Fanfic: A verdadeira história de Clato (Clove+Cato) | Tema: Jogos Vorazes
Quando eu vi a Katniss correndo para tentar pegar a mochila marcada com um 12, eu soube que queria estar lá, que queria matá-la, mostrar ao Cato que também sei me defender, que eu também posso vencer. Ele dizia para eu deixá-lo ir, pois não queria que eu me machucasse. Mas se eu não fosse, talvez perdesse a única chance que tinha para mostrar todo meu potencial, que não sou apenas uma pequena garota boa com facas, ou apenas sua aliada, para Cato, que todo esse tempo na Arena, ficou me defendendo de tudo, como se eu não soubesse me virar.
Então, desobedecedo suas regras, sai correndo para a Cornucópia. Em uma jogada só, minha faca se enterra no crânio de Katniss Everdeen. A Garota em Chamas, que agora estava mais para a Garota no Sangue. Não sabia exatamente se ela iria morrer imediatamente, mas preferia que não, aliás, tortura é mais legal, fazê-la pagar por tudo. Nesse momente, desejei que Glimmer estivesse em seu lugar. Sua morte teria um gosto mais especial. Katniss pode ter feito de tudo para prejudicar-me, mas foi fisicamente, não foi como Glimmer, que na primeira oportunidade, deu em cima de Cato, e na Arena, dormiu com ele. Ok, na primeira vez que ela deu em cima dele, pode ter cido “sem querer”, já que Cato é um garotos muito bonitos e sensual. Mas quando ela dormiu com ele, tinha certeza que ela o fez já sabendo de meus sentimentos por ele. Sim, eu o amo. Desde nosso primeiro treinamento juntos, e aos 12 anos, eu prometi me voluntariar quando ele fosse escolhido. Só para estar com ele pela última vez.
Enquanto pensava nisso, morria de odio por Glimmer, e imaginando que ela estivesse no lugar de Katniss, estava prestes a rasgar seu lindo rostinho. Até me deparar com Tresh me arrastando pelos cabelos. Ele não suportava a ideia de que eu tinha matado Rue, a menininha de seu Distrito. Rue era sua irmã, não de sangue, mas era como. Ele me arrasta e joga na parede da Cornucópia.
-Foi você não foi? A garotinha está morta!
Começo a gritar por Cato, e Tresh que aperta cada vez mais forte.
-Não, não fui eu! CATO! CATO!
-Foi sim, eu vi, foi você!
-CATO!
Cato não me atende, ele não vem me ajudar. Cato me bate tão forte na parede da Cornucópia que caio. Sinto minha cabeça começar a sangrar. Ele diz algo para Katniss, mas não consigo ouvir. A única coisa que penso é em Cato. Por que ele não veio quando o chamei? Medo de morrer também? Não, ele não podia, ele tem que vencer, pelo nosso Distrito.
-CLOVE, CLOVEE!
Ouço Cato gritando, ele veio. Um tanto tarde, mas ele veio.
-Clove não, não! Fica comigo! FICA!
Ele grita para eu poder ficar com ele, poder ficar viva. Mas eu sei, ele sabe, eu não vou resistir. Foi muito forte a pancada. Meus olhos pedem para poderem ficar um pouco mais aberto, e admirarem a beleza de Cato. Minha boca luta para dizer algo, e a única coisa que sai é:
-Por... por... q... que...dor.... mi... Gli... mer...
-Me desculpa Clove, me desculpa. Foi um erro, eu sei disso. Deixei-me levar por Glimmer, mas se eu soubesse antes, se eu soubesse o que sinto por você... Eu não, eu nunca...
Cato começa a chorar. Primeira e última vez, que o vejo assim. Chorando. Cato sempre foi forte para esconder seus sentimentos, mas uma hora a gente cansa. E essa é a hora dele.
-Eu te amo Clove, eu te amo. Como nunca amei garota nenhuma antes. É por isso que sempre protegi você, é por isso que não deixei você vir pegar a mochila. Eu não queria te perder, e se um de nós tivesse que ser o vencedor, seria você. Jamais conseguiria viver sem você.
Depois dessa declaração, sinto uma lágrima descendo em meu rosto, minha última lágrima, e não era de dor por causa da cabeça. Eu queria levantar dali, abraçá-lo, beijá-lo, coisa que deveria ter feito antes, mas desde pequenos a gente aprende que não devemos deixar nossas emoções tomarem conta de nós na Arena. E eu queria quebrar essa regra, quebrar e ser feliz ao lado dele, nem que seja por pouco tempo na Arena. Enquanto isso, Cato chorava, pedindo para eu não ir, mas que se eu fosse, tentaria vencer, não para sua família, não para nosso Distrito, não por vingaça. Por mim.
-Eu... t.... a... am.....
Não consegui terminar essa frase. A frase que mais queria terminar, não consegui. Chegou minha hora, e não restava mais nada a fazer, a não ser deixar meu corpo lá, a espera do canhão, e do Aerobarco.
Autor(a):
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Loading...
Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo