Fanfics Brasil - Capítulo II Arms Against The System

Fanfic: Arms Against The System | Tema: Vampire Diaries


Capítulo: Capítulo II

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Ouço alguns rangidos e devagar abro os olhos. A claridade que entra através da janela me cega. Fecho os olhos e abro novamente tentando desviá-los da claridade. Me sento do lado oposto da cama, e vou tateando com os pés o chão até sentir o chinelo. É macio e de um tecido fofo. Vou até o banheiro e coloco um robe de seda preto. Já de frente para o espelho me encaro por alguns segundos, tudo aconteceu tão rápido desde ontem a noite que parece que sonhei. Ergo a mão esquerda e ao olhá-la noto o grande anel no dedo anelar; de fato, não foi um sonho. Meu cabelo está levemente enrolado ao natural e solto no meu rosto, lentamente passo o pente por ele, prendendo-o num coque baixo. Termino de me arrumar no banheiro e sigo até o quarto para me vestir, me assusto quando percebo que Pierre e Anabelle me observam na porta do quarto. - Venha, querida. Vou te ajudar com o vestido. - Antes que eu possa dizer algo, percebo que só estamos nós duas no quarto, provavelmente Pierre deve ter descido. Na cama está um vestido branco com pequenos bordados dourados, ao seu lado alguns acessórios de cabelo como pequenos pontos de brilhantes e um par de brincos de pérolas delicados em forma de gota. Já vestida, sorrio para Ana que me olha carinhosamente. Ela cuida muito bem de mim, e sempre tem ótimos conselhos.

O sol já está forte, algumas meninas estão sentadas debaixo da cobertura da entrada enquanto eu e Pierre estamos sentados de frente para o fosso do castelo. Uma cobertura propositalmente instalada ali nos faz ficar na sombra e enquanto remexo meu café da manhã caprichado, Pierre permanece me olhando e após um longo silêncio entre nós, ele finalmente suspira e elogia o dia. Sorrio carinhosamente apesar de estar tremendo da cabeça aos pés, sua presença me causa uma inquietação estranha e não me sinto completamente segura, como se a qualquer momento ele pudesse agir de uma maneira não esperada. Diferentemente do irmão, Pierre é completamente instável. Ora ele é confiante, ora ele é totalmente imprevisível, descuidado. - Eu ainda não sei o porque você me pediu em casamento... - Falei quase como num sussurro mantendo meu olhar baixo, diretamente na comida. Ele fecha os olhos e posso sentir que está irritado, fecha as mãos e aperta com força mantendo-as fechadas como se estivesse se controlando. - Pedi aos seus pais se poderia me casar com você, eles me disseram que sim e eu fiz a proposta. Você aceitou, por que está curiosa agora? - Suspiro e então crio coragem de olhá-lo nos olhos, está com os olhos azuis ainda mais claros, e sua expressão é calma apesar de eu saber que não está tão calmo internamente. - Pierre, não é normal se casar com uma pessoa que você mal conhece. Nós nunca conversamos sozinhos, eu nem sei onde você mora. Só sei que certamente não é aqui. Porque aqui já basta todas nós trancafiadas. - Agora estou irritada, eu nunca saí daqui, nunca vivi no "mundo real", estou cansada de ser mantida "prisioneira". Ele me olha estático, com certeza está surpreso porque sua expressão mudou. Se afasta da mesa e se levanta vindo até mim, rapidamente me afasto também tentando manter o meu corpo o mais próximo que posso da cadeira. Pierre se abaixa na minha frente e me encara. Ele abre um sorriso irônico e eu sinto uma vontade louca de bater nele. - Lauren, você não sabe o porque está aqui, não é? Você não tem idéia do que é isso aqui realmente, certo? - Faço que não com a cabeça e espero que ele continue falando sem que eu tenha que pedir. - Essas garotas vivem aqui porque querem. São prostitutas de luxo, trabalham para os ricões de toda a França. Vão embora quando querem, e vem quando querem. Estão sempre acompanhadas de seguranças pela própria segurança delas. Você veio pra cá porque sua mãe queria que você se "encantasse" com isso e trabalhasse também. Ela não iria te forçar, mas eventualmente você seria como uma dessas garotas. Eu estou te salvando. Enzo é idiota demais para pedir à tia Alicia para se casar com você, ele acredita nessa merda do amor e da responsabilidade de um casamento. Eu te fiz um favor, vamos nos casar e você vai viver aqui, amparada por mim. Vai ter dinheiro, vai sair, fazer compras e voltar. Vai viver aqui, mas não vai ser subordinada de ninguém. Só vai ter que ser minha mulher. - Estou paralisada. Eu sabia que minha vida não era comum porque todas essas garotas saiam e voltavam ao castelo enquanto eu permanecia aqui sem explicação alguma, mas era algo aceitável, até que vieram com essa merda de casamento. Respirei fundo e me levantei, estava com raiva. Saí apressadamente deixando Pierre pra trás enquanto caminhava em direção ao castelo. Uma parte do castelo era diariamente visitada por turistas, enquanto a outra era aberta somente para mim e as meninas e todos que frequentavam a "casa". Estava tão enojada que precisava gritar com uma só pessoa: minha mãe.

