Fanfic: Marcas da vida

"Alguém disse que a vida é uma festa. A gente chega depois que começou e sai antes que acabe”.(Elsa Maxwell).

Noite.

Anahí conversa com Soraya.

(Soraya)- Eu estou muito preocupada com seu avô.

(Anahí)- Eu falo para ele se tratar, mas não adianta.Eu nunca vi uma pessoa tão teimosa como ele.

(Soraya)- Foi sempre assim.Uma vez ele teve uma forte pneumonia e o médico havia receitado um remédio forte para ele se curar.Você imagina o sacrifício que foi faze-lo tomar.

(Anahí)- Vovó, eu sei que desde que a senhora partiu o vovô anda muito triste.

(Soraya)- Mas já está mais do que na hora de seu avô acordar pra vida.Nada dura para sempre.Eu acho que ele já deveria ter entendido isso.

(Anahí)- Muitas vezes quando vou vê-lo ele está com um retrato da senhora nas mãos e eu olho em seu rosto e vejo estampado todo o amor que ele sentia, ou melhor, sente pela senhora.

(Soraya)- Enfrentamos muitos obstáculos para ficarmos juntos.

(Anahí)- Eu imagino.

(Soraya)- No nosso tempo, se ficássemos de agarramento pelos cantos, o que absolutamente normal nos dias de hoje, éramos consideradas sirigaitas, e ficávamos mal faladas na cidade o que fazia com que nossos pais nos proibisse de namorar quem desejávamos.Um dia eu e seu avô estávamos perto de um beco que dava para a saída da cidade, quando ele me deu um beijo.Foi algo da mais pura inocência de um ser humano, mas uma vizinha fofoqueira distorceu toda a história e disse que estava sendo despudorada, ao me submeter a atitudes de total intimidade e considerou um simples beijo num atentado ao pudor.

(Anahí)- E aí, o que aconteceu?

(Soraya)- Meu pai me trancou em casa e disse que nunca mais veria seu avô.Eu não podia abrir a mão de um grande amor.Então resolvi fugir de casa.Eu e seu avô mudamos de cidade.No início, passamos muita penúria.Foi uma luta para conseguirmos uma condição financeira boa.Tempo depois seu avô e eu casamos.

(Anahí)- Vocês se casaram quando?

(Soraya)- 1960.Foi um grande dia.Treze anos depois sua mãe nasceu.Naquele dia quando eu fui para o hospital eu passei perto de uma loja de discos e ouvi uma música que marcou aquele momento.

(Anahí)- E que música era essa?

(Soraya)- Manhãs de Setembro.Um clássico da MPB interpretada por uma das grandes cantoras da década, Vanusa.

(Anahí)- Eu já ouvi falar.

(Soraya)- Mas não vamos nos prolongar.Peça para seu avô se cuidar.Fala que fui eu quem mandou dizer isso.

(Anahí)- Vai ser difícil ele acreditar.Até hoje ele pensa que sou louca.Vai precisar de algo que prove que você esteve aqui.

(Soraya)- Já sei.Já que estávamos falando de música tem uma que marcou nossas vidas de vez.

(Anahí)- E qual é.

(Soraya)- Foi em 2001, quando eu parti, apenas seu avô estava no quarto comigo e o rádio, estava ligado quando tocou a música.É de uma dupla sueca.Roxette.

(Anahí)- Nunca ouvi falar.

(Soraya)- Você já assistiu o filme Uma linda mulher?

(Anahí)- Já.Mas o que isso tem a ver.

(Soraya)- O tema principal desse filme é cantado por essa dupla.

(Anahí)- Eu sei a música, mas não sei quem são as pessoas dessa dupla.

(Soraya)- Fisicamente muita gente não conhece.Mas voltando, a música que estava tocando se chamava Milk and toast and honey.

(Anahí)- E música era bonita?

(Soraya)- Lindíssima.Começava mais ou menos assim: ”Milk and toast and honey/make it sunny/on a rainy Saturday”.E o refrão dizia mais ou menos assim: Aqui vem ele, trazendo um pouquinho de amor querido, levando embora a dor aqui dentro, é tudo o que importa pra mim, é tudo o que eu quero na vida.

