Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Dulce: Desculpe — sussurro, de repente, sentindo-me uma idiota.

Eu o deixei porque achei que fôssemos incompatíveis, mas ele está me dizendo que eu poderia tê-lo detido?

Chris: Por que está se desculpado? — diz ele, assustado.

Dulce: Por não ter usado a palavra de segurança.

Ele fecha os olhos, parecendo aliviado.

Chris: Talvez pudéssemos ter evitado todo esse sofrimento — resmunga.

Dulce: Você parece bem. — Mais do que bem. Parece você.

Chris: As aparências enganam — diz ele, baixinho. — Não estou nem um pouco bem. Eu sinto como se o Sol tivesse se posto e não tivesse nascido por cinco dias, Dulce. Estou vivendo uma noite infinita.

Essa confissão me deixa sem fôlego. Ah, meu Deus, exatamente como eu.

Chris: Você disse que nunca iria me deixar, mas foi só as coisas ficarem difíceis para que saísse porta fora.

Dulce: Quando foi que eu disse que nunca iria deixar você?

Chris: Dormindo. Foi a coisa mais reconfortante que ouvi em muito tempo, Dulce. Isso me fez relaxar.

Meu coração se comprime, e eu pego minha taça de vinho.

Chris: Você disse que me amava — sussurra ele. — Isso ficou no passado? — Sua voz é baixa, repleta de ansiedade.

Dulce: Não, Christopher, não ficou.

Ele me encara, e parece muito vulnerável ao soltar o ar.

Chris: Que bom — murmura.

Fico chocada com a declaração dele. Ele mudou de ideia. Antes, quando eu disse que o amava, parecera horrorizado. O garçom está de volta. Rapidamente, coloca os pratos diante de nós e se afasta. Ah, não. Comida.

Chris: Coma — ordena ele.

No fundo, sei que estou com fome, mas nesse exato instante meu estômago está dando um nó. Estar sentada diante do único homem que amei em toda a minha vida, debatendo nosso futuro incerto, realmente não é algo que abra meu apetite. Olho em dúvida para meu prato.

Chris: Eu juro, Dulce, se você não comer, vou colocá-la de bruços no meu colo e dar umas palmadas em você aqui neste restaurante, e não vai ter nada a ver com a minha satisfação sexual. Coma!

Relaxe, Uckermann. Meu inconsciente me encara por sobre os óculos de leitura. E está em total acordo com meu Cinquenta Tons.

Dulce: Tudo bem, vou comer. Controle sua mão nervosa, por favor.

Ele não sorri, mas continua a me encarar. Relutante, ergo meus talheres e corto a carne. Ah, está uma delícia, de dar água na boca. Estou com fome, morta de fome. Mastigo, e ele relaxa visivelmente. Jantamos em silêncio. A música mudou. Uma mulher de voz suave canta ao fundo, as palavras ecoando meus pensamentos. Nunca mais vou ser a mesma desde que ele apareceu em minha vida. Olho para Christopher. Ele está comendo e me observando. Fome, desejo e ansiedade combinados em um único e cálido olhar.

Dulce: Você sabe quem está cantando? — Faço uma tentativa de conversa normal.

Christopher faz uma pausa e escuta.

Chris: Não... mas a cantora é boa, quem quer que seja.

Dulce: Também gosto.

Por fim, ele abre seu sorriso enigmático. O que está planejando?

Dulce: O que foi? — pergunto.

Ele balança a cabeça.

Chris: Coma — diz, suavemente.

Já comi metade do prato. Não posso engolir mais nada. Como vou negociar isso?

Dulce: Não consigo. Já comi o bastante para o senhor?

Ele me encara impassível, sem responder, e em seguida olha para o relógio.

Dulce: Estou satisfeita — acrescento, tomando um gole do delicioso vinho.

Chris: Temos que ir daqui a pouco. Taylor chegou, e amanhã você tem que acordar cedo para trabalhar.

Dulce: Você também.

Chris: Eu preciso de muito menos horas de sono do que você, Dulce. Pelo menos você comeu alguma coisa.

Dulce: Não vamos voltar no Charlie Tango?

Chris: Não, achei que eu talvez fosse beber. Taylor vai nos levar de volta. Além do mais, desse jeito, pelo menos tenho você no carro só para mim por algumas horas. O que podemos fazer, fora conversar?

Ah, então é esse o plano. Christopher chama o garçom e pede a conta, em seguida, pega o BlackBerry e faz uma ligação.

Chris: Estamos no Le Picotin, Terceira Avenida, South West. — E desliga.

