Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

A conversa na mesa tem seus altos e baixos. Maite é divertida, como sempre, e praticamente ofusca o pobre Sean, que fica quieto a maior parte do tempo, como eu. A avó de Christopher é a que mais fala. Também tem um senso de humor ácido, geralmente às custas do marido. Sinto um pouco de pena do Sr. Trevelyan. Christopher e Lance falam animadamente sobre um aparelho que a empresa de Christopher está desenvolvendo, inspirado no conceito de E. F. Schumacher de que o Pequeno É Bonito. É difícil acompanhar. Christopher parece decidido a capacitar comunidades carentes em todo o mundo usando tecnologia a corda: aparelhos que não precisam de eletricidade ou de baterias e requerem manutenção mínima. Vê-lo tão à vontade é surpreendente. Ele é apaixonado e dedicado a melhorar a vida dos menos afortunados. Por meio de sua empresa de telecomunicações, está decidido a ser o primeiro no mercado a lançar um celular a corda. Uau. Eu não tinha ideia. Quer dizer, eu sabia de sua paixão por alimentar o mundo, mas isso... Lance parece incapaz de compreender o plano de Christopher de distribuir a tecnologia sem patenteá-la. Pergunto-me vagamente como Christopher conseguiu tanto dinheiro, sendo tão disposto a dar tudo de bandeja. Durante o jantar, um fluxo constante de homens em smokings elegantes e máscaras escuras passa por nossa mesa, interessados em conhecer Christopher, cumprimentá-lo e trocar amenidades. Ele me apresenta a alguns, mas não a todos. Fico intrigada, querendo saber como e por que ele faz a distinção. Durante uma dessas conversas, Maite se debruça sobre a mesa e sorri para mim.

Maite: Dulce, você pode ajudar no leilão?

Dulce: Claro — respondo, muito animada.

No momento em que a sobremesa é servida, já anoiteceu, e eu me sinto realmente desconfortável. Preciso me livrar dessas bolas. Antes que eu possa pedir licença, o mestre de cerimônias aparece em nossa mesa, e com ele, se não estou enganada, vem a Srta. Europeia das Maria-Chiquinhas. Qual é o nome dela? Hansel, Gretel... Gretchen. Ela está de máscara, é claro, mas sei quem é porque não tira os olhos de Christopher. Ela fica vermelha, e, em meu egoísmo, sinto-me mais do que feliz em ver que ele não parece nem notar sua presença. O mestre de cerimônias pede o nosso envelope e, com um floreio muito praticado e espalhafatoso, pede a Alexandra que sorteie o vencedor. É Sean, e ele ganha a cesta embrulhada em papel de seda. Aplaudo educadamente, mas estou achando impossível me concentrar em qualquer coisa.

Dulce: Com licença — murmuro para Christopher.

Ele me olha atentamente.

Chris: Você precisa ir ao toalete?

Concordo com a cabeça.

Chris: Eu lhe mostro onde fica — diz ele, sombrio.

Quando me levanto, todos os homens da mesa se levantam comigo. Nossa, quanta educação.

Maite: Não, Christopher! Você não vai levar Dulce... Deixe que eu vou.

Maite fica de pé antes que Christopher possa protestar. Ele cerra a mandíbula, sei que está contrariado. Francamente, eu também estou. Tenho... necessidades. Dou de ombros, desculpando-me com ele, e ele se senta depressa, resignado.

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