Fanfic: O Melhor Amigo do Meu Irmão 2 | Tema: Saga Crepúsculo

Capitulo 03

POV Jacob

 

Renesmee estava parada me olhando do sofá. Eu tinha contato à história para ela.

– Não posso ficar com o Thony? – Ela perguntou pela a terceira vez. Eu não tinha entendido o porquê da relutância. Ela adorava os Estados Unidos, sem contar que era uma boa oportunidade para ver os pais.

– Por que você não quer ir?

– Preciso mesmo responder essa? – ela falou como se fosse óbvio.

– Gostaria amor, eu não sou vidente nem tenho bola de cristal. – Ela sorriu e andou para sentar no meu colo.

– Eu estou tão feliz aqui, que eu tenho medo de que quando chegarmos lá, tudo acabe. E ainda tem a minha faculdade, estou no meu último período, eu finalmente vou poder terminá-la Jake, me deixa ficar aqui com o Thony.

– Eu entendo o seu lado perfeitamente Nessie, mas eu preciso de você ao meu lado. Tem o Sam, eu não sei como o meu pai está. Porque você não tranca a faculdade e depois voltar fazer.

– Quanto tempo vamos ficar longe? – ela pergunte o relutante.

– Não sei.

– Vou ter que perder de novo Jake? Falta pouco. Só duas semanas. Me deixe aqui, e depois eu vou com o Thony.

Respirei pesadamente. Eu não podia negar aquele pedido. Ela estava certa, faltava pouco tempo, e seria maldade e pedir demais para que ela desistisse agora no final.

– Assim que você terminar você irá com o Thony. – Ela sorriu e me agarrou com força depositando varias beijos em minha face.

– Termino em um dia, e vou no outro mesmo amor. Prometo. – respirei fundo e rocei os meus lábios contra o dela. Eu tinha que aprender a confiar nela.

oOoOo

 

Meus olhos esquadrinharam cada local daquele saguão do aeroporto. Era impressionante a quantidade pessoas concentradas no mesmo local.

Estava prestes a pegar o celular para ligar para o Josh, quando o avistei conversando com o Alec. Caminhei sorrindo em direção deles, era bom estar em casa.

– Cabeça. – imitei a forma que a Nessie chamava o Alec. Ele sorriu e andou em minha direção me abraçando.

– Que saudade brother. Cadê a minha irmã e sobrinho? – ele olhou em volta. – Eu só vim nesse aeroporto porque falaram para mim que ela estava vindo.

– Ela vem daqui a duas semanas com o Thony.

– Por quê? – Ele fechou o cenho e um misto de preocupação passou pelo os seus olhos.

– Último semestre na faculdade Alec. Ela não queria ter que trancar por causa de duas semanas, conversamos e achamos melhor assim.

– Pensei que tivesse acontecido alguma coisa.

– Não aconteceu nada. – eu não contaria nada sobre a gravidez. Tinha sido pedido dela não falar nada, e assim seria feito.

– Eu não ganho um abraço? – Josh estava parado nos olhando.

– Claro que ganha brother. – O abracei com força. Eu estava com saudade da minha família.

Última vez que eu estive em casa – Estados Unidos – as coisas não foram muito boas. Minha mãe falando que eu seria infeliz ao lado da Renesmee, enquanto o meu pai e o meu irmão – Josh – a defendiam.

– Você está com cara de gente importante. – Ele brincou me soltando.

– Eu sou importante agora.

– Fiquei sabendo do restaurante Jake, parabéns. – Ele apertou o meu ombro.

– Obrigado, mas agora me diz. Como está o velho? – E sorriso que ele carregava, apesar dos olhos tristes e cara de cansado, não sumiu da face. Era isso que eu admirava no Josh, ele nunca desistia fácil.

– Ele andava com a pressão alta. A mãe já tinha o mandado ir para o médico, mas você sabe como o seu pai é não é? E quando foi alguns dias atrás ele estava simplesmente conversando com o Sam e passou mal. Sam disse que o lado esquerdo dele ficou paralisado. Corremos o mais rápido que conseguimos para o hospital, e agora ele está internado.

– E o lado que ficou paralisado? – Perguntei nervoso.

– Até agora os movimentos não voltaram. O médico disse que pode ser uma seqüela que ele carregará para sempre. – respirei fundo. Eu tinha que desconfiar que a minha felicidade estava vindo rápido demais.

– Eu quero ir vê-lo.

– Não quer passar primeiro em casa para deixar as coisas?

