Fanfics Brasil - 7 Into The Dark

Fanfic: Into The Dark | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 7

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Felizmente para Tom, Georg e Gustav não fizeram perguntas sobre a noite passada. Eles concluíram que Tom tinha dormido na casa de Lucy e esqueceram o assunto. Mas isso mudou na segunda de manhã, quando Lucy veio a seu encontro ainda for da sala de aula.


- Podemos conversar a sós? – Ela sempre cruzava os braços quando estava com raiva. Ela estava furiosa.


- Temos aula agora.


- A escola nunca foi uma de suas prioridades. – Tom deu de ombros e revirou os olhos.


- Onde?


- Campo de futebol, embaixo das arquibancadas. - Tom respirou fundo e assentiu.


- Vamos logo.


Foram caminhando contra a multidão pelos corredores e atravessaram o refeitório até a porta de saída que dava para o campo de futebol. Pararam embaixo das arquibancadas e ficaram um longo momento em silêncio.


- O que foi Lucy?


- Como assim ‘o que foi?’? Você não lembra mesmo ou tá fingindo que esqueceu?


- Esqueci o que? – Ela o olhou furiosa.


- Não se faça de besta, Tom! Na minha casa, na minha festa! Estávamos transando e você gemeu o nome dele!


- Como é?!


- Isso mesmo! – Estavam os dois gritando nesse ponto – Como é mesmo o nome dele? Ah é! Bill! Como você pode dizer que esqueceu disso?!


- Ei! Pare de gritar comigo! – Tom segurou Lucy. – O que você quer que eu faça? Por que me chamou aqui?!


- Só tem uma coisa que eu quero saber de você. – Lucy abaixou consideravelmente o volume de sua voz. – Do que você gosta de verdade? – Tom hesitou em responder.


- Não entendi.


- Eu quero saber... – Lucy respirou fundo – Se você é hetero ou não.


Tom não sabia o que responder. Semana passada ele responderia essa pergunta sem nem precisar pensar. Mas desde aquela noite na balada, e depois a festa de Lucy. Ele não queria admitir que sentia alguma atração pelo aluno novo, mas e se sentisse mais que atração? Não. Não era isso. Ele tinha sido apenas uma coisa de momento. É, era isso.


- Sou. – Tom engoliu em seco.


- Então como explica...


- Não sei Lucy. Foi... sei lá. Uma coisa do momento. Você viu como ele dançou comigo. Você viu o jeito como ele me olha. – Lucy pareceu estar engolindo, então ele continuou. – E, além disso, você é minha namorada. Não estou disposto a trocar você por homem nenhum.


- Eu sei que você não me ama. – A voz dela soava seca.


- Mas eu te quero do meu lado. Não basta? – Tom segurou a mão dela e olhou em seus olhos. Ela sorriu, ainda um pouco chateada.


- Acho que sim. – Tom percebeu que ela estava corando, o que significava que ele tinha vencido a discussão.


- Agora vamos antes que alguém nos pegue aqui.


- Eu vou na frente. Vou ficar no banheiro até o fim da primeira aula. – Tom assentiu – Você deveria ficar aqui.


- Vou ficar. – Lucy se virou para deixa-lo, mas Tom a puxou pela mão e beijou seus lábios. Lucy se afastou e sorriu.


Tom a observou correr de volta a porta do refeitório, seus cabelos castanhos esvoaçando e seu jeans colado desenhando suas curvas. Sorriu para si mesmo, e respirou aliviado, mas sentiu seu corpo gelar quando ouviu palmas vindo de trás dele.


Do outro lado da arquibancada Bill vinha em sua direção com um sorriso malicioso no rosto. Usava botas com um salto baixo, jeans pretos e colados, e uma camisa preta de mangas compridas com algo escrito em branco no centro. Bill ria levemente de toda a cena e observava a face chocada de Tom ao se virar.


- O que está fazendo aqui? – Tom perguntou sentindo seu coração acelerar


- O mesmo que você está fazendo aqui.


- Você não pode conversar com sua namorada sozinho. – Bill sorriu e se aproximou ainda mais dele.


- E quem disse que estou sozinho? – Puxou Tom pra si e selou seus lábios.


- Quer parar de fazer isso?! – Tom empurrou Bill para longe, irritado, e limpou seus lábios.


- Tenho que admitir que amo ver você atuando.


- Eu não estou atuando!


- Não pra mim. – Bill gesticulou para a porta do refeitório – Pra ela.


- Eu não estava atuando, e...


- “Você viu o jeito como ele me olha” e blá blá blá. – Tom estava surpreso de ele ter ouvido a conversa toda – E você? Já viu o jeito que você me olha?


- Eu não...


- Você não o que? – Bill ainda sorria e encarava Tom, movendo-se na direção do de tranças. – Você não me quer, Tom? É isso? – Tom não respondia. Bill encostou seu corpo no dele e sussurrou em seu ouvido – Não estou convencido. Eu quero ouvir você dizer que não me quer.


Bill começou a morder o lóbulo da orelha de Tom enquanto esperava ele responder. É claro que Tom não disse nada já que não conseguia sequer respirar direito. O de tranças aos poucos começou a se concentrar no que queria dizer, mas não conseguiu formular uma frase que fizesse sentido em sua cabeça. Sua respiração começou a ficar mais pesada e ele se viu afastando o rosto do maior apenas para beijá-lo.