(Anahí)- Que lindo!

(Soraya)- Mostre essa música pra ele.Garanto que vai acreditar em você.

(Anahí)- Mas onde posso encontrar essa música?

(Soraya)- Ora, minha cara.Nesse mundo de alta tecnologia você não sabe onde encontrar essa música?

(Anahí)- Nossa!Meu momento burra acabou de acontecer.Esqueci que posso baixar essa música da internet.

(Soraya)- Vamos ver se depois dele ouvir essa música e ouvir o que você tem pra falar ele ganha um novo ânimo.

(Anahí)- Tomara.

(Soraya)- Agora chega de papo.Está na hora de você ir pra cama.Uma mocinha como você não pode ficar acordada até essa hora.

(Anahí)- Vó, são 21:30.

(Soraya)- Eu sei. Só estava brincando com você.

(Anahí)- Eu vou baixar a música e gravar num cd para que o vovô possa ouvir.

(Soraya)- Por favor, faça isso.Agora eu vou embora.

(Anahí)- A senhora não sabe o quanto gosto da sua presença aqui.

(Soraya)- Você pode ter certeza que sempre estarei por aqui.

(Anahí)- Vai com Deus vovó.

(Soraya)- Eu sempre estou com ele.

Soraya desaparece.Anahí se aproxima de seu computador e o liga.

(Anahí)- Vamos ver se o vovô melhora a partir de amanhã.

Helena, Cátia, Anderson e Paulo jantam.

(Helena)- Mas minha irmã, aquele chá que eu te falei é infalível.Cura qualquer colapso em relacionamento.

(Cátia)- Vamos ver se o Anderson ainda gosta desse chá.

(Anderson)- De que chá vocês estão falando?

(Helena)- Deixa pra lá.Depois que você provar desse chá você vai entender.

(Paulo)- Cara, pode ter certeza que elas devem estar falando besteira.

(Cátia)- É mesmo.Quando chegarmos em casa querido eu te dou esse chá.

(Anderson)- Mas você sabe que eu não gosto de chá.

(Cátia)- Mas eu garanto que desse chá você gosta e muito.

Cátia e Helena começam a rir.Dulce chega em casa bêbada.

(Dulce)- Agora eu sou piranha e ninguém vai me segurar.Daquele jeito!

(Helena)- Dulce, você está bêbada?

(Dulce)- Bêbada?Quem é que está bêbada aqui?

Dulce dá uma cambaleada.

(Helena)- Isso já respondeu minha pergunta.

(Dulce)- Mãe, me deixa em paz.Mas que saco!Eu não posso nem sair pra me divertir que quando chego em casa já começa essa represália.Dá um tempo.

(Helena)- Dulce, modos, por favor.Sua tia e seu tio estão aqui.

(Dulce)- Oi titia, tudo bom?

(Cátia)- Tudo.

(Dulce)- Oi titio.

(Anderson)- Oi. Tudo bom?

(Dulce)- Vamos indo, mas para sua mulher as coisas estão muito melhores.

(Anderson)- Por que?

(Helena)- Dulce, por favor!

(Anderson)- Deixa ela responder a minha pergunta.Fala, por que você acha que pra minha mulher as coisas estão melhores.

(Dulce)- Titia, eu não acredito que a senhora não contou pra ele do vibrador que a minha mãe te deu de presente.

(Helena)- Já chega! Vamos para o quarto agora mocinha.

(Dulce)- Mas eu aprovo que a titia use o brinquedinho, mesmo porque já que ela não tem do parceiro dela o prazer que necessita vale a pena procurar por outros métodos.

(Helena)- Chega!Chega!

Helena se levanta da cadeira e leva Dulce para seu quarto.Na sala de jantar o silêncio e o constrangimento pairaram no ar.Dulce e Helena chegam ao quarto.

(Helena)- Que vergonha você me fez passar.

(Dulce)- Por que vergonha.Eu só falei a verdade.

(Helena)- Isso são coisas que não se devem dizer assim

(Dulce)- Mas você viu a cara que ela fez quando eu falei do vibrador?

(Helena)- Sua tia não merecia passar por esse tipo de constrangimento.