– Não, prefiro ir direto.

Josh não discutiu comigo, ele simplesmente virou e seguiu para o estacionamento do aeroporto. Fomos conversando o caminho todo. Josh e Alec contando das novidades e zoando comigo pelo o sotaque francês que eu estava pegando aos poucos.

oOoOo

 

Dobrei o corredor do hospital sozinho. Josh tinha me dado o número do quarto e ficou estacionando o carro. Disse que eu precisava de um tempo sozinho com o velho pai.

Parei na mesma hora. Sam estava parado no corredor falando ao celular com alguém. Na mesma hora eu senti uma raiva imensa apossando-se do meu corpo. Eu não tinha superado nada do passado, essa era a verdade.

Ele virou e me viu parado. Sussurrou um até logo para a pessoa que estava com ele no telefone e respirou fundo. Ele também não tinha superado, os olhos dele estavam falando aquilo.

– Qual quarto? – perguntei andando devagar na direção dele. Ele simplesmente apontou a porta que ele estava parado em frente. – Obrigado. – Falei bem alto para que ele escutasse e entrei batendo a porta.

– Filho. – Minha mãe correu em minha direção me abraçando. – Como foi de viagem? – ela alisava o meu rosto com carinho.

– Foi boa. – Olhei em direção da cama e o meu pai estava dormindo com uma expressão serena. – Como ele está? –Perguntei indo para perto da cama.

– Agora está bem, mas quando ele passou mal, eu me assustei. – Ela ficou com os olhos cheios de água. – Achei que fosse perdê-lo.

– Tudo bem... Vai ficar tudo bem – A abracei com força. Deveria ser difícil mesmo ver a pessoa que você ama em cima de um leito de hospital.

– Cadê o meu neto? – ela soltou-se do meu aperto e secou as lágrimas dos olhos. – E... A mãe dele? – Ela fez careta ao falar da Renesmee, eu tinha me esquecido desse pequeno detalhe.

Minha mãe não gostava dela. Não mais depois de tudo que aconteceu. Para ela a culpa por eu não falar mais com o meu irmão devia-se a ela.

– Meu filho e minha noiva – Fiz ênfase na palavra noiva. Afinal, até aquilo era novidade. – Estão vindo daqui a duas semanas.

– Espera aí? – Ela elevou a mão no alto. – Noiva? – estava escrito bem grande com neon na testa da minha mãe. “Que merda foi essa que você acabou de falar Jacob Black?”– Quando foi que você cometeu esse erro? – Respirei fundo, não brigaria com ela ali, dentro de um hospital.

– Eu não cometi erro nenhum, eu só estou buscando a minha felicidade. E sim, ela é a minha noiva, e espero sinceramente que a senhora aceite isso.

– Da mesma forma que você aceitou o perdão do seu irmão no passado?

– Vai começar. – Fui sentar na poltrona. Quando aquele assunto começava, ela não parava até falar tudo que ela queria.

– Vou começar sim. – ela ficou parada na minha frente. – Seu irmão lhe pediu perdão e por causa dessa... Dessa... Dessa...

– Apreciaria se a senhora não xingasse a Renesmee.

– Essa mulher virou a sua cabeça. Ela engravidou e escondeu de você. Seu irmão só quis ajudar.

– Corrigindo... Sam queria a Renesmee para ele, por isso ele fez o que fez. Eu até admiraria a atitude dele, se eu não soubesse que sempre existiram segundas intenções no assunto por parte dele.

– E ela é inocente na história? É isso que você está falando?

– Não. A senhora ouviu sair da minha boca as palavras: Renesmee é inocente na história? – Indaguei com a sobrancelha arqueada. – Ela sabe o erro que ela cometeu. Acontece que eu a amo, e tentei ficar longe, e reparei que eu estava me matando aos poucos por causa disso. Então eu passei por cima das diferenças, e estamos fazendo isso todo dia, e seremos felizes, como estamos sendo.

– Você não ama o seu irmão? Não acha que ele merece um voto de confiança como aquela mulher?

– O nome dela é Renesmee, e Sam é outra história. Ele agiu de má fé, e não adianta defender. – ela abriu a boca para falar algo. – E não quero mais saber disso.

