Fanfic: Eliza Failutti | Tema: Original

Era manhã e nós já haviamos chegado em Paris, tudo era tão lindo, diferente e bonito com certeza! um homem de terno preto nos esperava com uma placa na mão ” Eliza Failutti e Daniel Botelho - Brasileiros.” - Daniel Botelho era o nome do meu chefe. Fomos até o homem de terno preto e seguimos com ele até o carro que nos esperava na frente do aeroporto.Tudo era tão diferente, o clima era diferente, as pessoas, tudo! mas o que não mudava era a dor que eu sentia dentro de mim. Chegamos até um pitoresco apartamento, era bem meigo e sua arquitetura era simplesmente magnifica 

- é aqui que vai ser a sua nova casa Srt. Failuti! .. não se preocupe, esse prédio é para moradores que vinheram do Brasil, todos que moram ai são Brasileiros.. Pensamos em tudo, para que a senhorita fique mais confortavél! - disse meu chefe sorridente.

- eu agradeço! ele é realmente bonitinho.. e eu acho que vou me sentir mais confortável em ter visinhos brasileiros - falei olhando para o prédio.

Desci do carro, peguei minhas malas e a chave do apartamento, subi até o 10° andar, fui até a porta que indicava no chaveirinho da minha chave e abri a porta; O apartamente era grande, bonitinho e muito grande!

 - Nossa que que isso! que lugar lindo .. nem acredito que é tudo pra mim! - falei passeando meus olhos por todo o apartamento. 

Entrei fechei a porta e fui até o meu quarto, tinha uma enorme cama box, um banheiro com banheira e tinha uma pequena varandinha, que dava pra visualizar sem dificuldade alguma a Torre Einfel ao longe.. desfiz as minhas malas e organizei tudo, depois decidi descançar um pouco.Fui até a sala e me sentei no meu sofá, ainda não estava muito bem - a ficha acabara de cair - comecei a chorar do nada, me sentia um lixo, me sentia um nada

 - como pude fazer tudo aquilo? - perguntei para mim mesma.

 - Sou muito idiota, muito burra! - falei mais uma vez. 

 Chorei muito naquele inicio de tarde de inverno, me deitei no sofá e chorei mais um pouco, até que adormeci.

” triiim” a campahina tocou, eu acordei num pulo, assustada obviamente, fui até a porta e olhei pelo olho mágico, era uma moça, de cabelos compridos e negros, morena e um pouco alta

- oi? - falei olhando para ela.

- oi, é que eu soube que você se mudou hoje mesmo para cá e queria dar as boas-vindas em nome de todos os moradores - falou a moça simpática.

- ah, muito obrigado, muito obrigado mesmo! - falei dando um sorriso forçado.

- então é isso.. tchau! - falou a moça sem jeito.

- ok, tchau - falei fechando a porta. 

Fui até a pequena varanda que tinha em minha sala, abri as cortinas e me encostei na barrinha de ferro que tinha na varanda, olhei para baixo, e vi as pessoas peranbulando nas calçadas, logo um texto antigo de minha autoria surgiu em minha mente ” Medo! uma palavra pequena, porém, esconde muitas coisas, segredos, inseguranças, pessoas, algo irreal ou talvez real; É incrível né? uma pequena palavra trazer tantos significados, interligar tantas coisas.. Sabe, eu tenho medo, muito medo do mundo real, tenho muito medo das pessoas, tenho medo da escuridão e do que ela pode me proporcionar; O sangue que corre em minhas veias esfria a cada pensamento obscuro que tenho, a cada respiração errada o meu coração bombeia diferente, como se quisesse que eu parasse por um segundo de pensar no tal Medo. Estou enlouquecendo ? talvez esteja, talvez esteja apenas sonhando ou tendo um longo pesadelo; só queria saber porque me pertubas tanto! preciso saber porque queres que eu tenha medo se ao invés disso posso ser corajosa, como as heroínas dos filmes famosos.. Porque? Porque me atormentas tanto? porque queres que eu tenha medo? é, talvez eu esteja mesmo louca, ou talvez, apenas sonhando.” descidi subir em cima de um meio-fil que tinha na varanda, e quando ia abrir os braços o telefone tocou

 - Droga! quem será? - falei em meio a raiva.

- alô - falei. 

- Srt. Failluti aqui é o Daniel.. olha liguei apenas para avisar que esta semana a editora vai estar fechada para umas reformas.. mas na semana que vem já podemos começar a trabalhar.. tudo bem para a Srt? - falou o meu chefe.

- sim, claro.. tudo bem pra mim! .. olha vou ter que desligar agora, é que eu estou meia ocupada..- falei.

 - tudo bem Srt. Até semana que vem! - falou ele desligando o telefone.

Aquela ideia sumiu da minha cabeça como fumaça em ar poluído, eu estava exausta, o fim de tarde em Paris era realmente muito deferente; Me sentei na varanda e observei aquela fina e gelada neve que caia sobre as casas e carros lá em baixo. O fim de tarde ia acabando e as luzes das lojas, dos faróis dos carros e da Torre Einfel iam iluminando aquele belo e triste fim de tarde.