Fanfic: Into The Dark | Tema: Tokio Hotel
Tom desligou o carro e saiu de dentro dele, sem tirar os olhos da janela. Bill apenas arqueou uma sobrancelha antes de deixar a janela e entrar nas sombras de seu quarto. O de tranças se aproximou do velho portão e tentou empurrá-lo, precisou de mais força do que achou que seria necessário, mas conseguiu abrir. O portão se moveu rangendo um pouco alto e abrindo passagem para ele. Tom foi caminhando meio desconfiado, olhando em volta como se esperasse um ataque surpresa.
Pensou em bater quando chegou à porta, mas antes que pudesse fazê-lo, Dave a abriu.
- Olá. – Disse em tom formal.
- Oi, eu... Hm... – Tom estava lembrando da última que Dave o viu, e por isso estava ficando vermelho.
- Ele está te esperando lá em cima – Dave se retirou do caminho e deixou que Tom entrasse na casa. – A última porta do corredor, à esquerda.
- Obrigada... É... O meu carro, eu...
- Pode me entregar a chave, eu me encarrego disso. Agora vá. – Tom assentiu e entregou as chaves a Dave.
Tom subiu as escadas de mármore com cuidado, não tinha reparado a decocção do andar de baixo. Era uma casa vitoriana e parecia ter alguns móveis da era colonial também. Ele nem sabia quanto aquilo tudo tinha custado, mas Tom tinha a impressão de que Bill deveria ter herdado tudo.
Seguiu até a última porta e antes de sequer tocar a maçaneta ele ouviu uma música suave vindo do outro lado da porta. O som de um violino, que parou assim que ele abriu a porta. Estava na antessala do quarto de Bill, a sala de música. Viu Bill abaixar os braços ainda com o violino em mãos, vestindo apenas um roupão preto.
- Olá. – Bill sorriu para Tom enquanto colocava o violino de volta no lugar.
- Oi, Bill. Era você que estava tocando?
- Sim. Aprendi sozinho. Gosto de música, ela me acalma.
- Uau! – Tom olhou em volta, vendo o piano logo ao lado – Impressionante!
- Não que eu não goste de ter por perto, mas, o que você está fazendo aqui? - Bill perguntou arqueando uma sobrancelha para Tom.
- Na verdade eu não sei – Tom disse, corando um pouco – Eu não senti vontade de ir a escola.
- E então veio a minha casa?
- Não era meu objetivo vir aqui. Eu saí dirigindo e encontrei a sua casa. – Tom encarou os próprios pés desconfortavelmente. – Por que tem faltado a escola?
Bill se aproximou do de tranças e passou a mão fria em seu rosto, sentindo o corpo de Tom se arrepiar sob o seu toque.
- Está dizendo que sentiu minha falta?
- Eu não disse nada disso.
- Por que você não admite que me quer logo de uma vez? – Bill levantou o queixo de Tom, para olhar em seus olhos.
- O que você... – Antes de terminar a frase, Tom viu os olhos de Bill faiscarem e se calou.
- O que eu...?? – Bill esperava que Tom completasse a frase.
- Era você! Eu sei que era você! Ai meu Deus, Georg estava certo. Você é homem.
- Do que você está falando?
- Esses olhos. – Bill não estava entendendo, mas Tom não parava de falar – Não tem como me enganar com esses olhos!
Então Bill entendeu. Os olhos dele deviam ter faiscado de novo. E bem na frente de Tom. Bill não tinha nenhuma intenção de explicar toda a sua natureza para Tom, ainda não. Primeiro ele tinha que ter Tom aos seus pés, pra ter certeza que ele não fugiria. Afinal, se Tom fugisse com seu segredo, ele teria que mata-lo.
- E que tal com essa boca? – Bill disse pra tirar Tom de seus pensamentos.
- Como é...?
