Fanfics Brasil - Sangue e Fúria Sant' Anna

Fanfic: Sant' Anna | Tema: Original


Capítulo: Sangue e Fúria

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O sangue se alastrava pela mesa formando uma enorme poça vermelha. Aos poucos, ela gotejava para o chão até chegar aos nossos pés. Eu podia jurar que estava ouvindo nossos corações batendo em uníssono, explodindo nossos ouvidos e nos deixando lerdas.


 


Deus.


Eu podia sentir meu coração saindo pela boca, esparramando sangue pelo resto do chão e respingando nos monitores.


Ele iria cair no chão. Como um coração morto arrancado do peito.


E ia bater.


Bater e bater.


Até a realidade me puxar de volta.


 


– Argh. – Effie gemeu baixo assim que o sangue chegou a seus pés.


 


As lágrimas escorriam silenciosas do rosto de Iza, parecendo que o choque finalmente havia aliviado dando lugar ao caos. Suas sobrancelhas estavam unidas e seus lábios comprimidos para não soluçar, fazendo com que eu acordasse do transe em que estava.


 


– Meu Deus. – Eu encarei o cadáver suspenso acima da mesa.


 


Effie começou a ofegar, levando as mãos aos cabelos ruivos e fechando os olhos, como se tentasse sumir com a imagem da cabeça.


 


– O q-quê? – Ela choramingou. – Como?


 


Lola ainda estava em pânico, sua boca aberta em forma de “o” e os olhos arregalados fixos em algum ponto na parede atrás de Kamilla.


Nossa. Como era estranho pensar no nome dela.


 


Nunca iríamos imaginar que a nossa “doce” coordenadora (também chamada de Miss Simpatia) iria ter um fim tão trágico e sangrento.


Na verdade, nunca imaginamos que alguém poderia morrer daquele jeito no colégio.


 


“Apenas não encare, Wyrda. Apenas não encare” – eu pensava comigo mesma, fazendo de tudo para não olhar o corpo acima, sangrando e balançando.


 


– O que f-faremos? – Minha voz saiu rouca.


 


Ninguém se mexeu por alguns momentos, exceto Iza, que começou a se sacudir estranhamente, para frente e para trás, com os braços ao redor do corpo e os olhos ainda abertos.


Ela parecia em choque depois de tudo.


 


– Vamos sair daqui. – Effie falou pausadamente.


 


– AJUDA! – Lola gritou.


– Ninguém vai nos ouvir. – Eu chorei para ela.


– Vamos. – A mão de Effie tremeu na direção de Iza.


 


– S-sim. – Iza tremeu. – Vamos pedir ajuda.






Nós corremos porque não podíamos passar nem mais um minuto naquele lugar. De repente, qualquer outro problema que eu tivesse naquele dia passara despercebido.


Nada mais importava além do fato de que Kamilla estava morta, e nós a encontramos primeiro, enforcada e sangrando no laboratório 03.


 


– Quem? – Effie corria em pânico. – Quem pode ter feito isso?


 


Todas nos olhamos, ainda correndo, nos perguntando silenciosamente se tudo o que vimos era real.


 


– Não. – Iza falou. – Ela está realmente lá...


 


– Morta. – Enfatizou Lola.


 


– Quem? – Effie perguntou novamente.


 


Eu não poderia responder. Me lembrei de que não conhecia ninguém que fosse capaz de uma atrocidade daquelas. Quem quer que tenha sido, não tinha o objetivo de apenas matar.


 


– Claro. – Lola parecia ter ouvido meus pensamentos. – Ele queria deixar um aviso...


 


– Ou ela. – Iza completou.


 


– ...Ele queria que todos soubessem. – Ela continuou.


 


– Ou ela. – A loira grunhiu.


 


Foda-se. Alguém fez merda, certo? É claro que eu não iria ficar chorando pela morte da Kamilla, sendo que eu nem a conhecia direito. E, se eu tivesse desejado a morte dela alguma vez, o que tem? Ela era um pouco simpática demais. Isso não era motivo para matar.


 


Tá vendo? Vocês me confundem...


Já estou falando como se fosse a assassina.





– Tio!


Chegamos no corredor do segundo andar, ainda correndo, clamando por ajuda a primeira pessoa que aparecesse. Eu ainda podia cheirar o pânico em nossas roupas, e sentir o turbilhão de perguntas na minha mente.


– TIO! – Lola gritou para valer.


 


Demorou um pouco até que o Tio do Corredor finalmente notasse a presença de quatro adolescentes ofegantes vindo das escadas.


 


– Por favor! – Effie parecia prestes a se ajoelhar. – A Kamilla!


 


– Enforcada... – Lola olhava de um lado para o outro.


 


– Assassinato! – Iza gritou.


 


Todas nós olhamos para ela.