– Nossa, a pessoa já acorda com a família brigando. – Meu pai estava nos olhando. – Sarah, deixa o Jake em paz, e passe a chamar a sua nora pelo o nome. – minha mãe bufou. Ela sabia que o meu pai era, como poderíamos dizer, “apaixonado” pela a Renesmee e não gostava que ninguém falasse mal dela. Ela pegou a bolsa e saiu do quarto. – Não liga. – Meu pai voltou a falar. – Sabe como ela é com esse primogênito dela. – Andei até o meu pai e o abracei com força. Sem me preocupar com nada eu deixei as lágrimas caírem.

Não sei o tempo certo que eu fiquei naquela demonstração de carinho com o meu pai. Contudo, eu me senti feliz por poder abraçá-lo. Nem todas as pessoas possuem a sorte de ter um acidente vascular cerebral e da gravidade que ele teve e permanece bem. Percebi que o lado esquerdo dele – na face – estava meio puxado. E que ele não mexia aquele lado também. Não me importava com aquilo e esperava que ele levasse na boca também, afinal, ele estava vivo e era somente isso que contava.

– Feliz em lhe ver. – Ele bateu de leve em meu braço. – Minha nora querida vem daqui uns dias mesmo ou você estava mentindo? - Sorri.

– Não estou mentindo pai, é real ela vem sim.

– Fico feliz. – meu corpo ficou todo rígido quando Sam entrou pela a porta do quarto.

– Melhor pai? – Ele aproximou-se da cama para depositar um beijo na testa do meu pai e eu me afastei.

– Melhor. – Meu pai olhou do Sam para mim. – Quando vou poder ir embora?

– O médico disse que vai resolver isso. – Ele respirou fundo e virou para o meu lado me olhando. – Pretende ficar aonde?

– Um hotel quem sabe.

– Claro que não. – meu pai chamou a nossa atenção. – Você irá lá para casa, e não quero discussão.

– A Renesmee veio com você? – Eu não gostava do tom que ele usava quando falava na minha mulher. Poderia ser coisa da minha cabeça. Poderia ser ciúmes, mas eu sempre achava que o tom era malicioso simplesmente para me atormentar a vida.

– Não. – Respondi seco desviando a atenção para o me pai. – Eu tenho que resolver uma coisa. Volto daqui a pouco. – Apertei o ombro do meu pai e seguir para fora do quarto.

Quando enfim eu senti que estava livre daquele clima pesado que sempre se estabeleci quando o assunto era Sam, eu conseguir respirar.

– Vamos? – Josh apareceu no corredor sorrindo.

– Como você consegue o tempo todo ficar sorrindo?

– A vida é curta demais para desperdiçar brigando ou com cara feia.

– Isso foi uma indireta para a minha pessoa em especial? – Perguntei arqueando a sobrancelha. Ele abriu ainda mais o sorriso.

– Na verdade não, contudo, se ela servir para algo, eu não me importo em dizer que foi para você. – Ele bateu de leve em minha cabeça e depois me puxou pelo o ombro. – Não conta nada para a mãe, mas eu estou do seu lado. – Ele piscou e me puxou para sairmos do corredor.

oOoOo

 

Sentei na beira da cama – do meu antigo quarto – ele continuava do mesmo jeito. Minha mãe não tinha mudado nada, e eu me sentir com os meus 18 anos de novo. O meu videogame no canto, os jogos, a guitarra e as revistas da playboy – que eu tinha certeza - que estavam guardadas na última gaveta do meu guarda roupa.

Deitei com o corpo sobre a cama mirando o teto. Fechei os olhos e lembrança da primeira vez que eu tinha feito sexo com a Renesmee – pois naquela época, aquela primeira vez, mesmo tendo uma bela de uma queda por ela, não passou de sexo – tinha sido quente e alucinante e logo depois eu estraguei tudo com a minha frieza. Acabei sorrindo. Eu tinha mudado e dava graças aos céus que a minha maturidade tinha vindo com força total dessa vez.

Andei até a minha mala e tirei uma boxer e uma calça moletom. Coloquei e andei de volta a cama com o celular na mão. Eu era um homem de família agora, e deveria agir como tal.

Duas chamadas certas e a voz do Thony ecoou do outro lado da linha e pelo o visto ele estava brabo.

– Alô.– eu não poderia ter pedido um filho melhor do que ele.

– O que aconteceu? – indaguei.

– Pai! – ele gritou e o tom de voz mudou.

– Como você está filho?

– Bem e o senhor? Ah... E o vovô Billy como está?

– Eu estou bem e o vovô Billy também, mandou um beijo e disse que está doido para vê-lo.

– Eu também estou com saudades dele. – ele ditou meio triste.

