Fanfic: Painting A Dream | Tema: One Direction
Como todos os sábados, eu estou sentada no banco que há perto da fonte. Eu esperava pintar mais alguns quadros e então vendê-los, mas hoje o dia está mais frio e há menos gente andando pela praça. Sentada na frente da tela em branco, novamente começo a pensar em como eu havia chegado até aqui.
Foi aos dezoito anos que minha vida deu uma reviravolta.
Fuji de casa com essa idade, cansada de como vivia lá, apesar do conforto. Meus pais eram amorosos, porém trabalhavam demais e não tinham tempo para mim. Isso me deixava furiosa. Quando comecei a pensar no meu talento com os pincéis como meu futuro, os dois me reprimiram. Essa era a única chance que eles tinham de finalmente voltarem a fazer parte da minha vida, já que todos os recitais de piano, concursos de beleza, competições de atletismo e minhas primeiras exposições eles havia descartado. Porém, novamente descartaram a chance.
Foi no mesmo mês em que descobri que meu irmão usava drogas. Meus pais muito ocupados como sempre, nada perceberam, mas eu era observadora. Acompanhei tudo apenas com os olhos arregalados, como se novamente eu fosse uma garota de cinco anos com medo do bicho papão. Era estranho vê-lo mudando, do garoto querido e bonito que ele era, até alcançar a sua aparência assustadora, fraca e mórbida.
Um dia, em um dos seus rotineiros passeios noturnos, o encurralei e perguntei o que estava acontecendo. Só queria ouvir tudo da boca dele. Ele fugiu de mim, mas vi alguma coisa caindo de seus bolsos, os brincos da mamãe. Passei o resto da noite em claro, e quando ele chegou o obriguei a contar tudo, e não foi um choque quando ouvi aquelas palavras saindo de sua boca. A única coisa que ele me pediu foi não contar para papai e mamãe, porque isso nunca mais se repetiria. Na hora assustada, concordei, mas ele não parou. Cada dia era mais perturbador olhar para seu rosto.
Depois disso, não demorou muito para meus pais perceberem a verdade, mas lês não queria acreditar nela. Me acusaram de estar roubando os brincos de mamãe para comprar materiais de pintura. Além de estarem novamente me reprimindo, estavam me acusando. Me chamando de mentirosa. Não acreditavam mais em mim. Imediatamente juntei meu pequeno estojo de pintura, um pouco do dinheiro que eu havia ganhado com a venda dos meus quadros e uma pequena mala de roupas. Foi assim que parti para Londres.
Foi então que meu talento virou emprego. Eu tinha que pintar para sustentar a mim, a minha tia e ao apartamento. Minha tia se recusava a trabalhar, dizia que dava para viver com a pouca pensão que ganhava por ser viúva. Com esse pouco, ela levava a vida de uma adolescente de dezoito anos rebelde e irresponsável, usava roupas curtas e apertadas demais para ela, saía de casa tarde da noite e chegava pela manhã, bêbada e também ostentava o seu vicio pelo álcool. Sobrava para eu pagar o aluguel - e o que já estava atrasado - do pequeno, mal cheiroso e desorganizado apartamento.
Ela podia ser estranha, mas era a minha família. Nos poucos momentos que estava sóbria, ou até mesmo não tão bêbada, ela me escutava com atenção e me dava o carinho necessário. Aquele que eu não tinha em casa. Me incentivava com meu talento para pintura e nunca esquecia de repetir que, se não fosse por mim, ela não seria uma dona de casa bêbada, seria uma moradora de rua bêbada. Mesmo com todos os seus defeitos, eu a amava. A minha família.
Tudo estava bem entre nós, até que ela me deixou um bilhete e foi embora.
Hey Garota! Só quero lhe avisar que encontrei o que eu precisava, o amor. Ontem à noite encontrei Travis em uma boate e gostei dele. Eu e ele estamos a caminho de Las Vegas para nos casarmos e começarmos a nossa nova vida lá. Não pense que me esqueci de você. Deixei meu apartamento, bem como todas as coisas que havia nele para ti. Faça bom proveito! Nos vemos algum dia. Tia Elisabeth...
Esse foi meu fim. Em menos de uma semana fui despejada e por alguns dias, busquei consolo da mesma maneira que tia Elisabeth, na bebida. Mas logo parei. Fiquei sem dinheiro para pagar a bebida e tinha que pintar para conseguir alguma coisa.
Em um dia qualquer, pintando na praça, conheci Susan, tia da Mary, professora e dona de um ateliê de artes. Mais uma vez, tudo mudou.
Autor(a): Ramona
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Acordo do devaneio perturbada. Olho em volta e vejo que o movimento ainda continua o mesmo, não há quase ninguém na praça e a neve só aumentou. Me conformo que não irei pintar nenhum quadro aqui, tremendo de frio, e então decido ir para casa. A caminhada da praça até a minha casa não é long ...
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