Fanfic: What Happened ? | Tema: One Direction.

Abri os olhos e os esfreguei. Fazia um frio terrível em Londres. Levantei da cama e olhei para os lados, procurando por Zayn, que não estava mais ali. Peguei dois cobertores e coloquei por cima dos meus ombros tentando me aquecer. Olhei no relógio e me assustei. Já eram 18:00h, e eu nem voltei ao trabalho.

– ZAYN! – Gritei, tentando achá-lo.

– Estou aqui! – Ele gritou em resposta.

Segui sua voz e o achei na cozinha. Ele estava com uma pizza nas mãos, e me ofereceu.

– Zayn, eu deveria estar no trabalho! – Gritei, ainda perturbada com a situação.

– Está tudo bem, eu liguei pra lá assim que você dormiu. Pedi que você faltasse hoje por causa de assuntos pessoais, e seu chefe disse que estava tudo bem, e que seria bom que você tirasse férias, já que você está trabalhando a um pouco mais de um ano e nunca tirou férias. Então eu disse que você ia tirar férias e ele concordou, ou seja, você está de férias, LayHay. – Ele sorriu.

– VOCÊ ESTÁ LOUCO? – Eu ia continuar surtando, mas ele me interrompeu.

– Layze, lembra do que eu disse? Não vou deixar você ser rabugenta comigo! Sou como seu irmão mais velho agora, entendeu? – Ele riu. – Agora vá comer pizza.

Eu ri. Estava realmente me divertindo com Zayn. “Perrie tem sorte”, pensei. Eu via o Zayn como um irmão, e só isso, nada mais. Era bom ter um amigo, já que eu nunca tive um. Sempre foi só eu e a Nat, e depois que viemos de Sugar Land pra Londres tentar juntar dinheiro pra faculdade de jornalismo, foi muito mais difícil fazer amizades. Os meninos realmente estão sendo importantes pra mim.

Eu comia minha pizza na janela, observando Londres em si. As pessoas, sempre andando com aqueles casacos, algumas caminhando rapidamente, outras devagar, na companhia de outras pessoas. Olhei para o outro lado da rua e vi que não tinha muita gente naquele parque. Coloquei um casaco de couro e minha touca preta e resolvi ir lá.

– Onde você pensa que vai, senhorita Haynes? – Natallie me repreendeu.

– Quero ir naquela praça, em frente ao prédio. Preciso fazer alguma coisa, estou no tédio. E Nat, você tem que tirar férias, por favor. Não quero ficar sozinha em casa de manhã, já que Zayn fez o favor de pedir férias pro meu chefe. – Sorri.

– Tudo bem Layze, vou ligar pra lá e pedir férias. Agora vai logo na praça, e volta cedo tá? Já está escuro. –Ela olhou pro céu pela janela. Sorri ao ver o jeito que ela me trata, e comparei ao de Zayn. Daqui a pouco eu estaria os chamando de “mamãe” e “papai”. E por incrível que pareça, eu não me irritava com os dois por isso.

Caminhei calmamente até chegar na pracinha, e sentei em um banco em baixo de uma árvore. Observei um pouco o lugar. Era monótono, calmo. Tinha uma iluminação fraca, mas não chegava a dar medo. Era um lugar que você se sentia em paz, e por isso eu estava ali. Notei alguém me observar, e olhei para os lados tentando achar quem estava ali, até que vi alguns cachos escondidos atrás de uma árvore, se é que me entendem. Sorri involuntariamente ao ver que Harry tentava se esconder e me observar ao mesmo tempo.

– Você já pode sair daí, Harry. – Gritei para ele poder ouvir.  Pude ouvir sua risada se aproximar.

– Oi. – Ele sentou do meu lado, um pouco sem graça. – Como você está?

– Bem. – Dei de ombros. – Sinto muito pelo que aconteceu mais cedo, eu estava sendo dramática demais.

– Então somos dois. – Ele riu. – Acho que me empolguei um pouco. Layze, quando disse que amo você... Talvez seja verdade, eu ainda não sei, sinto muito.

– Harry. – Eu o fitei. – Lembra quando recomeçamos daquela vez? O que você acha de fazermos o mesmo agora?

– Seria ótimo. – Harry assentiu e me abraçou. – Então... Amigos?

– Só amigos. – Respondi com um sorriso no rosto.

Ficamos conversando, na verdade falando baboseiras, e rindo muito. Percebi o quanto Harry era um bom amigo. Falei alguma coisa idiota que fez ele rir e se aproximar do meu pescoço, me fazendo arrepiar. Ele percebeu e chegou mais perto, e agora beijando meu pescoço.

– Harry... – Sussurrei de olhos fechados.

– O que? – Ele sussurrou entre os beijos que dava em meu pescoço, me fazendo arrepiar por sentir seu hálito quente em contato com minha pele.

–Harry, não devíamos... – Eu o empurrei de leve, fazendo ele se afastar do meu pescoço.

– Layze, eu não consigo! Sinto muito. – Ele riu.

– Só amigos, lembra? – Mordi os lábios.

–Hm, e o que... O que você acha de uma amizade colorida? Seria bom pra nós dois... – Ele sussurrou e encostou sua testa na minha, fazendo nossa respiração se misturar.

– Você é maluco. – Eu ri. – Mas eu também sou, então, por mim tudo bem.

Harry sorriu radiante e me puxou pra em longo beijo.