Fanfic: No fight, LuAr | Tema: LuAr

            Acordei com um peso em cima de mim. Levantei um pouco do cobertor e vi o braço do Arthur, olhei para trás e ele ainda dormia. A claridade me fazia fechar os olhos, tirei o cobertor, o braço dele e me sentei na cama. Ouvi um suspiro e me virei.

‘Te acordei?’ – Perguntei quando ele abriu os olhos.

‘Você não me deixou dormir?’ – Reclamou e eu ri, me joguei na cama de novo.

‘Por que não?’ Meu irmão nunca reclamou.’ – ele sentou ficando de frente pra mim.

‘Porque você não ficava quieta, ia pra frente, me puxava e eu tinha que ir junto. Seu irmão não reclama porque dorme igual ao uma pedra. Espera, você ainda dorme com ele?’ – eu ri, gargalhei. Não sabia que eu me mexia tanto.

‘Mentira! Durmo sim, qual o problema? Não vou de intrusa’ – Mandei língua e ele riu fraco. ‘Vou pra casa’ – me levantei. A porta foi se abrindo devagar, era Bella. Já vestida e arrumada. Diferente de mim, ainda estava com meu pijama de listras claras.

‘Lua?! O que você tá fazendo aqui?’ – ri da carinha que ela fez ‘Dormiu aqui?’

‘aham, já estou indo., beijo, beijo!’ – passei por ela, abri a porta e fui em direção a escada; ouvi uns gritinhos dela pedindo pra eu voltar e risadas dele. Estranha eu, de pijama indo pra casa, estava descalça. Ótimo, indo pra casa, de pijama e descalça. Sem esquecer, eu nem me olhei no espelho, devo esta linda.

‘Lu, espera!’ – Me virei e vi Bella na escada, toda mimosa. ‘Toma café com a gente’ – Pensei um pouco.

‘.. Pode ser, vou em casa e já volto’ – ela riu e eu fui pra casa. Peguei meu iPhone no meu quarto. Varias chamadas perdidas. Chay, Micael e Naya. Naya é uma das pessoas que eu mais amo. Eu, ela e Jhulie estudamos juntas poucos anos, éramos coladas umas nas outras. Mas, com a minha vida a mil, acabamos nos afastando, isso foi um pouco depois que Jhulie foi embora. Ela é foi quase uma Irma pra mim, trabalha como secretaria. Primeiro liguei pro Chay, depois, pro Mica, nenhum atendeu. Odeio quando isso acontece.

~ Oi, Naya! Só vi a sua ligação agora..

~ Oi, Lu! – Falou animada. – Hoje eu to de folga e queria te encontrar, tem algum compromisso?

~ Agora eu tenho! Vem pra cá hoje?

~ Claro! A tardezinha ..

~ Naya, sabia que a Jhulie vai morar aqui agora?

~ Serio? Pode chama-la também?

~ Chamo! Depois te ligo, beijo!

Desliguei o telefone e fui tomar um banho. Vesti um short preto e uma blusa lilás, peguei o telefone e voltei pra casa do Arthur. Pensei que Isa ia abrir a porta, mas Jhulie abriu. Mas, o que a Jhulie estava fazendo na casa do Arthur? Ela sorriu e me abraçou, nos abraçamos forte.

‘Veio comer aqui também?’ – sorri confirmando, sentamos no sofá e começamos a jogar conversa fora, Bella só ria. Arthur vinha descendo as escadas, Jhulie correu pra abraçar ele. Intimidade reinando. ‘Bom dia, Thur!’ – ela falou outra coisa mas baixo, tipo ‘ Depois’.

‘Lua, que prazer você por aqui!’ – Sorri falso, Bella levantou me puxando pra mesa. Foi terrivelmente terrível! Tudo entre risos. Tentei ser o mas simpática possível. Mas, tinha alguma coisa me incomodando.

‘Então, Naya tá de volta?’ – Jhulie falava no sofá.

‘Não, você tá de volta, a gente vai matar a saudade’ – rimos e ela me agarrou.

‘ Então, essas duas se conhecem?!’ – ele sentou junto com a gente.

‘a muito tempo, a Lu é a Irma que eu não tive. – falou agarrada ao meu pescoço.

‘Coitada de você!’ – fiz careta e joguei a almofada nele.

‘Parem, eu quero meus melhores amigos, amigos’

‘Impossível! Essa coisa não deixa ninguém em paz!’ – mandei língua pra ele e ele mandou de volta.

‘Gente, vocês tem que me ajudar!’ – falou manhosa ‘Meu casamento tá em crise!’