– Daqui uns dias você mata essa saudade, agora cadê a mamãe?

– A mamãe está deitada.

– Deitada? – perguntei preocupado.

– Ela se sentiu meio mal, como foi que ela disse mesmo... Ah... Lembrei, disse que a minha irmãzinha ou irmãozinho né, porque eu disse que pode ser irmãozinho, eu até prefiro um irmão sabe pai, acho que vai ser melhor para jogar vídeo game e bola, a menina vai querer brincar de boneca e eu não sou menina para isso e...

– Thony. Respira meu filho. – Eu o interrompi sorrindo. Meu filho era hiperativo, também com uns pais como eu e a Renesmee não tinha como ele sair uma criança calma. – Leva o telefone para a sua mãe.

– Está bem, mas como eu estava falando... – e ele foi falando o caminho todo, acho até que ele parou algumas vezes. Porque o quarto para a sala não era tão longe e pareceu uma eternidade. –... Beijo pai, eu te amo.

– Eu também. – Disse sorrindo.

– Oi amor. – O tom de voz dela não estava muito bom.

– O que foi que você deu para o Thony? – ela sorriu. – Ele demorou quase trinta minutos para chegar ao quarto e não parou de falar um minuto.

– E agora ele está aqui em cima da cama brincando com um boneco.

– Quem foi que esse menino puxou? – perguntei.

– Um pouco de cada. – Ela respondeu e logo sorriu. – Ele é perfeito desse jeito.

– Claro que é – concordei. – Agora, ele disse que você não se sentiu bem, o que foi que aconteceu?

– Enjoo amor. Nada demais.

– É normal isso mesmo? Você não está mentindo?

– Não tenho porque mentir Jake é normal. E o meu sogro querido como está?

Respirei fundo.

– Ele aparentemente está bem, perguntou por você e pelo o Thony, disse que está com saudades. Mas foi difícil ver o meu pai que sempre foi duro na queda naquele estado.

– Ele irá ficar bem. E...

– Não pergunte por ele. – Falei brabo.

– Eu não ia. Só ia perguntar pela a sua mãe e aonde você irá ficar. – Eu fiquei mudo. Eu tinha que aprender me controlar.

– Minha mãe está bem e perguntou por você. – Ela começou a rir do outro lado.

– Gentileza sua Jake. Sua mãe não perguntou por mim, e se fez foi para saber por que eu ainda estou na sua vida. – Eu tive que rir.

– Foi mais menos isso. – Confirmei.

– Eu disse. E aonde você irá ficar? – Ela mudou de assunto.

– Na casa dos meus pais mesmo. Já estou até aqui e sabe do que lembrei?

– Do que?

– Da nossa primeira vez. – Ela ficou quieta do outro lado. – Renesmee?

– Estou ouvindo. – Ela disse séria. – Pode continuar.

– O que aconteceu?

– Nada. Estou ouvindo.

– O que você tem contra a nossa primeira vez?

– Tudo. – ela ditou séria. – O fato de você ter me trato friamente depois e tudo que as minhas loucuras de pessoa sem responsabilidade nos, ou melhor, me levaram a fazer. Não gosto muito de lembrar muito daquela época.

– Entendi.

– Ficou magoado não foi? – ela perguntou respirando fundo. – Com esse assunto não é?

– Não. – falei sinceramente. Eu também tinha muito daquele passado que eu não queria e nem gostava de lembrar.

Ficamos um tempo incontável conversando pelo o telefone. Ela me contou sobre as novidades sobre o restaurante e o quanto ela estava feliz com a formatura dela se aproximando. Por último eu falei mais um pouco com o Thony e logo eu estava sozinho de novo dentro do meu antigo quarto.

oOoOo

 

Meu pai a cada dia apresentou melhoras e depois de duas semanas certas, ele já estava bem melhor.

O médico disse que ele ficaria com seqüelas, contudo, o máximo que ele apresentou foi o lado esquerdo da face meio puxada e a perna do mesmo lado que ele tinha um pouco de dificuldade para andar, pois ela estava parecendo meio morta igualmente como braço.

Eu estava parado no saguão do aeroporto esperando a Renesmee e o Thony. Duas semanas longe deles parecia a eternidade. Éramos uma família agora e vivíamos como tal. - Pai. – Thony correu em minha direção assim que me viu. Abri os braços e o peguei lhe dando um abraço forte.

– Eu estava morrendo de saudades. – Ele abraçou o meu pescoço com mais força.

