Fanfic: Es Un Drama (Jondy/Vondy) | Tema: Rebelde - Jondy / Vondy

Depois do colegial Christopher fora cursar medicina em Harvard como seus pais haviam programado, agora estava no término de sua residência para cirurgia plástica.  Já que era para viver de acordo com as expectativas de seus pais, pelo menos faria aquilo que bem queria dentro da profissão que eles lhe escolheram. Cursou o colegial em uma escola pública, inicialmente porque sofrera uma punição dos pais ao ser expulso da melhor escola particular do estado, a verdade é que não entendia como seus pais haviam feito para apagar aquilo de sua ficha ou o quanto eles precisaram gastar para que ele fosse aceito em Harvard, mas o que o deixava mais feliz é que finalmente iria embora de Boston, o clima frio e úmido do local o irritava profundamente. A vida inteira Christopher fora o perfeito playboy, ganhou seu primeiro carro aos dezesseis anos, tão logo tirou carteira de motorista, um belíssimo Chevrolet Camaro do ano, tipo de carro que fazia com que todas as meninas andassem atrás dele, mas ele queria ela, exatamente a única que não dava a mínima para quanto dinheiro ele tinha ou para onde ele morava e qual carro ele dirigia. Ela sempre o desafiava e ele adorava o desafio, demorou dois anos para que conseguisse ficar com ela, mas finalmente conseguiu e no final ela era como qualquer outra. Foi sua presa fácil por dois anos, ficavam escondidos, convenceu-a a perder a virgindade com ele e sempre fazia o que queria e bem entendia com ela. Por baixo daquele ar revoltado dela, ela era só mais uma garota boba e apaixonada que caia facilmente no que ele dizia e com a qual ele adorava brigar. É verdade que ela ainda era mais arredia que as outras, mas a maquiagem pesada, os cabelos vermelhos e as roupas pretas, num estilo meio gótico, mas muito sexy o deixavam maluco. Quando ele fora para Harvard a tinha perdido de vista. Será que hoje ainda era gostosa como no colegial? Com certeza seria... Ou talvez até mais.

Lembrar dela o fazia sorrir. Não que ele nutrisse ou algum dia tivesse nutrido qualquer sentimento por ela, mas porque ela fora e sempre seria a melhor mulher que ele já teve na cama. Era incrível como ela se transformava quando estavam juntos, ela tinha tanta sede por satisfazê-lo que se empenhava muito e era uma excelente aluna também, aprendeu rapidamente tudo o que ele gostava, para ele excitá-la nunca fora difícil, ele a tinha nas mãos, mas não era egoísta, sabia exatamente como satisfazê-la.

Estava perdido nos pensamentos do passado quando ouviu seu telefone tocar. Era feriado de ação de graças, estava de volta ao Novo México para as festividades, tentou dormir até tarde, mas o hábito o acordara cedo e lembrou do sonho que tivera com ela e perdeu-se em pensamentos. Olhava o quarto onde passara a maior parte de sua adolescência e podia reconhecer cada canto e lembrar de cada conquista, porém nenhuma das que tivesse passado por ali conseguiria superar o que passou com ela. O telefone não parava de tocar, decidiu atendê-lo, sua voz estava sonolenta e entediada.

“ – Alô? Quem incomoda?”

“ – Christopher? Gatinho? Oi... Tava com saudades de você!” – A voz da garota era melada, ele apenas respirou fundo e respondeu sem paciência.

“ – O que quer Maria Fernanda? Eu tava dormindo. Como soube que eu estava na cidade?”

“ – O que houve gatinho? Você nunca me chamou de Maria Fernanda. Além do mais todo mundo sabe que você tá na cidade! Santa Fé não é tão grande assim!”

“ – Ah Fuzz... Não enche, ok? E como assim todo mundo sabe que eu tô na cidade? A Dulce também?”