(Dulce)- Constrangida?Há, há, há.Faz-me rir.Eu fico imaginando ela esperando o marido dela sair, impaciente, e depois quando ele sai, ela deve correr pro quarto e ficar se masturbando sem parar com o vibrador, pensando como seria uma noite de amor decente, o que ela não deve ter faz tempo.Depois pra se livrar do brinquedinho vai ser difícil.

(Helena)- A vida sexual da sua tia não nos diz respeito.Sabe, hoje ela teria essa noite de amor que você estava falando, mas depois desse vexame eu nem sei o que espera a minha irmã.

(Dulce)- Eu sei o que espera a sua irmã.Um objeto de 20 cm, grosso...

(Helena)- Chega desse papo.Vai tomar um banho, pra ver se esse espírito de porco que está dentro de você vai embora.

(Dulce)- Eu não vou nada.

Dulce se joga na cama.Helena tenta levantar Dulce.

(Helena)- Vamos.Amanhã vamos ter uma conversa muito séria.Anda logo!

Helena percebe que Dulce pegou no sono.

(Helena)- Amanhã essa menina vai se ver comigo.

Helena volta para o andar inferior e percebe que Cátia e Anderson se preparam para ir embora.

(Helena)- Minha irmã, você já está indo?

(Cátia)- Já.Eu tenho que acordar cedo amanhã.

(Helena)- Desculpe, por qualquer coisa.

(Cátia)- Não se preocupe.

Cátia se despede de Helena e junto com Anderson vai embora.

(Paulo)- Que noite hein?

(Helena)- Seria bom que todos esquecessem o que passou aqui.

(Paulo)- Mais vai ser bem difícil.

(Helena)- Mas amanhã eu converso com a Dulce.

Mariana entra no quarto de Maitê

(Mariana)- Filha, ainda acordada?

(Maitê)- Estou sem sono.

(Mariana)- O que você está fazendo aí na janela?

(Maitê)- Tomando um ar.

(Mariana)- Filha, você não imagina como o céu está lindo hoje.Parece que a lua resolveu mostrar a sua beleza e abrilhantar essa noite.

(Maitê)- Pelo que a senhora está falando parece que o céu esta lindo mesmo.Uma pena que eu não possa vê-lo.

(Mariana)- Ai, me desculpe filha.Eu não deveria ter tocado nesse assunto.

(Maitê)- Não se preocupe.Eu sei das minhas limitações, e sei que a senhora não fez por mal.

(Mariana)- Vamos deixar o céu pra lá.Que tal assistirmos a um filme?

(Maitê)- Mãe.

(Mariana)- Outra vez.Eu e minha boca.É melhor eu ir embora logo.

(Maitê)- Não mãe, fica.

(Mariana)- Então é melhor você puxar assunto.Eu estou cometendo cada gafe hoje que pelo amor de Deus!

(Maitê)- Eu gostaria de ter seu bom humor.

(Mariana)- Mas porque devemos ficar tristes.Parece que a tristeza quando em quantidade exagerada acaba com uma pessoa em pouco tempo.É um sentimento, que assim como o ódio não deveria ser sentido por ninguém.Todos merecem ser felizes.

(Maitê)- Eu gostaria de ser feliz.Mas para isso primeiro eu teria que enxergar.

(Mariana)- Não deixe que esse pequeno empecilho tire o brilho da sua vida.Você é jovem, tem muita vida pela frente.Vai ter filhos, uma família.

(Maitê)- Para ter uma família, eu teria que encontrar um amor.E quem namoraria uma cega?

(Mariana)- Quando o amor acontece, tudo se mascara.A paixão se encarrega de transformar tudo em perfeição.Você vai achar alguém que te ama.

(Maitê)- E quando isso acontecer estarei com meus 90 anos.

(Mariana)- Você é linda.Garanto que muitos homens gostariam de namorar você.

(Maitê)- Abusar de mim, a senhora quer dizer.São raros os homens que tem paciência de agüentar uma pessoa deficiente ao seu lado, em se tratando de relacionamento.Muitos podem falar que não tem preconceito, mas é só colocar uma loira gostosa e uma garota bonita, mas deficiente física, que eles correm pra loira.