– Eu também pai. – o coloquei ao chão a tempo de puxar a Renesmee assim que ela estava perto.

Devorei os lábios dela como se estivéssemos um longo tempo sem nos ver. Agora eu entendia perfeitamente aquilo de alma gêmea. Ela era a minha vida agora, ela e o Thony. Eu demorei, mas finalmente compreendi o que aquilo significava.

– Wow! Isso tudo é saudade? – Ela perguntou alisando o meu rosto. Passando os dedos pelo os meus lábios, limpando o batom que tinha deixado marcas em minha boca.

– Isso tudo é amor. – Corrigi a beijando de novo e apertando a cintura dela mais perto do meu corpo.

– Nossa isso tudo é muito meloso até mesmo para você Jacob. – Alec apareceu atrás da gente.

– Tio Alec. – Thony correu para abraçá-lo.

– Como você cresceu cara!

– E já tenho até namorada. – Renesmee bufou e virou os olhos me abraçando.

– Namorada? E ela é gostosa?

– Alec. – chamei a atenção dele.

– O que é gostosa, pai? – Thony indagou.

– Uma pessoa bonita. – Respondi empurrando o carro com as malas com uma mão e pegando a mão da Renesmee com a outra.

– É isso mãe? – Ele perguntou meio desconfiado. Como se eu fosse capaz de mentir para ele.

– Não acredita na palavra do seu pai? – Perguntei fingindo estar indignado.

– Jake. – Ele parou olhando como se aquilo fosse óbvio. – O senhor rouba no jogo, não vai mentir para mim? – Alec começou a rir e a Renesmee riu junto.

– Gente, quem foi que essa criança puxou? – ele bagunçou o cabelo do Thony. – Quem foi que lhe arrumou? – Alec o puxou pela a mão indo na frente. E o pequeno saiu respondendo animado e com orgulho que ele mesmo tinha escolhido as roupas.

– Como você estar? – perguntei passando a mão pelo o ventre dela.

– Estamos bem.

– Foi ao médico direito?

– Fui. E estar tudo bem. Você contou para alguém?

– Não. Acho que temos que fazer isso juntos, isso se for do seu querer.

– Podemos contar primeiro para os meus pais? – maneei a cabeça em resposta e seguimos para o carro.

oOoOo

 

Tínhamos combinado de irmos almoçar na casa dos pais da Renesmee. E como não podia ser diferente, fomos recebidos com euforia. Thony sem dúvida era o centro das atenções contando sobre a escola e a namorada.

– Eu me esqueci de lhe dar o seu presente. – falei ao pé do ouvido da Renesmee.

– Presente dê? – as sobrancelhas dela estavam juntas em desconfiança.

– Presente de formatura. – ela sorriu.

– Você já me deu. – ela acariciou o ventre disfarçadamente.

– Esse foi o presente para os dois. Esse aqui. – eu puxei a caixinha da joalheria. – É só para você, para ficar ainda mais linda, se isso for possível.

Ela pegou a caixinha e abriu percebi os olhos dela brilharam com o colar de ouro branco – pois ela odiava somente coisas de ouro. – É lindo. – Ela puxou com delicadeza colocando nas mãos.

– Gostou? – Indaguei.

– Amei. – ela colocou o colar na caixinha e praticamente pulou no meu colo me beijando. – Mãe, pai. – Ela chamou quando separamos os nossos lábios. Puxou a minha mão e ficamos de pé. – Tenho uma novidade, ou melhor, duas. – ela sorriu. – A primeira é que eu e o Jake estávamos noivos. – Alec começou a gritar ao lado da namorada, que era muito simpática e bonita por sinal. – E a segunda, é que vocês serão avós de novo. – ela passou a mão sobre o ventre e Isabella correu em direção dela a abraçando.

– De novo? – Alec perguntou recebendo um tapa da namorada. - Estou brincando amor. – Ele levantou e veio me abraçar. – Parabéns amigo, fico feliz por você.

– Obrigado. – Agradeci o abraçando.

– E por você também maninha, agora só falta à aprovação da sogra não é? – Alec conseguia ser indelicado até em momentos felizes. Mas não tinha como não rir da piada.

Passamos tarde na casa dos pais da Renesmee, e por mais que ela lutasse pedindo para ficar lá e que eu levasse o Thony para que os meus pais o vissem, eu não dei o braço a torcer. Aquela rixa com a minha mãe já tinha passado da hora de acabar.

