Fanfic: A submissa Vondy 1º e 2º Temporada | Tema: vondy

No entanto, ignoro meu desconforto e estendo a mão com cuidado para correr os dedos gentilmente por seu cabelo, e ele se mexe. Erguendo os olhos cinzentos e reluzentes, sorri para mim sonolento. Meu Deus... ele é adorável.

Chris: Bom dia, linda — diz ele.

Dulce: Bom dia para você também, lindo. — Sorrio de volta para ele. Ele me beija, sai de cima de mim e se apoia em um dos cotovelos, me fitando.

Chris: Dormiu bem? — pergunta.

Dulce: Dormi, apesar da interrupção no meio da noite.

Chris: Hum. — Seu sorriso se amplia. — Você pode interromper meu sono assim sempre que quiser.

Chris: E me beija de novo.

Dulce: E você? Dormiu bem?

Chris: Eu sempre durmo bem com você, Dulce.

Dulce: Não teve mais pesadelos?

Chris: Não.

Levanto as sobrancelhas e arrisco uma pergunta:

Dulce: Sobre o que são os seus pesadelos?

Ele franze a testa e seu sorriso desaparece. Merda... eu e a minha curiosidade idiota.

Chris: São flashbacks da minha primeira infância, ou foi o que o Dr. Flynn me disse. Alguns são bem vívidos, outros menos. — Ele baixa o tom de voz, e suas feições adquirem um olhar distante e angustiado. Distraído, começa a correr os dedos ao longo de minha clavícula, desviando minha atenção.

Dulce: E você acorda gritando e chorando? — Tento, em vão, fazer uma piada.

Ele me olha confuso.

Chris: Não, Dulce. Nunca chorei. Não que eu me lembre. — Ele franze a testa, como se mergulhasse nas profundezas de suas memórias. Droga, na certa é um lugar sombrio demais para se visitar a essa hora da manhã.

Dulce: Você não tem memórias felizes da sua infância? — pergunto depressa, numa tentativa de distraí-lo. Ele parece pensativo por um instante, ainda correndo os dedos por minha pele.

Chris: Eu me lembro da prostituta viciada cozinhando. Lembro-me do cheiro. Acho que era um bolo de aniversário. Para mim. E me lembro da chegada de Maite com meus pais. Minha mãe estava preocupada com minha reação, mas eu adorei o bebezinho logo de cara. Minha primeira palavra foi Maite. Lembro-me da minha primeira aula de piano. A Srta. Kathie, minha professora, era o máximo. Ela criava cavalos também. — Ele sorri saudosamente.

Dulce: Você disse que sua mãe o salvou. Como?

Seu devaneio se interrompe, e ele me encara, como se eu fosse incapaz de compreender que dois mais dois é igual a quatro.

Chris: Ela me adotou — responde ele trivialmente. — Quando a vi pela primeira vez, achei que fosse um anjo. Estava toda de branco e era tão gentil e calma enquanto me examinava. Nunca vou me esquecer daquilo. Se ela tivesse dito não ou se Vitor tivesse dito não... — Ele encolhe os ombros, dando uma olhada de relance para o relógio. — Isso tudo é meio pesado para essa hora da manhã — murmura.

Dulce: Fiz uma promessa de conhecer você melhor.

Chris: Fez, é, Srta. Dulce? Achei que você queria saber se eu prefiro chá ou café. — Ele sorri. — De qualquer forma, sei de um jeito que pode ajudar você a me conhecer melhor. — Ele pressiona o quadril contra o meu.