Fanfic: No fight, LuAr | Tema: LuAr

‘Então, você não quer conversar?’ – Neguei com a cabeça apreensiva. Depois de da remédio para Bella, sentamos na poltrona perto do sofá. Certo, a gente de uma precisava de uma conversa. Seria! Mais, meu medo não me deixa conversar seria. Medo do que ele vai dizer, medo do que eu quero, medo do que eu sinto. É tudo confuso demais pra mim. Eu deveria agir como uma adulta, centrada, não a adolescente medrosa que eu me tornei. Pode ser que o Chay tenha razão em me proteger de tudo. Acho que eu não iria conseguir sozinha. Será que eu nunca vou crescer? Entender que eu tenho que assumir meus próprios atos, medos e decisões?! Mas parece que eu sou uma criança. Insegura. E como sempre medrosa. ‘E porque não?’

‘Porque eu não quero conversa, Arthur!’ – ele me encarou.

‘Mas você sabe que a gente precisa!’ – Continuava falando calmo, não sei por quanto tempo.

‘Sei’ – Suspirei. ‘a gente nem começou a conversar e já está brigando.’ – me levantei. Já começara a roer as poucas unhas que me restam.

‘a gente não tá brigando.. A gente tá..’ – Levantou também.

‘Brigando! Assume de uma vez!’ – Falei mais alto e bati as mãos nas pernas.

‘Sinceramente! Não dá pra conversar com você!’ – Se jogou no sofá.

‘Tá, e se eu dissesse que nós poderíamos conversar.. Você ia dizer isso também?’

‘Sabe porque você não quer conversar? Porque você tá com medo, assume!’ – Ele aumentou a voz. Sentei vencida.

‘eu sei, só não precisa estampar na minha cara, né?!’ – Falei baixo. Sempre me dá vergonha nesses momentos. Mas, nisso eu estou com razão.

‘Eu não sei do que tanto você tem medo. Ninguém é um bicho, não, Lua.’ – Continuou com o mesmo tom de voz.

‘Para de falar assim comigo!’

‘Você precisa de um choque de realidade!’

‘Arthur, eu já pedi pra você parar! Eu sei de tudo isso. Sei que eu tenho medo, insegurança, tudo. Só não preciso que me digam isso. Eu estou indo pra casa.’ – Me levantei, indo ate a porta.

‘Você não vai, não. Você vai ficar aqui.’ – Me puxou pelo braço me fazendo ficar de frente pra ele

‘Você não é meu pai e nem vai me obrigar a ficar aqui.’ – Bati o pé, faço isso quando estou com raiva ou irritada. As duas opções no momento.

‘Para de ser criança!’

‘Eu não sou sua filha. Sei muito bem me cuidar sozinha.’

‘Tanto que tá aqui!’

‘Arthur, eu estou me segurando pra não começar a gritar.’

‘Faz o que você quiser!’ – Soltou o meu braço

‘Tchau, Aguiar!’ – me virei, novamente. Estava completamente irritada!

‘Lua, não vai.’ – Ouvi aquela vozinha conhecida, me virei.

‘Isa..’

‘Não dá desculpa, fica!’ – se aproximou de mim, quase chorando. Como ela tão linda poderia ser filha dele?

‘Você não tem motivo pra ir.. Escuta e não vai.’

‘Bella, você já ouviu tudo, né?! Então, não complica, por favor! ‘

‘Eu não entendi o motivo, dessa vez. Nunca entendo, pra ser sincera. Dois adultos, que têm tudo pra se entender, só vivem brigando. Grande exemplo, hein?! Estão de parabéns!

‘Ela que..’

‘Não coloca a culpa em mim!’ – o interrompi gritando.

‘Pelo visto a tarefa vai ser difícil, né?! Podem começar a pedir desculpas!’

‘Isabella, para com isso!’ – Me abaixei um pouco pra ficar da altura dela. Meu lado materno me impediu de ser grossa.

‘Para de falar como se eu fosse uma criança!’ – Abri meus olhos, assustada. O jeito que ela falou foi fofo. Odeio quando me tratam feito criança.

‘Isabella, fala direito com ela’ – Foi grosso, ela permaneceu de braços cruzados e seria.

‘Pai, o Senhor não esta com direito de exigir nada. Agora, tratem de fazer as pazes.’ – Me puxou pela mão até o meio da sala, onde estava Arthur. ‘Pai, você começa!’ – Isabella pirou em pensar que o senhor Aguiar iria pedir des..

‘Desculpa!’ – O que? Serio que ele pediu? Hoje, realmente estava me surpreendendo.

‘Eu não aceito!’ – Não ousei encara-los. Mas deviam estar querendo me engolir.

‘É claro que aceita, deixa de birra!’ – Bella me virou, encarei Arthur, com os olhos virados em mim. Ele não expressava nenhuma raiva ou qualquer coisa. Por um momento, ele pareceu não sentir nada.

‘Está bem, eu aceito.’ – Me rendi e Bella deu pulinhos de alegria.

‘Ótimo, agora deem as mãos.’

‘Ah, Isa já está ótimo!’

‘Se reclamarem, vou pedir um abraço.’ – Não pensei duas vezes e estendi a mao pra ele. `Pensou em recusar, acho, mas, me deu a mao bufando.

‘Eba! Agora, vou pedir pra Mary fazer um jantar especial!’ – Ela saiu, eu e Arthur continuávamos nos encarando e de mãos dadas.

‘Dois teimosos.’ – Não segurei e soltei um riso, controlado.

‘Uma teimosa!’ – Ele soltou minha mao indo sentar.

‘Ah, Arthur, releva, vai. Eu não preciso de lição de moral.’ – Me sentei junto a ele, de frente um pro outro.

‘eu sei, precisa de carinho, amor, e atenção como toda mulher, acertei?’ – Ri da cara lisa dele.

‘ãh.. Resposta incompleta!’

‘Tá, assume de uma vez que nenhuma mulher sabe.’ – Falou com a mesma tranquilidade de sempre. Me aproximei dele.

‘Errado, meu caro. Toda mulher sabe o que quer..’ – Estava sentindo a respiração dele. Eu sabia o que eu queria naquele momento. O beijo dele e esquecer tudo. E foi o que aconteceu. Parece que não existia mais nada além de nós dois. Aquela sala. O final perfeito para um filme. O Filme!