais \o/

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 15:09:38

    gosto mesmo, são bem diferentes... curto mesmo!!! eheheheh

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 14:08:51

    Obrigada flor, que bom que você gosta *-*

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 09:21:46

    suas histórias são muito boas!! eu curto!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais