Fanfic: Filha da Fama | Tema: Beyoncé, Bruno Mars, Justin Bieber, Selena Gomez, One Direction e vários outros aleatórios

Ela se parecia mais comigo do que com Bruno, mas mesmo assim, se parecia muito com ele. Tinha os olhos e os cabelos pretos. Os olhos no formato dos meus, um pouco mais sedutores que os meus, mais penetrantes, mais envolventes. Os cabelos desciam ondulados até um pouco mais da metade das costas. Ela tinha 14 anos, mas, seu corpo podia se assemelhar ao meu, talvez ela tenha até mais curvas que eu. O sorriso, esse sim era a mistura perfeita de mim e Bruno. Nem tão aberto quanto o meu, nem tão fechado quanto o de Bruno. Perfeito.

A expressão facial se parecia com ele. Os olhos febris, as pernas cruzadas, com um ar simpático, contagiante. Assim que nos viu, se levantou e veio abraçar a mim e a Bruno.

Senti meus olhos se umedecerem. Sim, eu estava chorando. Um alivio intenso me tomou, acabando com uma dor antiga, de 14 anos para ser exata. Eu me obriguei a não pensar nela todos esses anos, nem em Bruno. Por isso foi uma surpresa saber que ele também ficou famoso. Evitávamos nos falar nos eventos, mas quando era inevitável, conversávamos normalmente, pois eu já estava com Jay e ele com Nicki Minaj. Não sentíamos mais nada um pelo outro(N/A: vai nessa ¬¬)

– Oi! – falou ela. Sua voz poderia ser considerada mezzo-soprano dramático, uns 3,5 oitavas. Senti que estava ouvindo a minha própria voz, um pouco mais suave, mais sedutora.

Soltamos-nos.

– Bem, esta é Cherry Baynes Hernandes Knowles.- (N/A: na verdade, o nome de Bruno Mars não é este. É Peter Gene Hernandes.E eu coloquei Baynes para ser o nome próprio dela e não ter de escolher entre o nome do pai ou da mãe.) Senti certo orgulho ao ouvir este nome- Filha da Peter Gene Hernandes e Beyoncé Giselle Knowles. Ela foi encontrada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Agora, podemos arquivar o caso como encerrado. – falou Joan saindo da sala, junto com Brice. – resolvam-se.

Então estávamos eu, Bruno e Cherry á sós na sala. Ela se sentou, eu sentei do seu lado e Bruno sentou do outro.

Nós não falávamos nada, apenas olhávamos para ela. Um intenso orgulho e alegria me tomava, dava para sentir a atmosfera feliz.

Mas eu olhei no relógio, eu precisava estar no estúdio daqui a 15 minutos.

Que se dane, eu estava com a minha filha e isso que importava.

– Ok, vamos embora, eu não gosto desse lugar. – falou Bruno. Concordei.

~//~

– Quero que você me conte tudo que você fez até hoje. – falei. Nós tínhamos ido para uma sorveteria.

Ela sorriu.

– Bem, tive uma infância feliz. Ah, eu trouxe alguns vídeos meus de quando era pequena. Fiz aulas de karatê e sou faixa preta. – fez uma pausa antes de continuar – tenho uma poodle e... só.

Eu sorri. Era idêntica a Bruno e a mim.

– Bom, depois de amanha, nós vamos ter o Grammy e queremos que você vá, certo Bee? – falou Bruno.

– Ótima idéia Bruno. As pessoas precisam saber da sua existência.

Meu celular tocou, uma mensagem de Jay dizendo: “Onde você está?”

Pensei em não responder, mas abandonei a idéia. Eu ia ter todo o tempo do mundo para ficar com a minha filha.

– Desculpem, mas eu tenho que ir. Passe o resto do dia com Bruno. Você pode deixa-la na minha casa depois Bruno? – falei

– Posso.

– Adeus, Bruno, Adeus... Cherry – falei dando um beijo e um abraço bem forte.

Minha filha... Agora, nada poderia nós separar. Mas eu teria que contar a ela que eu não estava grávida.

POV Bruno

Beyoncé se foi me deixando a sós com Cherry. O que eu faço agora?Eu podia falar sobre o Grammy, ou...

– Seu nome não é Bruno. – falou ela de repente

– O quê? Há sim, não é não, é Peter.

– Te chamo de Bruno ou de Peter?

– Me chame de pai.

Falei isso sem pensar, mas não me arrependi,eu tinha que me acostumar logo com a idéia de ser pai. Ela sorriu docemente, cara, como ela se parecia com a Bee.

– Ok, “pai” – falou ela. Eu falaria exatamente isso. Por fora, se parecia com a Bee, mas por dentro era igual a mim. – você tem algum compromisso agora?

Isso me trouxe de volta a realidade. Olhei meu celular: quinze chamadas não atendidas e quatro mensagens com “Onde você está?” escrito.

– Pode ir. Eu vou ficar bem sozinha. As pessoas não sabem quem eu sou. E eu estou precisando comprar algumas coisas. – falou ela

Eu sorri. Essa era a hora perfeita para agir como um pai famoso.

– Desculpe por isso, mas preciso ir. Aqui, tome – tirei do bolso um cartão de crédito – não se preocupe, quando você nasceu, eu abri uma poupança para você. Deve ter uns quinhentos mil lá (!!!) Pode tirar o quanto quiser, é seu mesmo.

Ela sorriu meio incrédula. Isso que eu chamo de “comprar a filha”. Eu pensava que nunca a encontraríamos, mas mesmo assim, depositava dinheiro lá todos os meses nos últimos quatorzes anos.

– Obrigado... Pai – respondeu ela docemente.

– De nada. Olha, às oito da noite eu te pego aqui, nessa mesma sorveteria, Ok?

– Ok.

Me levantei e joguei o dinheiro do sorvete na mesa, fui até ela e lhe dei um beijo na bochecha, ela tinha a pele macia, acetinada. Vi, ao seu lado no banco, a poodle que ela havia falado, fiz um carinho na sua cabeça e me virei para a saída.

POV Cherry

Eu não estava nervosa, eu estava feliz, certo? Então por que eu estava a ponto de chorar agora? E pensar que o cara que eu achava lindo e maravilhoso é meu pai! E a pessoa que eu vivia dizendo que não estava grávida é a minha mãe!

Mas não tinha sentido ficar nervosa, isso só deixaria as coisas mais difíceis. O melhor agora era encarar tudo com um pouco de otimismo, eu posso me divertir. Vamos ver no que vai dar.

Olhei ao redor. A sorveteria estava quase vazia, pois a maioria das pessoas estavam na escola ou trabalhando. Sorri ao olhar meu sorvete, quase intocado, porque eu estava nervosa demais para conseguir tomar. Eu ouvi o sininho da porta tocar e automaticamente olhei quem estava entrando.

Quase não acreditei. Eram mesmo Justin Bieber e Selena Goméz entrando justamente nessa sorveteria? Droga! Eu odiava Selena Gomez, porque eu achava a relação dela com Justin pura encenação. Decidi não olhar e fingir que eles não estavam ali, eu já teria de encará-los no Grammy mesmo.

Eles vieram se agarrando, claro, e se se sentaram à mesa bem na minha frente. Baixei os olhos para o meu sorvete e tratei de começar a tomar logo, para sair rápido dali.

Mesmo sem olhar, eu sentia os olhos de Justin em mim. O que ele tanto olhava?

Logo eu saberia a resposta pois ele estava vindo na minha direção.