Fanfics Brasil - 8 Into The Dark

Fanfic: Into The Dark | Tema: Tokio Hotel


Capítulo: 8

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Já era quinta-feira e Bill não tinha ido a escola desde aquela manhã. Tom estava começando a ficar preocupado com ele. Ele queria ter o número de Bill para ligar e perguntar onde ele estava. Na verdade ele só queria ouvir a voz do moreno.


Bill estava fazendo uma pesquisa consigo mesmo. Estava tentando fazer seus olhos faiscarem como Tom tinha dito que acontecia, mas não obteve resultado. Nem percebeu a quantidade de tempo que passou na frente do espelho. Seus olhos só faiscavam daquele jeito quanto ele estava com sede. Mas ele sempre caçava quando sabia que estaria perto de Tom, afinal, ele não queria transforma-lo em comida.


Quando a noite chegou, Dave bateu em sua porta antes de entreabri-la e espera por sua permissão para entrar. Bill mandou-o entrar sem desgrudar os olhos de seu espelho, em seu quarto.


- Com licença, – Bill tirou os olhos do espelho – mas devo informar-lhe que a escola que o senhor vem frequentando ligou. Queriam saber se estava tudo bem com o senhor, já que faltou alguns dias.


- E o que você disse? – Bill arqueou as sobrancelhas, parecendo tomar consciência do tempo que passou em frente ao espelho.


- Disse que o senhor estava se sentindo um pouco mal essa semana. Mas a diretora ainda quer falar com o senhor. Ao que parece, o senhor perdeu uma prova importante.


- Não tem problema Dave. – Bill tossiu um pouco, tornando-se também consciente de sua sede – Nossa, não tinha percebido quanto tempo passei aqui. Estou com sede, argh! – Passou a língua por seus caninos, eles estavam mais compridos.


- Devo me retirar agora senhor? – Dave não tinha mais medo de Bill. Servia a ele por bastante tempo.


Por mais que não fosse um vampiro, Dave tinha algumas características não-humanas. Algumas poucas coisas podiam te dar a imortalidade. A dose certa de veneno de um vampiro bem alimentado era uma delas. Dave foi o primeiro mordomo que não tentou fugir de Bill, ou mata-lo, portanto, Bill presenteou-lhe com a imortalidade. Mas ela servia apenas enquanto Dave o servisse. Afinal, era necessário renovar a dose se quisesse mesmo viver para sempre.


- Se quiser, Dave. Eu tenho que sair pra caçar ainda hoje. Amanhã vou à escola resolver tudo isso. – Dave assentiu e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.


Bill olhou mais uma vez seus olhos e pensou em Tom, talvez ele estivesse inventando aquilo tudo. Ele ia ter que tirar a verdade dele. Ainda olhando no espelho, Bill riu consigo mesmo, e se surpreendeu ao ver seus olhos faiscarem. Puxou o ar pela boca e deixou-a entreaberta, enquanto olhava em choque para seus olhos castanhos, mas seus caninos chamaram sua atenção. Saiu da frente do espelho e foi trocar de roupa.


Vestiu seus jeans rasgados na altura do joelho, seus coturnos, uma blusa que já tinha algumas manchas de sangue, mas que parecia ser estampada daquele jeito. Era sua blusa favorita para caçar. Pôs algumas pulseiras e correntes e fez sua maquiagem como sempre, os olhos impecavelmente pretos. Sorriu para seu reflexo o no espelho e se viu sorrir de volta. Depois de arrumar cuidadosamente o cabelo ele pegou o seu celular e discou o número de sua própria casa. Dave atendeu.


- Pois não?


- Dave, eu preciso de um favorzinho.


- A sua disposição senhor.


- Pode preparar uma banheira de água morna pra quando eu voltar?


- Claro.


- Obrigado. – Bill desligou o telefone e sorriu conferindo seu visual antes de sair.


Desceu as escadas quase pulando. Queria acabar logo com aquilo, sua garganta seca ardia por causa da sede.


A princípio ele pensou em ir andando pelos becos até achar um bêbado ou uma prostituta que não fosse fazer falta pra ninguém. Mas do jeito que sua sede estava, ele precisava de sangue limpo. Detestava matar civis inocentes, mas quando sua sede estava desse jeito, ele ficava cruel e sádico. Não era algo que pudesse controlar.


Ele chegou rápido ao parque. Não tinha muita gente passeando por lá, pois era um pouco tarde. Um casal andava segurando seus cachorros de estimação sorrindo e conversando alguma coisa. Bill sentia o cheiro forte de sangue camuflado por perfumes e o cheiro da grama. Correu para a parte de mata do parque, as árvores altas davam a ele uma visibilidade melhor. Ele subiu em uma delas e ficou observando, decidindo quem seria sua vítima.


Um rapaz sentava sozinho no banco no canto oeste, mas ele estava no telefone e não parecia nem perto de desligar. Outro homem andava na direção contrária ao banco, mas ele estava voltando do trabalho para casa, sentiriam sua falta cedo demais. Bill escolhia suas vítimas com tanto cuidado quanto podia, mas estava prestes a pular de lá de cima. Quando começou a cogitar, os becos escuros, ouviu risadas logo abaixo de si.


