Fanfic: If All My Dreams Come True | Tema: One Direction
Acordei duas horas antes do pouso. Durante o sono eu havia criado um sentimento renovado, estava chegando! Creio que se não fosse pelo aviso das aeromoças que iriam servir um lanchinho, eu não teria acordado, não mesmo. – Pão com queijo e presunto ou pão de queijo, senhorita? – perguntou-me a aeromoça. – Oi, eu quero pão de queijo, afinal, ficarei um bom tempo sem o sabor do Brasil. – ri de leve e a aeromoça me acompanhou na pequena risada. – O que quer tomar? Suco de laranja ou de manga? – Sem querer abusar muito... posso tomar guaraná? Já deve saber o motivo por eu querer guaraná. – Sei sim – ela riu de leve, novamente. - Já trago seu guaraná, senhorita. – Obrigada! Ela trouxera-me o guaraná e tomei como se fossem o último guaraná existente na Terra. Não sei se era eu, mas foi a bebida gaseificada mais gostosa que eu já tomara. Depois disso pegara minha caderneta onde mantinha todos os meus sonhos e desejos escritos e com orgulho risquei o item “conhecer Londres”. Logo depois o comandante de bordo anunciou que em meia hora pousaríamos no Heathrow Airport, falou que a temperatura média do destino era 18ºC e que estava ventando frio. Levantei correndo da poltrona e fui vestir minha roupa reserva e fazer uma nova maquiagem, não poderia pousar com cara de quem chorou a noite toda na cidade dos meus sonhos. Entrei no minúsculo banheiro com a minha mochila que carregava tudo o que eu precisava. Troquei de roupa correndo, escovei os dentes, penteei o cabelo e fiz a maquiagem. Olhava no relógio a cada um minuto, o tempo parecia não passar.
Voltei para meu assento, peguei as revistas no bolso canguru da poltrona da frente e comecei a folha-las, tentando manter-me calma. Não funcionou muito. O nervosismo continuava. Até que... "Senhores passageiros dentro de cinco minutos pousaremos no Heathrow Airport. São em torno de 20h. Pedimos a todos que sentem-se, coloquem os cintos, regulem suas poltronas para a posição vertical e aguardem sentados até a nave pare completamente. Obrigado por voar com a TAM!" Meu coração começou a bater mais forte. Será que Patricia tinha filhos? Será que ela seria legal? Será que Londres era realmente o que eu pensava? Será que os ingleses me aceitariam bem? Será que eu conheceria algum famoso? Ah, eu ia explodir com tantos pensamentos na cabeça. O avião começou a descer devagar e quando aterrizou, a vontade que eu tinha era pular para fora e beijar o solo inglês. Uma vontade meio fora da casinha, mas vindo de mim... qualquer coisa é possível. A aterrissagem foi tranquila, desembarquei no gate 07. Peguei minhas malas e fui em direção ao portão de saída. Lá estava Patricia Malik, só a reconheci por causa da plaquinha que carregava meu nome, com uma letra realmente incrível. Patricia estava com um garoto, julguei ser seu filho, que mantinha a cabeça baixa com um gorro, parece que o menino tentava esconder-se. Estaria ele envergonhado por sua mãe ter aceitado uma intercambista em casa? Fui em direção à eles e a chamei pelo nome. – Olá! Senhora Malik? – Eu disse, em inglês, claro. – Sim, eu mesma. Patricia Malik. Você é a Emily? Seja bem vinda, querida. – Ela disse-me parecendo ser uma pessoa simpática. Ela era bonita. – Sim senhora. – Por favor, Emily, não me chame de senhora. Chame-me de Trisha. Senhora soa muito, como posso dizer... – Velha? Mamãe aceite que não será jovem para sempre. É super educado o tratamento de senhora. – Querido... Você sabe que eu não gosto que pessoas que tem ou, no caso de Emily, terão intimidade comigo chamem-me de senhora. – Tudo bem, mamãe, tudo bem. – Eu estava com um sorriso meio bobo, queria sair logo desse aeroporto, mas não disse nada. – Ah, Emily querida, me desculpe, esqueci de apresentar o mala ao meu lado. Esse é meu filho Zayn. – Eu estava certa, ele era mesmo seu filho, não tinha visto seu roto ainda, mas eles tinham algo em comum, talvez o senso de humor ou talvez fossem parecidos fisicamente. Trisha parecia ter mania de falar querida/querido. – Oi