 


– A Kamilla está morta. – Juntei os fatos.


 


– Lá em cima! – Lola apontou para o quarto andar.


 


– Como é que é? – O Tio, que não notou a nossa extrema coerência, parecia desconcertado demais para quem acabara de presenciar uma queixa de assassinato.


 


– A Kamilla precisa de ajuda! – Effie gritou com ele.


 


Talvez ele não confiasse em nossas palavras pela idade que tínhamos, mas certamente convenceu-se pelo número em que estávamos.


Quatro. Desesperadas. Falando coisas absurdas.


 


Nós não descansamos até convencê-lo de que Kamilla realmente estava com problemas, até que o Tio pegou o radinho walkie-talkie do bolso e falou por ele, tentando fazer aquela voz séria que eles sempre forçavam.


 


Eu revirei os olhos enquanto estalava os dedos ansiosamente. Será que ele não entendia que uma coordenadora acabara de ser morta em um colégio particular?


 


Era certo que ninguém acreditaria em nós...


Até que eles vissem.


 


– Muito bem, gurias. – O “Tio do Corredor” falou (ainda com aquela voz de autoridade).


Só faltava ele dizer que havíamos feito um bom trabalho...


– Vocês podem ir para sala agora. – Ele nos olhou. – A gente vai resolver o problema.


 


Resolver um assassinato?


Você descobre quem é o assassino, mas ninguém resolve um assassinato.


A pessoa já está morta.


 


– Obrigada, Tio. – Iza murmurou baixinho.


 


O choque ainda estava estampado em nossos olhos, mas nos afastamos de qualquer maneira. Eles não entenderiam. Não enquanto não vissem...


 


– Não há mais o que fazer. – Lola parecia estar dizendo a si mesma. – Devemos voltar para a sala e esperar...


– ESPERAR? – Effie surtou. – Lola, nós acabamos de presenciar um assassinato!


– Presenciar? – Me virei para ela. – Nós não presenciamos nada!


– É óbvio que sim!


– O quê? – Agora eu estava perdida.


Foi Iza quem respondeu.


 


– Ela acha que o garoto matou Kamilla. – Ela murmurou.


– Garoto? – Lola demorou alguns segundos. – Nah! Sem chance...


– Effie, o que está dizendo? – Eu demorei no mínimo uma hora.


 


A ruiva bufou insinuante, para logo caminhar a nossa frente, nos encarando nos olhos.


– Só pode ter sido ele! – Ela berrou para nós. – Quem mais nós ouvimos?


– Não temos provas de que tenha sido ele! – Eu falei.


– Dábliu, quem mais estava lá? – A ruiva perguntou.


– Ninguém. – Iza respondeu.


– Isso não quer dizer nada... – Foi a minha vez de bufar.


 


– Sem falar que... – Lola começou, desviando o olhar e encarando o chão. – Nós não o conhecemos!


 


– Bom, nós não. – A voz de Iza parecia ter voltado ao normal. – Mas a Effie conhece.


 


– O quê? – ela nos encarou desnorteada.


 


– Você disse, lembra? – olhei para ela. – “Eu acho que conheço você”, foi o que você disse.


 


– Eu disse, é? – Effie parecia distante.


 


– Disse sim. – Iza concordou.


 


Ficamos quietas por um tempo, apenas caminhando na direção da sala de aula. Até que o sinal bateu, marcando o fim do recreio, e eu duvido que lembrássemos que o recreio ainda estava passando quando saímos de lá.


Nada mais importava exceto o rosto cinza de Kamilla encarando o teto, cujo pescoço estava amarrado numa corda.


Então eu me lembrei do cara... O cara que correu da gente.


Ele parecia ter uns quinze anos.


 


Nós podíamos ouvir a leva de estudantes chegando agora, todos voltando para as suas respectivas salas. Pensando que eles não faziam idéia do que tínhamos acabado de ver.


Nem mesmo eu fazia. Mas o cheiro de sangue parecia ainda estar por ali.


 


– Iza. – Effie chamou levemente. – Nós estudamos na duzentos e quatro.


 


– Ah, é. – Ela falou fraquinho, dando meia volta depois de quase ter entrado na duzentos e três sem querer.


 


– Gurias! – O Tio do Corredor apareceu dentre a multidão. – O Márssio quer falar com vocês.


– O Márssio? – Lola perguntou.


 


O Tio do Corredor assentiu, saindo dentre os estudantes, provavelmente voltando ao terceiro andar.


– Vamos. – Puxei Lola. – Eles querem testemunhas.


 


– E o que dissemos? – Effie nos perguntou.


 


– A verdade. – Lola passou a andar rápido, junto conosco. – Não fizemos nada.


 


– Mas falaremos sobre o cara? – perguntei à ela.


 


– Que cara? – Effie perguntou.


