Fanfic: Starting Again 2 | Tema: One Direction

Piiiiiiiiiiiiiiiiiii

Era tudo o que se ouvia na sala.

Ela se foi, completamente, fazendo com que um choro desamparado saísse de mim. Eu estava mesmo desamparado, notando que seu coração deixara de bater.

Piiiiiiiiiiiiiiiii- pi – pi – pipi – pipipi – pipi – pipipi

Que... Que é que estava acontecendo?

Pipipi – pipipi – pipi- pi – pipi

O CORAÇÃO DELA ESTAVA BATENDO!

Sem máquinas! Descompassado! Mas SEM MÁQUINAS!

Mas... A Ali se contorceu doentiamente em sua cama e isso perfurou um pouco mais profundamente meu coração. Com certeza isso devia ser normal nestes procedimentos. Ninguém parecia surpreso pelo ocorrido.

Chorei mais quando ela se acalmou.

Soube que esse era o fim. O fim dela. O meu fim. O fim do nós.  Simplesmente: FIM.

A enfermeira me abraçou consoladoramente, sabendo o que se passava dentro de mim. O sofrimento, o vazio, o tudo, o nada...

Tudo era irreal agora...

Pov`s Autora

A Ali estava caindo. Era assim que se sentia. Horrível. Ela se sentia como se estivesse se afogando em álcool. Ali fez tudo pra se segurar em alguma coisa, no mais próximo que ela tivesse pra não cair, não se perder, não se afogar. Só que ela não se sentia ai, não se sentia presente, nem viva, como se tudo não passasse de um horrível pesadelo.

Mas algo, ou alguém, em algum lugar (o Céu dependendo do que você acreditar) estava do lado dela, e talvez, dessa história de amor.

Ela sentiu-se erguida, amparada, salva. Sentiu-se afagada, abraçada, isso a fez ter certeza de que precisava se salvar. A fez voltar, afogada ou não, não era hoje que ela ia desistir.

Mais uma vez, ela se contorceu doentiamente, mas um pouco mais... Viva. Ela se contorceu sobre seu leiro, puxando todo o ar que era possível pra seus pulmões, tentando abrir os olhos, e não vendo quase nada ao fazê-lo.

Onde ela estava?

-ALI! Amor! Meu Deus! –ela ouviu uma voz familiar, um abraço sufocante, um cheiro acolhedor, e depois o nada novamente.

Onde ela estava?

-Isso é impossível... –ouviu uma voz admirada.

-O-o-onde e-eu tô? –perguntou baixinho, gaguejando, sentindo-se estranha ao fazer isso, como se as palavras não saíssem dela, com uma voz que não era dela, duma boca que definitivamente, ela não conhecia.

Assim era seu novo começo, mas ela estava apavorada.