Fanfic: Es Un Drama (Jondy/Vondy) | Tema: Rebelde - Jondy / Vondy

         Christopher sentiu o tapa de Dulce que queimava seu rosto, sentiu raiva de si próprio por assustá-la, ainda não era o momento. Dulce seria dele, custe o que custasse. Respirou fundo, deu um tempo para que ela saísse e foi para o elevador, voltou para sua sala com cara de poucos amigos, pediu que Alessandra lhe pedisse algo para comer e se trancou em sua sala, pegou a foto de Dulce que ainda guardava na gaveta, estava idêntica na questão física, mas parecia uma pessoa completamente diferente, ficou ali, olhando aquela foto e divagando sobre o beijo que dera nela, no final das contas o tapa valera a pena, o beijo dela estava ainda melhor, o deixava louco, as novas formas assumidas pelo corpo dela eram ainda mais excitantes e ele pôde sentir que, mesmo que por pouco tempo, ela cedeu ao seu beijo e o correspondeu, ainda sentia algo por ele, agora era questão de tempo fazê-la perceber que ela pertencia a ele e a mais ninguém, que não adiantaria o quanto negasse e fingisse que não, ainda nutria sentimentos por ele e ainda era fraca para seus toques, sorriu de canto com a ideia. Não seria fácil, mas a tomaria de volta para si. Depois de um tempo ouviu baterem a porta, guardou a foto e mandou que entrasse, imaginava ser Alessandra com a sua comida e estava certo, agradeceu-lhe e entregou-lhe o dinheiro do prato e pôs-se a comer. Ela o olhava interessada, ele fingiu não perceber, ao ser ignorada ela finalmente saiu. Sabia que estava agindo estranhamente, mas precisava pensar. Pensarem uma maneira de trazer Dulce de volta para si, de separá-la de Joe. Ardia de ódio ao pensar em Joe tocando o corpo de Dulce, aquele corpo que era seu, aquela que ele ensinara a ser mulher, não para que fosse de outro, mas para que fosse sempre sua. Comeu lentamente entre pensamentos cada vez mais sombrios e venenosos, precisava conhecer Joe, precisava se aproximar dele: “Mantenha os amigos próximos e os inimigos mais próximos ainda.”. Era isso o que precisava, sabia que Dulce se esforçaria em ignorar sua presença e decidiu que a melhor estratégia era fingir fazer o mesmo. Afastou a persiana e olhou para fora de sua sala, Alessandra era linda, sabia que não era justo enganá-la, mas os fins justificavam os meios. Chamaria Alessandra para jantar e a pediria em namoro. Diria que estava cansado de viver atrás do passado e que gostaria de seguir em frente, mostraria para Dulce que não se importava, pediria desculpas a Dulce pela maneira como se comportara e diria que foi apenas um impulso, que nunca mais aconteceria. Faria amizade com Joe e quando Dulce sentisse que estava tudo bem atacaria novamente, sabia que se ela voltasse a se sentir confortável perto dele, tê-la de volta era questão de tempo. Terminou de comer, jogou as embalagens da comida fora, escovou os dentes e arrumou-se impecavelmente antes da próxima paciente, o dia seguinte seria mais tranquilo, a verdade é que sempre preferira realizar cirurgias, onde tudo o que importava era ele e o que ele fazia, do que fazer consultas, não tinha paciência para as reclamações e carências de suas clientes, mas tinha que fingir ter. Fizera parte do clube de teatro no colegial, algumas vezes achou idiota, atualmente mostrava-se muito eficaz, afinal, atuar era a parte mais freqüente de seu trabalho. Terminou de ajeitar-se e foi até a recepção vazia, ainda faltava cerca de 40 minutos para a próxima paciente, parou em frente à mesa de Alessandra e sorriu.

“ – Muito ocupada, Alê?” – Perguntou com um belo e sedutor sorriso.

“ – Um pouco, por quê?” – Falou um tanto ríspida. Odiava ser ignorada.

“ – Porque eu queria ter uma palavrinha com você em particular antes da próxima consulta. Poderia vir à minha sala?” – Ele falou isso com o mesmo sorriso e saiu em direção a própria sala. Entrou e sentou-se a espera dela.

“ – O senhor quem manda, Doutor Uckermann!” – Falou num tom um tanto quanto sarcástico e com um rolar de olhos. Assim que ele entrou na sala resmungou algo sobre ele ser impossível e foi atrás do patrão, afinal, não importava quantas vezes tivessem transado, ele ainda era o chefe dela. Entrou e encontrou-se sentado em sua mesa, sentou-se a sua frente e falou no tom mais calmo que conseguiu polir. “ – Em que lhe posso ser útil doutor?”

“ – Alessandra, eu preciso que você remarque minhas cirurgias de sexta e sábado para amanhã, quarta e quinta.” E as consultas de quarta remarque para sexta. Quinta eu devo ficar só com duas cirurgias pela manhã, então faço as consultas de quinta a tarde. Preciso do sábado livre.”

“ – Tudo bem doutor, algo mais?” – Alessandra anotava as instruções de Christopher aborrecida, provavelmente ele faria outra viagem atrás de Dulce. Sabia que o arrependimento dele em persegui-la não seria duradouro.

“ – Sim, compre duas passagens para Vermont para sexta no final da tarde, ligue pros meus pais e diga que pedi a casa de lá emprestada por este final de semana.” – Falava ele animadamente.

“ – Pois não doutor. Alguma companhia aérea preferencial?” – Ela rabiscava rapidamente o que ele dizia. Sabia que o que havia entre eles era casual, mas pedir que ela programasse a viagem romântica dele e de sua mais nova conquista depois de tudo era demais, seu humor estava cada vez pior.