- Como você pôde fazer isso comigo? Como você pôde me acolher, me criar e então me desejar um futuro tão... podre? - Eu não analisei muito bem as palavras e muito menos o ambiente. A sala estava rodeada de turistas que me olhavam perplexos, não sei dizer se era pelo que havia acabado de acontecer ou pela roupa que eu usava, exatamente como no Século XIX. Alicia me olhou irritada e logo desviou o olhar me indicando que naquele momento me ignoraria completamente. Senti que Pierre estava atrás de mim e devagar suas mãos tocavam meus braços e me puxava para fora da sala. Já de volta no jardim ele abaixava e movia a cabeça em negação. - Você é louca, Lauren? O que pretende com esse interrogatório? Não percebe que sua mãe não vai se afetar? - Balanço a cabeça e desembesto a chorar, com a cabeça entre as mãos deixo que as lágrimas caiam livremente, estou soluçando e chorando. É como estar limpando uma alma cansada de tantas perguntas sem respostas. Eu me acostumei à minha vida, mas isso não quer dizer que eu entendesse. Eu sempre fui confusa, e agora todas as minhas questões foram respondidas com as respostas que eu preferia que não existisse. Pierre me abraçou forte e pela primeira vez não senti cheiro algum de álcool, suas mãos me envolveram contra seu peito e me senti segura. Ele estava certo, se nos casássemos eu talvez estivesse segura. Mas, eu quero mais. Não quero ficar aqui, quero viver lá fora. Quero liberdade. - Vamos nos casar semana que vem. Mas eu quero ir embora, não quero ficar aqui. - Falei quase que como numa súplica. Percebi quando ele suspirou e então me afastando devagar, mas mantendo as mãos nas minhas, começou a falar enquanto me olhava. - Lauren, eu não sou contra nos casarmos o mais rápido possível, porque eu não quero que você entre nessa vida sem conhecimento algum, você ainda é inocente demais para entender toda a merda e sujeira que tem debaixo desse tapete. Mas, não posso permitir que saia do castelo. Eu não quero ser casado lá fora, quero a minha liberdade, quero comandar a minha empresa, ter as minhas relações profissionais e pessoais sem me preocupar com você solta por aí fazendo sabe-se lá o quê. - Me soltei das suas mãos assim que ele terminou de pronunciar a última palavra. Como ele pode dizer que me quer livre de tudo isso se ainda assim quer me manter aqui? Saí em direção a entrada principal das escadas, aos prantos pedindo que Nestor me levasse ao meu quarto.

