Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Ele ficou a olhar para mim.

Chris: Sou demasiado intenso?

Eu desatei a rir.

Dulce: Isso é uma forma moderada de colocar as coisas!

Chris: Está a rir-se de mim, Dulce?

Dulce: Não me atreveria, Mr. Christopher. _ respondi, fingindo-me séria.

Chris: Eu acho que te atreves e acho que te ris de mim frequentemente.

Dulce: Tu és bastante engraçado.

Chris: Engraçado?

Dulce: Ah, sim.

Chris: Engraçado por ser peculiar ou por ter graça?

Dulce: Oh... tens bastante de uma delas e alguma coisa da outra.

Chris: De qual das duas tenho mais?

Dulce: Vou deixar que sejas tu a descobri-lo.

Chris: Duvido que consiga descobrir alguma coisa contigo por perto, Dulce. _ disse num tom sereno _ Em que é que precisas de pensar na Geórgia?

Dulce: Em nós.

Ele olhou-me com uma expressão impassível.

Chris: Tu disseste que irias experimentar. _ murmurou.

Dulce: Eu sei.

Chris: Estás indecisa?

Dulce: Possivelmente.

Ele remexeu-se como se estivesse desconfortável.

Chris: Porquê?

Raios. Como é que aquilo se transformara de reppente numa conversa tão intensa e tão cheia de significado? O que podia eu dizer? "Porque acho que te amo e tu escaras-me apenas como um brinquedo."  "Porque não te posso tocar?"   "Porque estou demasiado assustada para mostrar que gosto de ti, com receio que tu vaciles e me abandones ou pior que isso _ me batas?"   O que posso eu dizer?  Olhei momentaneamente para fora da janela. O carro estava de novo a atravessar a ponte. Estávamos ambos envoltos na escuridão, a camuflar os nossos pensamentos e os nossos sentimentos, mas não precisávamos da noite para isso.

Chris: Porquê, Dulce? _ insistiu ele.

Eu encolhi os ombros, sentindo-me encurralada. Eu não queria perdê-lo. Apesar de todas as suas exigências, da sua necessidade de controlo, dos seus vicios assustadores, eu nunca antes me sentira tão viva como agora. Era um prazer estar ali sentada, ao seu lado. Ele era tão imprevisível, tão sexy, tão inteligente, tão engraçado. Mas os seus estados de espírito... Ah, pois, e além disso, queria magoar-me. Ele disse que iria ponderar acerca das minhas reservas, mas isso continuava a assustar-me. Fechei os olhos. O que podia eu dizer? No meu intimo apenas mais; mais afeto, mais do Christopher brincalhão, mais... amor.  Ele apertou-me a mão.

Chris: Fala comigo, Dulce. Eu não quero te perder. Esta última semana...

Estávamos a chegar ao fim da ponte, poor isso o seu rosto aparecia e desaparecia intermitentemente na luz e na escuridão. Aquele homem como eu em tempos encarara como um homem romântico, um ilustre e corajoso cavaleiro branco _ ou um cavaleiro negro, como ele dizia _ não era um herói, mas sim um homem com sérias e profundas lacunas emocionais, e estava a arrastar-me para a escuridão. Conseguiria eu guiá-lo para a luz?

Dulce: Eu continuo a querer mais. _ sussurrei.

Chris: Eu sei. _ disse ele _ Eu vou tentar.

Eu pisquei-lhe os olhos. Ele largou-me a mão e puxou-me pelo queixo, soltando-me o lábio preso.

Chris: Por ti tentarei, Dulce. _ irradiava sinceridade.

Aquela era a minha deixa. Tirei o cinto de segurança, estiquei os braços e trepei para o colo dele, apanhando-o totalmente de suspresa. Depois, abracei-me ao seu pescoço e beijei-o longamente, com força. Ele reagiu em menos de nada.

Chris: Fica comigo esta noite. _ pediu-me _ Se te fores embora, não te verei durante toda a semana. Por favor.

Dulce: Está bem. _ assenti _ E eu também tentarei. Assinarei o teu contrato. _ Era uma decisão impulsiva.

Ele olhou para mim.

Chris: Assina depois de ires á Geórgia. Pensa no assunto. Pensa bem no assunto, querida.   

Dulce: Está bem. _ ficámos em silêncio durante dois ou três quilómetros.

Chris: Devias usar o cinto de segurança. _ sossurrou ele desaprovadamente contra o meu cabelo, mas não fez qualquer gesto para me tirar do seu colo.

Eu rocei-lhe com o nariz no pescoço, de olhos fechados, inalando o seu odor sexy a Christopher e gel de banho, com a cabeça encostada no seu ombro. Deixei a minha mente flutuar e fantasiei que ele me amava. Oh, era tão real que parecia quase tangível. Lá no fundo tinha esperança, mas sabia que isso nunca iria acontecer. Tive o cuidado de não lhe tocar no peito, aconchegando-me simplesmente nos seus braços, enquanto ele me abraçava com força.  Mas depressa fui arrancada á minha fantasia impossível.

Chris: Chegámos a casa. _ murmurou ele. A frase era bastante tentadora, carregada de potencial. 

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