Fanfic: What Happened ? | Tema: One Direction.

Eu não sabia o que ia fazer, só queria chamar a atenção de Harry. Eu sabia que estava errada e que estava agindo por impulso e como uma criança, mas eu não me importava, ele havia despertado uma coisa que eu não sentia a anos: Ciúmes. E eu odiava saber que estava com ciúmes dele, até porque ficou bem claro que teríamos só uma amizade "colorida". Eu odiava sentir coisas, literalmente, e culpo meu passado por isso. Não é à toa que resolvi vir pra Londres, e também não é à toa que eu sou tão fria, grossa e sarcástica. O fato é que eu não gosto de me apegar as pessoas pra que o que aconteceu não se repita. Nat sempre diz que isso é um trauma e que eu deveria ir ao psicólogo, e talvez ela esteja certa, mas meu orgulho fala mais alto.

Dancei feito uma louca já que eu estava tentando chamar atenção, e quando olhei pro lado, vi que Harry estava se aproximando, então eu simplesmente virei pro outro lado e beijei o primeiro garoto que eu vi. Dois segundos depois uma garota pulou em cima de mim e começou a puxar meu cabelo.

– SUA VADIA, POR QUE VOCÊ ESTÁ BEIJANDO O MEU NAMORADO? – Ela gritou e tentou bater no meu rosto, mas seu namorado a segurou com força e sussurrou alguma coisa em seu ouvido que fez com que ela se acalmasse. Eu estava chorando de vergonha e de ódio de mim mesma. A que ponto eu cheguei! Beijar namorado alheio só pra se "vingar"?! Por favor, eu não sou uma vadia, eu deveria ter dignidade. Era tudo culpa do Harry, ele estava virando minha mente de cabeça pra baixo. Zayn e Liam apareceram do meu lado. Zayn me abraçou e Liam pediu desculpas ao casal. Eles me levaram até uma mesa em que Louis e sua namorada, Eleanor, estavam sentados.

– Vocé está bem? - Liam perguntou.

– Sim... Por favor, me levem pra casa. – Baixei a cabeça.

– Harry vai levar você. – Louis disse.

– Ele não, por favor! Eu trouxe dinheiro, posso pegar um Taxi.

– Layze, vai com o Harry, sim? Vai ficar tudo bem. – Zayn me puxou pra perto e me abraçou.

– Vamos? – Harry chegou por trás e tocou em meus ombros. Eu não disse nada, apenas assenti e o segui no meio da multidão.

Chegamos no estacionamento, entramos no carro e não trocamos uma palavra. Sempre que podia, Harry ficava me olhando e eu fingia que não percebia.

– Por que você fez aquilo? – Assim que chegamos em frente do meu prédio, Harry finalmente quebrou o silêncio.

– Boa noite, Harry. – Tentei sair do carro, mas Harry havia travado as portas.

– Vou perguntar novamente: Por que você fez aquilo? – Ele mantinha a voz firme, sem mesmo hesitar.

– Eu não te devo absolutamente nem uma explicação. Por favor, me deixe ir. – Implorei.

– Layze... – Ele hesitou. Parecia magoado.

– Harry... – Mostrei que estava magoada do mesmo jeito.

– Amanhã eu passo aqui pra conversarmos melhor. – Ele murmurou e destravou a porta do carro. Desci depressa e nem olhei pra trás. Assim que cheguei em meu apartamento, fui direto pro meu quarto e me joguei na cama, e dormi imediatamente.

[...]

– LayHay, você tem visita. – Natallie me acordou. Assim que abri meus olhos, notei que ela estava péssima, provavelmente de ressaca. Seu rosto estava pálido de tanto vomitar e ela mantinha seus olhos um pouco fechados, como se a luz fosse agredi-los de alguma forma. Me levantei e caminhei até a sala, curiosa pra saber quem era. Quando vi Harry, tive vontade de voltar pra cama.

– Precisamos conversar. – Ele disse olhando diretamente pra Nat, que ainda não tinha entendido a indireta. - Em particular. – Harry deu ênfase ao “particular”.

– Ah, tudo bem, eu já ia sair mesmo, preciso de cafeína. – Nat riu, pegou a bolsa e saiu.

Harry voltou seu olhar pra mim.

– Você não respondeu minha pergunta ontem.

– Tecnicamente, a pergunta não foi feita ontem e sim hoje, já que você perguntou isso perto das 3:00h da manhã. – Embromei.

– Que seja. Agora responde Layze Michelle Haynes, por que você fez aquilo? – Ele parecia sério.

– Espera, como você sabe meu nome do meio?

– Tenho minhas fontes. – Ele sorriu.

– Interessante.

– Espera, você está mudando de assunto!

– Oh, claro que não! - Falei dramaticamente. – Mas você é idiota e se deixa levar por outros assuntos. É fácil enrolar você.

– LAYZE, VOCÊ ME IRRITA. CUSTA RESPONDER A MALDITA PERGUNTA? – Harry gritou irritado.

– CUSTA ENTENDER QUE EU NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO? – Gritei em resposta.

– POR QUE VOCÊ SEMPRE FOGE, LAYZE?

– PORQUE TALVEZ EU NÃO QUEIRA ENCARAR A VERDADE. – Respondi.

– EU ODEIO VOCÊ. – Ele chegou bem perto.

– NÃO, EU QUE ODEIO VOCÊ! – Cheguei mais perto ainda, fazendo com que estivessemos a poucos centímetros de distância. Nós trocavamos olhares e depois a encarávamos a boca um do outro. Harry me segurou nos braços e me puxou pra mais perto, fazendo nossos corpos ficarem colados, e pude sentir o calor do seu corpo. Dois segundos depois, nós já estávamos nos beijando no meio da sala de estar.