Fanfic: [MW] Come on, set the game on - FINALIZADA | Tema: Dia Mundial RBD
– Viu o que você fez? – Ucker olhava Dulce que tomava água, ao lado do filtro – Estragou tudo.
– Não tenho culpa de nada, você que começou, você fez de propósito com a Annie lá. E por falar nisso, eu também não tenho culpa do jogo da Annie e do Poncho – Dulce gesticulava nervosa; Mai e Chris sentados em um sofá do camarim, assistiam juntos a cena como uma novela mexicana nos últimos capítulos, vidrados.
– Falando neles, onde eles estão? – Mai passou os olhos por todos procurando uma resposta, e todos menearam.
– Se já não se esfaquearam até essa hora... – Chris dramatizou.
– Por favor, nem brinca! É sério! – Mai pediu.
– Eu tenho vontade é de esfaquear essa louca aqui – Ucker sentou-se no outro sofá, escondendo o rosto entre as mãos.
– Vamos, atreva-se! Você não é tão macho?! – Dulce desafiou, Mai ruía uma unha e Chris assistia de boca aberta.
– E vocês, o que? – Ucker referiu-se a Mai e a Chris.
– O que do quê? – Chris fez-se de desentendido.
– E nós – Mai falou com os dentes cerrados, repreendendo Chris – estamos indo. Vem Chris! – Mai saiu puxando Chris pela mão.
– Não Mai! Fica aqui comigo! – Dulce pediu, mas tudo o que viu foi Maite dando um “tchauzinho”.
– Está com medo de ficar comigo sozinha? – Ucker perguntou com um ar zombeteiro no rosto.
– Nunca se sabe onde o desespero por algo melhor que o dia a dia pode levar...
– Como? – gargalhou – Por favor, se toca... você já está um tanto passadinha. Já teve melhores dias – Sorriu sensualmente de canto de boca, analisando-a com um forçado desprezo e asco.
– Você é um grosso... – Dulce limpou rapidamente uma lágrima que escorreu.
– Você tem razão... foram poucas as vezes que te fiz bem, se é que fiz. – sorriu torto como um lamento – Sabe quando a criança faz uma arte porque quer chamar a atenção da mãe?
– Sim, e... ? – ela procurava entender o sentido daquilo.
– Eu só quis chamar atenção... a SUA atenção. Mas eu continuo errando, só te machuco... – Ele encostou dois dedos na cintura dela, que estava de costas pra ele; sem vê-la recuar, ele não esperou mais e a abraçou pela cintura repousando o pescoço no ombro dela.
– Eu te odeio... – ela se aninhou nos braços dele – nunca consigo fugir de você. – Com os olhos fechados, Dulce sentia os beijinhos de Ucker fazendo o caminho do ombro até o pescoço.
– Não fuja... se entregue. Estamos entre quatro paredes, sem câmeras, sem mundo. Deixa eu te fazer carinho, deixa eu te fazer sentir amada como sempre só eu fiz... – Ucker abriu o zíper do vestido, desceu um pouco as alças e distribuiu beijos por toda a extensão do ombro de Dulce.
– Não consigo, não consigo brigar comigo mesma e dizer não, você é o demônio... – Dulce disse quase num sussurro, ele riu satisfeito virando-a de frente pra ele, tornando o colo dela disponível aos lábios dele.
– Que saudade do seu cheiro... – Ucker fungava pela pele do colo e pescoço, alternando com beijinhos – A textura da sua pele é única, maravilhosa. – Sem resistir mais, ele passou o lábio superior, seguido da língua e do lábio inferior perto da orelha dela.
– Quero que você me beije, vem. – Dul o puxou pela gola da camisa, ele fez um joguinho para não beijá-la e deixa-la sedenta, louca por ele. Ele só cedeu quando ela fez uma manha, mordendo-a pela boca e trocando chupões, suas bocas se reencontraram, em total desarmonia. A desarmonia preferida dos dois, a confusão de línguas enfurecidas e ansiosas por matar a saudade.
E foi quando Ucker a deitou por cima da cômoda, derrubando as maquiagens e tudo que havia por ali, que ela percebeu que não há necessidade de mudar certas coisas na vida. Aquele amor que nunca dava certo, precisava não dar certo pra sobreviver e continuar sendo tão gostoso. O que tornava mais delicioso em encontra-lo, era sentir ódio por ele... e depois o ódio de si mesma por nunca resistir aquelas mãos passeando em seu corpo. Ele precisava dela longe para que quando tivessem perto a explosão fosse impossível de deter, era disso que ele gostava, provoca-la e amá-la maravilhosamente em seguida.
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Autor(a): eharumi
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