Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Estava vestida e pronta quando o Jorge chegou. Abri a porta e ele estava á entrada vestido com um fato que lhe assentava bem. Atirei-me para cima dele numa demonstração pouco usual de afecto. Ele ficou espantado, confuso.

Jorge: Ei, Dul, também estou contente por te ver. _ murmurou ao abraçar-me. Pousou-me no chão, com as mãos em cima dos meus ombros, e depois olhou para mim de alto a baixo, franzindo o sobrolho _ Estás bem, míuda?

Dulce: Claro, pai. Uma rapariga não pode ficar contente por ver o velhote dela?

Jorge: Estás com bom aspeto. _ disse ele.

Dulce: O vestido é da Anahí. _ olhei para o meu vestido sem costas.

Ele fez uma careta.

Jorge: Onde está a Anahí?

Dulce: Foi para o campus. Ela vai discursar, por isso tem de chegar mais cedo.

Jorge: Vamos indo?

Dulce: Pai, temos meia hora. Queres uma chávena de chá. E podes me contar como vai o pessoal de Montesano. Como correu a viagem?

Meu pai estacionou o carro no parque do campus e seguimos para o ginásio.

Jorge: Boa sorte. Dulce. Pareces uma pilha de nervos. Tens de fazer alguma coisa?

Bolas! Porque é que o Jorge tinha escolhido aquele dia para ser bom observador?

Dulce: Não, pai. É só um dia importante.

"E vou vê-lo."

Jorge: Sim, a minha menina acabou a faculdade. Estou tão orgulhoso de ti, Dulce.

Dulce: Oh... obrigada, pai. _ Adorava aquele homem, era o melhor pai do mundo.

O ginásio estava cheio. Jorge tinha ido sentar-se junto dos outros pais e amigos nas bancadas e eu fui para o meu lugar. Estava vestida com a capa preta e o chapéu e sentia-me protegida por eles, anónima. Ainda não estava ninguém no palco, mas não parecia conseguir acalmar os nervos. Tinha o coração aos saltos  e a respiração acelarada. Ele estava ali, em algum lado. Imaginei que a Anahí podia falar com ele, a interrogá-lo, talvez. Dirigi-me para o meu lugar entre os estudantes cujos apelidos também começavam por "D". Estava na segunda fila, o que me conferia ainda mais visibilidade. Olhei para trás e vi o Jorge nas bancadas. Acenei-lhe. Ele devolveu-me o aceno, constrangido. Eu sentei-me e esperei. O auditório encheu-se cada vez mais e ouvia-se cada vez mais o burburinho das vozes excitadas. A fila de cadeiras da frente encheu-se. Ao meu lado sentaram-se duas raparigas, uma de cada lado, que não conhecia. Via-se que eram grandes amigas e falavam excitadas uma com a outra, comigo no meio. Ás onze, precisamente, o reitor apareceu no palco, seguido pelos três vice-reitores e depois os professores. Levantámo-nos e aplaudimos o nosso corpo docente. Os últimos a entrar no palco foram a Anahí e o Christopher . Tinha um ar tão sério e contido. Quando se sentou desapertou o casaco e eu vi-lhe a gravata.   "Com os diabos! Aquela gravata." Não conseguia tirar os olhos dele. Tinha posto aquela gravata, de prepósito, sem dúvida. A assistência sentou-se e os aplausos pararam.

xxx: Olha para ele! _ disse entusiasmada para a amiga uma das pararigas ao meu lado.

XXX: É uma brasa.

xxx: Deve ser o Christopher uckermann.

XXX: É solteiro?

Fiquei eriçada.

Dulce: Não me parece._ murmurei.

xxx XXX: Oh. _ ambas as raparigas olharam para mim surpreendidas.

Dulce: Acho que é gay.

xxx: Que pena. _ lamentou-se uma das raparigas.