Era um casal daqueles extremamente clichês que estava passando abaixo dele, indo cada vez mais pra dentro da floresta. O rapaz encostou a garota em uma árvore e começou a beijá-la. Bill sorriu, era perfeito, aqui ninguém poderia vê-lo atacar e ele teria tempo de se livrar dos corpos. Ele desceu cuidadosamente da árvore observando cada passo que o casal dava pra dentro da mata.


Pararam uns quinhentos metros de distância da árvore de Bill.


- Tem certeza que ninguém nos viu? – A menina tinha uma ansiedade em sua voz.


- Claro que não, meu amor. – Ele beijou-a. – Tenho certeza. – Bill riu consigo mesmo.


- É que eu tenho medo de ser pega. Ainda mais num lugar desses.


- Ninguém nos viu, Liz. Tenho certeza. – A menina respirou fundo e sorriu.


Eles começaram os amassos mais indiscretos e Bill aproveitou para se aproximar. Pegou uma pedra no chão e jogou-a numa árvore atrás de si. Os jovens pararam e ela olhou o rapaz, apreensiva. O garoto revirou os olhos e disse que ia checar o que era aquilo, vindo exatamente na direção de Bill. O vampiro se escondeu atrás de uma árvore, esperando que ele estivesse perto o suficiente. Quando o rapaz passou um metro de onde Bill estava, ele atacou.


Correu até o rapaz e segurou-o pela cintura com uma mão enquanto a outra tampava lhe a boca. O garoto tentou, inutilmente, se debater, mas Bill era muito mais forte que ele. Bill cravou os dentes no pescoço dele sem nem pensar duas vezes, atingindo em cheio sua jugular e sugando todo o seu sangue até que não restasse nada.


Bill saboreou cada gota de sangue que descia por sua garganta, saciando parte de sua sede, e deixando-o em êxtase por mais alguns segundos.


Bill largou o corpo, que caiu no chão, fazendo um baque surdo. Olhou os olhos ainda abertos e sem vida do rapaz, observando também a mancha de sangue em seu casaco. Tocou a própria boca e sentiu o sangue, já secando, espalhado ali. Abriu a boca e sentiu seus caninos, ainda grandes, ele ainda estava com sede. Ouviu um galho estalar atrás de si e sorriu.


- Math! Cadê você? Math! – A menina chamava – Se isso for uma brincadeira eu juro que te mato.


- O que você faz aqui no meio da mata sozinha garota? – Bill perguntou no meio do escuro, ainda fora da vista dela.


- Não estou sozinha e... Quem tá aí? – Bill apenas sorriu e deu a volta nela, ficando atrás da menina.


- Não deveria estar sozinha.


- Ah! – A menina se virou na direção da voz – Não estou sozinha! – Outra volta.


- Então está com seus amigos imaginários? – Bill deu alguns passos na direção da garota.


- Você quer parar de dar voltas?! – A garota podia ver Bill até a altura de sua cintura. – Aí está você! Aposto que aquele nerd babaca da escola tentando me assombrar. Você viu o Math por aqui? – Bill sorriu e chegou perto o suficiente para que ela visse seu rosto, sujo de sangue.


- Sim. – Seus olhos faiscaram – Eu vi o Math.


A garota nem teve tempo de gritar antes de os dentes de Bill estivessem em seu pescoço.


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Sexta-feira de manhã, Tom decidiu que não ia pra escola. Estava sem nenhuma vontade de ver Lucy e os outros. Acordou mais cedo que o de costume, vestiu suas roupas folgadas e resolveu que ao invés de ficar em casa, ia dar uma volta. Entrou no Camaro preto e abriu a garagem para sair.


Rodou a cidade toda. Viu bares fechado e estabelecimentos que ainda estavam abrindo. Entrou em ruas que não conhecia e por pouco não se perdeu. Até que entrou em uma via que não conhecia. Ficou curioso e ao invés de dar meia volta, ele continuou seguindo. Teve a estranha sensação de já ter passado por aquela via antes. Tudo parecia igual e diferente ao mesmo tempo.


Ele só diminuiu a velocidade quando viu a placa que avisava que estava deixando a cidade. Continuou andando devagar por aquela via até que viu uma entrada a sua esquerda. Uma placa quebrada dizia algo ilegível devido ao tempo que ficara exposta.


Guiado pela sua curiosidade, Tom entrou na rua que, de novo, lhe parecia extremamente familiar. Foi seguindo por aquela estrada  cercada de árvores altas até que se deparou com uma velha mansão. Se distraiu observando as janelas, e quase bateu o carro em uma árvore quando viu Bill em uma delas.




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Comentários do Capítulo:

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  • fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:21:52

    hmmmm mas tá boa d+!!!

  • fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:33:51

    cadeeeee kero mais

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 15:55:16

    Eu sempre achei esses mundos místicos super interessantes. Essa fic ainda não acabou, eu postei tudo de vez por que vim de mudança do outro site >< E obrigada por comentar, é bom que incentiva a escrever mais \o/

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 15:09:38

    gosto mesmo, são bem diferentes... curto mesmo!!! eheheheh

  • foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 14:08:51

    Obrigada flor, que bom que você gosta *-*

  • fah_ Postado em 24/09/2012 - 09:21:46

    suas histórias são muito boas!! eu curto!!!


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