“ – America Airlines mesmo, a melhor para vôos domésticos. Melhor... Esqueça as passagens. Acho melhor ir de carro. Vermont não é longe daqui e a paisagem de carro é muito bonita.”

“ – Tudo bem!” – Alessandra falou isso e levantou-se já estava na porta quando ouviu-o chamá-la.

“ – Ale, tem mais uma coisa.”

“ – Pois não, doutor?” – Ela falou e virou-se para encará-lo.

“ – Está livre no final de semana?”

“ – Por que a pergunta? Achei que fosse viajar?”

“ – Uma viagem a dois não tem graça se a outra parte não pode ir.” – Ele falou isso e dirigiu-lhe seu encantador sorriso costumeiro.

“ – Como assim?” – Ela estava perdida. Ele estava mesmo convidando ela para uma viagem romântica em Vermont?

“ – Eu quero que vá viajar comigo.” – Ele falou isso e levantou de sua cadeira, aproximou-se dela e a segurou pela cintura, colou o corpo dela no dele de forma sensual, levou a mão ao seu rosto e afastou uma mexa de cabelos loiros e sedosos que caiu sobre sua face quando ele a puxou para si. “ – Eu sei que tenho sido um babaca nos últimos dias. Mas eu precisava organizar algumas coisas na minha cabeça. A não ser que tenha outros planos, me daria o prazer de ir comigo relaxar no final de semana? Esta terça-feira é feriado, não abriríamos na segunda de qualquer forma. Podemos aproveitar um pouco e ficarmos juntos. O que acha?”

“ – Não sei! É Halloween e eu prometi que iria para casa no feriado.” – Falou um tanto insegura.

“ – Diga que surgiram alguns compromissos e que no próximo final de semana você vai...”

“ – Eu não sei...”

“ – Por favor, Alessandra. Quer que eu me ajoelhe e implore? Eu faço!”

“ – Não é nada disso, Christopher...” – Ela falou isso e sorriu. “ – Tudo bem,vai? Mas está ciente que final de semana que vem eu quero folga.” – Falou rindo.

“ – Quando você quiser, meu anjo!” – Segurou-a de forma um pouco mais firme, levou os lábios aos dela e a beijou carinhosamente, acariciava a cintura dela com carinho e não volúpia. Alessandra correspondia o beijo de forma entregue, não entendia o que se passava com Christopher, mas ele nunca a tratara assim antes. Separou o beijo e encarou-o.

“ – Tá maluco? E se alguém nos vê?”

“ – Que vejam, já não me importo!” – Ele falou isso e selou os lábios da loira que apenas sorriu de volta.

“ – Eu tenho que voltar pro meu trabalho, sabe? Meu chefe acabou de me adicionar mais quinze tarefas, além das que já tenho!” – Falou rindo e afastando-se dele.

“ – Pois é! Seu chefe parece ser um saco.” – Ele riu e a soltou, deixou que ela fosse para a mesa dela. De repente lembrou de algo e a chamou de sua porta. “ – Ah...Alê?”

“ – Pois não?” – Respondeu ela com um sorriso.

“ – Quer jantar comigo, lá em casa hoje? Eu cozinho!” – Falou ele com naturalidade.

“ – Você sabe cozinhar?” – Riu ela.

“ – Claro que sei! E muito bem por sinal. Vou dar a noite de folga pra Cynthia e depois do trabalho você janta comigo e dorme lá em casa. Que acha?”

“ – Eu acho ótimo! Mas eu tenho que passar na minha casa para buscar alguma roupa para vir trabalhar amanhã e te encontro lá!”

“ – Eu vou com você na sua casa. Eu te espero. Depois vamos juntos, que tal?”

“ – Seria ótimo! No final do dia falamos melhor disso.”

“ – Tudo bem. Eu vou fazer uns telefonemas. Quando a senhora Smith chegar mande-a entrar direto, tudo bem?”

“ – Tudo bem!” – Ela sorriu, pegou o telefone e começou a fazer o que ele lhe pedira tão logo ele entrou na sala. Estava feliz, ele parecia realmente interessado em esquecer Dulce, não que ela fosse apaixonada por ele. Mas gostava da companhia dele e ele era um ótimo amante. Suspirou e começou a organizar tudo o que ele pedira para a viagem que fariam.

         Christopher entrou em sua sala, ligou para casa e deu folga para sua cozinheira e à empregada pela noite. Pediu apenas que comprassem algumas coisas para ele preparar o jantar e estariam dispensadas. Ligou para o caseiro de Vermont, pediu que ele preparasse algumas coisas para o final de semana e em seguida ligou para Alfonso, o amigo perguntou o que ele queria quando fora ao seu escritório, ele falou brevemente que precisava ter uma longa conversa com Alfonso sobre Anahí e este falou que não havia nada entre eles, estava completamente na defensiva, o que fez com que Christopher risse. Era óbvio que ele estava interessado nela, apenas o cortou e disse que deveria levá-la em um encontro. Ela era bonita e ele estava obviamente encantado por ela. Alfonso relutou, mas aceitou a ideia. Conversaram um pouco mais até que o telefone da mesa de Christopher tocou, ele então de despediu de Alfonso, pois tinha que voltar a trabalhar. Atendeu o telefone, mandou a paciente entrar e seguiu sua rotina até o final do dia, as coisas não tinham saído como ele queria inicialmente, mas sua nova estratégia era ainda melhor que primeira.