Bill correspondeu prontamente ao beijo. Começaram devagar, pois Tom ainda estava meio receoso de fazer aquilo, mas logo estavam beijando-se vorazmente. Tom tinha uma mão ainda no rosto do maior e a outra em sua cintura, enquanto Bill tinha as duas mãos em seu pescoço.


Não demorou muito para Tom, sem fôlego, afastar o maior de si. Tentando controlar sua respiração, ele encontrou os orbes castanhos observando-o cheios de luxúria. Ficou estático, preso naquele olhar, até que viu o flash amarelo que o perseguia passar pelos olhos do vampiro. Tom sentiu suas pernas tremerem e sentiu que ia desmaiar, mas só sacudiu a cabeça antes de voltar a olhar, pasmo, os olhos do outro.


- Que porra foi essa?! – Quase gritou.


- Você me beijou, ora. – Bill quase ria de sua vitória enquanto observava o outro.


- Não! Não isso. Eu tô falando dos seus olhos! Eles não deviam ficar amarelos assim! – Bill parou com a provocação por um momento. Ele não fazia ideia de que estava deixando seus flashes aparecerem. Na verdade, ele nem sabia quando eles apareciam.


- Não sei do que está falando. – Tom revirou os olhos. Bill arqueou uma sobrancelha e mordeu o lábio inferior, voltando a provocar o de tranças.


- Sabe sim! Não se faça de bobo!


- Não sei não. – Bill piscou os olhos maquiados inocentemente – Explica pra mim, Tom? – Tom revirou os olhos.


- Você é inacreditável mesmo. Vai ficar me seduzindo pra eu acreditar em tudo que você diz e nunca descobrir a verdade?


- Vai me dizer que não gosta de ser seduzido? – Deu um passo na direção do de tranças.


- Não começa com isso! – Tom pôs a mão contra o peito do maior.


- E, além disso, não tem nenhuma verdade a ser descoberta. – Bill deu de ombros. Tom resolveu tentar fazê-lo falar de outro jeito. Baixou a cabeça e o volume de sua voz e começou a falar.


- As vezes, quando você me olha, eu vejo um flash amarelo em seus olhos que me é familiar. Eu já vi esse flash antes, numa balada. Estava escuro, mas é inconfundível. Eu sei que era você! – Bill sorriu docemente para Tom e sussurrou em seu ouvido.


- Eu sei que você deseja aquela criatura mais do que pode imaginar. – Tom já começava a comemorar, achando que Bill confessaria a verdade – Mas sei que me deseja também. Acho que sua imaginação está juntando os dois, no único que você pode ter. – Bill começou a rir assim que terminou a frase.


- Eu ainda vou fazer você admitir a verdade! – Bill deu de ombros.


- Mas até lá... – Beijou o de tranças mais uma vez.


Tom estava prestes a recuar quando o sinal, anunciando o término da primeira aula, soou, fazendo Bill se afastar automaticamente.


- É melhor você voltar pra dentro. – Tom o encarou meio confuso.


- E você?


- O que tem eu?


- Não vai voltar?


- Vai sentir minha falta? – O olhar felino de Bill pegou Tom de surpresa de novo, mas não foi só isso. Tom sentia uma espécie de deja vú naquela cena, não achava palavras pra responder. Bill sorriu maliciosamente, deixando os dentes amostra. – Então, ainda, não há motivos para ficar.


Bill saiu andando pelo mesmo lugar de onde tinha vindo, do lado oposto da arquibancada. Tom ficou estático no lugar, processando o que tinha acontecido, e a primeira aula mal tinha acabado. Assim que Bill sumiu de sua vista sua ficha caiu, ele ia sentir falta dele. Só não tinha coragem de dizer.


Tom correu até onde Bill sumiu de sua vista esperando vê-lo na metade do campo de futebol, mas encontrou o campo completamente vazio. Deu a volta em todas as arquibancadas, mas não o encontrou. O sinal tocou mais uma vez, anunciando o início da segunda aula. Ele ia se atrasar.


Correu de volta para a escola e por pouco não entrava na sala de aula. Sentou em sua cadeira como de costume e encarou o lugar ao seu lado, que normalmente era ocupado por Bill, onde Georg agora estava sentado.


Georg levantou o olhar de seu caderno e encarou Tom por um momento, passando a mão na frente dos seus olhos para despertá-lo de seus pensamentos. Tom corou um pouco e sorriu para o ruivo, que retribui com um olhar estranho.


Tom focou o quadro e passou a mão por suas tranças. Não conseguia pensar em outra coisa que não fossem os olhos amarelos de Bill.




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Comentários do Capítulo:

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  • fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:21:52

    hmmmm mas tá boa d+!!!

  • fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:33:51

    cadeeeee kero mais

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 15:55:16

    Eu sempre achei esses mundos místicos super interessantes. Essa fic ainda não acabou, eu postei tudo de vez por que vim de mudança do outro site >< E obrigada por comentar, é bom que incentiva a escrever mais \o/

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 15:09:38

    gosto mesmo, são bem diferentes... curto mesmo!!! eheheheh

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 14:08:51

    Obrigada flor, que bom que você gosta *-*

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 09:21:46

    suas histórias são muito boas!! eu curto!!!


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