Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Chris: Taylor e sua equipe estão verificando todos os closets e armários. Não acho que ela esteja aqui.

Dulce: Por que estaria? — Não faz sentido.

Chris: Pois é.

Dulce: Ela conseguiria entrar?

Chris: Não vejo como. Mas Taylor às vezes é cuidadoso demais.

Dulce: Você já conferiu o quarto de jogos? — sussurro.

Christopher me olha de soslaio, a testa enrugada.

Chris: Já, está trancado, mas Taylor e eu checamos.

Respiro fundo para me acalmar.

Chris: Você quer uma bebida ou alguma coisa? — pergunta Christopher.

Dulce: Não. — O cansaço toma conta de mim, tudo o que quero é ir para a cama.

Chris: Venha. Deixe-me colocar você na cama. Você parece exausta. — A expressão de Christopher se suaviza.

Franzo a testa. E ele, não pretende dormir também? Será que ele quer dormir sozinho? Fico aliviada quando ele me leva para seu quarto. Coloco minha carteira sobre a cômoda e a esvazio. Dou uma olhada no bilhete de Mrs. Robinson.

Dulce: Aqui — entrego-o a Christopher. — Não sei se você quer ler isso. Eu prefiro ignorar.

Christopher dá uma olhada rápida e contrai a mandíbula.

Chris: Não sei bem que dúvidas ela poderia esclarecer — diz com desdém. — Preciso falar com Taylor. — Ele olha para mim. — Deixe-me abrir seu vestido.

Dulce: Você vai dar queixa do carro para a polícia? — pergunto, virando-me de costas.

Ele afasta meu cabelo e abre o zíper, os dedos roçando de leve em minhas costas nuas.

Chris: Não. Não quero envolver a polícia. Belinda precisa de ajuda, não de intervenção policial, e não quero a polícia aqui. Só precisamos redobrar nossos esforços para encontrá-la. — Ele se inclina e beija meu ombro com carinho. — Vá para a cama — ordena ele, deixando o quarto.

* * *

EU ME DEITO, olhando para o teto, esperando que ele volte. Aconteceu tanta coisa hoje, há tanto para assimilar. Por onde começar? Acordo num sobressalto, desorientada. Estava dormindo? Piscando por causa da luz tênue vinda do corredor, que invade o quarto pela porta entreaberta, percebo que Christopher não está comigo. Onde ele está? Ergo os olhos. Há uma sombra de pé na beira da cama. Uma mulher, talvez? Vestida de preto? É difícil dizer. No meu estado confuso, estico-me e acendo a luz da cabeceira. Volto a olhar, mas não há ninguém ali. Balanço a cabeça. Será que foi só minha imaginação? Um sonho? Sento-me e passo os olhos pelo quarto, um mal-estar indistinto e insidioso tomando conta de mim, mas estou realmente sozinha. Esfrego o rosto. Que horas são? Onde está Christopher? O despertador marca duas e quinze da manhã. Saio da cama meio tonta e começo a procurá-lo, desconcertada por minha imaginação fértil. Dei para ver coisas agora. Deve ser uma reação aos eventos dramáticos da noite. A sala está vazia, exceto pela luz que emana dos três lustres sobre o balcão de café da manhã. Mas a porta do escritório de Christopher está entreaberta, e eu o ouço ao telefone.

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