Fanfics Brasil - Único Bring `Em Down {Finalizada}

Fanfic: Bring `Em Down {Finalizada}


Capítulo: Único

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“Stand down this fight cannot be won; it’s over before it`s begun”




Cindy jogou os longos cabelos negros pra trás quando se levantou do canto escuro daquele armazém onde se encontrava sentada há alguns minutos.


- Tudo bem, Thornton. Pare.  – disse em tom impaciente.


O rapaz a contragosto assentiu e se afastou do outro a sua frente. David estava devidamente amarrado a uma cadeira.


Cindy pode ver como David estava agora. O sangue escorria por sua face, chegando ao chão. Mas, aquele sorriso de escárnio se mantinha intacto. Sentiu raiva.


- Nós podemos acabar com isso agora, Davi. – abaixou ficando na altura dele. – Eu não tenho a noite inteira.


Tentou não transparecer nada do que sentia em sua frase, mas era impossível. Cada palavra estava carregada de raiva, impaciência e... Algo mais.


- Eu não vou dizer nada. – falou pausadamente.


- Eu já estou cansada disso! – gritou – Por que dificultar tanto as coisas, se no final você vai dizer exatamente o que eu quero ouvir?


O sorriso de David se alargou. – Não tenha tanta certeza disso.


O punho de Cindy foi de encontro ao rosto dele.


- Você está muito confiante pra alguém que morrera até o fim da noite. – cuspiu as palavras se afastando.


- Por que você não faz isso agora? – o ouviu dizer.


Automaticamente girou nos calcanhares e voltou a parar em sua frente.


- Talvez você não tenha coragem o suficiente. – provocou.


Cindy cerrou os punhos, mas do que adiantaria um soco a mais ou um a menos dela, quando vários de Thornton não resolveram nada?


- Cala a boca. – disse pausadamente.


- Achei que sua intenção era me fazer falar. – fez uma falsa expressão de confuso.


- Se não for pra dizer onde aquele maldito diamante está é melhor que você fique quieto.


Irritada demais pra qualquer outra ação caminhou apressada para longe dele.


Thornton a olhou em duvida, ela apenas negou com a cabeça.


Cindy andou de um lado para o outro pensando no que deveria fazer.


- Vamos lá Cotton, pense. – murmurava a si mesma.


Davi mexia os pés – ao que a vista dos outros era em pura impaciência e medo – marcando os segundos. E em suas contas falta pouco agora.


- Hey, Cindy. – chamou, porém a garota continuou a andar de um lado ao outro. – Sabe no que eu estive pensando?!


Cindy fitou-o, sem dizer nada. Thornton estalou os dedos. David olhou de um para o outro.


- Talvez eu devesse falar com você a sós.


- Nem pensar! – Thornton respondeu de imediato.


Cindy riu anasalado.


- Não há nada que ele possa fazer comigo amarrado dessa forma.


- Você é muito segura de si Cindy. Sempre foi. – Davi riu brevemente. – Por que não manda seus cachorrinhos darem uma volta?


Cindy ponderou por um segundo. Lembrou-se, no entanto do quanto David era inteligente, não ficaria admirada de no segundo em que seus comparsas saíssem da sala Davi de pusesse de pé.


- Não dessa vez. – respondeu.


Davi mexeu as mãos impaciente, estava cansado de fingir que as mãos continuavam amarradas. Pelas suas contas, eles estavam no prédio agora.


- Esses momentos nos fazem pensar no passado, não te fazem Cindy? – David sorriu esperto pra ela.


- Não há nada para lembrar-se do meu passado. – disse exaltada.


- Sabia que negar algo, não faz isso ser menos verdade ou não ter acontecido?


Cindy permaneceu em silencio.


- É uma pena o que aconteceu com você.


- Não aconteceu nada comigo!


- Você sempre foi orgulhosa, mas não achei que isso fosse te levar aos limites da insanidade.


- Ás vezes precisamos fazer aquilo que não queremos. – murmurou.


- Esse é o ponto! – a voz de Davi se elevou por um segundo. – Precisamos. Não precisávamos. Você precisava disso.


- Do que esse cara tá falando? – Thornton perguntou, sendo ignorado por ambos que se olhavam fixamente.


- E você nunca tentou entender! – um conflito de emoções explodia dentro dela.


- Eu passei esses 5 anos tentando entender. – disse no mesmo tom. – E cheguei a uma conclusão.


- Diga. – Cindy arqueou a sobrancelha.


- Você é egoísta demais pra se importar com alguém. Uma vadia orgulhosa!


