Fanfic: No fight, LuAr | Tema: LuAr

Depois de acordar, fui ver a melhor roupa cabível, passara horas escolhendo e achei o vestido preto e curto, nem tanto, perfeito. Sai com minutos de atraso, meu cabelo sempre me atrasa. Nunca sei o que fazer em situações necessárias. Estava com um sorriso estampado no rosto, um pouco de raiva mas feliz. As vezes a gente esconde tanta coisa, guarda tudo, sofre quieta , mas quando estamos felizes, parece que os problemas somem e só fica as coisas boas. Deveria ser assim sempre. Bom, se sorrir significa esta feliz, eu sou a pessoa mas feliz do mundo. Nunca mas quero tira-lo do rosto. Como é bom! Parece que tudo fica perfeito. Chegando, foi como sempre, vários fotógrafos e flashes na recepção. Entrando, encontrei varias amigas, e amigos. Entre um, Diego, nossa quanto tempo não vejo ele.

‘Ah, eu estava com tanta saudade de você!’ – Nesse momento, já estávamos abraçados. Di, é um amigo de infância, também trabalha com música, a ultima vez que eu o vi foi no seu casamento, a quase 5 anos atrás.

‘Também! Onde você tá morando?’ – Perguntei depois de sair do abraço.

‘Vim de vez pra cá, Jhulie precisava trabalhar e eu tenho bons contatos aqui.’ – Jhulie é sua esposa. Também era uma das minhas melhores amigas, na infância, nós perdemos o contato depois que ela voltou pra casa dos pais. Uns amigos falavam que se o Di não casasse comigo, iria se casar com Jhulie.

‘Oba! E cadê ela?’ – Ele apontou pra um grupo de pessoas aglomeradas. Estavam Michel, Anthony, Jennifer, Jhulie e Arthur. Ah, Arthur. Arthur?! Di me levou até eles, cumprimentei todos. Meu abraço em Jhulie foi demorado e cheio de saudade.’Que saudade de você, Jhú!’ – Apertei ela como Chay e Mica fazem comigo. Quando chegou a vez de Arthur também abracei-lo como fiz com os outros. ‘Com quem a Isa tá?’ – Abracei-lo ate porque eu sou uma pessoa super educada, e tals, tals.

‘Na casa da Mel.’ – Mel era prima de segundo grau da mãe dela. Elas (pelas minhas contas) não são nada, mas por consideração e convivência vivem como se fossem primas ou tia e sobrinha.

‘Ela disse a você que ia ter que viajar? Vai ela e a Soph, vou ter que aguentar meus irmãos carentes’ – Suspirei e rimos.

‘Contou, mas os seus irmãos não contaram que vão também?’

‘Que? Como assim? Eles vão me deixar sozinha?’ – Confesso, morro de medo de ficar sozinha, não só de ficar sozinha, mas de escuro, de bicho, de terror e de tudo que assusta.

‘Não faça drama!’

‘Isso não é drama, é a pura realidade!’ – Ele bufou e nós começamos a conversar com os outros. Fui pra casa perto das 2horas. Chay já estava dormindo, sozinho. Micael na casa da Soph, não pensei 2 vezes em ir acorda-lo. ‘Acorda, Chay.’ – Ele bufou e sentou na cama com cara de obrigado. ‘É verdade que você vai viajar com a Mel e a Soph?’

‘Ér.. Lu, eu não vou demorar, eu prometo! É só pra ajudar a Mel e a Soph no trabalho delas. É só 2 dias, se for muito. Você nem vai sentir.’ – Ele falou quase correndo com as palavras.

‘Como? E o seu trabalho?’

‘É minha folga.. Não fica com essa carinha, vai! Dorme comigo hoje?’ – Ele sorriu. Só me chamava pra dormir com ele, quando não queria que eu ficasse com raiva. ‘Vem?’ – Ele me abraçou. Depois eu fui pro meu quarto trocar a minha roupa.

*

‘ Ah, eu não quero lagar você! Tem certeza que não quer vir?’ – Me afastei do Micael antes que ele pudesse me agarrar de novo. Estavam na frente de casa com uma mochila nas costas.

‘Tenho, gente! Vão logo! Beijo!’ Dei passos pra trás e mandei beijos pro ar.

‘Se cuida, te amo, tá?!’ – Chay me abraçou por ultimo. Mel e Soph já estavam no aeroporto. Ele abraçou Bella e deu uns tapinhas como despedida em Arthur, foram embora. Entrei e fui pro quarto depois que Bella e Arthur já tinham ido pra casa.

Acordei feito uma zumbi, lá pelas 17 horas. Estava varada de fome. Peguei sorvete e comecei a comer na frente da TV do meu quarto. Me assusto quando meu telefone toca. Ainda bem, qualquer coisa do que ficar dando bola pra meus pensamentos que só fazem me iludir.

~ ‘Oi, Becka!’

~’ Oi, Lu, quer vir pra minha casa, hoje? Marquei uma social topa?’ – Seria melhor do que me engordar na frente da TV em profundo Tédio, que sentir falta dos meus irmãos, e esta completamente carente.

~ ‘ Não, Becka! Hoje eu prefiro ficar em casa’

~ ‘ Tem certeza? Hoje você não esta carente e no Tédio?’ – Sou completamente previsível, NE?!