 


Eu apenas revirei os olhos enquanto descíamos as escadas para o primeiro andar. Não falaríamos – era simples. Ele não fazia parte da cena do assassinato.


 


– E se não foi um assassinato? – Lola parecia estar lendo minha mente de novo. – E se ela quis se suicidar?


 


– Então por que ela estava sangrando? – Effie revidou. – Bastava que se jogasse.


 


– Acho que alguém deu um tiro nela. – Falei enquanto andava, segurando a mão de Effie. – E depois fez com que parecesse suicídio.


 


– Tiro? – Iza perguntou. – Mas não ouvimos nada!


 


– Então foi uma facada. – Lola concluiu.


 


Essa versão pareceu ter sido a mais plausível. Então nos calamos por alguns momentos, até nos aproximarmos do aquário da coordenação.


 


– Foi triste. – Lola encarava o chão.


 


– Ela podia ser chata – acho que ainda não havia sentido a realidade da situação. -, mas ninguém merece morrer assim.


– Ninguém. – Effie concordou.


 


– Entrem.


 


Márssio nos mandou entrar na hora em que chegamos. Sua gravata estava no lugar como sempre e, aparentemente, ele estava assinando algumas coisas irrelevantes.


 


– Então, gurias. – Ele ergueu os olhos. – Vocês sabem por que estão aqui?


 


Nós entramos e nos sentamos nas quatro cadeiras que já haviam sido preparadas na frente dele. O cheiro no ar era de tensão, como se tivéssemos feito algo de errado.


 


– Ãh – comecei um pouco incerta. – nós encontramos a Kamilla morta.


 


Lola me deu uma cotovelada.


– Er... quer dizer. – Tentei novamente. – Aparentemente ela se enforcou.


 


Engoli em seco.


É, não estava dando certo. Quantas vezes eu desejei não ter falado?


 


– Muito bem. – Márssio descansou a caneta na mesa. – Vejam só...


 


Nos entreolhamos rapidamente; cada uma se preparando para o que estava por vir.


 


– Vocês são alunas de ensino médio – Por enquanto, nada do que não soubéssemos. -, seria um absurdo chamar os seus pais por conta de uma pegadinha que resolveram pregar no colégio.


 


Márssio ainda nos encarava seriamente, como alguém que tivesse total e absoluta certeza do que estava falando. Enquanto eu apenas encarava a mesa, como alguém que não fazia a menor idéia do que estava acontecendo.


 


– O quê? – Lola foi a primeira a perguntar.


 


– Acho que já está na hora de deixarmos tudo às claras. – Márssio agia paciente.


 


“ Acho que já está na hora de você enfiar essa caneta no seu cu”, não seria algo muito inteligente de se dizer numa hora daquelas. Mas eu tive que me morder para não falar.


 


– O que estamos fazendo aqui conversando? – Lola estava chegando ao seu limite. – Tem uma professora enforcada lá em cima!


 


–...E sangrando. – Eu completei.


 


– E sangrando. – Iza confirmou.


 


Effie ainda parecia completamente sem palavras.


 


– Já chega! – Márssio afastou os papéis na mesa. (Uou!) – Três foram lá em cima e disseram que havia sangue...


– Tá vendo?! – Lola levantou-se imediatamente. – E um cadáver.


– ...Mas acharam que podia ser tinta. – Márssio a ignorou completamente. – Então, vocês jogaram tinta no chão do laboratório?


– O QUÊ? – Effie o encarava como se ele fosse um fantasma, ou sei lá mais o que exista nesse mundo. Naquele momento, tudo era possível. – ERA SANGUE! Não jogamos nada além de vômito...


– Nós não vomitamos! – Eu lembrei a ela.


– Não jogamos nada além de quase vômito. – Effie corrigiu.


 


Ele nos encarou um pouco confuso, senão furioso. Suas narinas se alargaram um pouco, como se ele realmente quisesse nos matar mais do que nós queríamos naquele momento.


 


– Certo, vamos analisar os fatos. – Dava para ver que ele estava tentando ser solidário conosco. – Por que vocês estavam no quarto andar?


 


Iza não hesitou em responder essa pergunta, falando muito depressa e sem nervosismo que havia deixado o seu pen drive no laboratório 03. Em uma aula qualquer que havia envolvido testes virtuais, ainda que nenhuma de nós lembrasse dessa tal aula misteriosa.


 


– Então vocês foram buscar o pen drive... – Márssio balançou a cabeça.


– Exato.


– E havia mais alguém no quarto andar?


 


Nessa parte nós hesitamos. Quer dizer... Ninguém sabia ao certo se devíamos ou não falar sobre o cara que só a Effie conhecia. Sendo que ela ainda nem havia admitido que o conhecia de verdade...


 


– Não. – Lola declarou. – Não havia mais ninguém.


