Fanfic: Ela é o meu cara! | Tema: Tokio Hotel

Meu irmão resolveu ir para Los Angeles quando completamos 18 anos, o sonho dele era ser maquiador das celebridades de Hollywood. Nossos pais nunca se conformaram pelo fato de Seamus ser gay, confesso que quando ele me contou fiquei um pouco cabreira, mas ele era meu mano, sempre fazíamos tudo juntos, sem contar que desconfiava... Afinal não é normal um irmão debater as roupas dos carinhas que desfilam no shopping, hauhauhuahau. Sempre admirei a coragem do Sê, ele foi morar com uns amigos que conhecera na internet, coisa receio eu que nunca faria. Agora, em L.A eu o visitava todos os fins de semana, principalmente agora que ele havia feito uma pequena cirurgia plástica no rosto, precisava de cuidados.

- Annezinha, você, você nem... Sabe – Ele falava com tanto entusiasmo que eu não estava entendendo nada.- Me ligou, me ligou... O empresário da banda, a melhor banda do século quiçá do milênio, vou ser o maquiador do vocalista, o cara que você...você considera o mais hot de toda L.A, o mais cobiçado....
Enquanto Seamus delirava, e me contava aos poucos quem seria o felizardo, a descrição não me fazia pensar em outra pessoa senão....
- Sim, Anne, é esse mesmo que você está pensando, cara é ele, o próprio Bill Kaulitz!!!
- Yuru!– Nós dois fizemos um coral, sinto que todos do bairro escutaram nossos gritos de glória, pulamos, nos abraçamos, tudo isso com muito choro. Nossa emoção era impossível de controlar...
Você deve estar se perguntando o porquê de tanta exaltação acertei? Ocultei um pequeno detalhe da minha vida. Meu irmão e eu nascemos no ano de 1989, tínhamos 16 quando escutamos Durch Den Monsun pela primeira vez, não preciso nem dizer que após esse acontecimento nós dois viramos exímios fãs do Tokio Hotel, meu mano se amarrou no Tom, que a meu ver parecia frio demais... E graças a Deus, quem arrematou o meu coração fora o vocalista, que além da voz até as feições pareciam sensíveis... - ah, suspiros.

Depois de ao menos 15 minutos de escândalos, nos sentamos, tomamos uma jarra de água cada um. Seamus agora parecia preocupado com alguma coisa.
- O que foi Sê, você parece exótico! – Meu tom era de brincadeira, quem sabe ele se animava novamente.
- Mana, está certo que eles são os nossos ídolos, e são famosos, mas porque isso só aconteceu agora? Quando estou com essa cara inchada da cirurgia! Além disso, lembra que o médico disse? Eu não posso me afastar de L.A....
Seamus teve uma complicação durante a cirurgia, digamos que a clínica não era muito confiável e agora, toda ele tinha que se consultar semanalmente com o Dr. Julian, afim de precaver alguma infecção.
- Meu Deus, sê.....Essa é a sua chance de tornar-se famoso!
ele estava muito tenso...
- Mana, eu não posso aparecer na frente dos holofotes com essa cara de Chuck – O boneco assassino. Mas...- Sê estava começando a se iluminar, caso eu não estivesse sóbria não poderia acreditar em tamanha felicidade, ele não é muito de sorrir sabe!
- Sê, você está sorrindo demais, a única vez que você ficou assim foi quando eu fingir ser você e fiz a sua prova de geometria...Não, Não.....
- Isso, isso, sim, você é super maninha!!! Anne será Seamus!! – Ele estava feliz novamente, era como se tivesse descoberto a cura do câncer, ao menos o câncer dele não é?
Fiquei incrédula.
- Seamus como posso lhe dizer isso...
Eu sou mulher, e você apesar da preferência por homens é um cara, você tem uma
estrutura corpórea mais trabalhada e definitivamente você não tem busto como eu! Sem contar o menor detalhe de todos... Eu não sou maquiadora! – Falei de uma só vez, para mim ele tiraria aquele sorriso do rosto, todavia ele não o fez.
-Anne, eu dou um jeito nas suas roupas, colocarei um paninho nos seus seios. E com certeza te darei um intensivo curso de maquiador! Viu? É tudo uma questão de reflexão, aliás, quando nós queremos, nós conseguimos.
Meu irmão estava possuído, ele nunca fora tão otimista, talvez seja o fato de ser a banda dos nossos sonhos. Ele não desistiria. E eu pensando bem, tocaria a pele, os lábios e os olhos do Bill, como nenhuma outra menina conseguira, era impossível ser racional agora...
- Topa maninha? – Ele sabia a minha resposta, afinal eu estava sorrindo e com aquele olhar vidrado, isso só de pensar no Bill...
- Sim, definitivamente, mil vezes, sim! – Se fosse uma rádionovela, as pessoas pensariam que eu estava dizendo aquele “sim” de casamento....mas não era, ao menos não por enquanto.