(Mariana)- Mas nem todos são assim.

(Maitê)- A maioria é.

(Mariana)- Mas escuta o que a sua mãe fala, antes do que você pensa você encontrará um grande amor e será feliz.

(Maitê)- Mas mudando de assunto.O médico garantiu que eu não posso realizar um transplante de córnea?

(Mariana)- Infelizmente você não pode realizar essa cirurgia.Eu até falei que ia te levar em outro médico, mas ele me garantiu que o resultado seria o mesmo.

(Maitê)- Às vezes eu sinto aqui dentro que um dia eu vou voltar a enxergar.

(Mariana)- Eu peço todos os dias que Deus faça um milagre na sua vida e te de a visão.

(Maitê)- Deus já deve estar de saco cheio de mim.O que eu peço para Ele para eu enxergar não está escrito no gibi.

(Mariana)- Não está escrito no gibi.Há quanto tempo eu não ouço essa expressão.

(Maitê)- Ela já está bem obsoleta.

(Mariana)- É verdade.Mas de vez em quando eu trago expressões antigas de volta.

(Maitê)- Quais?

(Mariana)- Esses dias a sua tia me ligou para falar que o marido dela havia dado um carrão do ano pra ela.Aí eu falei: ”Nossa, esse seu marido é do balacucabo”.

Maitê e Mariana começam a rir.

(Maitê)- Nossa!Balacubaco!Foi pior que a minha.

(Mariana)- E tem aquele dia que...

Maitê e Mariana continuam a conversar.

Alfonso chega a sala de Nestor.

(Nestor)- Por que você demorou?

(Alfonso)- Estava resolvendo problemas familiares.

(Nestor)- Eu já falei que o serviço vem em primeiro lugar.Você ganha muito bem por serviço, e jurou colocar o trabalho acima de tudo.

(Alfonso)- Me desculpe.Isso não vai mais acontecer.

(Nestor)- Desculpa?Você deveria me pedir perdão por sua falta de responsabilidade profissional.Mas vamos voltar ao assunto que te trouxe aqui.

(Alfonso)- É um novo serviço?

(Nestor)- Não, eu vim te convidar para um chá.Mas que pergunta mais idiota!Faça-me o favor.Você é tão inteligente para realizar suas obrigações e tão burro quando o assunto e conversa.

(Alfonso)- Mas eu pensei que poderia ser outra coisa.

(Nestor)- O meu assunto com meus empregados é unicamente profissional.

(Alfonso)- Então o que o senhor gostaria de falar comigo?

(Nestor)- Como você já disse, eu tenho um serviço para você.

(Alfonso)- A quem tenho que matar?

(Nestor)- O nome dela é Alicia Tenório.Filha de um importante político do estado.O pai dela está me devendo uma grana alta faz tempo, e até hoje não me pagou.Eu já o adverti, e ele espertamente cercou a filha de seguranças.

(Alfonso)- Dessa vez o serviço será difícil então?

(Nestor)- Calma.Deixa eu terminar.A filha recentemente brigou com o pai e saiu de casa e pelo que sei, ele não achou o endereço da filha.Mas eu já consegui o endereço e melhor, consegui uma casa perto da dela pra você se instalar.

(Alfonso)- Esse vai ser dos mais fáceis.

(Nestor)- Digamos que foi o serviço mais fácil que eu te dei.

(Alfonso)- E quanto eu vou embolsar dessa vez?

(Nestor)- Esse serviço é tipo C, e por isso você não vai ganhar muito.

(Alfonso)- Quanto?

(Nestor)- 80 mil.

(Alfonso)- É pouco.Por mais que seja um serviço simples eu merecia ganhar um pouco mais.

(Nestor)- Como você pode reclamar.No seu último serviço você embolsou 20 vezes mais.É muito dinheiro para uma pessoa só.

(Alfonso)- Mas acho que é pouco.

(Nestor)- Você está reclamando do serviço? Se você quiser, eu te dispenso e arrumo outro para seu lugar.É só me dizer.

(Alfonso)- Não! Tudo bem eu topo por esse preço.

