Fanfic: 1Diamond - Harry Styles | Tema: One Direction, Harry Styles, drama, estupro e violência
Notas do capítulo
✶ Não tem partes com sexo, mas contém auto-mutilação e drama
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E lá estava eu, no hospital, esperando a notícia que eu temia, esperando a notícia que eu já sabia que viria logo. Eu estava sozinha, desesperada e cortada, resumindo: aos prantos. Tudo me levava a crer que eu não saíria de lá tão bem. Eu estava perdida em um mar de pensamentos, quando fui chamada por uma voz delicada e feminina.
" Alice Azevedo, é você?" - me tocou aos ombros.
" Sim, sou eu" - respondi saindo de transe.
" O doutor Rômulo te espera na sala dele" - sorriu sem mostrar os dentes.
Então lá fui eu, parei na sala 401, e abaixei a cabeça, sabendo que eu poderia encontrar lá minha mãe morta e deixei escorrer uma lágrima, até que bati na porta, afinal uma hora ou outra eu deveria encarar a verdade.
Rômulo a abriu com uma face sem expressão alguma , e pediu para eu sentar. A primeira coisa que fiz assim que pisei naquela sala foi olhar pro lado. Me deparei com uma cena terrível aos olhos de uma filha: Minha mãe estava toda entubada, com a cabeça enfaixada e pelo que percebi, respirando, com muita dificuldade... E isso ainda com ajuda de aparelhos.
Eu já não estava bem, na verdade eu estava muito mal, a unica coisa que fiz foi chorar. E o Rômulo olhava pra mim sem dizer uma palavra, me esperando acabar o choro.
– O que foi, doutor?- olhei para ele com as vistas ainda com lagrima.
– Sua mãe já está assim faz uns três meses e meio, e o maximo permitido nesse hospital é ficarmos com um paciente moribundo por quatro meses. Teremos que desligar os aparelhos, e temos que pedir a sua autorização.
– Eu tenho opção?
– Na verdade de qualquer jeito vamos desligar, você foi o primeiro contato que tivemos. Mas sem a sua autorização, vamos ter que pedir para os familiares.
– Eu posso falar com ela antes?
– Ela ouvirá, mas não responderá e muito menos intenderá.
– Eu só perguntei se posso falar com ela, não perguntei sobre ela entender ou não. - respondi seca
– sendo assim, pode.
Me aproximei da cama, e olhei para ela. Seus olhos estavam abertos, aqueles lindos olhos verdes que iriam fechar depois de um curto período.
– Nos dá licença? - Pedi ao médico, e ele nos deu, pedindo para que eu ficasse pouco tempo lá.
–Mãe, eu te amo. E sempre te amarei. Me perdoa - segurei em suas mãos pálidas- por tudo de errado que eu fiz?- me derrubei a chorar novamente - Mãe, eu errei com você, e você errou comigo. Mas vamos esquecer isso? Eu te amo, e eu nunca vou te esquecer - beijei sua testa.
Assim que eu levantei do beijo eu vi uma lágrima escorrendo de seu rosto.Definitivamente, aquilo mexeu comigo. Ela havia entendido e não podia me responder, era angustiante.E em seguida ela mexeu com muita dificuldade, as mãos, apertando-as nas minhas.Aquilo soou como um " eu também te amo, e eu te perdoô" Fiquei a admirando e chorando por um tempo, até que fui interrompida pelo médico, que se aproximou da cama.
– Vai assinar a autorização? - ele perguntou
– Não. - respondi dolorida psicológicamente.
– Então pode se retirar.
Deu tempo apenas de eu falar mais uma vez " te amo " e beija-la com um estalinho na boca, assim como costumávamos fazer quando eu era pequena.
Autor(a): harrymyyummi
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