Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Dulce: Greta, com quem o Sr. Uckermann está conversando? — Meu couro cabeludo parece estar adquirindo vida própria. Pinica de apreensão, e meu inconsciente grita comigo para segui-lo. Mas consigo soar indiferente o bastante.

Greta: Ah, é a Sra. Lincoln. É a sócia do Sr. Uckermann. — Greta parece mais do que feliz em me informar.

Dulce: Sra. Lincoln? — Eu pensava que Mrs. Robinson fosse divorciada. Talvez ela tenha se casado com algum pobre coitado.

Greta: Sim. Ela normalmente não vem aqui, mas um dos nossos funcionários está doente hoje e ela veio substitui-lo.

Dulce: Você sabe o primeiro nome da Sra. Lincoln?

Greta franze a testa para mim e pressiona os lábios cor-de-rosa, perguntando-se o porquê de minha curiosidade. Merda, talvez eu tenha ido longe demais.

Greta: Elena — responde ela, quase relutante.

Sou inundada por uma estranha sensação de alívio de que meu radar não me decepcionou. Radar? Meu inconsciente bufa para mim. Só se for radar de pedófilas. Eles ainda estão imersos em uma discussão. Christopher fala com Elena depressa, e ela parece preocupada, assentindo, franzindo o cenho e balançando a cabeça. Ela estica a mão e acaricia gentilmente o braço dele, mordendo o lábio. Outro aceno de cabeça, e ela olha para mim e me lança um pequeno sorriso tranquilizador. Tudo o que posso fazer é olhar para ela com o rosto impassível. Acho que estou em choque. Como ele tem coragem de me trazer aqui? Ela murmura algo para Christopher, e ele me olha de relance; em seguida, volta-se para ela e responde. Ela balança a cabeça, acho que desejando-lhe sorte, mas as minhas habilidades de leitura labial não são muito boas.

Christopher caminha de volta para mim, a ansiedade aparente em suas feições. É, isso mesmo. Mrs. Robinson retorna para a sala nos fundos do salão, fechando a porta atrás de si.

Chris: Você está bem? — pergunta Christopher, franzindo a testa. Seu tom é tenso e cauteloso.

Dulce: Na verdade, não. Você não quis me apresentar? — Minha voz soa fria e rígida.

Ele fica boquiaberto, como se eu tivesse lhe tirado o chão.

Chris: Mas eu pensei...

Dulce: Para um homem inteligente, você às vezes... — Faltam-me as palavras. — Eu quero ir embora, por favor.

Chris: Por quê?

Dulce: Você sabe por quê. — Reviro os olhos.

Ele me encara, os olhos em chamas.

Chris: Sinto muito, Dulce. Eu não sabia que ela estaria aqui. Ela nunca está aqui. Abriu uma filial nova no Bravern Center, e normalmente fica lá. Parece que tinha alguém doente hoje.

Eu me viro e caminho em direção à saída.

Chris: Não vamos precisar de Franco, Greta — avisa Christopher ao sairmos do salão.

Tenho que me controlar para não correr. Quero fugir rápido e para bem longe. Estou com uma vontade imensa de chorar. Só preciso me afastar de toda essa merda.

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