Zayn. Como vai? – Oi Mi, posso te chamar assim? Vou bem e você? Seja bem vinda. – Quando disse isso, olhou-me sem erquer muito a cabeça e deu um sorriso que, sem brincadeira, foi o mais lindo que eu já vira nos meus 16 anos. – Sim, pode me chamar de Mi. Estou bem! Obrigada. – Fui breve pois parecia que Zayn não queria muito bater papo. – Zayn, seja cavalheiro e leve as malas de Emily, guie-a em direção ao carro enquanto pago o estacionamento. – Trisha disse. – Sim, mamãe. A senhora só está esquecendo de algo... – O que, meu filho? – A chave do carro, quer que eu abra o carro como? Com telepatia? Não sou mutante ainda. – Ainda. Acho que seria bom você treinar seus poderes. – Ela lhe entregou a chave do carro. Zayn e eu viramos a direita e Patricia foi em direção ao caixa. Fomos quietos até o carro, eu já admirava o estilo de vida inglês, era bem diferente do brasileiro e parecia que tudo era perfeitamente correto como nunca seria no Brasil. Chegamos ao carro, Zayn pediu para eu entrar e me acomodar. Fiz o que ele falou. Ele colocou a bagagem no porta-malas e entrou no carro. Assim, que entrou, seu celular tocou, seu toque era uma música que, para mim, era desconhecida, ele pareceu feliz com a música e começou a cantar. Cantava como um anjo. – Não vai atender? – Eu disse, depois me culpei por isso. Devia ter deixado-o cantando com sua voz angelical. – Ah, obrigado, toda vez que meu celular toca eu me distraio com a voz linda dos cantores, meus amigos e eu, e muitas vezes esqueço de atender a ligação. – MEUS AMIGOS E EU? Como assim? Zayn era famoso na Inglaterra? Agora tudo fazia sentindo. Sua cabeça abaixada, o gorro, monossílabos. Mal cheguei em Londres e já riscaria outro item do meu caderno, não podia acreditar. Ele atendeu o telefone. – Já estou no carro. Logo vou para casa, acho que ninguém me reconheceu, Hazza. Depois a gente conversa, tá? – Zayn respondeu para a pessoa no telefone. – Beijos, gato, também te amo. – Ele era gay? A pessoa no telefone era seu namorado? Eram tantas perguntas que tinha em mente, mas agora não era hora para obter as respostas. Trisha entrara no carro. – Droga Zayn! Me reconheceram agora na saída, tive que tirar foto com duas meninas, disse para o resto delas que se aproximavam que estava com pressa. Elas me perguntaram de você e eu disse que estava com os meninos em... não sei aonde. – Ainda bem que não me reconheceram né, eu não poderia dar uma desculpa assim para elas e não ia conseguir sair tão rápido da confusão. – Eu estava tremendo no banco traseiro Zayn e seus amigos eram famosos. Ah! Será que meus pais sabiam disso quando assinaram as papeladas na agência? Provavelmente não. – Nossa! Já são 21h, suas irmãs devem estar morrendo de fome e eu não estou afim de fazer jantar. Vou passar num fast-food, tudo bem para você, Emily? – Sim senho... quer dizer, Trisha. – Zayn riu. – Qual você prefere McDonalds ou Burguer King? – O que for mais perto e mais fácil para vocês. – Aqui não tem dessa, Mi. Escolhe um logo ou a gente não saí daqui nunca mais. – Está bem, McDonalds. – Próxima parada... McDonalds. Filho, ligue para suas irmãs e para seu pai e pergunta para eles o que eles querem. – Ok. – Ele discou o número rapidamente em seu iPhone. – Papai quer um McNÍFICO Bacon, Doniya quer um Quarteirão com queijo, Waliyha um Cheeseburguer duplo, eu quero um McChicken e Safaa... bem, adivinha. – McLanche Feliz, carne e queijo. Acertei? – Na mosca! – Eles riram. – E você, Mi, o que quer? – Um BigMac. Sabia que essas comidas de avião são horríveis e não matam a fome? – Sabia sim, tenho um amigo da banda que sofre muito por isso. – Ele riu. – Mas também, Niall comeria até a lataria do avião se deixassem. – Ainda bem que não deixam né. – Ele disse gargalhando. Quando eu disse que o sorriso dele era o mais lindo, eu estava mentindo. O sorriso não era nada comparado com sua risada escandalosa. Me deliciei ouvindo-a. Chegamos no McDonalds, Thisha fez o pedido no drive-thru do fast-food, a menina que nos atendeu pediu um autografo de Zayn para sua