Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

Enquanto conversamos, percebo que ele está deixando de ser o Alec do livro de Thomas Hardy para se transformar em Angel. Da vilania à perfeição em tão pouco tempo. Já passam de duas da tarde quando terminamos de comer. Christopher acerta a conta com Dante, que se despede de nós calorosamente.

Dulce: Esse lugar é ótimo. Obrigada pelo almoço — digo. Christopher pega minha mão, e deixamos o bar.

Chris: Voltaremos aqui — diz ele, e caminhamos à beira-mar. — Queria lhe mostrar uma coisa.

Dulce: Eu sei... e mal posso esperar para ver o que é.

* * *

CAMINHAMOS DE MÃOS DADAS ao longo da marina. É uma tarde muito agradável. As pessoas estão aproveitando o domingo: passeando com o cachorro, admirando os barcos, vendo os filhos correrem pelo calçadão. À medida que avançamos pela marina, os barcos vão ficando maiores. Christopher me leva até o cais e para diante de um catamarã enorme.

Chris: Pensei que a gente podia velejar hoje. Este é o meu barco.

Puta merda. Deve ter no mínimo uns quinze metros. Dois cascos brancos e elegantes, um deck, uma cabine espaçosa e, estendendo-se até lá no alto, um mastro impressionante. Não sei nada de barcos, mas dá para perceber que este é especial.

Dulce: Uau... — murmuro, admirada.

Chris: Construído por minha empresa — diz ele, com orgulho, e meu coração se infla. — Foi concebido do zero pelos melhores arquitetos navais do mundo e construído aqui em Seattle, no meu quintal. Motor elétrico híbrido, bolinas assimétricas, vela mestra de topo quadrado.

Dulce: Certo... está me deixando tonta, Christopher.

Ele sorri.

Chris: É um belo barco.

Dulce: Realmente parece imponente, Sr. Uckermann.

Chris: E é, Srta. Dulce.

Dulce: Qual é o nome?

Ele me leva até a lateral do barco para que eu possa ver por mim mesma: The Alexandra. Fico surpresa.

Dulce: Você deu o nome de sua mãe?

Chris: Dei. — Ele inclina a cabeça, confuso. — Por que você acha isso estranho?

Dou de ombros. Estou surpresa, ele sempre parece ambíguo na presença dela.

Chris: Adoro minha mãe, Dulce. Por que não daria o nome dela ao meu barco?

Fico vermelha.

Dulce: Não, não é isso... é só... — Droga, como vou colocar isso em palavras?

Chris: Dulce, Alexandra Uckermann salvou minha vida. Devo tudo a ela.

Olho para ele e deixo que a suave reverência em sua voz ao proferir essa confissão tome conta de mim. Fica claro, pela primeira vez, que ele ama a mãe. Por que então essa ambivalência estranha e tensa que ele tem em relação a ela?

Chris: Quer subir a bordo? — pergunta ele, os olhos brilhantes, animados.

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