“ – A Dulce não aparece em Santa Fé há mais de cinco anos! E eu nunca entendi essa sua obsessão com ela, sabia?” – Fuzz parecia enciumada.

“ – Não é da sua conta de qualquer forma! Mas me diz logo. O que você quer? Me acordou pra quê?”

“ – Eu queria te ver... Você só volta uma vez por ano, eu tenho que aproveitar, né?”

Christopher já estava impaciente. Não suportava Maria Fernanda, mas quando estava na cidade sempre transava com ela. Depois de Dulce, ela era seu passatempo favorito.

“ – Tá bom! Eu acabei de acordar. Daqui uma hora passo no seu apartamento pra te ver, ok?”

“ – Se quiser posso ir aí e...”

“ – Comeu merda no café da manhã? Eu não vou te trazer pra casa dos meus pais! Fica aí e fica bem gostosinha que eu já tô indo! Tchau!”

“ – Pode deixar! Tchau gatinho!”

Tão logo ela se despediu ele desligou o telefone. Olhou em volta, ainda eram 9h e o fuso horário pesava em seu corpo. Levantou, tomou banho e desceu, conversou um pouco com os pais e disse que sairia para encontrar uns amigos. Os pais apenas concordaram. Ele saiu,entrou em seu Chevrolet Camaro, o mesmo desde o colegial, o carro lhe trazia boas lembranças, e rumou para o apartamento de Maria Fernanda. Ao chegar tocou o interfone e prontamente foi atendido.

“ – Gatinho?”

“ – Sou eu, abre e me deixa entrar logo!”

“ – Tá! Pode subir!” – Ela abriu o portão e ele subiu, rumou para o 210 e nem precisou tocar a campainha, tão logo ele chegou à porta ela abriu. Ele tinha que admitir, a baixinha era gostosa, tinha uma carinha de boneca e adorava recebê-lo nua. Ele apenas sorriu e entrou no apartamento, já chegou tirando a roupa e a agarrando. Ela era só mais uma, nada além disso e já que estava ali ele iria aproveitar.

         Christopher passou duas horas com Fuzz, ela era bonita, mas não era a ela que ele queria. Ele tentava se enganar, mas nenhuma mulher nunca fora como Dulce em sua vida. Ele olhou para o lado, Fuzz dormia, ele também estava cansado, mas não se deixaria ficar ali. Levantou, tomou um banho, vestiu suas roupas e saiu, voltou para casa, mas antes parou no Starbucks e comprou um café caramelado, foi bebendo enquanto dirigia de volta para casa, chegou em casa sua mãe terminava de fazer o almoço e seu pai tinha saído para jogar golfe no clube, beijou o rosto da mãe e disse que subiria para seu quarto, iria arrumar algumas coisas, ao chegar no quarto começou a limpeza que prometera à mãe há anos atrás. Estava disposto a fazê-lo, apesar de estar cansado pela “maratona” de horas atrás, começou a limpar e a jogar muitas coisas fora, dezenas de cartas de menininhas apaixonadas que ele achava patéticas, fotos, presentes, pegou um grande saco de lixo e despejava caixas e mais caixas lá, foi revirando suas coisas que ele encontrou uma foto, atrás tinha escrito apenas “Sempre sua” e desenhado um coração. Na foto ela sorria timidamente, ele lembrava como era difícil ela sorrir na época, estava linda. Separou as fotos das demais coisas e jogou o restante fora, levou o lixo para fora e ouviu sua mãe chamá-lo para almoçar, lavou as mãos e encontrou os pais já à mesa, sentou-se com eles, conversou, comeu e ao terminar avisou que dormiria um pouco. Deitou na cama e a foto ainda estava em seu bolso a pegou e ficou olhando, falou calmamente em meio a seus devaneios: “ – Você fugiu de mim, mas eu vou provar que você sempre vai ser minha!”. Ele tinha um sorriso diabólico nos lábios, virou-se e dormiu pensando nela, no final das contas, ela sempre rodeara seus pensamentos.