Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

ELE CORRE OS DEDOS de cima a baixo em minha coluna enquanto nos encaramos, deleitando-nos na felicidade e na plenitude pós-coito. Estamos deitados juntos, eu, de bruços, abraçando o travesseiro, ele, de lado, e me delicio com seu toque delicado. Sei que neste momento ele precisa me tocar. Sou um bálsamo para ele, uma fonte de conforto, e como eu poderia lhe negar isso? Sinto exatamente o mesmo por ele.

Dulce: Então, você é capaz de ser delicado — murmuro.

Chris: Hum... é o que parece, Srta. Dulce.

Dulce: Não foi bem assim na primeira vez em que... hum, fizemos isso.- Sorrio.

Chris: Não? — Ele solta um risinho. — Quando roubei sua virtude.

Dulce: Não acho que você tenha roubado — resmungo, arrogante. _  Não sou uma donzela indefesa. — Acho que minha virtude foi oferecida muito livremente e de bom grado. Eu também queria você e, se me lembro bem, aproveitei bastante. — Sorrio timidamente para ele, mordendo o lábio.

Chris: Eu também, se me lembro bem, Srta. Dulce. Nosso objetivo é satisfazer — fala ele devagar, e seu rosto se suaviza, sério. — E isso significa que você é minha, completamente. — Todos os resquícios de humor desaparecem à medida que ele me olha.

Dulce: Sim, sou sua — respondo. — Eu queria perguntar uma coisa.

Chris: Vá em frente.

Dulce: Seu pai biológico... você sabe quem ele era? — O pensamento vinha me incomodando.

Sua testa se enruga e, em seguida, ele balança a cabeça.

Chris: Não tenho ideia. Não era o animal do cafetão, pelo menos.

Dulce: Como você sabe?

Chris: Algo que meu pai... algo que Vitor me disse.

Olho para ele com ansiedade, aguardando.

Chris: Tão sedenta por informação, Dulce. — Ele suspira, balançando a cabeça. — O cafetão encontrou o corpo da prostituta drogada e avisou às autoridades. Mas levou quatro dias para fazer a descoberta. Fechou a porta quando saiu... e me deixou com ela... com o corpo. — Seus olhos ficam nublados com a lembrança.

Inspiro fundo. Pobre menininho, a história é terrível demais até para imaginar.

Chris: A polícia o interrogou mais tarde. Ele negou incisivamente que eu tivesse qualquer coisa a ver com ele, e Vitor disse que ele não se parecia nada comigo.

Dulce: Você se lembra de como ele era?

Chris: Dulce, essa é uma parte da minha vida que não revisito com frequência. Sim, eu me lembro. Nunca vou esquecê-lo. — A expressão de Christopher se fecha, o rosto tornando-se rígido e mais angular, os olhos encobertos pela ira. — Podemos falar de outra coisa?

Dulce: Desculpe. Não queria deixar você triste.

Ele balança a cabeça.

Chris: Tudo isso é passado, Dulce. Não é algo sobre o que quero pensar.

Dulce: E qual é a minha surpresa, então? — Preciso mudar de assunto antes que ele volte à antiga atitude. Sua expressão se ilumina imediatamente.

Chris: Você topa sair para pegar um pouco de ar fresco? Quero mostrar uma coisa.

Dulce: Claro.

Fico espantada com a rapidez com que ele se altera, inconstante como sempre. Ele sorri para mim com seu sorriso infantil, despreocupado, de "tenho apenas vinte e sete anos", e meu coração pula até a boca. Então, é alguma coisa importante para ele, dá para perceber. Ele me dá um tapa na bunda, brincalhão.

COMENTEM