irmã, ele o deu e pediu para que não comentasse que um famoso estava no carro. Na hora do pagamento foi uma briga. Falei para Trisha que pagava meu lanche, mas ela não aceitou de modo algum e usou o argumento de ser minha nova mãe. Zayn falou para eu não insistir e foi o que fiz, não insisti. Jantar pronto, agora só faltava ir para casa comer e dormir. A caminho de casa, Zayn ligou o rádio e começou a tocar I Gotta Feeling - Black Eyed Peas, aumentou o volume e começou a cantar junto. – Não assuste a menina, moço. – disse sua mãe. – Nem se preocupe, estou acostumada com isso. Meu pai vive se achando o astro do rock, mas sinceramente não canta nada. Zayn canta bem e sua voz é linda. – Corei. – Viu, mãe, eu canto bem e minha voz é linda. – Ele tirou satisfação com a mãe. Entramos num condomínio com uma casa mais linda que a outra, será que eu moraria numa casa linda dessas por um ano? Quando o carro foi estacionado numa casa impecavelmente maravilhosa, meu desejo era gritar e pedir para a família Malik me adotar para sempre. Que lugar mais adorável! Nunca no Brasil seria capaz de ter um condomínio nesse nível. Assim que passamos pela porta, Doniya, Waliyha, Safaa e o sr. Malik gritaram: BEM VINDA, EMILY! A irmã mais nova devia ter uns sete ou oito aninhos, idade da minha prima, era linda e parecia super querida. Ela veio correndo e me deu um abraço. – Oi, eu sou a Safaa. Você é mais linda do que eu imaginei. – Ela disse com sinceridade. – Oi Safaa, eu sou a Emily. Obrigada! Você também é linda, é um anjinho. – Sabia que você vai dormir no meu quarto? Você vai adorá-lo, ele é rosa e tem um monte de Barbie para gente brincar. – Que legal! – sorri. – Vem, vem comigo, quero te mostrá-lo logo, vem deixar suas coisas lá. Zaza, pega as coisas dela no carro e nos encontre no meu quarto. – Safaa me puxou para seu quarto. – Esse é o sr. Grandão. – Ela me mostrou um ursinho gigante, daqueles que eu sempre quis. – Que fofo! É tudo incrível no seu quarto, vou adorar passar as noites aqui com você, lindinha. – Safaa, deixa a Emily em paz, ela acabou de chegar de uma viagem cansativa, você vai poder irritá-la por um ano. – A mais irmã velha disse entrando no quarto. Ainda não sabia quem era quem. – Oi Emily, não deu tempo de me apresentar.... Eu sou a Doniya, tenho vinte anos. – Oi! Eu tenho dezesseis, farei dezessete ainda esse ano. Em outubro! – Bom saber! Vou começar a planejar sua festa de dezessete com a Els, namorada de um amigo do meu irmão. – Não precisa, estar aqui já é uma festa. – Imagina... A gente ama festas. – Eu também. – VENHAM COMER, MENINAS! – Trisha gritou lá de baixo. Safaa me puxou novamente e descemos as escadas correndo. Comemos, contei a todos sobre parte de minha humilde vida no Brasil e sobre minha descendência. Eles me contaram sobre a fama de Zayn e como eu podia ser contagiada com isso. Me ensinaram a como tratar as fãs e os paparazzis. Foi divertido. A família inteira era querida. Ainda bem. Quando terminamos de jantar, liguei para mamãe e contei sobre tudo o que já sabia. Mamãe ficou louca quando disse que o menino da casa era famoso. Não sei se ela ficou louca por causa de ter um garoto dormindo no mesmo ambiente que eu ou porque esse garoto era famoso. Pedi desculpas para minha mãe e desliguei, já era meia-noite, eu precisava dormir. Tomei um banho breve antes de deitar, não podia dormir sem um banho. Quando entrei no quarto, Safaa já estava dormindo. Peguei meu celular, uma caneta e meu caderno, acendi a lanterna e risquei o item “conhecer algum famoso” e acrescentei do lado “e passar um ano morando em sua casa”. Essa era a minha deixa para uma boa noite.
Autor(a): Jujubs
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– Emily querida, acorda. Já são meio-dia. Meu irmão e seus amigos já planejaram o dia, vocês vão almoçar agora aqui em casa, depois eles te levarão no London Eye, o resto é por sua conta. Você escolherá onde quer ir e eles te levam. – Bom dia, Doniya. Sério que já s&atild ...
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