Fanfic: Es Un Drama (Jondy/Vondy) | Tema: Rebelde - Jondy / Vondy

         Dulce passou um final de semana bastante agradável com Joe e os amigos, ligou para casa, conversou com a mãe e ligou para a casa da mãe de Anahí como sempre fazia. A mãe da amiga, assim como a irmã e a própria Anahí, lhe apoiara em uma fase difícil de sua vida e ela seria eternamente grata por isso. Finalmente conseguira falar com Francis e com Fuzz, estava preocupada desde o último telefonema delas, ambas disseram que viram Christopher rondando a cidade e que ele fazia perguntas dela, ela gelou um pouco com o que ouviu, mas as amigas tranqüilizaram-na dizendo que ele fizera as mesmas perguntas de sempre, onde ela estava, o que estava fazendo e se sabiam notícias dela. Ela acreditou ser por causa da última e estranha vez que o vira, achou melhor não falar nada para as amigas para não preocupá-las, estava deixando New Haven e logo ele ficaria, mais uma vez, para trás. Era domingo a noite, sabia que tinha que voltar para Nova Iorque, mas não queria despedir-se de Joe, aproveitou que ele havia ido ao mercado, deixou uma nota e um recado carinhoso na secretária eletrônica dizendo o quanto o amava e o quanto se importava com ele, explicou que não queria despedir-se e que por isso fora mais cedo para o aeroporto, chamou um taxi e seguiu seu destino, chegou em Nova Iorque por volta das 22h, pegou um taxi do JFK até a Park Avenue, não era longe e no domingo não tinha tanto trânsito, graças a Deus. Chegou em casa às 22:30h, Anahí já dormia, preferiu não incomodá-la, desfez as malas, assim que ligou o celular recebeu um telefonema ressentido de Joe por ela não ter se despedido, pediu desculpas e conversou com ele explicando seus motivos, ele prometeu visitá-la na próxima semana já que até depois do feriado de ação de graças teria uma agenda mais flexível, já que o projeto na empresa seria apenas para depois do feriado, combinaram o que seria o próximo final de semana, despediram-se entre juras de amor, quando Dulce notou já passava da meia noite, levantou-se tomou um banho e foi dormir. Seu primeiro dia no trabalho seria no dia seguinte e precisava estar minimamente descansada.

         Dulce acordou na manhã seguinte por volta das 7:00h, banhou-se para despertar, arrumou-se toda, vestiu um robe e foi para a cozinha fazer o café, encontrou Anahí já desperta e com o café da manhã em andamento, olhou o relógio, marcavam 7:45h, era cedo demais para a amiga estar de pé.

“ – Bom dia, Barbie! O que faz de pé?”

“ – Bom dia, Duds. Eu tenho uma entrevista de emprego às 9h. Por isso acho melhor você terminar logo de se vestir e vir tomar café. Não posso me atrasar.”

“ – Mas como assim? Eu falei com você na sexta à noite e você sequer tinha começado a procurar algo. Tinha alguns lugares em mente, mas não estava procurando ainda.”

“ – Pois é! Mas sabe seu vizinho? Aquele que além de tudo tem um consultório no mesmo prédio do seu escritório?”

“ – Você comentou dele. O que tem?” – Dulce pegou uma torrada, passou geléia de framboesa e começou a comer.

“ – Ele é amigo daquele gato da Aviesta que te falei.” – Falou Anahí empolgada enquanto terminava de preparar seu famoso omelete de claras e sentava-se para tomar café da manhã com Dulce.

“ – Aquele que você disse que achava que era gay?”

“ – Ele mesmo! Pois então... Ele de gay não tem absolutamente. Encontrei coincidentemente o Alfonso e o Christopher no Applebee’s no dia do jogo, eles também torcem para o Patriots, daí começamos a conversar e descobri que ele na verdade é o gerente administrativo e chefe do setor de RH na Aviesta e não um dos designers. Daí trocamos telefones, nos falamos no sábado e saímos pra almoçar ontem. Fomos os três ontem, inclusive. Daí o Christopher comentou que eu era estilista e que estava procurando emprego na cidade e que se caso eu não conseguisse voltaria para New Haven. Daí ele me chamou para uma entrevista na Aviesta hoje.”

“ – Que bom, amiga! Fico feliz por você. E por mim também... Porque se você conseguir não vai voltar e vai ficar aqui morando comigo nesse apartamento enorme!” – Dulce falou rindo e com ênfase na palavra ‘enorme’. “ – Mas vem cá? Não achou estranho ele te chamar pra almoçar com o tal Christopher juntos?”

“ – No início achei. Mas depois o Christopher voltou pra cá e ele explicou que quando ligou já estava com o Christopher no restaurante e que fora ele quem sugeriu que me chamasse. Daí passeamos pelo Central Park, que por sinal é o lugar mais romântico do mundo, principalmente no outono. Tomamos café em um bistrô escondido e super chique, por sinal, ele foi um perfeito cavalheiro todo o tempo e me deixou em casa.”

“ – Tá... Mas e aí? Ele beija bem?” – Perguntou Dulce curiosa enquanto comia mais um pedaço de seu omelete. E de repente viu o rosto de Anahí ficar triste.