O final de semana passou rápido demais. Pierre e Enzo já foram embora e Alicia não veio me ver ainda, ela está me ignorando como se minha indignação não tivesse valor algum. Não entendo o porque de tanta falta de consideração, ela me criou e sempre me protegeu de tudo e todos. Era o que ela dizia, pelo menos. Como tudo pode ter mudado tão repentinamente? E eu quero mesmo me casar? Vale a pena continuar aqui, livre de tudo isso ou eu deveria ao menos tentar? Essas garotas são livres, eu quero essa liberdade. Quero atravessar os portões e ver o mundo lá fora. Fecho os olhos e permaneço deitada na minha cama. Estou com uma camisola longa de seda rosa claro e um robe da mesma cor. Ouço que Anabelle está subindo com meu café da manhã e provavelmente Pierre está com ela pois ouço uma risada masculina e Nestor não ri com ninguém. Que bom, vai começar...
- Senhorita, Lauren... vamos comer um pouco? Hoje temos aula de equitação pela manhã e depois vamos sair para fazer compras à pedido do Senhor Pierre. - Sorrio falsamente para Anabelle, ela mal sabe o que se passa. Ou será que sabe? Ela me parece tão pura, inocente... desligada do mundo. Me levanto e vou até a porta do quarto, onde Pierre está escondido. Dou uma risada de quem não acredita no que vê e balanço negativamente a cabeça. Ali tenho uma idéia. - Anabelle, posso falar com o Senhor Pierre por um minuto? Eu vou tomar meu café da manhã, só me dê dez minutos de conversa. - Sorrio gentilmente e ela se afasta descendo com Nestor pelas escadas me deixando a sós com Pierre. Se não posso convencê-lo naturalmente, que seja sensualmente. Eu não sei nada sobre isso, mas posso tentar; tudo pela liberdade. Devagar, me aproximo dele, parando na sua frente com meu corpo a poucos centímetros do seu. Solto o robe lentamente deixando-o cair no chão e sorrio maliciosamente enquanto ele me olha incrédulo. Estou tremendo, ofegante, com meu coração alterado. Sei que não vai ser fácil, mas estou determinada demais para desistir agora. Me assusto quando ele me puxa para perto de si, fazendo com que meu corpo cole no seu e então seus lábios roçam os meus e ele sussurra provocativamente. - Você sabe o que está fazendo, Lauren? - Mordo meu lábio inferior e sorrio de uma maneira inocente, provocando-o. Logo deixo minhas mãos na sua nuca onde devagar passo as unhas e arranho levemente. Ficamos ali olhando um pro outro sem que nada além dos nossos corpos se toquem. Sinto sua respiração ofegante, seu coração acelerado e percebo que tenho algum efeito sobre ele e seja qual for o efeito, é extremamente eficiente. Seguro sua camisa pela gola e vou puxando-o para dentro do quarto, quando chegamos no meio do mesmo vou até a janela e fecho as cortinas vermelhas deixando o quarto completamente escuro. Chego novamente até ele e vou deslizando minhas mãos pelo seu peitoral e acho os botões da sua camisa, começo a abrir um por um até que sinto sua pele fria. Estou confortável agora e nem eu mesma sei explicar o porquê. Minha respiração se altera assim que ele toca meus ombros e desliza as alças da minha camisola pelo meus braços até que ela cai no chão e fico somente de calcinha na sua frente. Sou tomada por uma excitação desconhecida, quero sentir o que ele pode me oferecer. Quero satisfazê-lo e quem sabe conseguir minha liberdade. Num movimento rápido ele me joga na cama e logo estamos os dois sentados nela, estou por cima, sentada no seu colo e estou vulnerável demais para continuar com isso, estou com a respiração ofegante, não sei o que fazer e ele parece perceber isso porque logo me coloca do seu lado e se levanta, tirando a calça e os sapatos com as meias, assim que fica nu e se ajoelha na cama, meu coração dispara e meus olhos se fixam no seu corpo. A pele é clara, o cabelo é preto e os olhos tem o azul mais perfeito que já vi. Seus músculos são perfeitamente desenhados e a cada movimento seu é possível ver seus músculos mexendo como num conjunto perfeito. Me ajoelho na cama e ficamos frente à frente, suas mãos seguram as minhas. - Passe-as pelo meu corpo, sinta-o devagar, vai te acalmar - Ele sabe o que estou sentindo, o que é impressionante porque estou tentando o meu melhor para não demonstrar. Devagar passo minhas mãos pelo seus ombros, seu peito e sua barriga. Paro ali e fico estática, meu corpo transborda de prazer e inquietação. Eu queria impressioná-lo e agora é ele quem me impressiona... (Continua)



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Autor(a): evyydias

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • brandolly Postado em 26/09/2012 - 21:45:10

    posta mais!!!

  • brandolly Postado em 26/09/2012 - 21:45:10

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  • brandolly Postado em 26/09/2012 - 21:45:10

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  • brandolly Postado em 26/09/2012 - 21:45:10

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  • brandolly Postado em 26/09/2012 - 21:45:10

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  • brandolly Postado em 26/09/2012 - 21:45:09

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