‘Cuidado, hein? Não vai deixar o Di solteiro!’ – ri. De novo, jogamos conversa fora, sobre tudo. Fui me arrumar para o encontro com Naya e Jhulie. Vesti um básico, short, blusa grande, cinto e uma sapatilha. Escutei a Campanhia e desci pra abrir a porta. Jhulie chegou primeiro, com uma cara vermelha, provavelmente, mas uma DR com o bonitão, digo, Diego. Ela me abraçou e perguntou de Naya. ‘Já deve esta chegando. Tão bom reencontrar vocês’ – Sorri e abracei ela pelo pescoço, levando-a ate o sofá. Depois que Naya chegou conversamos ate tarde e marcamos ir a um pub na noite seguinte. Fui ate o meu quarto e peguei uns pares de roupa. É extremamente claro que eu iria dormir, de novo, na casa dele. Toquei a campanhia e a empregada Mary veio abrir, me joguei no sofá. Ouvi uns passos apressados, olhei pra escada, vi Arthur com uma cara brava. ‘Que foi?’

‘Isa, tá amarela de dor e eu não sei mas o que fazer!’ – me levantei pasma. Ele estava esbanjando preocupação.

‘Dor? O-onde ela tá?’

‘no quarto’ – Ele apontou pra escada e ela estava realmente amarela.

‘Bella?’ – Ela olhou pra mim, me aproximei dela, sentei na cama. ‘Ta sentindo o que?’

‘Muita dor..’ – Ela suspirou  ‘Mas daqui a pouco passa’ – Ela parecia fraca e falava baixinho. ‘Vai dormir aqui de novo?’

‘Vou.. ‘ – Sorri fraco. ‘Vou pegar um remédio pra você, tá?’ – Sorriu, dei um beijo nela e voltei pra sala. ‘Arthur, onde tem remédio?’

‘Lá, deixa eu mostrar’ – deixei ele passar na minha frente. Ele tava procurando um remédio pra dor. Quando dei por mim, já estava beijando ele. Bem mas intenso do que os outros. Ele estava com a Mao na minha cintura e eu nos cabelos.

‘Po-por que.. Isso tá acontecendo?’ – Perguntei me recuperando.

‘Eu.. não sei..’ – ele se virou. Essa pergunta estava se repetindo na minha cabeça, tanto que eu não me aguentei e acabei perguntando. Idiota! Suspirei.

‘Quem sabe?’ – minha voz saiu baixa. Ele olhou pra mim.

‘Sei lá, Lua!’ – ele aumentou a voz e foi indo em direção a sala.

‘Arthur, tenha paciência!’ – Caminhei também ate a sala.

‘Em que, Lua?’ – Ele aumentou a voz de novo.

‘Será que dá pra você não gritar?’ – Também aumentei a voz.

‘Não! Eu não sei o que tá acontecendo, eu não sei de nada! Tá bom pra você?’ – Ele gritava, eu nem sabia o que fazer, o que falar. Juro que não precisa disso.

‘Para com isso, eu to bem aqui, não precisa gritar!’  - Falei calma ‘eu só perguntei, não precisa disso!’ – me alterei um pouco, já estava gritando. ‘Idiota!’ – Fui indo pra casa. Bati a porta, a vontade que eu tinha era enfiar minha cabeça em qualquer lugar e só sair 20 anos depois, se eu não fosse tão medrosa, juro que faria isso!

‘Lua! Espera!’ – Ele me puxou pelo braço e me fez virar pra ele. ‘Eu não queria, quis, gritar com você..’ – ele se embaralhou.

‘Mas gritou!’ – Puxei meu braço e o cruzei. Estava com raiva. Ele me puxou, fiquei colada com ele. A respiração estava pesando, minhas pernas parecem ter algum tipo de ligação com o chão. De repente nós já estávamos nos beijando de novo. Dessa vez, mas calmo. E eu poderia dizer paixão. Minhas mãos ‘Queriam’ empurra-lo, mas outra coisa queira que eu ficasse ali, por tempo indeterminado.

‘Dessa vez não pergunta nada, tá?’ – Bati no peito dele sorrindo fraco, enquanto ele segurava minha cintura.

‘Seu besta! Pensa que é só assim? Esta muito enganado!’ – Falei calma, parece que O beijo me deixa leve leve.

‘O quer que eu faça?’ – Deu um sorriso sínico.

‘Me deve desculpas! Aí sim, vai ficar tudo bem, na medida do possível’ – ressaltei.

‘Se eu te pedir desculpas, que bem é esse?’ – ele ainda sorria, ai como eu odeio sorrisos sarcásticos.

‘Isso você pode me dizer... agora tira esse sorriso do seu rosto’

‘A gente precisa ter uma conversa seria..’