“ – Não sei! Ele não me beijou. Na verdade nem tentou, porque eu estava super disposta, sabe?”

“ – Mas como assim nem tentou? Será que ele não é mesmo gay, afinal?”

“ – Não. Ele não é. Pelo que conversamos ele acabou de sair de um relacionamento um tanto logo e está querendo ir com calma.”

“ – Bem, e tem o fato de você ir fazer a entrevista na empresa que ele administra, né? Não seria ético ficar com você e depois te contratar. Ou pior... Vai que ele não gosta do seu trabalho? Eu acho as suas roupas divinas. Mas vai que seu estilo de acessórios não faz o tipo da empresa? Daí vocês ficaram e ele se sente sem graça em não te contratar porque estão ficando. De repente foi melhor assim... Se tiver que acontecer vai acontecer.” – Falou Dulce em tom complacente.

“ – É... Talvez seja mesmo.” – Anahí olhou o relógio, já eram 8:25h, ela se assustou. “ – Acho melhor irmos logo. Já tá quase na minha hora. Não posso chegar atrasada.”

“ – E nem eu!” – Falou Dulce engolindo um último pedaço de waffle e bebendo o último gole do suco de pêssego. Levantaram, recolheram tudo da mesa, colocaram a louça na lava louças e rumaram para seus quartos, como ambas já haviam se arrumado previamente, apenas vestiram as roupas que usariam e rumaram para o edifício Chrysler, foram de metrô para economizar tempo, já que o trânsito naquela parte da cidade era insuportável naquele horário, percorreram apenas duas estações e desceram relativamente perto, riram por ainda faltarem cinco minutos para as nove, chegaram ao saguão e esperavam o elevador quando ouviram uma voz firme e suave.

“ – Bom dia linda!” – Anahí reconheceu a voz e virou-se prontamente com um sorriso.

“ – Oi, bom dia! Sei que estou em cima da hora, mas...” – Falava um pouco ansiosa quando foi interrompida.

“ – Não tem problemas. E não viu meu recado? Tive um imprevisto. Tenho uma reunião importante com um fornecedor agora às 9h e remarquei você para as 10h.”

“ – Eu não vi isso!” – Anahí pegou o celular e realmente havia uma mensagem de cerca de 30 minutos atrás informando aquilo que ele agora lhe dizia. “ – Ah desculpa Alfonso é que eu estava a caminho já quando mandou, não devo ter ouvido. Se quiser desmarcamos e marcamos para outro dia.” – Falou ela sem graça. Dulce acompanhava a cena interessada, aguardava até que Anahí os apresentasse. Porém Alfonso foi mais rápido.

“ – Bom dia. Você deve ser a Dulce Maria, creio eu.” – Disse ele estendendo a mão pra Dulce que a segurou e cumprimentou-o.

“ – Bom dia. Sim... Essa sou eu.” – Falou simpática e com um enorme sorriso nos lábios.

“ – Ai meu Deus. Que grosseira eu sou. Dulce Maria, esse é o Alfonso Herrera, o amigo que lhe falei. Alfonso essa é minha amiga, quase irmã, Dulce que tanto te enchi falando.”

“ – Sim... Eu imaginei que fosse! E esse é o Christop...” – Alfonso olhou para trás e não viu nem sinal de Christopher. O amigo parecia ter evaporado. “ – Bem, eu ia lhe apresentar o meu amigo e seu vizinho Christopher, mas parece que ele desapareceu.”

“ – Tudo bem, teremos muitas oportunidades para nos conhecermos.” – O elevador deu sinal de que chegara, ela sorriu. “ – Vamos então? Acho que é nossa vez!” – Entraram os três no elevador, Alfonso ainda procurava Christopher, mas decidiu desistir. Depois perguntaria ao amigo onde fora. Conversaram animadamente no elevador, Alfonso desceu no costumeiro andar 45 e disse para Anahí que a avisaria para encontrá-lo tão logo sua reunião acabasse. Ela apenas concordou e prosseguiu a viagem com Dulce, chegaram no andar do escritório de Dulce, ao entrarem a secretária já se encontrava, a cumprimentaram e seguiram direto para o escritório de Dulce que ao ligar seu laptop pôde confirmar que tinha dúzias de e-mails com o trabalho acumulado dos últimos dias, logo sentou e pôs-se a trabalhar em sua mesa enquanto Anahí sentara no sofá com uma enorme prancheta na mãos e pôs-se a desenhar os mais incríveis sapatos e bolsas que conseguia visualizar em sua mente criativa. Uma coisa Dulce tinha razão. Ela era uma ótima designer de roupas, mas seu portfólio de roupas poderia não ser o suficiente para conseguir emprego em uma grande empresa de acessórios, resolveu trabalhar o mais e melhor que conseguisse dentro daqueles míseros minutos que teria até sua entrevista, apesar de odiar trabalhar sobre pressão, estava tão empolgada com a oportunidade que os desenhos simplesmente lhe fluíam como se fosse a coisa mais fácil e mais certa do mundo a se fazer. Estavam ambas absortas em seus trabalhos, olhando-as não entenderiam como eram tão amigas sendo tão diferentes em, absolutamente, tudo.