Bill pressionou seus lábios contra os de Tom antes de ele conseguir concluir a frase. Tom tentou separar-se de Bill, mas este não permitiu. Abraçou a cintura de Tom, segurando-o mais perto possível. Tom foi aos poucos cedendo, e deixando Bill explorar sua boca, brincar seu piercing, sentir seu gosto. Antes que percebesse, estava beijando o mais alto de volta, quase na mesma intensidade se não um pouco mais intenso.
- Eu não cheguei a beijar o cara da balada. – Tom disse assim que Bill se afastou.
- Agora beijou. – Bill saiu andando e entrou em seu quarto, deixando Tom completamente boquiaberto e parado no meio da sala de música.
- Eu sabia! – Tom seguiu Bill para dentro do quarto.
- Yay. – Bill disse sem nenhum entusiasmo enquanto tirava seu roupão e procurava uma calça no seu guarda-roupa.
- Ei! O que está fazendo? – Tom disse cobrindo os olhos.
- Não posso sair por aí de roupão, posso?
- Mas você vai sair sem me explicar nada? – Tom ainda não tinha tirado a mão dos olhos.
- Não há nada para ser explicado – Bill vestiu seus jeans e chegou perto de Tom para selar seus lábios de surpresa, fazendo o de tranças tirar suas mão de cima dos olhos. – Eu estava entediado um dia desses e resolvi sair. Por sorte encontrei você, e por mais sorte ainda estudamos na mesma escola. Só isso!
- Mas e os seus olhos? – Bill voltou ao guarda-roupa e vestiu uma camisa vermelha de mangas compridas e fechando o zíper que tinha esquecido aberto.
- O que tem eles?
- Eles faíscam Bill! Quer parar de me enrolar? Tá ficando muito chato isso, de verdade!
- Ok. Eles faíscam, mas eu não posso te dizer nada sobre isso. – Bill sorriu docemente para Tom e pôs uma corrente prateada.
Tom resolveu parar de perguntar para raciocinar a situação. Mas ao invés disso ele ficou olhando Bill se arrumar. O mais alto estava penteando os cabelos, quando terminou, foi fazer a maquiagem dos olhos, e passar perfume. Tom normalmente acharia estranho qualquer outra pessoa passar maquiagem daquele jeito, mas quando se tratava de Bill, ele achava simplesmente encantador. Mesmo enquanto observava o maior Tom tentava pensar em um jeito de tirar a informação dele.
Foi quando lhe ocorreu que ele podia fazer a mesma coisa. Bill estava se olhando em um grande espelho que ficava em um canto do quarto. Tom se aproximou e Bill pôde vê-lo pelo reflexo, mas não deu importância ao menor.
- Por que não pode me dizer nada sobre isso? – Bill revirou os olhos e não respondeu.
Tom teve de seguir com seu “plano B”. Colou seu corpo ao de Bill e sentiu perfume em seu pescoço, fechando os olhos para se concentrar melhor no que estava fazendo. Bill observava o menor com cuidado. Tom começou a plantar beijos ao longo do pescoço do maior, segurando sua cintura enquanto o fazia. Chegou até o lóbulo da orelha e a mordiscou um pouco antes de voltar a descer o pescoço, mordendo, lambendo e chupando a pele do outro.
Bill estava quase perdendo seu controle. O toque quente de Tom na sua pele gelada estava, aos poucos, fazendo-o ceder à sedução dele. Bill entreabriu os lábios e pôs uma de suas mãos no pescoço de Tom, fazendo ali um carinho discreto que o incentivar a continuar provocando aquelas sensações. Sem aviso, Tom girou o maior de frente pra ele e olhou em seus olhos antes de começar a beijar sua boca bem de leve. Beijava, mordia, e voltava a beijar. Bill estava adorando aquilo.
Mas, de repente, Tom parou e se afastou. Um sorriso travesso em sua face.
- Tem certeza que não pode me contar? – Mordeu o lábio inferior sedutoramente.
