Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Christopher caminha silenciosamente ao meu lado enquanto tento digerir tudo isso. Cruzando os braços protetoramente ao meu redor, mantenho a cabeça baixa, evitando as árvores da Segunda Avenida. Sabiamente, ele não tenta encostar em mim. Minha mente está fervilhando de perguntas sem respostas. Será que o Sr. Evasivo vai admitir?

Dulce: Você costumava levar suas submissas lá? — disparo.

Chris: Algumas, sim — responde ele calmamente, a voz curta.

Dulce: Belinda?

Chris: Sim.

Dulce: O lugar parece bem novo.

Chris: Foi reformado recentemente.

Dulce: Entendi. Então Mrs. Robinson conhece todas as suas submissas.

Chris: Conhece.

Dulce: E elas sabiam a respeito dela?

Chris: Não. Nenhuma delas. Só você.

Dulce: Mas eu não sou sua submissa.

Chris: Não, você definitivamente não é.

Eu paro e o examino. Seus olhos estão arregalados, amedrontados. Os lábios estão contraídos numa linha rígida e intransigente.

Dulce: Você não percebe a maluquice que é tudo isso? — Olho para ele, a voz baixa.

Chris: Sim. Desculpe. — Ele tem a elegância de manter um olhar contrito.

Dulce: Quero cortar o cabelo, de preferência num lugar em que você não tenha comido nem as funcionárias nem a clientela.

Ele recua.

Dulce: Agora, com licença.

Chris: Você não vai embora, vai? — pergunta.

Dulce: Não, eu só quero um maldito corte de cabelo. Em algum lugar em que eu possa fechar os olhos, com alguém para lavar o meu cabelo, e eu possa me esquecer de toda essa bagagem que vem junto com você.

Ele corre a mão pelo cabelo.

Chris: Posso pedir ao Franco para ir até o meu apartamento, ou o seu — diz, em voz baixa.

Dulce: Ela é muito atraente.

Chris: Sim, ela é. — Ele pisca.

Dulce: Ainda é casada?

Chris: Não. Ela se separou há uns cinco anos.

Dulce: Por que você não está com ela?

Chris: Porque nós terminamos. Eu já lhe contei isso. — Ele franze a testa de repente. Erguendo um dedo como quem pede silêncio, puxa o BlackBerry do bolso do paletó. Deve estar vibrando, porque não ouço tocar.

Chris: Oi, Welch — atende, e passa a escutar.

Estamos de pé na Segunda Avenida, e eu olho na direção de uma muda de pinheiro à minha frente, as folhas num tom do mais novo verde. As pessoas passam agitadas por nós, perdidas em suas tarefas de manhã de sábado, sem dúvida contemplando seus próprios dramas pessoais. Eu me pergunto se isso inclui ex-submissas perseguidoras, ex-Dominatrixes deslumbrantes e um homem que simplesmente não entende o conceito de privacidade tal qual previsto pela lei dos Estados Unidos.

Chris: Morreu num acidente de carro? Quando? — Ele interrompe meu devaneio.

Ah, não. Quem? Ouço com mais atenção.

AMORES DESCULPEM A DEMORA,

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BEIJOS

SOPHIAVONDY