(Nestor)- Olha, pra dizer que eu não sou ruim, vou aumentar mais um pouco. 105 mil.

(Alfonso)- Está ótimo.Perfeito.

(Nestor)- Mas eu te aviso de uma coisa, da próxima vez que você reclamar do dinheiro que ganha em um serviço você está no olho da rua.Está me entendendo, ou vou precisar desenhar para que fique mais claro?

(Alfonso)- Entendi, sim senhor.

(Nestor)- Então vai embora.Quero você amanhã à tarde no local determinado.

(Alfonso)- Pode deixar.Com licença.

Alfonso sai da sala.

Christopher para o carro.

(Christopher)- Desce.

(Vanessa)- Eu quero o meu dinheiro.

(Christopher)- Eu já falei pra descer sua vagabunda.

Christopher sai do carro e tira Vanessa a força do carro.

(Christopher)- Volta pro calçadão que é o seu lugar.

(Vanessa)- Eu só quero o meu dinheiro.

(Christopher)- Dinheiro por que?

(Vanessa)- Eu perdi muito tempo com você sendo que nesse meio tempo poderia ter atendido dois clientes.

(Christopher)- Você não fez nada.

(Vanessa)- Mas eu não tenho culpa se seu amiguinho te deixou na mão hoje.

(Christopher)- Você é uma vaca mesmo.

(Vanessa)- Pode me xingar.Eu já ouvi coisas piores.Só que eu quero o meu dinheiro.

(Christopher)- Ainda bem que eu não fiz nada com você.Vai saber quem anda entrando em você.

(Vanessa)- Homens que não negam fogo na hora h. Agora dá o meu dinheiro, por favor.

(Christopher)- Você tem aids?

(Vanessa)- Chega de papo, me dá a grana logo e vai embora.

(Christopher)- Tem sim.Sabia!

(Vanessa)- Você não tem nada a vê com minha vida.

(Christopher)- Repara no que eu vou fazer agora.

Christopher vai no meio da rua e começa a gritar.

(Christopher)- Estão vendo aquela piranha ali.Ela está infectada.Quem vai deitar com uma infeliz que pode transmitir uma doença que ainda não tem cura, isso se tiver.Pensem como deve ser ruim a vida de um aidético.

Vanessa vai pra cima de Christopher e começa a bater nele.

(Vanessa)- Cala a boca seu desgraçado!

(Christopher)- Para de me bater.Pa..

Christopher dá um soco em Vanessa.

(Christopher)- Eu nem sei por que fui contratar os seus serviços.Sabe qual é a diferença entre eu e você?Eu tenho dinheiro.Não preciso me submeter a calçadões para ganhar dinheiro.Você é uma pobre doente que com certeza foi expulsa de casa pelos pais e teve que arrumar um jeito de se sustentar.Agora convive com duas realidades quase que irmãs: a prostituição e as aids.Você deveria se matar.De pessoas assim como você que o mundo deveria se livrar.

Christopher entra no carro e vai embora.Vanessa fica em estado de pranto.

Christian não consegue dormir.Um dos monges passa pelos corredores para ver se todos os monges já estão dormindo.Christian percebe a luz em direção a sua cela e finge estar dormindo.Logo o monge já havia feito a sua ronda.

(Christian)- Deus, por favor, me de sono.Preciso dormir.Amanhã a rotina começa cedo e preciso estar bem disposto.

Christian ouve barulho de cela abrindo.

(Christian)- Estranho.Quem estaria saindo de sua cela a essa hora da noite?

Christian levanta de sua cama e abre a janelinha da porta de sua cela e percebe um monge entrando numa cela de outro monge.

(Christian)- Alguma coisa de errado vai acontecer aqui dentro.Deus por favor faça que não aconteça nada de impudico nessa instituição.

Christian se ajoelha perto de sua cama e começa a rezar.Tempo depois, ele volta a ouvir o barulho da cela se abrindo.

(Christian)- Acabou.Deus os perdoe.Eles não sabem o que fazem.

Christian volta a se deitar e tenta dormir.

(Christian)- Amanhã é um novo dia.Espero que não seja um péssimo dia.

CONTINUA...