 


Talvez fosse melhor que investigássemos as coisas, antes de sair por aí apontando culpados, certo? Não. Terrivelmente incerto.


 


– Muito bem. – Márssio fingiu ver os papéis. – E quando vocês chegaram lá?


 


– Encontramos Kamilla enforcada em cima da mesa. – Effie declarou, em um tom frio e urgente.


 


O coordenador franziu os lábios, como se de maneira alguma pudesse aceitar essa parte da história. Ainda que fosse a mais vívida em nossos olhos.


 


– Se ela estava enforcada... – Ele parecia estar tentando seguir nossa linha de raciocínio. – Como havia sangue?


 


Iza e eu nos olhamos rapidamente, cada uma lembrando do que havíamos segredado nas escadas; as nossas suposições, erros e tentativas de encontrar um motivo.


 


– Alguém deve ter atirado nela antes. – Eu encarei meus all stars. – Ou depois.


 


– Atirou nela? – Ele me olhou incrédulo. – Não ouvi nenhum tiro.


 


– Talvez tenha sido uma facada. – Lola tentou. Sua voz parecia mais tensa.


 


– Facada? – Márssio tentou nos dar uma chance. – Talvez.


 


O clima estava pesado dentro da sala de vidro; me lembro de sentir algo como “cérebro queimado”, remorso e culpa.


 


– Nós vimos. – Iza parecia estar numa espécie de transe, ainda que encarasse o coordenador nos olhos. – Eu sei que vimos.


 


– Não estamos mentindo. – Lola reforçou. – Não é uma pegadinha.


 


Effie encarava o chão, como se estivesse tentando entender o que realmente havíamos visto.


 


– Quando eles chegaram lá – Márssion suspirou. -, disseram que não havia nenhum cadáver, apenas uma poça de tinta vermelha na mesa.


 


– Era sangue. – Effie falava pra si mesma. – Tenho certeza de que era sangue.


 


E eu também. Porque ainda podia sentir o cheiro nas minhas roupas, infectando minhas narinas como um veneno enjoativo que passou da validade.


 


– Não havia cadáver, garotas. – Márssio se apoiou na mesa nos encarando nos olhos. – Acho que talvez eu deva recomendar acompanhamento psicológico.


 


– NÃO! O quê? – Effie gritou.


– Nós vimos.


– Ora, por favor!


– Nós vimos.


– Eu tenho inglês nas terças...


– Nós vimos.


 


– Cala a boca, Iza! – Eu gritei. Ela me olhou ressentida.


– Márssio, por favor. – Lola estava prestes a implorar. – Nós não precisamos de acompanhamento. Foi só um engano...


– Não foi um engano. – Effie falou.


– Foi sim! – Lola gritou para ela, antes de se voltar para Márssio. – Não repetiremos.


 


– Tudo bem, garotas. – Ele concordou cansadamente, como se fosse “uma morte resolvida”. – Mas eu gostaria que antes de tudo, vocês pudessem pedir desculpas à Kamilla.


 


– Ela está morta. – Iza declarou.


 


– Kamilla, entre, por favor! – Márssio chamou em um suspiro cansado.


 


Nossos olhares foram para a porta, que imediatamente se abriu para revelar uma Kamilla – Miss Simpatia sorridente, viva como nunca em cima dos seus saltos barulhentos.


 


Minha boca foi se abrindo aos poucos, ao ver que não havia nenhum sinal de sangue ou tentativa de homicídio. Ela parecia tão malditamente feliz como sempre estivera, e ainda mais do que o normal.


 


– Isso é impossível. – Effie sussurrou no meu ouvido.


 


Nem por um momento eu pensei o contrário. A imagem atual da Kamilla- muito- bem- viva não batia nem um pouco com a da Kamilla que encontramos lá em cima – pálida feito papel e completamente oca.


 


– Oi, garotas. – Ela nos deu aquele sorriso típico de sempre, andando sobre os seus saltos até a mesa do Márssio e estendendo um maço de papeis para ele.


 


– Oi, Kamilla. – Nós dissemos em uníssono.


– Márssio – Ela se dirigiu ao coordenador. -, vai ter uma reunião agora no Laboratório 03, e eu deixei um pote de tinta cair sem querer enquanto estava trocando a lâmpada.


 


Todos nós demoramos um tempo para ligar os pontos. O coordenador principalmente, é claro. No fim, porém, era como se as peças tivessem se encaixado.


 


– Oh – Márssio ficou desnorteado por alguns momentos. -, claro, sem problemas.


 


Então ela saiu, sem mais delongas. Com apenas mais um sorriso simpático forçado como sempre.


 


– Por favor, voltem para sala. – Márssio suspirou. – Já tive loucura suficiente para uma manhã.









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Autor(a): clarawyrda

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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