~’ Sim, mas não quero. Divirta-se, querida!’ – Desliguei e voltei a atenção pra Tv. Fiquei conversando com Sam pelo Spike. Dormi a tarde toda e não estava com sono na hora certa. Me deitei e fiquei pensando, como as coisas aconteceram rápido na minha vida. A maneira com qual eu me comportava. Dei por mim e já estava tarde. Começou a chover e eu me cobri com o edredom mas quente possível e desliguei o ar. Virei pro lado e pro outro e não conseguia dormir. A chuva para em segundos. Ainda estava ventando frio. O que me fazia ficar com medo. Estava sozinha, com pouca luz no meu quarto e rodeada de perigos do mundo. Ok, exagerei. Me levantei e fui indo em direção as portas. A primeira do meu quarto e a outra a da sala. Pensou mesmo que eu ia ficar sozinha naquela casa?! Não mesmo, dei alguns passos e estava na frente da casa, cujo o dono iria me salvar. Toquei a campanhia, já estava tarde e ele ia ficar uma fera comigo, mas eu não podia ficar sozinha em casa.Dei o segundo toque e pude escutar passos. Acho que a minha cara assustava, fiz a melhor possível e vi a porta se abrir. ‘ Posso dormir com você?’ – Falei quando Arthur abriu a porta. Ele abriu a boca pra falar alguma coisa. Interrompido. ‘Tava dormindo NE?!’

‘É, entra, Lua. Aposto que tá com medo de ficar em casa.’ – Abriu o resto da porta e deu espaço pra eu passar.

‘Não zoa, idiota! Estava sim com medo, algum problema?’ – Sorri falso no meio de casa.

‘Quando você decide me perturbar de madrugada todo problema do mundo.’

‘Não exagere! Quarto de hospedes serve pra mim’

‘Eu deixei?’

‘Deixou, Tanto que vai me levar ate lá.’ – Fui indo em direção a escada com ele atrás de mim.

‘Claro! Não quer que eu espere você dormir?’

‘Não será preciso! Obrigada!’ – Ele abriu a porta do quarto de hospedes. ‘Bella já dormiu?’ – Me virei pra ele, ficando cara a cara, podendo sentir a respiração calma e falha dele. Parecia que meus joelhos não iam aguentar e me levar ao chão, minha respiração? Quem lá pensa em respiração quando o coração tá a 100 por segundo? De repende me via  beijando ele. Com toda calma possível, me encostei na parede sem parar o beijo. Me entreguei e não pensei em mas nada. Nada, nada, nada. Quando parou o beijo fiquei de frente com ele, de novo. Olhei ele bem detalhadamente. Abaixei o olhar e entrei no quarto. Quando eu estava caminhando a cama ele fechou a porta e eu só escutei seus passos ate o seu quarto. Lagrimas vieram, no meu momento fragilidade, eu as deixei caírem. Abracei meus joelhos e abaixei a cabeça, chorei baixo pra ninguém escutar. Depois de me controlar, pensei que ia dormir, mas não consegui. Fui no quarto de Bella, em total silencio. Dormia feito um anjinho, e ocupava a cama inteira. Sim, ia fazer o que você esta pensando. Se estivesse com meu telefone, ligaria pra um daqueles dois. Ia fazer conversarem comigo ate eu dormir. Da próxima vez, eu não vou ficar em casa, sozinha! Fui pro quarto do Arthur, bati na porta pra ele perceber que ia entrar no quarto. Numa Mao estava com o travesseiro, com a outra balancei ele. No outro dia quem ia sofrer era eu. Tudo bem, o que eu não faço pra ter uma noite de sono.? Ele abriu os olhos.

‘Quer dormir aqui, agora?’ – Eu soltei um risinho vergonhoso e afirmei com a cabeça. Ele bufou e deu um espaço pra mim na cama. Eu deitei devagar. ‘Ta confortável, bebe?’ – sussurrei ‘uhum’  É estranho. Um cara que eu não me dou bem . Um cara que eu beijei pra não ficar atrás em relação ao meu ex . Um cara que eu beijei de novo, sem motivo nenhum . E agora eu estou na cama desse cara. Quem me entende?

‘Me abraça?’ – Falei o mas baixo possível. A vergonha tomava conta de mim. Ele bufou de novo e colocou o braço em cima de mim. Oh, ele me entende. Melhor, me conhece. Sabe dos meus medos, das minhas inseguranças, das minhas crises de carência, e estava disposto a não me deixar só. ‘Assim não, de verdade.’ – Choraminguei baixo. Vergonha? Prazer, meu nome é Lua!

‘Como de verdade, Lua?’ – Falou um pouco mas alto que eu.

‘Você sabe como.’ – Minha voz já saiu chorosa. É melhor eu me controlar pra não chorar aqui. Peguei o braço dele e puxei pra mais perto de mim. Eu estava como um bebe. ‘Forte!’ – Assoei querendo controlar meu choro.

‘Ah, não! Você tá chorando?’ – Baixou a voz, sem se mexer.

‘Se você me abraçar bem forte eu prometo que eu não choro.’ – Senti ele vindo mas pra perto de mim, me abraçando, do jeito que eu queria. Forte e de verdade. E nada podia atrapalhar meu sono.

‘Ta bom?’ – Falou serio, mas do jeito que eu conheço as piadinhas dele, ele queria debochar da minha cara.

‘Ótimo! Não se mexe, nem fala mas nada.’ – Fechei os olhos.