- Se eu contar eu vou ter que te matar – Bill sorriu pra ele com um olhar felino.
- É tão sério assim? – Tom arqueou uma sobrancelha.
- É. Mas não se preocupe, eu pretendo te contar um dia.
- Um dia?
- Sim, um dia. Não hoje, não amanhã. Talvez não semana que vem. Mas um dia.
- Acho que posso viver com isso. – Bill sorriu – Por falar nisso, – Tom deu mais um sorriso travesso – você dança bem.
Bill arqueou uma sobrancelha para Tom, mas começou a rir em seguida, sendo acompanhado pelo de tranças.
- Agora vamos sair daqui. – Bill disse, pegando a mão de Tom e arrastando ele para fora do quarto.
- Pra onde vamos?
- Escola.
- Por quê? – Tom revisou mentalmente a parte em que disse que não estava afim de ir a escola.
- A diretora quer me ver. Parece que perdi uma prova. Sabe me dizer do que foi?
- Acho que foi de história. Não foi fácil.
- Então vou gabaritar, com certeza.
- Hahaha, acho que não. – Bill parou de arrastar Tom pelo corredor e o encarou.
- Quer apostar? – Tom o olhou dos pés a cabeça fingindo desprezo e sorrindo em seguida.
- O que você quer apostar? – Bill mordeu o lábio inferior e pensou por um momento.
- Se eu perder eu te conto sobre os olhos.
- Ok. Mas e se eu perder? – Bill sorriu.
- Você vem pra cama comigo. – Tom sentiu seu coração pular uma batida quando ouviu.
Tom ficou um tempo pensando. Ele tinha certeza que ia ganhar aquela aposta, mas mesmo assim hesitou em aceitar.
- Mas eu não sou gay.
- Nem eu – Bill revirou os olhos – Olha, os resultados saem em uma semana. Até lá você muda de ideia. – Tom deu de ombros.
- Tanto faz. Você não vai ganhar mesmo. – Bill sorriu.
- Então temos nossa aposta?
- Temos. – Tom estendeu a mão para que Bill a apertasse num comprimento. Mas Bill a puxou, consequentemente puxando o menor em sua direção para beijá-lo mais uma vez.
- Quer parar com isso?
- De novo essa pergunta? – Tom revirou os olhos. Bill deu uma risada leve e o puxou até as escadas. – Vamos logo!
Dave já os esperava com as chaves do carro de Tom.
- O carro está na garagem senhor.
- Obrigada Dave. Vamos Tom.
Tom sorriu ainda meio sem graça para Dave. Ele detestava saber que mais alguém sabia que ele e o Bill tinham algo. Eles desceram até a garagem e Bill deu as chaves para Tom.
- Seu carro. Você dirige.
Saíram da propriedade de Bill e logo estavam na estrada.
- Sabe Tom...
- O que?
- Você vai ter que contar pra Lucy.
- Contar o que? – Tom estava ficando confuso.
- Afinal, não acho que ela vá aceitar seu namorado indo pra cama comigo.
Tom tirou o carro da estrada. Tinha esquecido completamente que tinha uma namorada.
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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fah_ Postado em 11/10/2012 - 10:21:52
hmmmm mas tá boa d+!!!
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fah_ Postado em 09/10/2012 - 13:33:51
cadeeeee kero mais
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foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 15:55:16
Eu sempre achei esses mundos místicos super interessantes. Essa fic ainda não acabou, eu postei tudo de vez por que vim de mudança do outro site >< E obrigada por comentar, é bom que incentiva a escrever mais \o/
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fah_ Postado em 24/09/2012 - 15:09:38
gosto mesmo, são bem diferentes... curto mesmo!!! eheheheh
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foreverfangirling Postado em 24/09/2012 - 14:08:51
Obrigada flor, que bom que você gosta *-*
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fah_ Postado em 24/09/2012 - 09:21:46
suas histórias são muito boas!! eu curto!!!