– Não é melhor irmos para um hotel Jake? – Estávamos parados na frente da casa dos meus pais e pela décima vez – contando com as vezes que ela perguntou enquanto íamos para lá – Ela estava tentando me convencer de deixá-la em um hotel.

– Já disse que não. – Desci abrindo a porta do carona. Eu tinha alugado um carro, mas algo me dizia que ficaríamos ainda mais tempo ali, o que significava que logo eu teria que comprar um carro. Peguei Thony – que estava dormindo – no colo e fui para o portão. Apitei a campainha e logo escutei a minha mãe vindo abrir o portão.

– Coisa fofa da vovó. – ela pegou o Thony no colo e entrou sem nem olhar na minha cara ou me cumprimentar.

– Vamos Renesmee. – voltei para pegar as malas e a Nessie permanecia no mesmo lugar. – Sentada dentro do carro.

– Eu ainda acho que isso não é uma boa idéia. Sua mãe não me suporta Jake.

– Então a faremos suportar. – falei fechando o porta malas.

– Também não é assim, estamos na casa dela, e ela não tem que me suportar, muito menos me receber aqui, se não for do querer dela. Amor. – ela andou em minha direção enlaçando a minha cintura com os braços. – Eu juro que se formos para um hotel, eu deixo você fazer o que quiser comigo na cama. – ela sorriu travessa.

– Eu já faço tudo o que eu quero com você na cama amor. – eu beijei os lábios dela e a ela me bateu com força no braço.

– Depois não diz que eu não avisei. – ela cruzou os braços sobre o peito e saiu pisando duro.

– Não vai me ajudar? – Gritei antes que ela sumisse. Tinha muita mala para carregar.

– Se vira. – Ela gritou sem olhar para trás.

Com a ajuda do Josh eu conseguir entrar com todas as malas e já fazia alguns minutos que estávamos na sala conversando. Ou melhor, meu pai conversava animadamente com a Renesmee enquanto a minha mãe estava do outro lado da sala – com o Thony no colo – olhando para a Renesmee como se ela fosse a pior pessoa do mundo.

– Fico feliz que você tenha se formado. – Meu pai falou. – Pretende fazer o que agora?

– Quero ser diplomata. – Ela respondeu sorrindo.

– Tenho orgulho de tê-la como nora.

– Eu não. – Minha mãe falou baixo – ou não tão baixo assim – do canto da sala.

– Como? – Renesmee perguntou.

– Amor. – Pedi piscando na direção dela.

– Eu disse que eu não tenho orgulho de tê-la como a minha nora. – Minha mãe disse com a voz dura. – E por mim o que Jake terminava isso que ele chama de relacionamento com você, pediria a guarda do Thony, e acabava logo com essa palhaçada.

– Mãe. – era o meu pedido mudo, que ela parasse com aquilo.

– Palhaçada? O meu relacionamento com o seu filho não é nenhuma palhaçada, nos amamos e...

– Você escondeu que o Thony era filho dele e como se ainda não estivesse satisfeita, fez com que os dois irmãos se odiassem.

– Eu não fiz nada, eu só fiz o que era melhor para o meu filho, o que eu julguei ser o certo. Eu errei, eu sei disso, mas as pessoas erram e...

– Você não merece segunda chance.

– Não é a senhora quem decide isso, é o seu filho. E ele escolheu me dá uma segunda chance.

– Jacob perdeu a cabeça, ele está completamente louco.

– Só para que a senhora fique sabendo, estamos felizes juntos.

– Até quando essa felicidade irá durar é que é a pergunta certa. – Minha mãe debochou.

– Já chega Sarah. – meu pai meteu-se na briga. – Você deveria ficar feliz pelo o seu filho, e não torcer contra ele.

– Pelo o meu filho eu torço, o problema é essa...

– Eu disse já chega! – Meu pai foi firme em suas palavras.

– Eu já estou prevendo o Jake sofrendo de novo. – Ela não parava, era muito veneno para uma pessoa só. Eu não reconhecia a minha mãe. Ela sempre foi assim?

– Vou ter que estragar as suas previsões, porque se depender de mim o seu filho só irá ser feliz daqui para frente. Não é amor? – Eu não sabia o que falar. – Se depender de mim, do Thony e do nosso filho que estamos esperando não é Jake? – eu vi a raiva nos olhos da minha mãe e vi a felicidade nos olhos do meu pai. Sentir que toda aquela confusão só estava começando.

Continua...