Continua seco ao telefone.

Dulce: Você é muito grosso com Taylor. Aliás, com a maioria das pessoas.

Chris: Só vou direto ao ponto, Dulce.

Dulce: Você ainda não foi direto ao ponto esta noite. Nada mudou, Christopher.

Chris: Tenho uma proposta para você.

Dulce: Tudo isso começou com uma proposta.

Chris: Uma proposta diferente.

O garçom volta, e Christopher lhe entrega o cartão sem sequer checar a conta. Ele me encara, contemplativo, enquanto o garçom passa o cartão. O telefone vibra, e ele dá uma olhada. Então ele tem uma proposta? O que é agora? Visualizo duas situações: sequestro ou trabalhar para ele. Não, nada faz sentido. Christopher termina de pagar.

Chris: Vamos. Taylor está lá fora.

Nos levantamos, e ele pega minha mão.

Chris: Não quero perder você, Dulce. — Ele beija os nós de meus dedos com ternura, e o toque de seus lábios em minha pele ressoa por todo o meu corpo.

Lá fora, o Audi nos espera. Christopher abre a porta. Entro no carro e afundo no estofamento de couro. Ele se aproxima da janela do motorista; Taylor salta do carro, e eles conversam brevemente. Isso não faz parte do protocolo habitual. Fico curiosa. Do que será que estão falando? Instantes depois, os dois entram no carro, e eu lanço um olhar para Christopher que, com sua expressão impassível de sempre, permanece olhando para a frente. Por um breve momento, permito-me analisar seu perfil: nariz reto, lábios carnudos e esculpidos, o cabelo caindo deliciosamente sobre a testa. Certamente este homem divino não foi feito para mim. Uma música inunda a parte de trás do carro, uma peça orquestral que não conheço, e Taylor começa a dirigir em meio ao tráfego leve, em direção à Interestadual 5 e a Seattle.

Christopher vira-se para mim.

Chris: Como eu estava dizendo, Dulce, tenho uma proposta para você.

Olho, nervosa, para Taylor.

Chris: Ele não pode nos ouvir — Christopher me tranquiliza.

Dulce: Como não?

Chris: Taylor — chama Christopher. Taylor não responde. Ele o chama de novo e, de novo, fica sem resposta. Christopher se inclina e toca seu ombro. Taylor remove um fone de ouvido que eu não tinha notado.

Taylor: Sim, senhor?

Chris: Obrigado, Taylor. Pode voltar para a sua música.

Taylor: Certo, senhor.

Chris: Feliz, agora? Ele está ouvindo seu iPod. Puccini. Esqueça que ele está aqui. É o que eu faço.

Dulce: Você pediu a ele para fazer isso?

Chris: Pedi.

Ah.

Dulce: Certo, e a sua proposta?

De repente, Christopher parece determinado e metódico. Puta merda. Estamos negociando um acordo. Escuto com atenção.

Chris: Primeiro preciso perguntar uma coisa. Você quer um relacionamento baunilha, sem nenhuma trepada sacana?

Fico boquiaberta.

Dulce: Trepada sacana? — sussurro.

Chris: Trepada sacana.

Dulce: Não acredito que você falou isso.

Chris: Bem, falei. Responda — diz ele calmamente.

Fico vermelha. Minha deusa interior está de joelhos, suplicando com as mãos unidas.

Dulce: Eu gosto de uma trepada sacana — murmuro.

Chris: É o que eu achava. Então, do que você não gosta?

De não poder tocá-lo. Do fato de você gostar de me ver sentir dor, do calor do cinto...

Dulce: Da ameaça de punição cruel e incomum.

Chris: Como assim?

Dulce: Bem, você tem todas aquelas varas, chicotes e outras coisas no seu quarto de jogos, e isso me assusta para cacete. Eu não quero que você use aquilo comigo.

Chris: Certo, então nada de chicotes ou varas... nem de cintos — diz ele sarcasticamente.

Eu o encaro, perplexa.

Dulce: Você está tentando redefinir os limites rígidos?

Chris: Não exatamente, só estou tentando entender você, formar uma imagem mais clara do que você gosta e do que não gosta.

Dulce: Basicamente, Christopher, é difícil lidar com seu prazer em me infligir dor. E com a ideia de que você vai fazer isso porque eu cruzei alguma espécie de linha arbitrária.

GENTE TEM ALGUÉM LENDO A WEB

ME DIGAM POR FAVOR.

BEIJOS

SOPHIAVONDY