Cindy sorriu de lá, sem humor algum, porem não deixaria Davi ver o quanto suas palavras ainda machucavam no fundo.


- Orgulhosa. – repetiu a si mesma.


- Exatamente! Há tempos atrás você teve a chance de mudar a sua vida de uma forma completa e insanamente errada. – Davi fala alto e claro, como se quisesse gravar na mente de Cindy cada palavra sua. – E você não pensou por um segundo em dizer não.


- 5 anos Davi. Por que não acabamos isso de uma vez? Me diz onde o diamante está. – Cindy continuou como se ele não houvesse dito nada.


- Roubar da família do próprio noivo... – Davi parou, como se estivesse pensando. – Não é certo.


- Para com isso! – Cindy gritou.


Cindy parou á frente de David e puxou uma arma.


- Fala de uma vez, Carslick. Fala agora! – gritou novamente.


- Tudo bem. Calma. – crispou os lábios. Os outros rapazes estavam mais perto para ouvir o que ele ia dizer agora. – Eu falo pra você, Cindy.


- Eles não vão sair daqui! – falou impaciente.


- Eu sei. Não propus isso. – suspirou. – Apenas venha mais perto.


Cindy olhou pra ele desconfiada.


- Primeiro me responda uma coisa. Apenas uma Cindy. – seu olhar parecia cansado.


- Fala logo.


- Há 4 anos atrás quando eu te dei aquele colar. Você lembrar quais foram minha exatas palavras?


- Lembro. – respondeu impaciente.


- Diga-as para mim.


- “Lembre de mim da mesma forma que eu vou lembrar de você...” – sua voz falhou.


- Continue.


- “Quando você estiver pronta pra admitir que cometeu um erro, abra o colar e... Nos veja refletido nele”.


- E vejo que você nunca abriu. – Davi riu consigo mesmo.


- Eu não preciso ficar olhando pra foto nenhuma de nós dois! – falou com raiva.


Eles estavam mais perto.  Subindo as escadas.


- Eu vou falar pra você Cindy. – disse mais sério.


Cindy fez sinal para que os outros se afastassem e se inclinou sob Davi.


O rapaz riu internamente.


- Atira. – disse em meio a um suspiro passando a ponta da língua pelo lóbulo da moça.


Um milésimo de segundo se passou entre esse ato e a chegada da ‘equipe’ de David.


Granadas de fumaça foram jogadas ali e se já era difícil enxergar naquela escuridão as coisas ficaram ainda pior.


David saiu da cadeira agilmente derrubando Cindy.


- Vai tudo explodir! – um deles gritou quando uma granada foi acionada.


- 30 segundos pra sair daqui!


Os outros homens trocavam chutes e socos em meio à confusão que se estendeu por alguns minutos. Ao final daquilo apenas os homens de David permaneciam em pé, com a exceção de Cindy.  A garota também estava machucada e mais furiosa que nunca.


Todos correram para a porta.


Apenas trinta segundos se arrastando lentamente.


Porém David segurou Cindy quando esta passou por ele.


- Onde pensa que vai Cynthia?


- Não me chama assim! – a garota gritou se debatendo contra ele.


- Você não vai sair daqui. Você já causou estragos demais por uma vida inteira. – disse calmamente perto a sua orelha.


- É? Estragos a quem? – perguntou com dificuldade pela forma como Davi mantinha á presa ao seu próprio corpo.


- A todos. A mim e a você.


- Você nunca me esqueceu não é? – Cindy riu debochada.


- Não. – sorriu igualmente. – E nem você. A diferença é que o seu orgulho é maior que sua inteligência.


Colocou a mão por dentro da blusa da garota que se assustou no principio. De lá tirou o pequeno pingente que pendia do colar.


- Se você não fosse tão autossuficiente. – murmurou em tom de desapontamento.


- Do que você tá falando? – o desespero tomou conta de Cindy.


O rapaz abriu o pequeno pingente revelando o diamante que Cindy tanto procurava.


- Não... Não é possível. – a garota balbuciou, os olhos se enchendo de lágrimas de raiva. – Estava comigo todo esse tempo?!


- Devia ter se lembrado de mim com mais amor. – Davi disse irônico.


Observaram as luzes da granada mudarem de azul para vermelho.


Milésimos de segundos.


- Você me ama a ponto de morrer comigo ou me odeia tanto que quer ter a certeza de que morrerei?


- Já estivemos nessa á tempos atrás. – respondeu sem emoção.


Primeiro veio o barulho do pino se desencaixando.


- E tenho que dizer que seu orgulho te matou há muito mais tempo.


 


Three, two, one….


 


 


 




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Autor(a): misconstrued

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